14 - ARTIGO SOBRE MODERNISMO - LINGUAGEM MODERNA

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Estatística

Documento 1

Contudo, pode-se dizer que a assimilação dessas ideias europeias deu-se de forma seletiva, rearranjando elementos artísticos de modo a ajustá-los às singularidades culturais brasileiras. Considera-se a Semana de Arte Moderna, realizada em São Paulo, em 1922, como ponto de partida do modernismo no Brasil. Porém, nem todos os participantes desse evento eram modernistas: Graça Aranha, um pré-modernista, por exemplo, foi um dos oradores. Não sendo dominante desde o início, o modernismo, com o tempo, suplantou os anteriores. Foi marcado, sobretudo, pela liberdade de estilo e aproximação com a linguagem falada, sendo os da primeira fase mais radicais em relação a esse marco. O Modernismo, movimento literário brasileiro, surge com o intuito de renovar a idéia de literatura e de escritor; este último trazendo em si o desejo de expressar-se livremente, privilegiando temas como a realidade brasileira com uma crítica radical às instituições já ultrapassadas, ineficaz e incompetente.

Percebe-se que nessa fase, ainda não havia um desejo intenso, uma consciência dessa classe da sua situação de oprimido ou da necessidade de transformação. Esse fato viria acontecer só na segunda fase do movimento, década de 30, em que o mundo inteiro passa por revolução de caráter social e econômico. Nessa fase o movimento modernista passa a ser visto por alguns críticos sobre duas óticas: A ESTÉTICA E A IDEOLÓGICA. O crítico Luiz Lafetá chama atenção sobre até que ponto essas mudanças viriam oporem-se aos movimentos anteriores, buscando mostrar os pontos que levaram o projeto “estético” e o “ideológico”, a se distanciarem (rompimento com a linguagem bacharelesca, idealizante), ou a convergirem (a consciência ideológica da oligarquia rural instalada no poder), afirmando que a década de 30 do modernismo é a mais politizada, pois se preocupa mais com os problemas sociais enfatizando o “projeto ideológico”.

Esse pensamente de Canclini encontra eco na visão de Jorge Amado, que critica a ação dos modernistas que não se voltaram mais para o ideologismo da época. Assim, Jorge Amado criticava uma literatura brasileira que não tivesse um caráter universal e que não estivesse inserida no contexto social do país. O autor criticava uma literatura puramente estética. Nesse contexto a obra de Jorge Amado, assumiria o compromisso moral de não aceitação de componentes anti-éticos e perversos da modernidade. Portanto, essa nova literatura surge como a arte que denúncia as desigualdades sociais e o caráter excludente da modernidade. Trata-se na história literária de situar o movimento inovador: em primeiro lugar dentro da série literária, a seguir na sua relação com as outras séries da totalidade social.

Decorre daí que qualquer nova proposição estética deverá ser encarada em suas duas faces (complementares e, aliás, intimamente conjugadas; não obstante, às vezes relacionadas em forte tensão): enquanto projeto estético, diretamente ligada às modificações operadas na linguagem e enquanto projeto ideológico, diretamente atada ao pensamento (visão de mundo) de sua época. Lafetá (2000, p. ainda comenta que o Modernismo propõe, como projeto estético, a crítica à velha linguagem num confronto com uma nova linguagem, o que gera no seu bojo um projeto ideológico, pois se é pela linguagem que nos constituímos e somos constituídos, as múltiplas formas de linguagem também servem para escamotear o poder de uma ideologia. Entendido sob este prisma, o Modernismo, envolto em simulacros de linguagem propõe a “linguagem nova” como forma de popularização da Arte e de colocá-la ao alcance e entendimento de todos, fazendo-se diluir e recompor-se no/pelo povo.

Esta revolução, comandada por artistas, alcançou todos os setores criativos, recebendo o nome global de Arte Moderna. Sua expansão foi imediata atingindo um incontável número de países extra-europeus, entre os quais o Brasil. Características: • Junção das vanguardas européias; Quanto à forma: • Versos livres; • Liberdade na escolha de palavras; • Síntese na linguagem, parágrafos curtos; • Busca de uma linguagem brasileira; • Pontuação relativa; Quanto às idéias: • Nacionalismo; • 100 anos antes do Modernismo o Romantismo inventou o Brasil, e o Modernismo repensou o Brasil; • Ironia, humor, piada; • Valorização de temas ligados ao cotidiano; • Urbanismo; Principais escritores modernistas : • Mario de Andrade, Oswald de Andrade, • Cassiano Ricardo, • Alcântara Machado e Manuel Bandeira. Sobre a linguagem modernista, no sentido de qual era o assunto tratado no modernismo e como era transmitido esse assunto.

De que maneira eles diziam: diretamente, através de metáforas, de comparações? No modernismo há 1) impessoalidade: o autor ausenta-se da narrativa para maior realidade; 2) as emoções, reações e estados mentais serão explorados nas personagens: a fisionomia da personagem é dada pelos seus atos e não retratos; 3) A temática será individual , particular , e não genérica, universal, podendo tratar de todos os assuntos; 4) maior interesse pelo interior da pessoa, fenômenos psíquicos, subconscientes e inconscientes.

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