A HISTORIA DA IGREJA

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Dr. Duncan Alexander Reily conseguiu unir as duas coisas nestes estudos sobre a História da Igreja. Com estes dados históricos e um rico embasamento bíblico, seu grupo pode acompanhar o desenrolar da história da Igreja Cristã. E este estudo não deixará seu grupo com os olhos voltados apenas para o passado. Estas lições do passado abrirão nossos olhos para a missão presente para a qual o Senhor da História está nos chamando aqui e agora. VII - A Oficialização da Igreja. VIII - Os Concílios - Enfrentando as Divergências. IX - Concílios - O que Estava em Jogo?. X - Concílios - O que é que conseguiram Fazer?. XI - O Poder Eclesiástico e o Poder Temporal.

Vamos tentar perceber um pouco o sentido de dominação e como reage o povo frente a tal dominação. Mas, para uma melhor perspectiva, vamos recordar o que foi a história dos Hebreus desde os primórdios, a saber: uma longa sucessão de dominações e correspondentes libertações. Aliás, um dos temas mais constantes da Bíblia é a libertação do povo hebreu da sua quase escravidão no Egito, na qual Moisés serviu Deus como agente desta libertação. Nenhuma compreensão do Antigo Testamento pode ser considerada adequada sem que se perceba como pano de fundo o surgimento e a queda dos impérios do chamado Crescente Fértil — a área dos rios Tigre e Eufrates. Assim, sucessivamente se levantam Assíria (à qual Israel, o Reinado do Norte, sucumbia em 722 a.

A cultura grega, fortemente aprovada pela corte da Síria, ganhou muitos adeptos entre os judeus, especialmente das classes altas, aos quais a cultura grega parecia muito mais desenvolvida que a hebraica. Antíoco IV, chamado Epifânio, tentou em dezembro de 168 a. C. extirpar a cultura judaica e destruir sua religião. Portanto, ele tomou o templo de Jerusalém e ofereceu um porco sobre o altar-mor, ato considerado abominável pelos judeus (cf. O Período dos Macabeus Surge assim o período chamado dos Macabeus, pois Matatias e seus filhos foram forçados à ação de guerrilha. O primeiro filho, Judas, liderou o povo nesta sua luta contra um helenismo imposto. Seu sucesso contra os destacamentos sírios lhe deu o apelido de Macabeu (MAKKABI), o "martelador". Ele e seus seguidores investiram contra Jerusalém, onde, a 25 de dezembro de 165 a.

C, ele purificou o Templo e reinstituiu os sacrifícios diários, onde durante os 3 anos anteriores queimavam-se sacrifícios a Zeus, o chefe do panteão grego. A guarda do sábado, a recusa de comer porco, a circuncisão do filho ao oitavo dia — tudo isso era rebelião contra a imposição do inimigo. Eram vistos como homens de convicção, de fibra e de caráter a toda prova. Mas, no tempo de Jesus — que é nosso próximo momento o fariseu já projetava uma outra imagem. Ele não era mais visto como do povo e nem amigo do povo. Não era da classe mais alta (esta era reservada aos saduceus), mas sua longa tradição de uma observação meticulosa da lei o havia transformado em um rancoroso desprezador de todos aqueles que não quiseram ou não puderam guardá-la com igual rigor.

Em Lucas, que diverge de Mateus e Marcos aqui, a nota profética não é menos presente. Não só Jesus se associa a João Batista na sua pregação de arrependimento (cf. mas Jesus inaugura sua missão em Nazaré com a mensagem libertadora de Isaías 61. Lc 4. O povo que escutava a pregação e acompanhava o seu ministério era unânime em ver em Jesus o modelo do profeta João Batista, Elias, Jeremias (Mt 16. Ou é Filipe que, começando com Is 53. anunciou Jesus ao Eunuco da Etiópia (At 8. Assim, Estevão argumentou no Sinédrio que Jesus seria aquele profeta semelhante a Moisés (At 7. certamente não apenas um legislador, mas essencialmente um libertador! Nas passagens e nas afirmações acima, não apenas se tem a certeza de que Jesus aceitou o papel de profeta, mas percebe-se também o tipo de profeta que ele pretendia ser.

Seus temas estavam relacionados com o Reino de Deus, de justiça e paz, de libertação e abundância. — O povo comum, os pobres, o ouviam com prazer (Mc 12. e, pelo menos na ocasião da Entrada Triunfal, houve uma manifestação pública que poderia ter sido transformada em um exército popular para tentar assumir poder em Jerusalém (cf. Mc 11. Neste momento, tudo indica que Jesus poderia, se quisesse, iniciar uma revolta que, possivelmente, teria libertado Israel do jugo romano. O Evangelho de João diz que, por ocasião da multiplicação dos pães, a multidão quis "arrebatar para o proclamar rei", mas Jesus percebendo isto "retirou-se sozinho para o monte" (Jo 6. c) sofreram por serem aqueles que mataram Jesus. d) com sua astúcia em assuntos financeiros, conseguiram sempre dominar os outros.

Antíoco IV, chamado Epifânio: a) foi um soldado romano condecorado por bravura na conquista da Palestina. b) foi um soldado romano que se converteu ao judaísmo. c) tentou extirpar a cultura hebraica e destruir sua religião. Deus, pela ressurreição, poderosamente manifestou Jesus como seu filho, e fez da Páscoa o símbolo da libertação universal. O Pentecoste, sete semanas após, lembrava aos Judeus que Deus estabelecera com eles uma aliança e havia lhes dado a sua Lei. Ex 20. sugere a ligação íntima entre os dois eventos. O Pentecoste Cristão, assinalado pela manifestação do Espírito de Deus, foi a renovação da aliança entre Deus e seu novo povo, não mais apenas de Judeus, mas "de todas as nações que estão debaixo do céu" (At 2.

que discutia teologia com elas e ouvia delas as mais sublimes afirmações (Jo 11. e que aceitava alegremente a colaboração de discípulas, as quais não apenas o serviam na Galiléia, como o acompanharam mais de perto que os discípulos (homens) na sua Paixão (Mt 27. e a quem ele primeiro se manifestou após a ressurreição (Mt 28. Mc 16. Jo 20. Eis que estou convosco todos os dias". É nesse contexto de declaração e promessa que Jesus ordena o "ide". Este é o sentido do "portanto". É paralelo a Êxodo 20 (Dt 5) onde, antes de ordenar "Não terás outros deuses diante de mim", Deus lembra ao povo que ele havia tirado Israel da escravidão no Egito. Portanto, "Não tereis outros deuses". Há um quadro desta vida, idealizada, sem dúvida, em Atos (2.

Os elementos mais marcantes desta são resumidos no versículo 42: a) A doutrina dos apóstolos* que, sem sombra de dúvida, se refere à profecia messiânica, a morte, sepultamento, ressurreição e os encontros do Cristo redivivo com seu povo (cf. At 2. I Co. b) Uma tal solidariedade que "os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum", de modo que ninguém passava necessidade. Um outro aspecto não pode deixar de ser destacado, a saber: a questão da unidade. Dificilmente esta ênfase pode deixar de ser vista numa leitura cuidadosa do cap. de Atos. Sem nos preocupar demasiadamente com os detalhes desta experiência única, uma leitura cuidadosa nos deixa com certas impressões indeléveis. Foi quando a totalidade da comunidade — homem e mulheres — se encontrava unida, que a promessa de Jesus foi cumprida (cf.

c) a Lei Judaica é irrelevante para os tempos modernos. d) Jesus nem tomava conhecimento da lei contida no Antigo Testamento. At 16. nos leva à conclusão que os desígnios de Deus: a) se realizam exclusivamente por ação divina. b) se realizam exclusivamente através da ação humana. Para se aprofundar mais Sendo válida a observação de que Lucas registrou no seu primeiro volume (o Evangelho de Lucas) tudo que Jesus começou a fazer na vida terrestre e registrou no seu segundo volume (Atos dos Apóstolos) aquilo que Jesus continuou a fazer após sua morte, ressurreição e ascensão, Jesus estaria continuando seu trabalho ainda hoje? Como? Por intermédio de quem? 6 - Colocar os seguintes dizeres em papel de metro ou em quadro de giz e incentivar o grupo a completar: O que nossa igreja local faz de mais significativo para comemorar o Pentecoste é.

Pentecoste poderia ser mais significativo para nós se fizéssemos assim em local:. nossa igreja Para nós, o significado duradouro de Pentecoste. III - "OS SETE" Surge um Problema Um momento de conflito e de aparente injustiça ameaçou perturbar a paz da Igreja em Jerusalém. Não se tratava de diferença teológica ou doutrinária, mas pode ter tido sua base num preconceito tão profundo que nem era reconhecido por aqueles que o nutriam. Eram "esquecidas". Talvez a coisa pior que pode acontecer a alguém — simplesmente não eram vistas como pessoas importantes. E o resultado era que não recebiam ò que deveriam receber na distribuição. Mas as viúvas, na Igreja, não eram aquelas figuras desamparadas da sociedade comum; havia alguém que, percebendo sua situação, "pôs a boca no mundo" até que se tomasse uma medida satisfatória.

Eis então o problema: a distribuição diária, que visava cuidar das viúvas desamparadas pela sociedade, de maneira bem concreta e de todas elas, independente de sua origem nacional ou racial, não estava atendendo às viúvas gregas. Eles não perderam sua confiança na capacidade dos discípulos de acharem soluções satisfatórias para seus problemas. Surge uma Solução Os apóstolos* propõem à comunidade da fé: "Escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios de Espírito e de Sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço" (At 6. A Congregação concordou com a proposta, que não foi simplesmente imposta pelos doze. E foram eles que escolheram os sete; pessoas da confiança da Igreja toda. Gostaríamos que tivessem ido um passo além nesse processo de democratização, incluindo algumas das próprias viúvas, mas isto não aconteceu! Pouco sabemos sobre as pessoas escolhidas para esse serviço.

Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir as mesas" (At 6. Como já mencionamos acima, os apóstolos viam como sua função principal testemunhar a ressurreição de Jesus. Em certo sentido, era uma coisa insubstituível. Historicamente, havia apenas um número limitado que havia seguido Jesus desde suas andanças na Galiléia, acompanhando-o também até Jerusalém onde Ele foi crucificado e haviam visto Jesus depois de sua ressurreição. Mas a experiência posterior da Igreja mostra que ambas as pressuposições chegaram a ser seriamente questionadas. se destacou nas suas pregações perante a chamada Sinagoga dos Libertos e perante o Sinédrio; tão corajosamente pregou Jesus como o cumprimento das profecias que foi apedrejado, tornando-se o primeiro mártir Cristão.

A pregação de Filipe em Samaria se acompanhou de sinais e curas (8. é ele, através da conversão do eunuco também, o evangelista indireto da Etiópia (8. Não sabemos dos outros cinco, mas não somos obrigados a pensar que eles se dedicaram exclusivamente à distribuição de alimentos. Finalmente, a importância desta obra, que se assemelha aos "Atos de misericórdia" no Plano Vida e Missão, é tão evidente que os apóstolos* formalizaram a eleição dos sete com um ato pleno de solenidade: "orando, lhes impuseram as mãos" (6. EXERCÍCIO Escolha a melhor resposta 1 - Atos 6. nos leva a concluir que a Igreja Primitiva: a) abandonou a "Ação Social" e se dedicou exclusivamente à evangelização. b) conseguiu se entender em torno de questões espirituais, mas nunca chegou a um acordo em torno de assuntos sociais.

c) teve a notável preocupação em atender às necessidades da comunidade de fé — sejam necessidades materiais, sejam espirituais. d) distribuiu alimentos como "isca" para atrair estranhos para o seio da igreja. Todos eram desafiados a testemunharem do Cristo Vivo em palavras e ações. De fato, dois dos Sete se destacaram no ministério da proclamação. c) a Igreja ampliou mais esta divisão e deu um modelo para a sociedade secular onde trabalho braçal e prestação de serviço são inferiores e recebem salários mais baixos. d) os diáconos tomaram o poder e passaram a mandar na Igreja. Para se aprofundar mais a) Vocês se lembram de um desentendimento que ocorreu em uma congregação local? Como o grupo enfrentou o problema? A solução foi individual? Legalista? Jurídica? Comunitária? Cristã? b) Como pode a Igreja proclamar a Cristo hoje — por Atos e Piedade ou Atos de Misericórdia ou por intermédio de ambos estes atos? c) Comparar a ênfase dos Dons e Ministérios com o modelo da igreja que encontramos em Atos 6.

O próprio Pedro é "empurrado" por Deus através da visão dos animais puros e imundos (At 10. para oferecer Cristo ao "temente a Deus" Cornélio, centurião romano. Deus prova a aceitação de Cornélio e sua família por lhes derramar o Espírito Santo, e Pedro se sentiu obrigado a batizá-los (At 10. Entrementes, discípulos, fugindo da perseguição, pregaram Cristo a "gregos" (gentios* em Antioquia). A mão do Senhor estava com eles, e muitos, crendo, se converteram ao Senhor" (At 11. Pois Pedro havia revertido à velha exclusividade judaica de não comer com gentios*, mesmo quando estes fossem seus irmãos em Cristo! Paulo o resistira cara a cara! Sim, ocorriam, às vezes, diferenças entre pessoas na liderança da Igreja nos tempos apostólicos!* b) Mas a Igreja agiu rapidamente para resolver o problema.

Crise havia, mas ela não imobilizou a Igreja como muitas vezes ocorre hoje. Também nada de "panos quentes". O essencial era um diálogo franco de parte a parte, com boa representação de todos os lados. E não só de liderança! Da Antioquia foram Paulo e Barnabé (notem a ordem!) e "alguns outros" (At 15. etc), expressa sua liberdade através do seu compromisso com o Reino de Deus e Sua Justiça. Como o próprio Paulo disse na sua epístola mais veemente em favor da liberdade cristã, a de Gálatas, ". fostes chamados à liberdade, porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede antes servos uns dos outros, pelo amor" (5. Lutero entendeu bem o que Paulo estava dizendo, por isso no seu magnífico tratado sobre a liberdade ele insistiu que o cristão é, a uma vez, o ser humano mais livre do mundo e o mais preso, pois ele passa a ser o servo de todos! 5) Por que destacar idolatria, abstenção do sangue e impureza sexual? Quer me parecer que há aqui uma maneira, bem prática, bem dentro da compreensão até de cristãos novos a insistir em três valores duradouros, a saber: a) O cristianismo, como o judaísmo, não admite divisão de lealdades.

O judeu se lembrava sempre: ". Pois como Tiago disse, a verdadeira religião consiste em visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo (Tg 1. EXERCÍCIO: Escolha a melhor resposta 1 - Os dois textos, Atos 15. e Gálatas 2. relatam o Concilio de Jerusalém. a) estes dois relatos são idênticos. como sendo totalmente falho. O Concilio de Jerusalém é o clímax de vários acontecimentos que mostram: a) que a Boas Novas do Reino não se destinam apenas aos judeus. a) que Jerusalém é a Cidade Santa, portanto sede incontestável do cristianismo. b) que os judeus, de fato, são o povo escolhido. c) a superioridade da religião judaica. d) nem Pedro nem Paulo se entusiasmaram com as mesmas.

Para aprofundar mais e trocar idéias em grupos Hoje colocamos pesos desnecessários sobre os candidatos à conversão? Apresentamos as Boas Novas do Evangelho com seu espírito libertador ou colocamos obstáculos de legalismos e dificuldades mesquinhas perante os interessados? Como encontrar um equilíbrio entre uma disciplina eclesiástica necessária e prudente para garantir à unidade da igreja e contribuir para a edificação dos fiéis, sem cair no legalismo mortificante? Comparar alguns costumes de disciplina eclesiástica de outros grupos religiosos com os da nossa igreja. Quais costumes aproximam mais o modelo dado pelo Concilio de Jerusalém? 22 V – A IGREJA PERSEGUIDA Quando se trata da questão da perseguição, há diversos aspectos que devem ser considerados, tais como: - Quem perseguiu a Igreja? Por que a perseguiram? - De que consistiu a perseguição; qual a duração e a intensidade das perseguições? - Como os cristãos encaravam a perseguição e como se portaram mediante ela(s)? Talvez, para fins de clarificação, devemos fazer algumas breves declarações sobre as perseguições, a fim de responder, de forma sucinta, o tipo de pergunta que nos propusemos acima.

A Igreja nasceu sob a nuvem de suspeita; seu fundador fora crucificado ostensivamente como revolucionário pelo governo romano, instigado a isto pela liderança judaica de Jerusalém a qual viu Jesus como ameaça a seus privilégios e à própria religião judaica como eles a entendiam. Aquilo que fora feito com o líder facilmente aconteceria aos discípulos. Pois imediatamente na narrativa de Lucas vem o episódio da cura do coxo por Pedro e João. O povo, de fato, aceita seu testemunho e dois mil se convertem; os sacerdotes e os saduceus, "ressentidos por ensinarem eles o povo e anunciarem em Jesus a ressurreição dentre os mortos" (os saduceus não admitem a possibilidade da ressurreição), prenderam os apóstolos* e os proibiram, sob ameaça, a pregar em nome de Jesus (o que se recusaram a fazer).

Mas é apenas o prelúdio de perseguições, sempre às mãos dos judeus (não o governo romano), em escala cada vez mais geral e violenta. Os apóstolos* todos são presos, açoitados e ameaçados pelos principais sacerdotes (5. Estevão, pregando Jesus na Sinagoga dos Libertos, irritou os anciãos, os quais o levaram perante o Sinédrio*, onde ele tentou provar que Jesus fora o profeta prometido por Moisés (7. Para encurtar a longa história da perseguição da Igreja no Novo TeStamento, podemos lembrar que Paulo, após sua terceira viagem missionária, resolveu ir a Jerusalém, onde foi falsamente acusado de pregar contra a religião judaica e ainda de introduzir um grego (ilegalmente) no templo. Teria sido linchado pelos judeus se não fosse a pronta ação dos soldados e centuriões romanos.

Ficou preso por muito tempo e, mediante sua própria escolha, foi levado, ainda preso, à Roma. Mas a real perseguição que sofreu, sofreu-a nas mãos dos judeus e não dos romanos. Mas o que a Igreja apostólica* sofreu de perseguição às mãos dos judeus ela sofreu ainda em maior escala em Roma. Um exemplo destes seriam os açougueiros que funcionavam nos templos (dos animais imolados, só parte era usada nos sacrifícios, a carne boa era vendida a bom preço!) Daí o governador Plínio persegue ferrenhamente a Igreja. Qualquer cristão que persistia na sua fidelidade a Cristo pelo mero fato de ser cristão era condenado à morte; aliás, até o tempo de Constantino, no início do quarto século (por volta de 311-313 d.

C. ser cristão era tido como crime digno de morte! Há muitos exemplos de cristãos que enfrentaram a morte corajosamente, apesar de ameaças e a mais feroz tortura. Deveras, o martírio como a mais perfeita imitação de Cristo era o modelo para os cristãos e as cristãs durante o segundo e terceiro séculos (e começo do quarto, quando desabou a mais cruel e generalizada perseguição de todos). Jura pelo espírito de César, retrata-te; grita 'Abaixo os ateus!' (os cristãos, que adoravam um Deus invisível, do qual não faziam imagens, eram considerados ateus). Policarpo, muito gravemente olhando para os pagãos que enchiam as escadarias do estádio e acenando para eles, suspirou e exclamou: - “Abaixo os ateus!” O procônsul insistiu: - “Jura, e eu te soltarei.

Insulta a Cristo”. Policarpo respondeu: - “Oitenta e seis anos há que sirvo a Cristo. Cristo nunca me fez mal. Os que conseguiram aproximar-se, injuriosamente precipitaram-se sobre ele com pancadas e golpes, sem levar em conta a sua idade; os que estavam mais longe atiravam nele tudo quanto tinham à mão; todos se teriam considerados réus de impiedade e de grave delito se não ultrajassem ao infeliz. Criam que desse modo vingavam a injúria feita a seus deuses. Daí, apenas respirando, foi levado ao cárcere, onde entregou a alma dois dias depois. Portanto, em tempos de perseguição, que não eram constantes e nem aconteciam em todo o lugar, os cristãos e as cristãs — dos quais havia muitos que não sofriam apenas às mãos dos magistrados, muitos eram virtualmente linchados, como no caso do velho Potino, pela população irada por causa das calúnias levantadas sobre os cristãos.

Na mesma perseguição, foi martirizada a jovem escrava Blandina, à qual os próprios cristãos temiam que lhe faltasse a firmeza para confessar a fé. Inácio, Bispo de Antioquia, foi levado para o martírio em Roma no começo do segundo século. No caminho: a) enviou uma carta à igreja em Roma pedindo que os líderes usassem sua influência para salvá-lo da morte. b) escreveu uma carta amaldiçoando seus inimigos. c) enviou uma carta à igreja em Roma implorando aos fiéis a não tentar libertá-lo, pois com este martírio então seria, de fato, um discípulo de Jesus. d) escreveu uma carta perdoando seus malfeitores. O bispo de Roma, ou seja, o Papa, preside sobre uma vasta hierarquia de cardeais, de arcebispos, de bispos etc, como é sabido por todos.

No cristianismo oriental (ou Ortodoxo), diversos Patriarcas presidem sobre os fiéis de países inteiros ou de vastas regiões, tendo abaixo deles toda uma hierarquia bem como sacerdotes, monges e monjas em grande número. Obviamente, a Igreja Metodista também tem uma hierarquia bem estabelecida. No Brasil, os sete bispos, individualmente e como Colégio, reúnem muito prestígio, influência e poder entre os metodistas do país. Isto é bom ou mau? Será uma aberração? Não é tão fácil responder a essa pergunta! Vejamos o que podemos descobrir através de um exame da Igreja nos tempos apostólicos* e pós-apostólicos. Efésios 4. representa um estágio de transição entre um ministério estritamente carismático e um mais hierarquicamente estruturado.

As últimas duas colunas mostram o processo para um estágio de ordens fixas e mais ou menos hierarquicamente estruturadas. Apesar da variedade de dons e ministérios nas primeiras três colunas, há também elementos em comum; Profetas e profecia fazem parte das três listas, e ainda a de Efésios. Ainda com palavras diferentes, o ministério de ensino aparece nas três colunas e em Efésios (Doutores). OS MINISTÉRIOS NO NOVO TESTAMENTO Mesmo dentro do Novo Testamento, como vimos, há evidência de uma considerável evolução nos conceitos de ministérios, e especialmente nos títulos dados aos diversos ministérios. Dissemos acima que Ef 4. marca a transição. Nesse versículo, duas fases de ministérios podem ser distinguidas: apóstolos*, profetas e evangelistas representam a fase missionária, itinerante, carismática.

Pastores e doutores são servos especialmente na igreja local. Seguem os profetas (e profetizas): o evangelista Filipe, por exemplo, teve "quatro filhas donzelas, que profetizavam" (At 21. cf. At 2. Mulheres ensinavam e exortavam, a exemplo de Priscila, à qual, junto com seu marido Áquila, cuidava (pastoreava?) da comunidade cristã em Éfeso, onde também ensinou a Apoio "mais pontualmente o caminho de Deus" (At 18. E o que dizer de Dorcas, cujas caridades tanto comoveram a comunidade de Jope (At 9. A função da proclamação, a do ensino, a presidência do culto e sacramento, do serviço à comunidade da fé e à comunidade maior eram indispensáveis, de modo que pouco a pouco assumiram formas mais definidas e institucionalizadas. É provável que alguns dos ministérios que surgiram na Igreja tenham tido modelos na sinagoga judaica.

Alguns estudiosos encontram no HYPERÉTES (At 4. onde ele é chamado de "ministro") o bispo; outros o vêem como o modelo do diácono. O ancião ou "presbítero" era figura importante na vida pública e religiosa de Israel, como o era em Roma (o Senado era a assembléia dos anciãos etc). ou o desejo de ser grande. Mas, a estes últimos Jesus falou: "Se alguém quiser ser o primeiro, será o derradeiro de todos e o servo de todos" (Mc 9. Parece que nas passagens bíblicas examinadas, as posses das pessoas, geralmente tão valorizadas hoje, e que podem sutilmente influenciar na escolha de pessoas para os diversos ministérios da Igreja, não pesavam. A Didaquê, por sua vez, vê no dinheiro um possível empecilho ao verdadeiro serviço: nenhum "amante ao dinheiro" servia para ser eleito Bispo ou Diácono! Não, a categoria bíblica é outra — é servo.

E tinha que ser assim. Na descrição dos ministérios na Igreja de Cristo: a) mulheres não aparecem como participantes. b) ambos os sexos exercem os dons e ministérios. c) o Espírito proíbe a participação de mulheres explicitamente. d) as mulheres tiveram oportunidades de exercer os ministérios mas não quiseram, preferindo as prendas domésticas. Pode-se traçar no Novo Testamento: a) uma eventual transição e quase substituição de dons e ministérios pelo ministério de ordens e hierarquia. A despeito disso, porém, a Igreja se havia espalhado largamente. Os inimigos da Igreja eram tanto de dentro como de fora. De dentro, surgiram modos de interpretar o ensino cristão que simplesmente não atendiam ao ensino bíblico tradicional (ou seja, do Antigo Testamento) e nem interpretavam adequadamente a natureza e a obra de Jesus Cristo.

Os historiadores chamam o conjunto destas novas interpretações de "gnosticismo* pelo fato que ensinavam que a salvação depende de conhecimento (que na língua grega é gnosis). Todos os sistemas desprezavam a matéria como má (portanto negavam a doutrina* bíblica da criação e da verdadeira humanidade de Jesus Cristo). C), o imperador Diocleciano iniciou a mais severa perseguição de todas, na qual ele procurou derrotar o cristianismo, visto por ele como ameaça ao Império, o qual já não apresentava o seu antigo vigor e prosperidade. Por sucessivos decretos ele tentou forçar os bispos (ou seja, os pastores) a renunciar sua fé (ou então morrer), confiscou as Bíblias e destruiu os templos cristãos (construídos no período da paz acima mencionada) e finalmente forçar os cristãos individualmente a renunciar sua fé ou sofrer punição e até a morte.

Após 10 anos da mais severa perseguição, menos severo no Ocidente onde reinava Constâncio Cloro (o pa de Constantino), o então Imperador Galério, enfermo, convocou seus colegas do governo imperial para decretar tolerância aos cristãos em troca da; suas orações em favor da sua saúde abalada (311 d. C). Esteve presente Constantino, governante do ocidente depois da morte do seu pai, e já simpático à causa dos Cristãos, e Licínio. C). Porém os governantes do Oriente continuaram a perseguição dos cristãos até que aqueles fossem vencidos em batalha. Maximino Daia ainda persistia na perseguição do cristão e se constituíra em inimigo de Constantino e Licínio. Licínio enfrentou Maximino Daia perto de Adrianópolis e o derrotou definitivamente (Abril de 313).

Posteriormente (314) Constantino enfrentou também Licínio e se estabeleceu senhor de 75% do Império. Ele facilita a participação dos fiéis aos cultos semanais no dia do Senhor (o dia principal do culto cristão desde o início), tornando o domingo em dia de descanso. Ele dispensou o clero do serviço militar etc. Tornou a Igreja em pessoa jurídica com a possibilidade de receber legados e doações. E em contrapartida ele dificultou a situação dos não cristãos, fechando seus templos, não permitindo a reforma deles etc. Em tudo agia como se fosse cristão e, na realidade, chegou a presidir como chefe da Igreja, embora só aceitasse o batismo no seu leito de morte, em 337 d. C) foi também presidido não pelos bispos, mas pelo Imperador.

Esta situação significava que decisões que deveriam ser livres decisões da Igreja passam a sofrer influência e até controle imperial, com os óbvios perigos disso. Uma outra novidade aparece. A Igreja sempre lutava em favor daquilo que julgou ser a verdade e contra o que julgava ser erro, até expulsando da Igreja aqueles cujos erros ou desvios eram grandes demais para serem tolerados. Mas com a oficialização da Igreja, heresia passa a ser crime, punível não tanto pela Igreja como pelo Estado. d) Com cristãos nos cargos governamentais, é mais fácil realizar campanhas que visem uma legislação mais humana, melhor saúde pública, melhores escolas e mais obras sociais. e) Evangélicos devem concorrer aos cargos públicos para poder conseguir mais verbas para instituições evangélicas e igrejas.

f) Devemos pregar a separação da Igreja do Estado, portanto, o cristão não deve se meter na política. g) Cristãos na política podem participar de uma maneira significativa na luta em prol dos direitos humanos, uma distribuição mais justa da renda dos bens da nação, a proteção dos verdadeiros interesses nacionais e a preservação dos recursos naturais e o equilíbrio ecológico. h) Cristãos tendem a ser ingênuos e inocentes em questões de política, portanto sua influência nunca chega a ser uma força no cenário nacional. Os bispos, tidos como os sucessores legítimos dos apóstolos* e as tradições das igrejas fundadas pelos apóstolos, eram como curadores ou guardas do depósito da fé apostólica.

E por fim, Cipriano havia estabelecido o episcopado como depositário da fé e, no caso de haver disputa entre bispos, um sínodo (ou Concilio) de bispos haveria de apurar a mente coletiva do episcopado, o que representaria a verdade. Como se Faziam Decisões O que foi escrito até aqui mostra que uma maneira para se decidir questões doutrinárias é o consenso da Igreja. Pelo uso ou pela prática, chega-se a consenso. Pois nada que mencionamos no parágrafo acima foi decidido em Concílio. Havia realmente duas fases desta controvérsia que podem ser tratadas separadamente. Mas há certo valor em vê-las como um todo. O ponto em comum realmente tem que ver com a questão: "Quem é Jesus Cristo"? 37 A primeira forma do monarquianismo* tende a ver Jesus como mero homem, e tem dificuldade em vê-lo como Deus.

É baseado em passagens bíblicas como de Marcos 1. onde na hora de batismo o Espírito de Deus desce sobre Jesus "como pomba" e uma voz do céu declara: "Tu és o meu filho amado em quem me comprazo" — o que eles interpretavam como se Jesus recebia a divindade naquele momento (pela descida sobre ele do Espírito Santo) e que Deus estava adotando o homem Jesus naquele momento como seu filho. Na primeira cena (o tempo do Antigo Testamento), ele aparece como o Pai. Depois ele aparece com a máscara de Jesus Cristo e, por fim, com a do Espírito Santo, mas na realidade o ator é um só! Estas idéias foram combatidas na sua maioria por Tertuliano, o qual conseguiu estabelecer de maneira clara e convincente que: 1) Jesus Cristo, de acordo com a revelação e a experiência cristã, é uma só pessoa na qual se reúnem duas naturezas íntegras, a humana e a divina.

O Deus dos Cristãos — ou seja, o único verdadeiro Deus — é uma substância ou natureza (a divina), mas consiste eternamente de três pessoas, Pai, Filho e Espírito Santo. O importante para nossa consideração hoje é que, sem o recurso de um Concilio Geral, a Igreja do Ocidente como um todo aceitou estas idéias como formulação adequada da revelação e da experiência da comunidade da fé. Não aconteceu imediatamente, mas, em relativamente pouco tempo a Igreja Ocidental, que passava a usar o Latim (Tertuliano foi o primeiro teólogo a escrever em Latim), que não era de índole especulativa, adquirira a formulação mais fundamental da sua fé, não sem luta (pois o próprio Tertuliano havia elaborado sua posição em polêmica com os Monarquianos*), mas na convicção de que Tertuliano havia formulado, de maneira adequada, estes artigos de fé.

C), Constantinopla (381 d. C), Éfeso (431 d. C. e Calcedônia (451 d. C). d) ocorreram muitas mudanças na vida religiosa mas poucas na vida política. Qual processo melhor descreve a maneira pela qual a Igreja decidia as questões de doutrina? a) Pela palavra autoritária de um líder forte. b) Consultas nas leis canônicas. c) Meditação e contemplação. d) A busca de consenso à luz das Escrituras e da prática da oração. Para nós, fica evidente que os antigos cristãos tinham fé em Deus (Pai), em Jesus Cristo (Filho) e no Espírito Santo. Criam na Igreja, na remissão de pecados e na vitória do cristão sobre a morte. Mas só achavam necessário elaborar sua doutrina de Deus e de Cristo.

Certamente, entre outras coisas, isto significa que havia uma larga área de fé e prática na qual uma variedade de costumes existia lado a lado. O primeiro dos Concílios* chamados Ecumênicos* (ou seja, mundiais, pois teoricamente consistem de todos os bispos da Igreja; na realidade os bispos do Ocidente estavam quase totalmente ausentes) foi o Concílio de Nicéia. Assim, em relação a Jesus, eles sempre enfatizavam o divino na sua pessoa mais que o humano. Muitas vezes, quando pessoas sinceras discordam, basta um diálogo franco e honesto para diminuir a diferença das posições e até chegar a um acordo. Assim pensava o Imperador Constantino, pois ele mandou o Bispo Hósio de Córdoba (Espanha) como intermediário para buscar uma reconciliação entre as partes em disputa, mas infelizmente isso não aconteceu.

Frustrado nesta primeira tentativa, o próprio Imperador Constantino convocou os bispos da Igreja universal para se reunirem, principalmente para buscarem uma solução adequada à questão em disputa. O Concílio (aproximadamente 300 bispos) se reuniu em Nicéia, próximo a Constantinopla (por isso chamou-se Concílio de Nicéia). Mas se Deus não se havia feito homem em Cristo — se a encarnação* não fosse uma realidade — então o ser humano não seria feito divino. Acreditar que Jesus tão somente tivesse sido adotado na hora do seu batismo ou que fosse apenas uma importante criatura de Deus, negando a plena divindade a Jesus Cristo, seria pôr em perigo todo o processo da salvação. Isto estava em jogo, pensava Atanásio, e qualquer sacrifício pessoal seria pequeno para garantir a aceitação dessa posição (e, de fato, Atanásio sofreu grandemente por causa das suas convicções, inclusive foi exilado 5 vezes).

Em que é que o partido de Ário queria insistir? Entre outras coisas, eles queriam insistir que há um só Deus — não dois ou três. É a crença mais preciosa dos Judeus e a própria substância de seu credo: "Ouve, ó Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor" (Dt 6:4). Portanto, nunca esteve em dúvida a crença na primeira pessoa da Trindade. A decisão de Nicéia deixou claro que Jesus Cristo, ou seja, o Filho, também é plenamente divino, ou em palavras ainda mais claras: Jesus Cristo também é Deus. Não estava ainda em pauta — mas viria a ser — a questão do Espírito Santo. Os versículos citados acima (Mt 28:19; 2Co 13:13; Jo 14:16; Rm 8:16) falam de Jesus Cristo, mas também falam do Espírito Santo na vida da Igreja e na vivência cristã.

O credo também afirmava a crença no Espírito Santo. PARA SE APROFUNDAR MAIS Tente formular em seu grupo um CREDO. Concentre naquilo que o grupo pensa sobre Jesus Cristo — sua pessoa, sua natureza, seu relacionamento com o Pai e sua importância para nossa caminhada de fé hoje. Verifique se seu grupo tem a capacidade de elaborar um credo que seja satisfatório a todos. O credo mais antigo e mais simples da Igreja Primitiva era JESUS É SENHOR. Trabalhe no seu grupo para elaborar um credo em torno destas palavras. Sim, a piedade cristã assume a realidade da Encarnação*. Mas a fé da Igreja procura explicitação, e a Igreja Oriental começou a lutar com a difícil pergunta: "Como pode o infinito Deus unir-se com o ser humano finito em uma só pessoa histórica chamada Jesus Cristo?" A grosso modo, é isso que está envolvido na questão da Cristologia.

Como tivemos ocasiões de vermos em uma lição anterior, a Igreja Ocidental, menos especulativa, em geral se satisfez com a afirmação formulada por Tertuliano: “Jesus Cristo é uma única pessoa com duas naturezas completas, a humana e a divina”. No Oriente, porém, as melhores mentes da Igreja buscaram, por alguns séculos, uma resposta adequada à pergunta: como? Os três Concílios trataram de aspectos da questão. Não será possível — e nem me parece necessário — tratar dos concílios em detalhe. Nestório não achava o termo próprio, preferindo "Mãe de Cristo", e, como Patriarca, ele chegou a proibir o uso da expressão "Mãe de Deus" (ou seja, no grego teotokos). Atrás da proibição de Nestório estava o mesmo tipo de dificuldade que Apolinário havia enfrentado.

Como pode Deus se unir ao homem em uma só pessoa? Esta união não resulta, na verdade, em dois Filhos, o Filho Divino que é gerado por Deus (o "unigênito") e um filho humano que é apenas filho adotivo? E se é assim, Maria não é Mãe de Deus — ou seja, ela não é mãe do Filho Divino, mas apenas de Jesus, o filho adotivo. Mas Cirilo de Alexandria e seus simpatizantes, no Concilio de Éfeso (431), insistiram que o fruto do ventre de Maria era a única pessoa, Jesus Cristo, "concebido, por obra do Espírito Santo"; portanto, Deus é homem, desde o momento da sua concepção. Muitas coisas aconteceram neste Concilio — como também em outros — que nos deixam profundamente chocados. Isto é, antes da encarnação* havia duas naturezas completas, a divina e a humana, que se combinaram na pessoa Jesus Cristo.

Mas depois da encarnação, existiu na pessoa de Jesus Cristo apenas uma natureza que Eutiques chamava teantrópica (ou seja, divina-humana). A posição de Eutiques chegou a ser temporariamente vitoriosa. Num Concílio convocado pelo Imperador Teodoro II, em 449, a posição de Eutiques prevaleceu. Mas no ano seguinte, o imperador morreu num acidente eqüestre. b) salvaguardar, sobretudo, a humanidade de Cristo. c) salvaguardar, sobretudo, sua posição de liderança na Igreja. d) salvaguardar, sobretudo, o poderio do Império Romano. Podemos afirmar o seguinte sobre os Grandes Concílios acontecidos nos anos de 431, 449 e 451: a) suas decisões nada têm a ver com nossos credos de hoje. a) os nossos credos de hoje refletem uma larga aceitação dos trabalhos destes Concílios e ficaram totalmente livres de quaisquer influências históricas e ações políticas da época.

Nestório 3. A posição do Concílio de Nicéia 4. A posição do Concilio de Constantinopla 5. A posição do Concilio de Éfeso 6. A tendência do centro de Alexandria ( ( ( ( ( ( ( ( ) Jesus Cristo é Deus ) Nega a divina inspiração das Escrituras ) Preocupação em salvaguardar a humanidade de Jesus. a própria cristandade (os cristãos) se encontrava dividida em duas Igrejas — a Católica*, com centro em Roma, e a Ortodoxa*, com centro em Constantinopla. Esta última correspondendo ao Império Bizantino. Quanto à situação sócio-econômica, dominava o feudalismo*. Para completar o nosso pano de fundo, temos que lembrar que o padrão do cristianismo mais apreciado no tempo era o dos monges e monjas, a vida monástica*, pois eram homens e mulheres que abraçavam uma vida de pobreza evangélica e renunciavam ao privilégio de construir sua própria família, colocando-se ao inteiro dispor de Deus e da Igreja.

Nos séculos XI e XII que nós vamos considerar nesta lição, os mosteiros estavam em fase de franca renovação e exerciam larga influência na Igreja, notadamente no clero e no próprio papado. Um barão, por exemplo, poderia ter debaixo dele diversos vassalos, que ocupavam e usavam grandes terras que constituíam seu feudo. Havia obrigações mútuas, principalmente proteção da parte do barão, lealdade e tributo do vassalo. Havia também uma cerimônia na qual o senhor investia o vassalo com seu feudo. Pois bem, esta prática também envolvia a Igreja, pois os mosteiros e os bispados também eram importantes donos de terras na Idade Média. De acordo com o sistema, o abade e o bispo também recebiam os símbolos da sua autoridade de um barão ou rei.

Freqüentemente o papa é, na realidade, apenas o preposto (um representante) da facção política mais poderosa de Roma. O nosso primeiro momento pressupõe esta situação acima descrita. O Imperador deste momento foi o alemão Henrique III (1039-1056). Curiosamente, Henrique estava muito em simpatia com o movimento de reforma monástica centrada em Cluny, na França, que iria opor-se fortemente à Investidura leiga. Mas Henrique veio a Roma para resolver uma situação impossível. O Imperador Henrique III escolheu e nomeou homens dignos para bispo ou papa. Mas se essas nomeações continuassem nas mãos do Imperador, o que poderia acontecer com a Igreja se subisse ao trono um imperador ruim, mais interessado no seu próprio prestígio e poder? E em qualquer caso, um imperador ou nobre certamente estaria mais interessado em ter como bispo ou papa alguém da sua confiança do que alguém que trabalhasse pelos interesses de Deus e da Igreja.

Aliás, fora publicado um curioso documento no tempo do Papa Gregório VII, chamado o Dictatus, que condenava a Investidura Leiga e que fazia o Imperador responsável ao Papa e o Papa responsável só a Deus! Neste segundo momento, Henrique IV contrariou esta nova orientação. Morreu o arcebispo de Milão, e Henrique IV imediatamente nomeou um homem da sua confiança lá. Papa Gregório VII protestou e finalmente excomungou o imperador e lhe tirou sua autoridade sobre a Alemanha e Itália (1076). Chegaram a firmar um acordo nesse sentido (no ano de 1111) — mas quando a Igreja na Alemanha percebeu as conseqüências — a saber, que a Igreja perderia suas propriedades e se tornaria pobre — ela repudiou o acordo. Dez anos mais tarde, Henrique V firmou um outro acordo, menos radical, com o Papa Calixto II: a famosa Concordata de Worms (1122).

Pela Concordata, o Estado investiria o bispo com sua autoridade secular (sua autoridade sobre o feudo) e a Igreja lhe daria os símbolos da sua autoridade eclesiástica (anel e báculo ou o cajado de pastor). Na prática 51 isto tendia a garantir que, doravante, arcebispo e bispo teriam que ter da confiança tanto do Papa como do Imperador o que contribuiria à tranqüilidade, e podaria qualquer candidato mais radical. Este terceiro momento não chegou a evitar futuras desavenças entre Imperador e reis e os respectivos papas, mas reconheceria direitos mútuos, e talvez tenha sido o melhor arranjo possível numa situação medieval onde a união de Igreja e Estado parecia natural e correta. Henrique IV: a) dominou e humilhou o então Papa Gregório VII (Hildebrando).

b) se humilhou diante do Papa Gregório VII (Hildebrando) comparecendo descalço em pleno inverno para pedir-lhe perdão. c) manteve seu poder graças à fraqueza do então Papa Gregório VII. d) nem tomou conhecimento do poder da Igreja e reinou como se nem existisse Papa. Henrique IV e Gregório VII entraram em conflito em torno: a)do direito de nomear e investir bispos. Mas neste sentido devemos mencionar uma série de eventos que são considerados verdadeiros marcos na história missionária da Igreja. Por exemplo: Nina, a apóstola à Geórgia (país que já foi da antiga União Soviética). Esta mulher cristã vai à Geórgia onde sua oração resulta na cura do príncipe real e em seguida na conversão da rainha e do rei; e, através desta conversão da casa real, o estabelecimento do cristianismo como a religião oficial do povo.

Ou o caso de Clóvis, rei dos Francos Sálicos, levado a aceitar o cristianismo pela sua esposa Clotilde. Depois de uma grande vitória em 496 d. No século VII, Maomé havia iniciado suas conquistas, e estas foram continuadas pelos seus sucessores. Jerusalém fora tomada em 638 e, após a conquista de todo o Norte da África, os seguidores do Profeta 54 Maomé invadiram a Península Ibérica (Espanha e Portugal) e até a França, onde Carlos Martelo parou seu avanço em 732. Contrário a uma idéia generalizada, os Muçulmanos não insistiam, geralmente, em conversão ou morte; em muitos casos houve coexistência entre muçulmanos e cristãos. A Terra Santa, ocupada pelos muçulmanos, não foi vedada a peregrinos cristãos.

Deveras, no período em apreço, peregrinações a Roma, a São Tiago de Compostela (Espanha), e a Jerusalém eram muito comuns e constituíam uma das formas favoritas de piedade cristã. Na sua ida desordenada à Terra Santa, eles massacraram judeus no Reno e se sustentavam na viagem por roubo; razão pela qual foram atacados na Hungria e Alhures. Aqueles que chegaram à Constantinopla foram massacrados pelos turcos a caminho de Nicéia. Militarmente, esta cruzada popular nada significava, mas ela muito diz de um grande zelo religioso, embora sem ser canalizada para os devidos fins. E a primeira Cruzada em si? Militarmente, alcançou seu objetivo. Os exércitos cristãos retomaram Jerusalém a 15 de junho de 1099 e estabeleceram na Palestina o que se chamou de “Reino Latino” (cristão), que durou pelo menos em parte até 1291.

Resultado: fracasso total. Sexta Cruzada (1228-1229): liderada pelo Imperador Frederico II, ganhou por diplomacia (sem luta) os "Lugares Santos" novamente para os cristãos. As Sétima (1248-1254) e Oitava (1270) Cruzadas: foram ambas lideradas por Luís IX, da França (São Luiz). Nestas Cruzadas, também no Egito, Luís foi capturado na Sétima e morreu na Oitava. A Nona Cruzada (1291): liderada por Eduardo I, da Inglaterra, falhou, e aí o último reduto dos cristãos caiu definitivamente nas mãos dos muçulmanos*. A busca de novos mercados pelos mercadores, o amor à aventura e a simples avareza animaram outros. Mas o que, além de fervor religioso, explica a resposta unânime no Concílio de Clermont*, a ida espontânea de Pedro, Walter e Gotescalco, e a trágica "Cruzada das Crianças"? 56 3) Como é que os contemporâneos encararam o período? O movimento animou os mais importantes teólogos e os eclesiásticos: Urbano II, o papa, pregou a primeira cruzada.

Bernardo de Claraval, o mais influente pensador e asceta do seu tempo, pregou a segunda cruzada. O poderoso Inocêncio, a quarta Cruzada, etc. E envolveu poderosos imperadores e reis (como vimos, o Rei da França, Luís IX, liderou duas Cruzadas), e captou a imaginação de populares e até de crianças. c) uma aspiração de autodeterminação dos povos. d) conflitos raciais. Um acontecimento específico que contribuiu para provocar o movimento das cruzadas: os Turcos-Selêucidas ganharam controle da Terra Santa e: a) proibiram as peregrinações à Terra Santa. b) elevaram os preços dos turistas-peregrinos provocando revolta geral. c) mataram alguns peregrinos cristãos. Fracasso total. a Cruzada 6. a Cruzada ( ) Ida desordenada à Terra Santa com resultados desastrosos, mas esta ação representava o zelo religioso que incentivou as cruzadas.

Jerusalém caíra novamente nas mãos dos muçulmanos. Os reis da França e Barbaroxa não conseguem retomar Jerusalém, mas firmam tratados permitindo peregrinações. Os cristãos tomaram Jerusalém abrindo de novo a possibilidade de peregrinações cristãs à Terra Santa. Para o grupo pensar e aprofundar através de troca de idéias em grupos No período das Cruzadas (aproximadamente do Século XII ao Século XIV), Jerusalém era o cenário de trágicos conflitos. Ainda hoje esta parte do mundo vive em constante estado de conflitos e tensões. Fazer uma comparação entre os conflitos dos dois períodos. Há semelhanças? Há diferenças? Em que sentido? - Existem "Guerras Santas" ou conflitos religiosos hoje? O que dizer dos conflitos na Irlanda onde se falam em atritos entre Protestantes e Católicos? - As brigas entre o Irã e os Estados Unidos são questões religiosas ou não? As Cruzadas e Guerras Santas têm lugar na fé cristã? Certamente o cristão não aceita a violência, o derramamento de sangue e conquistas feitas por armas de guerra.

XIII - A IGREJA EXIGE UMA REFORMA Os credos mais usados no mundo cristão são o Niceno e o Apostólico. Ambos contêm um artigo sobre a nossa fé na Igreja. O credo apostólico, na sua forma mais primitiva, diz apenas: "Creio na Santa Igreja" (Nós, Metodistas, afirmamos: "Creio na Santa Igreja de Cristo, na Comunhão dos Santos"). O credo chamado Niceno, aceito ainda pela Igreja Ortodoxa, diz: "Cremos na Igreja una, santa, católica e apostólica". Em ambos os casos, a Igreja é objeto de nossa fé. Ef 1. Fp 1. Gl 1. etc), mas isto não o torna cego aos deslizes destes "santos". Na sua primeira carta aos Coríntios, já no primeiro capítulo, ele condena suas dissensões e espírito sectário (I Co 1.

Lembra-te, pois, donde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras" (Ap 2. Uma das coisas animadoras na história da Igreja é exatamente que ela tem freqüentemente atendido à voz do seu Senhor em profundo arrependimento e assim tem experimentado profunda renovação. Aliás, é provável que em cada época de profunda decadência tenha havido movimento paralelo de renovação. Alguns destes momentos poderão ser mencionados com proveito. A Igreja sofreu muito nas mãos dos imperadores perseguidores dos primeiros séculos. Este fato em si já é significativo, mas ele passava quase despercebido no século XIV, que é a época que desejamos focalizar primeiro. O fim do século XIII e começo do XIV foram marcados por uma briga entre o rei Filipe, o Belo, da França e o Papa Bonifácio VIII, durante o que o Papa emitiu sua famosa bula* UNAM SANCTAM, em 1302.

Nesta bula*, Bonifácio reafirmou a superioridade da Igreja ao Estado e concluiu: "declaramos, afirmamos, definimos e prenunciamos de que é absolutamente necessário para a salvação de cada criatura humana que ela (o rei, o estado, a monarquia, etc) esteja sujeita ao pontífice romano". Isto marca o auge das pretensões papais na Idade Média. Mas o que aconteceu depois foi como um golpe às pretensões e ao prestígio papal. Esta situação era desastrosa à Igreja e à Europa cristã. Por exemplo: era necessário estar sujeito ao papa para garantir a salvação — mas, a qual dos dois? Depois de três décadas de confusão e prejuízo, os próprios cardeais tomaram a iniciativa de convocar um Concílio Gerai para sanar o cisma.

O concílio, reunido em Pisa (1409), depôs os dois papas e elegeu um outro. Mas nenhum dos antigos papas reconheceu a decisão — portanto, de 1409 até o novo Concilio, em Constança (1415), havia três papas, cada um deles reclamando para si a chefia universal e governo da Igreja! Assim, por aproximadamente 40 anos, o papado, que era tido como o símbolo da unidade da Igreja, foi realmente o motivo da sua desunião. Nesta confusão ocasionada pelo Cisma Papal surgiu o grande pregador, nacionalista e campeão dos direitos do povo, João Hus, o qual pelas idéias derivadas de Wiclif sobre Igreja e Papado foi condenado e sentenciado a ser queimado durante o mesmo Concilio que, com a força do Imperador Sigismundo, sanou o Cisma.

d) que uma Igreja bem governada nunca precisa se preocupar com uma reforma. No sistema monástico surgiram movimentos tais como o de Cluny e o de Cister, visando reformas. a) Tais reformas trouxeram benefícios, não apenas para a vida dentro dos mosteiros e conventos mas mudanças de grande alcance para a Igreja toda. b) Todavia, as autoridades sufocaram todos estes esforços. c) Contudo, não conseguiram deixar saldo positivo na vida da Igreja. Levantar algumas sugestões de como estas reformas pode acontecer. XIV - A REFORMA Há três coisas que devemos dizer bem no começo, à guisa de introdução. Primeira: A Reforma Protestante é um movimento de grandes proporções. Por falta de espaço, teremos que nos ater quase só à fase luterana do movimento, mas há a fase Reformada (de Zuínglio e Calvino), Radical (dos chamados "Anabatistas*", como os Menonitas), e a Reforma Inglesa.

Mas a Reforma não se restringiu aos Protestantes: há um movimento paralelo dentro do Catolicismo Romano, parcialmente espontâneo (Reforma Católica) e parcialmente uma reação à Reforma Protestante (Contra-Reforma). Todos estes — os intelectuais, os "pré-reformadores" como Wiclif e Hus, os místicos; os flagelantes — constituem vozes de protesto que diziam claramente: "A Igreja como está, dominada pela hierarquia, inteligível só à elite, não responde nem às nossas necessidades e nem às nossas aspirações. Queremos uma Igreja renovada, mais nos moldes de Cristo e seus apóstolos". A Terceira: A Reforma Protestante é mais um glorioso exemplo (e eu creio que seja o maior exemplo) da ação divina; mais uma vez Deus renova Sua Igreja. Infelizmente, no processo, houve ruptura. A reforma Voltemos nossa atenção para tentarmos entender o que Lutero queria fazer.

Ele, quase morto por um raio, prometeu tornar-se monge se Santa Ana o poupasse da morte. A vida monástica* em si era vista como a maneira mais certeira de chegar aos céus. E nos anos que Lutero passou no mosteiro, ele fazia o máximo para agradar a Deus e ganhar a sua aprovação. Confissões intermináveis, sacrifícios (tentava dormir no inverno sem cobertor), obediência rigorosa a todas as exigências de sua ordem. Mas, depois de tudo, Deus parecia ainda lhe condenar. Em Cristo, o ser humano, desorientado, alienado de Deus e do seu semelhante, descobre Deus, reconcilia-se com seu semelhante e com seu mundo, descobre direção e sentido na vida. Assim foi com Lutero. E tudo isso realmente é iniciativa de Deus! Como Lutero diria, SOLA GRATIA (só graça).

Nem por esforço e nem por merecimento do ser humano, mas pela bondade do "Deus Gracioso. Quando Lutero fala de Justificação pela fé, então, ele não está, em primeira instância, armando uma polêmica contra os "romanistas". Palavra", para Lutero, é sempre Cristo. Portanto, a Bíblia não é tanto lei, como o é para muitos. Mas, através das suas páginas, Cristo nos chega, nos instrui, nos orienta, nos mostra quem somos. A Bíblia é como um espelho, para nos revelar realmente quem somos — não necessariamente aquele bom homem ou bondosa mulher, mas muitas vezes aquele homem egoísta, aquela mulher orgulhosa, aquele jovem acomodado! Por nos trazer Cristo e sua revelação, é também "a única regra de fé e prática". Mas para Lutero e para nós, Metodistas, isto nunca significou rejeitar o Credo Apostólico (que não é da Bíblia) e nem desprezar as formulações dos Primeiros Concílios Ecumênicos (conclaves "católicos") e suas decisões sobre Deus (Trindade) e Jesus (Encarnação, Cristologia).

Quando Lutero percebeu isto, muitas coisas começaram a se mudar. Então, o POVO é importante no culto; tem que participar ativamente. Daí, tem que entender o que se passa, no seu próprio idioma. E Lutero traduz-lhes a Bíblia em alemão. O povo tem que louvar a Deus em cânticos, e não só o coro! E Lutero compõe hinos congregacionais apropriados ao espírito da Reforma. Somos herdeiros da Reforma, mediante a Igreja da Inglaterra, cujos Trinta e Nove Artigos formam a base dos Artigos de Religião do Metodismo e cuja liturgia (O Livro de Oração Comum) exerceu muito mais influência na liturgia metodista do que muitos metodistas imaginam. Podemos dizer que o Metodismo aceitou as três colunas principais da Reforma, a saber: — A autoridade das Escrituras, — a Justificação pela Fé — e o Sacerdócio Universal dos crentes Ou seja, aceitou os pelos Três “P" da Reforma Protestante: Palavra, Perdão e Povo.

Tendo dito isso, temos que notar que, pela ênfase wesleyana na Santificação e Perfeição Cristã, o Metodismo também tem uma afinidade básica com o Catolicismo. Aliás, alguns estudiosos do Metodismo consideram essa ênfase dupla de JUSTIFICAÇÃO/SANTIFICAÇÃO uma de nossas principais características (vejam, por exemplo, W. Hinson, A Dinâmica do Pensamento de Wesley. Teologia, em Wesley, não é algo distante, especulativo, divorciado da vida; pelo contrário, ela nasce da vida religiosa, ou seja, da experiência da salvação. É uma teologia que nasce da oração e da experiência de Deus e uma oração que brota da sua teologia. Por isso vale a pena estudarmos o registro de Wesley sobre o que aconteceu no dia 70 24 de maio. Podemos fazer isso em poucas linhas, mas cada uma poderia fornecer matéria para uma boa discussão.

a) A experiência de Wesley nasceu da Palavra de Deus. Rm 8. pois no mesmo momento "uma segurança" lhe foi dada de que Cristo havia tirado seus pecados e o havia salvado "da lei do pecado e da morte". e) Só? Não, há mais! Wesley diz que começou a orar pelos inimigos e perseguidores! Sem mencionar o Novo Nascimento, Wesley demonstrava nesta nova capacidade de perdoar que Deus não havia apenas lhe perdoado, mas também transformado o seu íntimo. Como nós cantamos: "Tu não somente perdoas, purificas também, ó Jesus". Concluímos, então, nesta primeira parte, com a afirmação, que uma das principais características do metodismo wesleyano era, ao invés de uma teologia especulativa, uma íntima conexão entre a doutrina* e a experiência.

Foi aos mineiros de Kingswood e Bristol que os metodistas primeiro foram para lhes oferecer vida em Cristo! Mais tarde, com o crescimento das fábricas, os operários e operárias seriam objeto da mensagem metodista, e fariam parte integrante das sociedades e classes metodistas. Muito antes de a Igreja Anglicana tomar consciência da própria existência dessa nova classe, os metodistas já lhes ministravam. A segunda coisa a notar é que havia necessidade de descobrirem-se novos métodos e agências para atender a essa nova situação. A pregação ao ar livre provou ser o meio para atingir esta nova classe. George Whitefield e João Wesley pregavam aos mineiros ao saírem estes das minas, pois os mineiros não procuravam a Igreja. É por isso que nos principais centros do metodismo wesleyano surgiram escolas, orfanatos, ambulatórios, fundos de empréstimo, centro de artesanato, etc.

Foi por isso que Wesley e os metodistas lutavam contra a escravidão, que degradava e explorava o povo africano. Foi para poder servir ao povo que o próprio Wesley procurava ganhar todo o dinheiro possível, economizar o máximo — não para ficar rico, mas para ter recursos para "dar tudo possível". Por isso, já nos seus dias de professor em Oxford, ele havia economizado o dinheiro que normalmente teria gasto com carvão para sua lareira. Ele agüentava o frio dos invernos ingleses para ter dinheiro para pagar uma professora de uma classe de crianças pobres da cidade de Oxford. Mt 22. etc). O estudo do livro aos Hebreus o convenceu da absoluta necessidade de santidade na vida do discípulo de Jesus (especialmente Hb 12.

e 14). Já Carlos Wesley ensinou aos metodistas a doutrina* através dos seus hinos, poucos dos quais chegaram a nós. Acabamos de ver como os metodistas se viam impulsionados a levar as boas novas aos operários e aos pobres, geralmente negligenciados pela Igreja oficial. Mas havia também algo dentro do metodismo que o fez vencer as barreiras dos mares, pois logo ele é levado, espontaneamente, para Irlanda, Escócia, as Ilhas do Canal, para o Continente Europeu e para o Novo Mundo (para Antigua, no Caribe; para as colônias inglesas na América que viriam a ser os Estados Unidos; para Terra Nova, que é parte do atual Canadá). Aliás, uma Igreja que não é missionária é ou morta ou moribunda. Mas o Metodismo norte-americano constitui um novo capítulo.

Para refletir e aprofundar mais 1) Examinar com o grupo cada uma das cinco chaves indicadas no estudo, a saber: - A experiência religiosa de comunhão e confiança em Deus; - A evangelização; - O compromisso com o povo; - A ênfase na santificação/perfeição cristã; - Ênfase missionária do Metodismo. Nos oito anos de guerra, todos os missionários que Wesley havia enviado voltaram, menos um, Francis Asbury. Asbury, que nunca mais voltou para sua Inglaterra nativa, tornou-se um dos principais líderes do Metodismo nas Colônias, ao lado dos pregadores leigos que haviam surgido durante os anos do conflito. Um fato curioso é que João Wesley, um inglês, não apoiara o movimento de independência, o que gerava suspeitas que os metodistas das colônias também não apoiavam-no, o que não era verdade.

Apesar desta dificuldade e desassossego causado pela guerra, o número de metodistas aumentava rapidamente. Ao fim da guerra, já contavam com uns 15. Mas a população branca estava emigrando para o Oeste em busca de novas terras. O "Oeste" sempre se “afastava” mais e mais, pois a expansão territorial do país foi espantosa, e as fronteiras dos EUA alargavam-se mais e mais sobre os territórios do Oeste. Por compra (território de Louisiana, comprado da França, em1803, e território da Flórida, comprado da Espanha, 1819), conquista militar e compra (Texas e o Sudoeste, do México — uma das páginas mais sujas da história do país, pois os Estados Unidos realmente tomaram o território através duma guerra totalmente injustificável) e diplomacia (o território do Nordeste, negociado com Inglaterra), os Estados Unidos passaram a ser um país de dimensões continentais em apenas 70 anos! Certos fatores fizeram com que os metodistas pudessem acompanhar a marcha para o Oeste, ou seja, a "Fronteira", mais eficientemente que qualquer outro grupo.

Uma destas razões, sem dúvida, é o seu vigor espiritual e um outro é a sua auto-imagem. Já em 1784, os 80 e poucos pregadores metodistas reunidos na Capela de Lovely Lane em Baltimore (Natal de 1784) haviam concluído que Deus os colocou na América para "reformar o continente e espalhar a santidade Bíblica por toda a parte. João Wesley também condenava a escravidão como uma "vilania execrável". Ele não admitia, sob hipótese alguma, que um ser humano fosse dono de um outro; daí escreveu contra a escravidão e encorajava Wilberforce (parlamentar e depois primeiro ministro da Inglaterra) na sua luta no parlamento inglês contra o mal. Mas nas colônias americanas, quem laborava nas fazendas de arroz eram os negros e, apesar da Declaração da Independência (1776) afirmar como uma "verdade auto-evidente" que todos foram dotados pelo Criador do Direito da Liberdade, no novo país (EUA) a escravidão não foi abolida na época! As poucas vozes de protesto ao sistema não foram suficientes para levantar a consciência da Igreja de modo geral; e, com o tremendo aumento da produção do algodão, para a qual pensava-se indispensável o labor negro, criou-se um argumento tanto filosófico (baseado em Aristóteles, que cria que a escravidão era essencial ao equilíbrio social) como da Bíblia (na qual fica patente que havia escravos e seus donos nas mesmas igrejas do Novo Testamento e onde Paulo mandava ex-escravos de volta para os seus antigos senhores) que apresentava a escravidão não como um mal, senão como bem positivo! Foi só de 1830 em diante que o movimento de abolição começou a crescer; e nesta luta muitos metodistas participaram plenamente.

Mas a tragédia foi que a Igreja como um todo (e especialmente no Sul dos EUA, onde havia a grande concentração dos escravos por causa do cultivo do algodão) não aderiu logo 77 ao movimento. As grandes denominações chegaram até a se racharem, resultando em Igrejas "do Norte" e "do Sul", Igreja Metodista do Norte (abolicionista) e Igreja Metodista do Sul (que não se opunha à escravidão). É um grupo meio selvagem, mas parece receptivo à instrução. Trabalho entre eles com a ânsia de promover os interesses de Cristo. ” Enquanto muitos questionavam o uso do Domingo para ensinar crianças a ler e escrever, João Wesley e o metodismo apoiaram a Escola Dominical desde o início com Hanna Baal e mais tarde quando Robert Raikes criou a partir da Escola Dominical um primeiro projeto de educação popular! Francis Asbury, superintendente do metodismo nos EUA fundou uma das primeiras Escolas Dominicais nos Estados Unidos.

Já vimos como na "Conferência de Natal" (1784) a Igreja Metodista Episcopal fundou Cokesbury College que, entanto, foi de curta duração. A partir de 1820, quando o Concilio Geral permitiu a nomeação de itinerantes metodistas como reitores de instituições de ensino, o Metodismo começou a contribuir significativamente para a educação superior do país. Mas como já dito, os ministros itinerantes metodistas vêm junto com o povo, os colonos, a pé e a cavalo. Responder: 1 - O que significa isto para nós hoje? 2 - Conservamos este mesmo espírito evangelístico hoje? 3 - Acompanhamos o povo nas suas migrações hoje? 4 - Ministramos aos diversos grupos nas suas "fronteiras" hoje, tais como: nas favelas, nas escolas, nas universidades, nos sindicatos, nos parques industriais, nos pólos comerciais, nos conjuntos habitacionais, na zona rural etc? 5 - De que maneira que os Dons e Ministérios podem ajudar a igreja a recuperar o espírito evangelístico e o impulso missionário? 79 XVII - O METODISMO BRASILEIRO Os metodistas ao redor do mundo compõem uma grande família.

Os laços e os traços familiares são fortes, mas há também muita variedade! O Metodismo inglês do tempo de Wesley, que nunca teve bispos, não é idêntico ao Metodismo norte-americano, que nasceu já "Episcopal" (ou seja, com a existência da função do Bispo), e nem é o metodismo brasileiro apenas uma cópia deste. O próprio João Wesley não nos chegou "puro", mas mediado via a cultura e a teologia dos metodistas dos Estados Unidos. Que dizer sobre o Metodismo no Brasil? Obviamente, não podemos contar toda a sua história no curto espaço de uma lição. Entre eles estava o Rev. Junias Eastham Newman, veterano itinerante metodista, formou um "circuito" onde todo o trabalho era realizado em inglês.

Pela insistência do próprio Newman, a Junta Missionária da Igreja Metodista Episcopal do Sul (igreja que surgiu da separação da Igreja metodista entre os do norte e os 80 do sul dos EUA) enviou J. J. Ransom (1876) para formar uma "missão". Em 1974, Zeni Soares, torna-se a primeira pastora metodista no Brasil. II — O Plano para a Vida e a Missão da Igreja — (PVMI) A Autonomia da Igreja Metodista Brasileira proclamada em 1930 era apenas parcial, pois a "Igreja Mãe" ainda exercia um grande grau de controle sobre finanças e nomeação dos obreiros missionários, por meio do Conselho Central, elo de ligação entre as Igrejas Brasileira e Norte-americana. O Gabinete Geral, também detentor de muito poder, havia 81 sido também dominado pelos missionários.

A programação da Igreja Metodista Brasileira (IMB) tinha sido principalmente controlada pelas Juntas Gerais de Educação Cristã, de Missões e Evangelização e de Ação Social. O Concilio Geral de 1970-71 da Igreja Metodista do Brasil mexeu na organização e estrutura da Igreja e eliminou o Conselho Central, o Gabinete Geral e as 3 Juntas Gerais. ” O Concilio Geral de 1982 aprovou o Plano para a Vida e Missão da Igreja (PVM), o qual constitui um capítulo dos Cânones da Igreja Metodista. O primeiro parágrafo do Plano é importante: O "Plano para a Vida e a Missão da Igreja" é continuação dos Planos Quadrienais de 1974 e 1978 e conseqüência direta da consulta nacional de 1981 sobre a Vida e a Missão da Igreja, principal evento da celebração de nosso 50º aniversário da Autonomia do Metodismo Brasileiro.

” O texto prossegue dizendo que há evidência de "que o metodismo brasileiro está saindo da profunda crise de identidade que abalou nossa Igreja após a primeira metade da década dos sessenta". O que é o significado essencial do Plano para a Vida e a Missão da Igreja Metodista? Eu creio que o sentido real é que ele representa o momento em que nossa Igreja pergunta, enquanto Igreja Metodista brasileira, solene e conscientemente: — Qual é a razão de ser do metodismo no Brasil? — Qual será sua participação específica na Missão de Deus no Brasil hoje? E, tendo feito esta pergunta, ela responde em termos de quatro grandes ênfases. A saber: 1º) "Herança Metodista". Elas seriam: — o Equilíbrio da Herança Wesleyana; —Compromisso com o Reino; — o tema Vida/Morte; — o tema Piedade/Misericórdia.

EXERCÍCIOS A) Descobrindo juntos alguns subsídios para nossa renovação continuada Uma sugestão prática, para professores e alunos, seria uma leitura mais atenta e conseqüentemente mais demorada de todo o PVM. Talvez vão querer depois promover uma reunião à parte para sua Escola Dominical e/ou igreja local. Eis algumas perguntas para estimular o estudo e reflexão em aula: 1. Como pode nossa igreja assumir plenamente sua autonomia sem repudiar o aspecto mundial do Metodismo? 2. GLOSSÁRIO Os termos e conceitos que aparecem neste Glossário como verbetes são assinalados com um asterisco (*) e são organizados em ordem alfabética para facilitar a referência. Este Glossário pode ser um instrumento valioso para melhor acompanhar os estudos. O leitor individual e os grupos coletivamente devem sempre consultar as palavras, trocar idéias sobre os conteúdos e assim aprimorar seus conhecimentos da História da Igreja com estes recursos.

ALEGORIA é uma história ou tratado que quer ensinar verdades ou valores que vão além do sentido literal. Por exemplo, o Peregrino, de João Bunyan, é uma alegoria da vida cristã, suas lutas, tentações e vitórias. chama Barnabé e Paulo de "apóstolos" e o próprio Paulo identifica Andrônico como apóstolo e Júnia como apóstola (Rm. APOSTÓLICO(A) se refere à obra e ensino dos apóstolos(as) e sua continuação pelos legítimos sucessores destes. Entendia-se que os originais apóstolos tinham privado com Jesus, tendo assim acesso ao seu verdadeiro ensino e tendo a obrigação de transmiti-lo fielmente. Por isso, cria-se que o ensino apostólico era o mesmo ensinado pelo próprio Jesus. Mas a Igreja, como apostólica, não era apenas uma Igreja que ensinava a verdade; ela era essencialmente missionária, por ser enviada ao mundo pelo seu Senhor (Mt 28.

Também Ülfilas, missionário ariano, evangelizou os Godos e outros povos germânicos. Estes, quando invadiram o Império Romano, estabeleceram estados arianos. Pouco a pouco estes povos germânicos iam deixando o seu arianismo e aderindo à Igreja de Roma, os últimos sendo os Lombardos, cuja conversão só se completou mais ou menos em 660 d. C. ASCETISMO ou ASCESE significa literalmente disciplina, mas no uso comum ele significa, além de dedicação a uma vida de oração, devoção e abnegação, práticas como a abstinência, o jejum, a rejeição do casamento, a pobreza voluntária — tudo visando o pleno desenvolvimento espiritual e a sujeição do corpo. Veja a figura A Caminhada Metodista. CISMA é uma divisão profunda, que resulta na criação de novas Igrejas.

Quando houve a ruptura entre o Ocidente e Oriente, em 1054, isto resultou na criação da Igreja Católica Romana de um lado e a Igreja Ortodoxa* do outro. Cisma muitas vezes resulta de diferenças doutrinárias, mas pode ter outras origens. AS CRUZADAS foram uma série de guerras de Cristãos contra seu maior rival, o Islã. Embora Protestantes em geral não aceitem o conceito de dogma, eles aceitam as decisões dos primeiros concílios da Igreja como tendo autoridade, particularmente quanto à Trindade e à Cristologia. DONS E MINISTÉRIOS têm um lugar de sentença na Bíblia, especialmente no Novo Testamento. Três observações: a) Liderança: termo muito usado hoje, não é a categoria bíblica usada para descrever as pessoas que se dedicam a Cristo.

A categoria é a de servo(a), categoria que o próprio Jesus assumiu (veja Mt 20. Já em Lucas 22. Sem dúvida, há muitas outras categorias de serviço (dons e ministérios), mas esta lista é, pelo menos, sugestiva. DOUTRINA significa "ensino". Os Protestantes entendem que toda a doutrina deve ser baseada nas Sagradas Escrituras. Falamos, por exemplo, na Doutrina de Deus, na Doutrina do Espírito Santo, na Doutrina da Redenção, querendo significar "que a Bíblia nos ensina sobre Deus, o Espírito Santo, a Salvação, etc. O ECUMENISMO é uma busca de manifestarmos a unidade da Igreja, por todos os meios: diálogo, cooperação, unidade orgânica. ENCARNAÇÃO: a doutrina* da Encarnação de Jesus Cristo se baseia, entre outros textos, em João 1. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós.

Isto é, Deus, o Filho, assumiu a humanidade na pessoa de Jesus Cristo. Afirmamos com esta doutrina* que Jesus foi realmente humano (ele realmente assumiu e compartilhou nossa natureza e vida) mas ele era, ao mesmo tempo, Deus, plenamente Deus, na única pessoa de Jesus. A discussão dessa questão, especialmente COMO pode Jesus ser ao mesmo tempo humano e divino, exercitou as melhores mentes da Igreja por mais de um século. Ao invés de salvação por fé em Cristo Jesus eles criam que a salvação dependia da aquisição de certo conhecimento secreto (gnósis em grego significa conhecimento). Criam, de modo geral, que o espírito é bom, a matéria, má. Negavam, portanto, a doutrina* bíblica da criação, pois seria impossível para Deus (espírito) criar a matéria, a qual é, por natureza, má.

Por isso mesmo, não criam que Jesus fosse realmente humano. Seu corpo teria de ser apenas aparente e não realmente carne (daí os gnósticos eram chamados de docetistas,* do vocábulo grego que significa "aparência"). A Reforma de Cluny, desejando libertar o clero do controle secular, se opôs à Investidura Leiga, em particular à entrega do anel e báculo ou cajado (símbolos de autoridade espiritual) ao bispo por mão de leigo. Na famosa Concordata de Worms (1122), ficou estabelecido que só a Igreja concederia os símbolos de autoridade espiritual; o Estado participaria só da parte secular da investidura. O MONARQUIANISMO resultou de respostas inadequadas à questão "Quem é Jesus Cristo?". Uma resposta foi que, por ocasião do batismo de Jesus, Deus O adotou como seu Filho, assim concedendo-lhe uma espécie de divindade que Ele não possuía por natureza.

Em outras palavras, Jesus Cristo era essencialmente humano e não plenamente divino. A RENASCENÇA (renascimento) marca o fim da Idade Média e início do período moderno da nossa história. Ela é caracterizada pelo Humanismo (a volta à literatura clássica da Grécia e Roma e a adoção dos seus ideais) e o florescer das artes plásticas. O humanismo literário facilitou a introdução da Reforma Protestante, mas muitos humanistas, como Erasmo, não aderiram à Reforma. A SEPTUAGINTA (também chamada LXX, ou seja, setenta em algarismos romanos) foi a primeira versão do Antigo Testamento, do hebraico para o grego, com o acréscimo dos livros apócrifos. Ela se tornou necessária pelo fato de que muitos judeus da Diáspora (espalhados pelo mundo) não mais sabiam ler o hebraico.

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