Aspectos morfossintáticos do aposto na gramática de Evanildo Bechara e na gramática de Celso Ferreira da Cunha e Luís Filipe Lindley Cintra., Trabalho Acadêmico, Letras

"Bechara ao chamar o aposto de “...grupo sintagmático nominal” (2009, pág. 554), pretende que seus orientandos mirem na perspectiva de que esse assunto remete diretamente aos nomes gramaticais e, ao completar a assertiva, escreve “[...] cujo limite de distinção com o adjunto adnominal propriamente dito é muitas vezes difícil de traçar”. (idem.). Em seu complemento, Bechara deixa à luz da lógica: se se é difícil a percepção entre o adjunto adnominal e aposto; logo, faz-se a conexão de que o aposto exerce alguma relação adjetiva àquilo que se refere. "

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"Haja vista o espelhamento do aposto referente a funções lógicas por ele espelhada, muitos gramáticos não veem nele o exercício lógico de função na oração; entretanto, quase toda obra gramatical – desde Said Ali até Nougué – descrevem o aposto como: “Que se apôs; adjunto. Aumentado, acrescendo”. (AURÉLIO, 2010, pág. 56). Dessa forma, interpreta-se o aposto como um determinado de aquilo que lhe está anterior ou posteriormente ao fundamental, como forma de adjetivação e, que, por acrescentar notícias novas deve, em contextos, atribuir especificações e restrições a seus referentes. Essa adjetivação e esses noticiários novos, entrementes, trabalham com a semântica a fim de facilitar sobre as distinções, p. ex., de outros Pedro (s) em uma narrativa. As orações absolutas a seguir mostram o papel Mostrar todos semântico do aposto ao especificar o que cada Pedro fez: “Pedro, namorado de Maria, agrediu-a, e Pedro, seu irmão, protegeu-a”. (1).
Semanticamente, os apostos funcionam com duas vertentes, segundo BECHARA, 2009: a primeira respondendo a adjetivação, e a segunda, como a especificação. A questão da adjetivação o aposto funcionará como se fosse adjetivo do termo a que se refere enquanto na especificação ele funcionará como explicador".

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ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Gramática Metódica da Língua Portuguesa. 46º ed. São Paulo: Saraiva, 2009.

AURÉLIO. Buarque de Holanda Ferreira. Mini Aurélio: Dicionário da Língua Portuguesa. 8º ed. Curitiba: Positivo, 2010.

BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.

CAMPOS. Elísia Paixão de. Por um Novo Ensino de Gramática: orientações e sugestões de atividades. Goiânia- Goiás: Cânone Editorial, 2014.

CARONE. Flávia de Barros. Morfossintaxe. 2º ed. São Paulo: Ática, 1998.

CUNHA, Celso e CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português contemporâneo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.

NOUGUÉ. Carlos. Suma Gramatical da Língua Portuguesa: Gramática Geral e Avançada. São Paulo: É-Realizações, 2015.