APOSTILA DE FILOSOFIA - 8 ano

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Serviço Social

Documento 1

ª Unidade:  Democracia. ESCOLA ADONAI - APOSTILA DE FILOSOFIA – 2019 Diretora: Rose Sacramento Autoria, organização e arte: Dielson Costa. O que você enxerga nessa imagem? Sobre que assuntos ela te faz pensar? ESCOLA ADONAI - APOSTILA DE FILOSOFIA – 2019 Diretora: Rose Sacramento Autoria, organização e arte: Dielson Costa. Capítulo 1 – O bem e o mal O exemplo de Rosa Parks Ao nascer, nos encontramos com um mundo cultura, um sistema de significados já estabelecidos, desde cedo aprendemos como nos comportar diante dos mais velhos, à mesa ou em determinadas ocasiões; como andar, brincar; quais são nossos direitos e deveres. De acordo com o que obedecemos ou transgredimos os padrões já estabelecidos, estes comportamentos são avaliados como bons ou maus. A liberdade do sujeito moral Mesmo que venhamos a admitir o caráter histórico e social, a moral não se reduz à herança dos valores recebidos pela tradição, pois já a partir da adolescência o indivíduo desenvolve o pensamento abstrato e a reflexão crítica e tende a se questionar sobre os valores herdados, principalmente dos pais.

Essa ampliação consciente de liberdade, coloca em oposição o comportamento moral aprendido e a escolha pessoal, como por exemplo, um jovem que resolve tatuar-se, mas que esta atitude sempre foi repelida por seus pais, ou seja, sua família a ensinou (ou não concordava) que uma pessoa deve se tatuar. Por vezes, muitas pessoas só continuam agindo por moral, por conta do medo da repreensão que irá sofrer. Dever e liberdade O ato de agir moralmente também em muitos casos nos mantem como sociedade e por vezes temos que abrir mão dessa tal liberdade pelo bem comum, um ato deve ser livre, consciente, mas também solidário; o ato moral deve ser reciproco com aqueles que nos comprometemos, responsável é a pessoa consciente e livre que assume a autoria de seus atos e reconhecendo como seu ato e suas consequências.

Essa liberdade cria um dever, o dever do comportamento moral, o próprio sujeito se põe como cumpridor da norma. Tais reflexões ganhou o nome de Ética Aplicada, pois coloca em um dialogo multidisciplinares os diversos filósofos e os profissionais científicos, tais como os ligados a medicina, economia, sociologia e politica, além de dar voz a pessoas comuns que sofrem os impactos das alterações promovidas por algumas ações humanas. Portanto, a ética aplicada é um ramo atual da filosofia, que nos coloca diante dos problemas práticos que exigem que repensemos os riscos que decorrem de algumas atitudes. Um bom exemplo disso é o desmatamento desordenado da Floresta Amazônica em troca da criação de pastagens bovinas, esta atitude colocou o Brasil como o maior produtor e exportador de carne bovina do mundo, movimentando nossa economia e sendo uma base sólida para o desenvolvimento econômico, por outro lado, temos os impactos visíveis provocados pelo desmatamento, como o aumento da temperatura da terra, a baixa qualidade do ar, alterações climáticas, dentre outros fatores.

Como conciliar este conflito? A palavra eutanásia significa "boa morte", que uns consideram um ato de misericórdia e outros, um crime contra a vida. É o ato de facultar a morte sem sofrimento a uma pessoa cujo estado de doença é crônico, incurável e normalmente associado a um imenso sofrimento físico e psicológico. Em países como Áustria e Alemanha pode ser realizada a eutanásia passiva com a autorização do paciente. Uma das explicações para a manutenção da atual compreensão oficial e legal da eutanásia é o temor de que atos injustificáveis sejam praticados por algumas pessoas em nome de eventuais benefícios à sociedade ou à individualidade. É possível considerar também os fundamentos da cultura cristã, a qual é formada nossa sociedade, que prega o máximo apego à vida e sua preservação.

Quem é a favor do procedimento, alega que reduzir o sofrimento do paciente é um ato de solidariedade e amor, pois em alguns casos famosos a decisão foi tomada por familiares que tiveram que brigar na justiça para realizar o procedimento. Texto disponível em: medica. b)Estágio intuitivo ou simbólico ( dos 2 aos 7 anos) 1. Nesse estágio a inteligência é intuitiva. Por exemplo: mesmo sabendo ir até a casa da avó, a criança ainda é incapaz de representar o caminho com um conjunto de pequenos objetos tridimensionais que simbolizam casas, ruas, igrejas etc. A criança neste estágio é seu ponto de referência; ela sente, age e pensa 2. Afetivamente a criança neste período percebe o mundo girando em torno dela, exige atenção, quer a satisfação de todos os desejos; tem dificuldade de ouvir o outro.

Sob o aspecto moral há uma maior aceitação das regras, isso pode ser percebido por exemplo no comportamento diante de brincadeiras e jogos. Normalmente o comportamento é de seguir as regras pelo objetivo comum, que neste caso é realizar o jogo em questão. ESCOLA ADONAI - APOSTILA DE FILOSOFIA – 2019 Diretora: Rose Sacramento Autoria, organização e arte: Dielson Costa. d) Estágio das operações formais ( a partir da adolescência) Finalmente, o último estágio é o da adolescência, quando amadurecem as características da vida adulta. O adolescente é capaz de distanciar-se da experiência: é o amadurecimento do pensamento formal ou hipotético – dedutivo. c)Nível pós – convencional No quinto estágio, há a obediência às regras e às leis. No entanto, a pessoa reconhece ESCOLA ADONAI - APOSTILA DE FILOSOFIA – 2019 Diretora: Rose Sacramento Autoria, organização e arte: Dielson Costa.

haver enorme variedade de valores e opiniões e que, muitas vezes, existem conflitos inconciliáveis entre o legal e o moral, sobre tudo em relação a valores e direitos como vida e liberdade, em contraposição ás normas estabelecidas. No sexto e último estágio, os comportamentos morais regulam-se finalmente por princípios. Não se trata de recusar leis ou contratos, mas de reconhecer que eles são válidos porque se apoiam em princípios. htm A tendência sociológica Na sua obra “A educação moral”, o sociólogo Émile Durkhein (1858-1917) propõe uma moral laica, independente dos valores religiosos. Para ele, educar é socializar a criança, ajuda-la a assumir os valores da comunidade a que pertence. Quando há conflitos, esses são entendidos como dificuldade de adaptação aos valores vigentes, o que revela a importância em ESCOLA ADONAI - APOSTILA DE FILOSOFIA – 2019 Diretora: Rose Sacramento Autoria, organização e arte: Dielson Costa.

ESCOLA ADONAI - APOSTILA DE FILOSOFIA – 2019 Diretora: Rose Sacramento Autoria, organização e arte: Dielson Costa. Capítulo 3 – Liberdade? Somos livres ou determinados? Este é questionamento movimentou durante muito tempo os filósofos de diversas épocas, afinal de contas, somos livres ou somos condicionados pelo sistema, cultura e outros detalhes da vida que nos obrigam a seguirmos uma linha? A liberdade incondicional e o livre – arbítrio A tradição filosófica sempre trouxe a afirmativa que somos livres, independentes das forças externas que nos inclinam, pois nossas atitudes passam pelo nosso crivo de decisão; de acordo com esta visão, ser livre é decidir, agir como se quer, sem determinação causal externa ou interna, ser livre neste caso é ser incausado. Ele argumenta que as histórico, compreendido forças das virtudes são mais entre os séculos XVIII e XIX, fortes que as não virtuosas, por nesta época os teóricos exemplo, a força da alegria é inventavam teorias que maior que a da tristeza, pois os não passavam de ficções desejos e sentimentos que na opinião de Comte, decorrem da alegria nos movem para ele eram palavras para coisas maiores e mais que nada explicam e virtuosas e enquanto a triste pode ser superada por uma ESCOLA ADONAI - APOSTILA DE FILOSOFIA – 2019 Diretora: Rose Sacramento Autoria, organização e arte: Dielson Costa.

força alegre maior. Para Espinosa o homem é livre quando age de acordo com sua “voz ou vontade interna” e quando aceita a influência externa ele pode ser coagido. Ele ainda argumenta que os sentimentos tristes nos aprisionam e nos impedem de ser felizes e livres, enquanto os sentimentos alegres nos impulsionam. Nos argumentos de Espinosa, encontramos dois polos: A Facticidade e a Transcendência. Só consciência e do interior, ele pretendeu compreender melhor a relação as coisas internas e externas do ser humano e chegou a teorizar que essa ESCOLA ADONAI - APOSTILA DE FILOSOFIA – 2019 Diretora: Rose Sacramento Autoria, organização e arte: Dielson Costa. depois será alguma coisa e tal como a si próprio se fizer. Assim, não há natureza humana, visto que não há Deus para a conceber.

O homem é, não apenas como ele se concebe, mas como ele quer que seja, como ele se deseja após este impulso para a existência; o homem não é mais que o que ele faz. Tal é o primeiro principio do existencialismo”. Ao longo da história humana foram adotados os mais diversos princípios de legitimidade do poder.  Nos Estados teocráticos, o poder legítimo vem da vontade de Deus;  Nas monarquias hereditárias, o poder é transmitido de geração a geração e mantido pela força da tradição;  Nos governos aristocráticos, apenas os melhores exercem funções de mando; o que se entende por melhores varia conforme o tipo de aristocracia: os mais ricos, os mais fortes, os de linhagem nobre ou, até, os da elite do saber;  Na democracia, o poder legítimo nasce da vontade do povo.

Com o fortalecimento das monarquias nacionais, o Estado passou a deter a posse de um território e tornou-se apto para fazer e aplicar as leis, recolher impostos, ter um exército. Por isso, segundo o filósofo e sociólogo alemão Max Weber (1864-1920), o Estado moderno é reconhecido por dois elementos constitutivos: a presença do aparato administrativo para prestação de serviços públicos e o monopólio legítimo da força. Além disso, com a secularização da consciência, o Estado distanciou-se da maneira de pensar medieval, predominantemente religiosa. Identificado com determinada pessoa ou grupo, o poder personalizado não é legitimado pelo consentimento da maioria e depende do prestígio e da força dos que o possuem. Trata-se da usurpação do poder, que perde o seu lugar público quando é incorporado na figura do governante.

Como exemplos atuais, vejamos a seguir os regimes totalitários e autoritários. O totalitarismo, fenômeno político do século XX, de orientação comunista, desenvolveu-se na União Soviética, na China e no Leste Europeu mobilizou de modo surpreendente grandes segmentos da sociedade de diversos países. O totalitarismo de direita, conservador, ocorreu, por exemplo, na Alemanha nazista e na Itália fascista; o de ESCOLA ADONAI - APOSTILA DE FILOSOFIA – 2019 Diretora: Rose Sacramento Autoria, organização e arte: Dielson Costa. O governo autoritário também utiliza os militares na burocracia estatal, e a elite econômica conta com oficiais das forças armadas nos postos-chave. Os militares saem do quartel para integrar a instituição política mais importante da nação. ESCOLA ADONAI - APOSTILA DE FILOSOFIA – 2019 Diretora: Rose Sacramento Autoria, organização e arte: Dielson Costa.

Capítulo 5 – Direitos Humanos Quando os povos antigos começaram a discutir sobre a justiça, fizeram a distinção entre direito natural e direito positivo: os gregos foram os primeiros a indagar se a justiça derivava da natureza ou nascia da própria lei. A tentativa de distinguir essas duas expressões do direito deu origem às teorias jusnaturalistas, segundo as quais o direito natural prevalece sobre o direito positivo. O Direito, encarado até então como atividade ética e prudencial, como fenômeno anterior e independente da noção de Estado, passou a identificar-se com o próprio Estado, que, na visão de Hobbes, deve ser o detentor exclusivo da produção jurídica. A Primeira Guerra Mundial terminou em novembro de 1918. Cerca de um ano depois, um tratado internacional assinado por ESCOLA ADONAI - APOSTILA DE FILOSOFIA – 2019 Diretora: Rose Sacramento Autoria, organização e arte: Dielson Costa.

países deu origem à Liga das Nações. Um de seus principais objetivos - assegurar a paz- foi frustrado em 1939, com a expansão nazista na Europa e a eclosão da Segunda Guerra Mundial. A evolução dos direitos humanos tem sido o resultado de um esforço de reflexão filosófica no sentido de definir as diversas concepções sobre o que é o ser humano e quais são os seus direitos. Vimos que as mudanças ao ESCOLA ADONAI - APOSTILA DE FILOSOFIA – 2019 Diretora: Rose Sacramento Autoria, organização e arte: Dielson Costa. longo dos tempos dependeram da concepção de ser humano vigente. Assim, em épocas mais remotas, os direitos fundavam-se em uma ordem cósmica ou divina, cabendo aos legisladores adequá-los a esses princípios.

Já na visão metafísica dos filósofos gregos era realçada a prudência pela qual se discerne entre o justo e o injusto. Para compreendermos, porém, a crítica que Hegel faz às concepções liberais que o antecederam, é preciso nos reportarmos à sua concepção dialética, da qual resultou um novo conceito de história: o presente é retomado como resultado de longo e dramático processo, por isso a história não é a simples acumulação e justaposição de fatos acontecidos no tempo, mas o fruto de verdadeiro engendramento, de um devir cujo motor interno é a contradição dialética. confronto, pela luta, pela dominação. Aquele que se arriscou e venceu, torna-se o senhor; e o que se intimidou, aceita a servidão e trabalha para o senhor.

Aos poucos, inverte-se o processo: o senhor, que era forte e dono de si, passa a depender em tudo do servo, e é este que se fortalece, ao se descobrir capaz e independente pelo trabalho. No entanto, a assimetria dessa relação entre independente e dependente reproduz a relação entre sujeito e objeto, quando o melhor seria entre dois sujeitos, em que o reconhecimento fosse mútuo e recíproco dialética da consciênciade-si não deve nos fazer supor que Hegel estaria, como os contratualistas, explicando um possível "estado de natureza'. Em comparação com as teorias liberais dos dois séculos anteriores, os pensadores do século XIX representam um avanço em direção às ideias de liberdade e igualdade. No entanto, nesse período ainda persistiram inúmeras contradições: • nem sempre a implantação das aspirações liberais conciliou os interesses econômicos aos aspectos éticos e intelectuais que essas mesmas teorias defendiam; da Europa permaneceram sem solução questões econômicas e sociais que afligiam a crescente massa de operários: pobreza, jornada de trabalho de 14 a 16 horas, mão de obra mal paga de mulheres e crianças; • a expansão do capitalismo estimulou ideias imperialistas que justificaram a colonização e, por essa razão, os países europeus "democráticos" não abriram mão do controle econômico e político sobre suas colônias.

O próprio John Stuart Mill argumentava que a ideia de governo democrático ajustavase apenas aos hábitos dos povos avançados, sobretudo dos brancos. No Brasil, os movimentos liberais do século XIX restringiram-se à luta pela liberalização do comércio, na esperança de sacudir o jugo do monopólio português. No entanto, mantinha-se a tradição das elites, a escravidão e o analfabetismo, compatíveis com o tipo de economia agrária então vigente. Tentou pôr em prática as concepções socialistas organizando colônias cooperativas onde a propriedade privada seria totalmente excluída. Apesar da grande repercussão de suas ideias, as tentativas de concretizá-las falharam completamente. Antes admirado e O francês Henri de SaintSimon (1760-1825) estabeleceu o plano de uma sociedade industrial dirigida pelos produtores, entendendo por produtores não só a classe operária, mas todos os que criam, sejam banqueiros, empresários, sábios ou artistas.

Seu objetivo era melhorar a sorte da classe mais numerosa e mais pobre. A proposta de Saint-Simon partia da crítica aos políticos parasitas, aos burocratas, e sonhava tirar o poder da nobreza e do clero, para confiá- preconizadas não iam além de uma tendência fortemente filantrópica e paternalista: melhoria de alojamento e higiene, construção de escolas, aumento de salários, redução de horas de trabalho. Nascido de família pobre, sempre desejou permanecer próximo às suas origens, por isso preconizava a autonomia da classe operária na organização de sua luta contra a exploração capitalista. Proudhon teve plena consciência do antagonismo entre capitalistas e proletários, afirmando que a propriedade privada significava uma espoliação do trabalho. Enquanto as doutrinas de SaintSimon e Fourier não são propriamente igualitárias, a de Proudhon defende a igualdade e a liberdade, o que já significa uma crítica ao individualismo da concepção burguesa de liberdade.

A crítica ao individualismo repousa na convicção de que a liberdade de cada um não é restringida pela liberdade alheia, mas ela se constrói na relação com seus semelhantes. e) Marxismo No século XIX, a Alemanha ainda se encontrava dividida. A dialética marxista Ao admitir o materialismo, o marxismo opõe-se à filosofia idealista de Hegel, mas aproveita sua concepção de dialética. No dizer de Engels a respeito de seu procedimento, A dialética é a estrutura contraditória do real, que no seu movimento constitutivo passa por três fases: a tese, a antítese e a síntese. Ou seja, explica-se o movimento da realidade pelo antagonismo entre o momento da tese e o da antítese, cuja contradição deve ser superada pela síntese.

Além da contraditoriedade dinâmica do real, outra categoria fundamental para entender a dialética é a de totalidade, pela qual o todo predomina sobre as partes que o constituem. Isso significa que as coisas estão em constante relação recíproca, e nenhum fenômeno da natureza ou do pensamento pode ser compreendido isoladamente fora dos fenômenos que o rodeiam.  Pela estrutura ideológica, as expressões da consciência social, tais como a religião, as leis, a educação, a literatura, a filosofia, a ciência e a arte; também nesse caso, a classe dominada submete-se à ideologia, porque sua cultura reflete as ideias e os valores da classe dominante. Relações de produção e luta de classes Dissemos que a compreensão dialética da história supõe o conflito e a contradição.

Vejamos como Marx explica esse processo, por meio dos conceitos de relações de produção, forças produtivas e modo de produção. As forças produtivas consistem no conjunto formado por clima, água, solo, matérias-primas, máquinas, mão de obra e instrumentos de trabalho. Por exemplo, quando os instrumentos de pedra são substituídos pelos de metal, ou quando a agricultura se desenvolve com novas técnicas de irrigação e de adubagem do solo ou pelo uso do arado e de veículos de roda, estamos diante de alterações das forças produtivas, que, por sua vez, provocaram mudanças nas formas pelas quais os indivíduos se relacionam. A base econômica determina certa maneira de pensar peculiar, em que não há sentimento de posse, uma vez que não existe propriedade privada.

• O modo de patriarcal surgiu com a domesticação de animais e a agricultura graças ao uso de instrumentos de metal e à fabricação de vasilhas de barro, o que possibilita a estocagem. As consequências das modificações das forças produtivas alteraram as relações de produção e o modo de produção: aparece um tipo específico de propriedade da família, num sentido muito amplo; diferenciam-se funções de classe (autoridade do patriarca, do pai de família); muda o direito hereditário, ao se substituir a filiação materna pela paterna. • O modo de produção escravista decorre do aumento da produção além do necessário para a subsistência, o que exige o recurso de novas forças de trabalho, geralmente de prisioneiros de guerra, transformados em escravos.

Com isso, a propriedade privada dos meios de produção gera a contradição entre senhores e escravos, exemplo da primeira forma de exploração humana. surgiram tendências que podemos chamar de liberalismo de esquerda, socialismo liberal ou liberalsocialismo, o que pode parecer uma extravagância pela ambiguidade de sentido ao unir conceitos contraditórios, inconciliáveis: o livre mercado e o controle estatal da economia. Aliás, é assim que continuam pensando muitos teóricos tanto do liberalismo como do socialismo. As extremas desigualdades sociais, no entanto, levaram alguns a admitir que a ênfase na economia livre deveria ser atenuada, a fim de possibilitar a igualdade de oportunidades e auxiliar o crescimento da individualidade. Acontecimentos históricos apressaram a reformulação dos princípios do liberalismo. Após a quebra da Bolsa de Nova York em 1929, a década de 1930 foi marcada pela depressão econômica: falências, desemprego e inflação geraram graves tensões sociais.

Embora essas medidas sofressem acusação de serem semelhantes às propostas socialistas, visavam de fato a fortalecer o capitalismo e, desse modo, também evitar o avanço comunista. As teorias keynesianas exerceram influência da década de 1930 até a de 1970, quando passaram a ser criticadas pela tendência neoliberal. Liberalismo de esquerda Na Itália fascista - e contra ela - floresceram teorias que visavam desencadear movimentos de cunho popular (e não burguês) e resgatar os ideais socialistas, embora adaptando-os ao liberalismo, daí o nome liberalismo de esquerda. Em vez de se oporem simplesmente ao marxismo, extraíam dele os elementos positivos, repudiando, sobretudo, a concepção revolucionária de Marx. Trata-se de uma espécie de "terceira via', que recusa a tese de que liberalismo e socialismo seriam inconciliáveis, admitindo que essa passagem poderia ser gradual e pacífica.

Além disso, Bobbio ESCOLA ADONAI - APOSTILA DE FILOSOFIA – 2019 Diretora: Rose Sacramento Autoria, organização e arte: Dielson Costa. defende a democratização da vida social Neoliberalismo As teorias de intervenção estatal começaram a dar sinais de desgaste em razão das frequentes dificuldades dos Estados em arcar com as responsabilidades sociais assumidas. Aumento do déficit público, crise fiscal, inflação e instabilidade social tornaram-se justificativas suficientemente fortes para limitar a ação assistencial do Estado. Desde a década de 1940, alguns teóricos, como o austríaco Friedrich von Hayek (1899-1992), defendiam o retorno às medidas do livre mercado. Antikeynesiano por excelência, Hayek acusava o Estado previdenciário de paternalista, referindo-se à "miragem da justiça social". Para o funcionamento adequado, seriam necessários mecanismos políticos que assegurassem o prevalecimento de valores coletivos sobre os individuais.

Os abusos, tanto do Estado como dos grupos privados, seriam controlados pelo estado de direito e por organizações da sociedade civil que pudessem garantir a coparticipação na formação das vontades e decisões. Liberalismo: três aspectos O liberalismo pode ser entendido sob pelo menos três enfoques: o político, o ético e o econômico. O liberalismo político constituiu-se contra o absolutismo real e buscou nas teorias contratualistas a legitimação do poder, que não mais se fundava no direito divino dos reis nem na tradição e herança, mas no consentimento dos cidadãos. ESCOLA ADONAI - APOSTILA DE FILOSOFIA – 2019 Diretora: Rose Sacramento Autoria, organização e arte: Dielson Costa. Baseada em uma postura realista, pensadores como Maquiavel buscaram compreender o sistema de forças que atuam de fato no seio da sociedade e do poder.

Na sequência, Hobbes e Locke, em oposição à visão religiosa medieval, procuravam a ordem racional e laica nos conceitos de soberania e contrato social, consentimento e obediência política, tendo em vista a coesão do Estado e a segurança dos indivíduos. Alguns ousaram mais, como Rousseau, cujas convicções democráticas fecundariam o século XIX. Em meio a posições muitas vezes divergentes, na modernidade foram esboçadas as novas linhas que orientaram daí em diante as ideias liberais e os primeiros passos em direção à conquista de cidadania e democracia. ESCOLA ADONAI - APOSTILA DE FILOSOFIA – 2019 Diretora: Rose Sacramento Autoria, organização e arte: Dielson Costa.

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