APOSTILA DE FILOSOFIA - 7 ano

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Filosofia

Documento 1

 A razão em crise. ESCOLA ADONAI - APOSTILA DE FILOSOFIA – 2019 Diretora: Rose Sacramento Autoria, organização e arte: Dielson Costa. Quais são suas principais características? Você se conhece? O que é a verdade? O que é razão? Como viver o equilíbrio entre razão e emoção? ESCOLA ADONAI - APOSTILA DE FILOSOFIA – 2019 Diretora: Rose Sacramento Autoria, organização e arte: Dielson Costa. Capítulo 1 – Algumas ideologias Filosóficas Ideologia: sentido restrito Destutt de Tracy, filósofo e político francês, criou o termo ideologia para representar a “ciência das ideias”. O autor pretendia assim compreender a formação das ideias na sociedade. Ou seja, a ideia da classe dominante é abstrata, não existe, mas é a forma de manter o domínio. Por exemplo, a ideia de que não é possível o pobre desenvolver-se e melhorar de vida por conta das dificuldades e desafios sociais, é uma forma de manter a dominação.

Lacuna: A naturalização, a universalização e a abstração põe uma lacuna e esconde algo que não pode ser demonstrado, pois assim desmascararia toda a ideologia Portanto, a ideologia não é falsa ou errada, mas ilusória, é a ocultação da verdade e do processo que promoveu a realidade social. Portanto, existe uma realidade concreta que precisa ser desvendada e vencida. ideológico. Para Gramsci, a ideologia tem função positiva de atuar como cimento da estrutura social, esta forma o senso comum, O filosofo alemão Jürgen Habermas relacionou ciência, técnica e ideologia para entender como a consciência do mundo atual impõe-se em nome da economia e da eficiência. Na sociedade industrial avançada dos últimos cem anos é possível identificar o caráter ideológico de decisões de administradores e especialistas, ainda quando elas ESCOLA ADONAI - APOSTILA DE FILOSOFIA – 2019 Diretora: Rose Sacramento Autoria, organização e arte: Dielson Costa.

são justificadas em termos técnicos aparentemente neutros e não ideológicos. Ele divide este agir em agir Instrumental e agir comunicativo. No primeiro destes, o agir é com um determinado fim, ou seja, o objetivo da economia é o dinheiro, na politica o poder, ou seja, existem saberes e decisões que são tomadas com determinados fins e orientados para o sucesso. ESCOLA ADONAI - APOSTILA DE FILOSOFIA – 2019 Diretora: Rose Sacramento Autoria, organização e arte: Dielson Costa. Capítulo 2 – A Verdade Em busca da Verdade A filosofia pré-socrática Costuma-se dividir a filosofia grega em três grandes momentos, tendo como referência central a atuação de Sócrates. Distinguimos o período pré-socrático, o socrático (ou clássico) e o período póssocrático (ou helenístico).

O período pré-socrático estende-se pelos séculos VII e VI a. C. é também conhecido como o século de Péricles, governante na época áurea da cultura grega, quando a democrática Atenas desenvolveu intensa vida política e artística. Os pensadores desse período, embora ainda discutissem questões cosmológicas, ampliaram os questionamentos para a antropologia, a moral e a política. Também os sofistas são dessa época, pelos quais começaremos. Os sofistas fazem parte da época clássica e alguns deles são interlocutores de Sócrates. Os mais famosos foram: Protágoras, de Abdera ( 485--411 a. O constante exercício do pensar e a aceitação de opiniões contraditórias, características dos sofistas, possivelmente deviam-se à incessante circulação de ideias.

Para escândalo de seus contemporâneos, os sofistas costumavam cobrar pelas aulas, motivo pelo qual Sócrates os acusava de "prostituição''. Cabe aqui um reparo: na Grécia Antiga, a ESCOLA ADONAI - APOSTILA DE FILOSOFIA – 2019 Diretora: Rose Sacramento Autoria, organização e arte: Dielson Costa. aristocracia tinha o privilégio da atividade intelectual, pois gozava do ócio, ou seja, da disponibilidade de tempo, já que estava liberada do trabalho de subsistência, ocupação dos escravos. No entanto, os sofistas geralmente pertenciam à classe média e, por não serem suficientemente ricos para se darem ao luxo de filosofar, faziam das aulas seu ofício. Sócrates costumava conversar com todos, fossem velhos ou moços, nobres ou escravos. A partir do pressuposto "só sei que nada sei", que consiste justamente na sabedoria de reconhecer a própria ignorância, inicia a busca do saber.

Os métodos de indagação de Sócrates provocaram os poderosos do seu tempo, que o levaram ao tribunal sob a acusação de não crer nos deuses da cidade e de corromper a mocidade. Por essa razão foi condenado à morte. Qual é, porém, o "perigo" de seu método? Ele começa pela fase "destrutiva", a ironia, termo que em grego significa "perguntar, fingindo ignorar". Sócrates utiliza o termo logos (na linguagem comum, "palavrà', "conversa"), que passa a significar a razão de algo, ou seja, aquilo que faz com que a justiça seja justiça. A verdade é inconvertível, a malícia pode atacá-la, a ignorância pode zombar dela, mas no fim; lá está ela. Winton Churchil (Considerado o maior primeiro ministro britânico do século XX) "A verdade é que não há verdade.

Pablo Neruda (um dos maiores poetas chilenos do século XX) O que é a verdade? Ela é inquestionável, absoluta? Não há verdades? Como podemos definir a verdade? Como estabelecer a linha de separação entre mentira e verdade? Por que para falarmos da verdade, utilizamos a figura de alguém acorrentado? Analisemos as frases de Pablo Neruda e Winton Churchil e vamos discuti-las em sala! É preciso estabelecer aqui uma diferença entre verdade e realidade, embora ambas pareçam a mesma coisa, podemos entende-las de maneiras diferente em determinadas situações, se afirmo que um colar é de diamantes, mas trata-se de uma bijuteria, logo menti no que tratase ao material que é feito o objeto, mas o objeto existe, logo é real. Entretanto, não é real a minha afirmação. C. a atitude correta do sábio é a suspensão do juízo e, como consequência prática, a aceitação com serenidade do fato de não poder discernir o verdadeiro do falso.

David Hume (séc. XVIII) reconhece os limites muito estreitos do entendimento humano. Ele afirmava que estamos subjugados aos nossos sentidos, sentimentos, certezas e hábitos e, portanto nossas certezas são diminuídas a probabilidades. Para Marx esse conhecimento que aparece de forma distorcida é a ideologia, ou seja, um conhecimento ilusório que tem por finalidade mascarar os conflitos sociais e garantir a dominação de uma classe, impedindo que a classe submetida desenvolva uma visão do mudo mais universal e lute pela autonomia de todos. b) Nietzsche: Friedrich Nietzsche (1844-1900) Para ele, o conhecimento não passa de interpretação, uma atribuição de sentidos, e não é jamais uma explicação da realidade. Conferir sentidos é, também, conferir valores, ou seja, os sentidos são atribuídos a partir de determinada escala de valores que se quer promover ou ocultar.

estabelecimento da verdade, deixa de ser algo racional e passa a ser um valor de existência, Ou seja, o valor das coisas fortalecem o nosso querer viver. Outra ideia fundamental de Nietzsche é a do perspectivismo, consiste em considerar uma ideia a partir de diferentes perspectivas. Utopia para encerrar! Notou como todos nós possuímos uma ideia de mundo ideal, ou pelo menos de uma vida ideal para nós? Os seres humanos são movidos pelas ideias, pelos sonhos e perspectivas, sem estas, sem este conhecimento a ser alcançado a vida parece perder certo sentido. Utopia, é vislumbrar um horizonte para te manter em movimento, mesmo que nunca o alcance, ela pode ser a verdade ou um sonho a ser atingido. Carlos Drummond de Andrade) A porta da verdade estava aberta, mas só deixava passar meia pessoa de cada vez.

Assim não era possível atingir toda a verdade, porque a meia pessoa que entrava só trazia o perfil de meia verdade. E sua segunda metade voltava igualmente com meio perfil. Está na nossa hora de registrar nossa visão a respeito deste assunto, diante do que foi estudado e deste poema de Carlos Drummond de Andrade, vamos redigir uma redação em que cada um de nós explicará a nossa visão a respeito da verdade e da arte de conhecer. ESCOLA ADONAI - APOSTILA DE FILOSOFIA – 2019 Diretora: Rose Sacramento Autoria, organização e arte: Dielson Costa. Você já ouviu falar de Metafísica? h Conseguiria definir o que é razão? ESCOLA ADONAI - APOSTILA DE FILOSOFIA – 2019 Diretora: Rose Sacramento Autoria, organização e arte: Dielson Costa. Capítulo 3 – A Metafísica Descartes é considerado o "pai da filosofia moderna", porque, ao tomar a consciência como ponto de partida, abriu caminho para a discussão sobre ciência e ética, sobretudo ao enfatizar a capacidade humana de construir o próprio conhecimento.

O propósito inicial de Descartes foi encontrar um método tão seguro que o conduzisse à verdade indubitável. Como somos imperfeitos e finitos, não podemos ter a ideia de perfeição e infinitude, ESCOLA ADONAI - APOSTILA DE FILOSOFIA – 2019 Diretora: Rose Sacramento Autoria, organização e arte: Dielson Costa. a menos que a causa dessa ideia seja justamente Deus, que imprime em nossa mente a ideia de perfeição e infinitude. Descartes formula mais urna prova da existência de Deus, conhecida como prova ontológica: o pensamento desse objeto- Deus- é a ideia de um ser perfeito; se um ser é perfeito, deve ter a perfeição da existência, caso contrário lhe faltaria algo para ser perfeito. Portanto, ele existe. Uma vez estabelecida, por dedução, a ideia inata de Deus como ser perfeito, o passo seguinte seria indagar sobre a realidade das coisas materiais.

David Hume (1711-1776), filósofo escocês, levou mais adiante o empirismo de Francis Bacon e John Locke. Conforme a tradição empirista, em sua obra Tratado da natureza humana, Hume preconiza o método de investigação, que consiste na observação e na generalização. Afirma que o conhecimento tem início com as percepções individuais, que podem ESCOLA ADONAI - APOSTILA DE FILOSOFIA – 2019 Diretora: Rose Sacramento Autoria, organização e arte: Dielson Costa. ser impressões ou ideias. A diferença entre elas depende apenas da força e da vivacidade pelas quais as percepções atingem a mente. associarmos calor e fogo, peso e solidez ou concluirmos que o Sol surgirá amanhã porque surgiu ontem e hoje. Hume nega, portanto, a validade universal do princípio de causalidade e da noção de necessidade a ele associada.

O que observamos é a sucessão de fatos ou a sequência de eventos e não o nexo causal entre esses mesmos fatos ou eventos. É o hábito criado pela observação de casos semelhantes que nos faz ultrapassar o dado e afirmar mais do que a experiência pode alcançar. A partir desses casos, supomos que o fato atual se comportará de forma análoga. A filosofia do Iluminismo também sofreu a influência da revolução científica levada a efeito por Galileu no século XVII. O método experimental recém-descoberto teve a técnica como aliada, expediente que fez surgirem as chamadas ciências modernas. Posteriormente, a ciência seria responsável pelo aperfeiçoamento da tecnologia, o que provocou no ser humano o desejo de melhor conhecer a natureza para dominála.

Por fim, a natureza passou a ser vista de maneira secularizada, desvinculada da religião. Livre de qualquer controle externo, sabendo-se capaz de procurar soluções para seus problemas com base em princípios racionais, o ser humano estendeu o uso da razão a todos os econômico, religioso. A sensibilidade é a faculdade receptiva, pela qual obtemos as representações exteriores, enquanto o entendimento é a faculdade de pensar ou produzir conceitos. Em cada uma dessas faculdades, Kant identifica formas a priori. O alemão Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770--1831) viveu a turbulência daqueles momentos que sacudiram a Europa e entusiasmou-se com eles. Conta-se que, ainda jovem, com 19 anos, ao lado de Schelling e Hõlderlin, celebrou a Revolução Francesa com o plantio simbólico de uma árvore. Sua admiração por Napoleão, pela capacidade humana de transformação e pelo elogio aos movimentos políticos revolucionários refletiu-se em sua concepção filosófica de história.

No entanto, desde seus primeiros escritos já aparecia essa noção de espiritualidade, que não se confundia com a religião tradicional. Diante do poder espiritual arruinado de seu tempo, Comte via a necessidade de refundá-lo em princípios não teológicos, por meio da criação de uma Igreja Positivista, ESCOLA ADONAI - APOSTILA DE FILOSOFIA – 2019 Diretora: Rose Sacramento Autoria, organização e arte: Dielson Costa. principalmente para convencer o proletariado a abandonar o projeto revolucionário. A religião do positivismo integra a sociedade dos vivos na comunidade dos mortos, na trindade formada pelo Grande Ser (a humanidade), pelo Grande Feitiço (a Terra) e pelo Grande Meio (o Universo). Seria a religião da humanidade que forneceria o enquadramento social para alocar os indivíduos ao abrigo das convulsões históricas.

Dentre suas obras, destacamos Temor e tremor, O conceito de angústia, Migalhas filosóficas. Severo crítico da filosofia moderna, Kierkegaard afirma que desde Descartes até Hegel o ser humano não é visto como ser existente, mas como abstração - reduzido ao conhecimento objetivo - , quando na verdade a existência subjetiva, pela qual o indivíduo toma consciência de si, é irredutível ao pensamento racional, e por isso mesmo possui valor filosófico fundamental. Para Kierkegaard, a existência é permeada de contradições que a razão é incapaz de solucionar. Critica o sistema hegeliano por explicar o dinamismo da dialética por meio do conceito, quando deveria fazê-lo pela paixão, sem a qual o espírito não receberia o impulso para o salto qualitativo, entendido como decisão, ou seja, como ato de liberdade.

Por isso é importante na filosofia de Kierkegaard a reflexão sobre a angústia que precede o ato livre. sobrepostas das expressões e gestos humanos". O trabalho interpretativo volta-se, em primeiro lugar, para o exame do conjunto do texto metafísico, a fim de desmascarar o modo pelo qual a linguagem passou do nomear as coisas concretas para o sistematizar verdades eternas. Como método de decifração, Nietzsche propõe a genealogia, que coloca em relevo os diferentes processos de instituição de um texto, mostrando as lacunas, os espaços em branco mais significativos, o que não foi dito ou foi reprimido e que permitiu erigir determinados conceitos em verdades absolutas e eternas. A genealogia, portanto, visa a resgatar o conhecimento primeiro e que foi transformado em verdade metafísica, estável e intemporal.

Mas a vida é um devir está sempre em movimento - e, portanto, não é possível reduzi-la a conceitos abstratos, a significados estáveis e definitivos. O filósofo francês Michel Foucault (1926-1984) descarta a hipótese de buscar uma verdade essencial, opondo-se à epistemologia da modernidade. Investigando como as ideias de loucura, disciplina e sexualidade foram construídas historicamente desde o século XVI, apresenta uma nova teoria em que estabelece um nexo entre saber e poder. Suas principais obras são Arqueologia do saber, História da loucura na era clássica, As palavras e as coisas, Vigiar e punir, História da sexualidade e Microfisica do poder. Ao contrário da tradição da modernidade, pela qual o saber antecede o poder, para ele, a verdade não se encontra separada do poder, antes é o poder que gera o saber.

De início, pelo processo ESCOLA ADONAI - APOSTILA DE FILOSOFIA – 2019 Diretora: Rose Sacramento Autoria, organização e arte: Dielson Costa. Muito além da razão, a exemplo de Nietzsche, buscamos a gênese dos valores e a recuperação dos instintos vitais. E, a partir de Freud e Marx, admitimos que a razão pode também ser deturpadora e pervertida. Diante dos impasses da razão que produz o irracionalismo - sobretudo quando ela se torna arma do poder e agente do autoritarismo, em vez de instrumento da liberdade humana -, diversos filósofos seguiram caminhos às vezes conflitantes e muitos que polemizaram entre si, culminando com a crítica mais severa levada a efeito pelos pósmodernos. Outros procuram recuperar o impulso crítico nascido com a ilustração, que acenara com a esperança de construção racional do nosso destino, livres da tirania e das superstições.

O paradigma da racionalidade moderna precisa ser contestado, não por meio do irracionalismo, mas sim pela atividade crítica da razão mais completa e mais rica, que dialoga e se exerce na intersubjetividade.

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