O professor e o conflito das gerações

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Filosofia

Documento 1

PALAVRAS CHAVE: Geração, Educação, ensino de linguagens Abstract This article aims to identify the differences between the different generations of Brazilian youth with the intention of greater understanding about the contemporary generation and the best educational method to be used in the teaching of. Letters course when becoming a teacher, it is necessary that we know how to identify the profiles of our students to obtain the best interdisciplinary method. The teacher of today, goes beyond teaching, he often becomes the best, or even the only, influence of a good human being with values ​​and principles. KEY WORDS: Generation. Education. No presente trabalho, serão apresentadas quatro dessas gerações: os Baby Boomer, Geração X, Y e Z e com as informações levantadas através de pesquisas, iremos entender mais detalhadamente cada uma dessas gerações, e as evoluções por qual passaram em todos os aspectos, porém, com foco no ambiente escolar.

Conhecer um pouco mais sobre as gerações da juventude brasileira fará com que possamos refletir sobre o aspecto da juventude contemporânea, respondendo algumas questões que pareciam impossíveis de serem solucionadas e refletindo as mudanças que ocorrem com professores e alunos, conforme as gerações vão mudando. O objetivo deste trabalho é compreender as diferenças entre essas gerações de modo a suavizá-las, principalmente em sala de aula e entender a importância do professor na formação dessas gerações. PROFESSOR E AS GERAÇÕES De acordo com o dicionário Aurélio (2000, p. professor é “aquele que ensina uma ciência, arte, técnica; mestre”, ou seja, não possui ou não deve possuir nenhum vínculo afetivo com os seus alunos, seu objetivo é apenas ensinar o conteúdo proposto, avaliar o aluno e deixa-lo ir trabalhar e ter uma família.

AS VÁRIAS GERAÇÕES Os alunos do século XXI não se transformaram apenas em relação ao avanço normal que acontece de uma época para a outra, ou seja, alterações de estilos, roupas, entre outras coisas. Pode-se dizer que o avanço da tecnologia em relação as gerações anteriores fizeram com que houvesse uma alteração drástica na forma de ensinar, esse acontecimento é decorrente dessa evolução tecnológica, que pode ser chamada de singularidade, a rápida evolução da tecnologia digital, mudou a forma com que os alunos veem o ambiente educacional em que estão inseridos. Uma noção de vínculo de gerações como produto das experiências existidas na atualidade guiada no conceito, será elaborada de forma ainda mais radical quando Mannheim que recorre à expressão cunhada por Pinder.

Como define Mannheim: Cada um vive com gente da mesma idade e de idades distintas em uma plenitude de possibilidades contemporâneas. Para cada um o mesmo tempo é um tempo distinto, quer dizer, uma época distinta de si mesmo, que é partilhada com seus coetâneos (Pinder, p. Sua capacidade de reestruturação diante de qualquer tipo de adversidade social, política, econômica etc. renderiam livros à parte. Essa geração foi composta por pessoas que aprenderam a respeitar a sabedoria de seus pais, a dar valor nos estudos e no trabalho, e que para garantirem o sucesso deveriam seguir o “modelo dos pais”, pois qualquer desvio de conduta era considerado um fracasso familiar. Os Baby Boomers conseguiram obter uma capacidade de discernimento sobre a opinião pública muito mais elevada que as demais gerações por causa da influência dos mais velhos, possuíam um senso crítico mais elevado, fizeram parte de uma geração que superavam as dificuldades com o trabalho, um exemplo disso, é que a maioria dos representantes políticos e empresarias do nosso país têm entre 45 e 65 anos, ou seja, são parte dessa geração.

Esse respeito aos pais e todo aprendizado adquirido através deles, tem origem na formação familiar, Lima deixa claro ao leitor o quanto essa estruturação familiar contribuiu para o sucesso da geração Baby Boomer. A falta do ensino escolar obrigatório foi suprida pela boa estrutura familiar daquela época, o ensino de profissões passadas de pai para filho, a referência do trabalho como a única forma de sustento, não deixou que a maioria dos jovens se tornassem fracassados por não saberem ler ou escrever, a família foi o principal alicerce para aqueles jovens. Mesmo com todo esforço e lutas por parte dos professores presentes nessa geração, de nada muito adiantou, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional aprovada em 1961 no governo de João Goulart acabaria com todas as teses dos “escolas-novistas” e novamente a educação passou a ser para os mais ricos.

Geração X Trata-se dos nascidos entre 1965 e 1980, essa foi a geração que vivenciou e se adaptou as mudanças tecnológicas, a era analógica estava em período de transição para a digital e o crescimento cognitivo dessa geração foi afetado, mas não como o da geração seguinte, pois não abriram mão do “aspecto repetitivo no processo de aprendizagem”, isso que dizer que apesar dos jovens desta geração terem priorizado o conhecimento em sua área de atuação, não deixaram as regras de lado e sabiam que as renúncias pessoais e as privações seriam o caminho para o sucesso para viver bem em sociedade. Essa geração foi a responsável pelo crescimento cultural do país, pois seus jovens se tornaram representantes do teatro e televisão, esse crescimento se dá pelo fato de terem se tornado diretores, atores e produtores, além de investirem em projetos e produções.

Os jovens da geração X sofreram com a falta de identidade e o futuro incerto que os aguardavam, essa geração acabou se dividindo entre tradicional e moderna, essa divisão foi explicada por Lima no seguinte trecho: Geração X “tradicional” – indivíduos que vão aproximadamente dos 36 aos 45 anos e que possuem elementos (valores, referências) em comum com os baby boomers; Geração X “moderna” – indivíduos que têm entre 30 e 35 anos e que muitas vezes se espelham e se identificam com alguns valores da geração Y. A característica mais marcante desta Lei era tentar dar a formação educacional um cunho profissionalizante. Dentro do espírito dos “slogans” propostos pelo governo, como “Brasil grande”, “ame-o ou deixe-o”, “milagre econômico”, etc. planejava-se fazer com que a educação contribuísse, de forma decisiva, para o aumento da produção brasileira.

A educação de cunho profissionalizante teve um importante papel social na vida dos jovens da geração X, os preparavam para o mercado de trabalho, porém, sem visões ou pensamentos críticos formados. Geração Y Conhecida também pelo nome de Geração do Milênio, Geração Internet ou Digital, a Geração Y é formada por pessoas que nasceram entre 1980 e 1990, tendo a geração Z como sucessora. Não é que as outras gerações não obtivessem tais características, mas, a Y as obteve com mais intensidade, como também o culto ao próprio corpo, onde ser sinônimo de beleza começava a ter mais importância social do que a “honestidade, inteligência, bom senso, sabedoria, a ética e a moral”, sendo que essas virtudes começavam a ser motivos de chacota entre os jovens que as possuíam e os que não se importavam com absolutamente nada.

Lima ainda faz uma ressalva para o que se tornaria um grande mal nos dias atuais, a degradação da língua portuguesa. A geração Y começou a escrever SMS, utilizar chats e com isso abreviar diversas palavras da língua portuguesa, infelizmente isso não se restringiu somente ao virtual, mas também a escrita, prejudicando o desenvolvimento dos jovens em redações e vestibulares. Apesar da tecnologia está chegando em diversas escolas particulares, as escolas públicas ainda mantinham as mesmas práticas educacionais, o uso de livros, revistas, jornais e a televisão eram bem mais freqüentes do que o uso de computadores. Os professores se mantinham em seu papel de educador e pouco era o diálogo sem que o assunto fosse o conteúdo dado, e escola era bastante rígida quando o assunto era educação, respeito, pontualidade etc.

LIMA, 2012, p. Em 2012, o autor do livro em que esse artigo se baseia já se mostrava preocupado com o rumo que as coisas relacionadas à educação das crianças andavam tomando, se este livro fosse reescrito agora, o autor conseguiria confirmar as suas suposições quando se refere às páginas policiais, pois está se tornando corriqueiras as manchetes com os adolescentes na capa, cometendo atos horríveis contra os colegas e contra si mesmo. Apesar de a mídia associar a prática do bullying como sendo o principal motivo para tantos atentados contra a vida, também temos que lembrar que a falta de limites torna esses jovens capazes de tudo para conseguir o querem. É difícil assimilar qual tipo de estrutura familiar afeta mais o psicológico da criança e do adolescente, mas é perceptível que ambas possuem uma enorme carência afetiva, os pais que nunca dizem não acreditam proteger os seus filhos, mas não é bem isso que acontece, como explica Mauro Sérgio Cortella em entrevista ao site GaúchaZH: Há pais e mães que saem pelo caminho colocando almofadas para que, a cada tropeço, o filho caia em um lugar macio.

Há uma diferença entre proteção e desqualificação. Vários professores não conseguem controlar o uso de celulares dentro da sala de aula e uma solução para isso, seria o uso do aparelho como sendo parte do material. A alfabetização, da Geração Z realizada na escola, é um meio para o letramento. Neste modelo, para formar cidadãos participativos é preciso levar em importância a noção de letramento. Letramento significa o uso das desenvolturas de leitura, de escrita e de raciocínio numérico para atingir objetivos, desenvolver o próprio conhecimento e agir na sociedade. A ESCOLA E O CONFLITO DAS GERAÇÕES A educação é de fato um motivo de discussão e preocupação da sociedade em geral. Hoje convivemos com as gerações em conflito constante.

Muitos dos professores, não tem contato com diferentes tecnologias, enquanto seus alunos, jovens e até mesmo as crianças, estão totalmente conectados na internet, telefonia celular, notebook, conversam por chats com pessoas de outros países e estão expostos a inúmeras formas diferentes de pensar e de agir instantaneamente.   Os alunos já crescem em um ambiente digital e cercado por aparelhos eletrônicos. Ou seja, o mundo digital faz parte da rotina. São gerações díspares, que cresceram em momentos econômicos, sociais e tecnológicos muito diferentes, mas que convivem na escola.   A cada nova geração e quanto menor a criança, menor o tempo de concentração e não somente no ensino fundamental ou médio. Atualmente, trabalha-se com o tempo máximo de 15 minutos.

Acredita-se que o tempo médio de concentração das crianças pequenas não passa de sete minutos. O DESAFIO DOS PROFESSORES NO ENCONTRO DAS GERAÇÕES As novas gerações, em especial Y e Z, estão sofrendo uma ruptura brusca nas formas de percepção do mundo. Essa observação é fruto de nossa empiria, baseada na experiência como professores, no contato diário com jovens que acabaram de chegar do ensino médio; mas é também resultado de nossas leituras sobre avanço tecnológico. A geração baby boomers sofreu a forte influência da TV em seu processo educacional e de percepção do mundo. A imagem passou a ter uma importância ainda maior na construção das estruturas de pensamento; a linearidade começou a ser rompida com o surgimento do controle remoto, que permitia o zapping, algo realmente agradável para nossa mente que não é linear, mas pensa por saltos e conexões, vai e volta ao mesmo tema, divaga.

Contudo, essa geração ainda conseguiu manter sua disciplina de construção de conhecimento atrelada às leituras tradicionais de livros e artigos acadêmicos. A geração X talvez seja aquela que, hoje, consiga lidar melhor com as características dominantes no processo de construção do pensamento nos moldes como desenvolvido pela geração baby boomers, ao mesmo tempo em que domina os movimentos básicos da tecnologia e dos ambientes virtuais nos quais navegam, livremente, as gerações Y e Z, processo que tem influência no modo como assimilam informações e constroem conhecimento, conhecimento este que, por sua vez, vai favorecendo a criação de novas formas de narrativas. Com o surgimento da rede internet, essa ruptura sedutora, iniciada com a TV, consolidou-se, e a linearidade textual pode vir a tornar-se um mito.

 CONCLUSÃO Com o passar dos anos cada geração foi se transformando, cada geração depois da baby boomer foi reformulando a sua forma de educar os filhos, como um jeito de poupá-los dos “traumas” sofridos pela educação considerada severa que partia de seus pais, as gerações começaram a abrir mão do ensino dos princípios e valores que contribuem para a formação do caráter de um adulto. Essa transformação da sociedade se deu pelo fato das grandes mudanças tecnológicas, de um mundo analógico e aparentemente mais fácil, de repente nos vemos em meio à tecnologia. As gerações X e Y tiveram que se adaptar a essas mudanças, porém, a primeira não abriu mão do seu desenvolvimento pessoal, já da segunda até a geração Z, é nítido o fato de que, devido a essas inovações, acabaram se distanciando da vida em sociedade.

Esse distanciamento está mais evidente na geração Z, são os jovens que estão na escola e estão sendo considerados os vilões da sociedade contemporânea. A tecnologia não deveria estar afastando os professores dos alunos, mas sim aproximando-os, o que aprendemos durante a nossa fase escolar, durante a nossa geração deve ser colocado em prática na sala de aula já que o professor está se tornando a referência de vida para aquele aluno, que essa referência seja boa, sabemos que como futuros professores deveremos lutar contra o mal que está assolando as crianças e jovens, iremos nos deparar com todos os tipos de dificuldades e abusos. E. FRANCO, S. E (Revista de Educação COGEIME). O professor precisa conhecer um pouco sobre as diversas gerações para que possa entender o perfil do estudante contemporâneo, esse aluno apesar de estar sempre conectado à internet não significa que está conectado ao mundo e aos problemas que o cercam.

O papel do professor nessa nova geração condiz em modificar esse pessimismo dos jovens e despertá-los para o conhecimento, para a realidade, ensiná-los como enfrentar as dificuldades que a vida impõe. CASTRO, A. T. K. A. SALVA, S.  São Paulo: Contexto, 2014.   FLYNN, James Robert. O que é inteligência? São Paulo: Bookman, 2009 FREITAG, BÁRBARA. Escola estado e sociedade. São Paulo: Moraes, 1980. São Paulo: Baraúna, 2012. Lima Ranieri - Perfil Das Gerações No Brasil As Gerações X, Y E Z E Seus Perfis Políticos - VivaProdutora. Disponível em: http://vivaprodutora. com. br/portfolio/ranieri-lima/. Edgar. Os professores e os desafios pedagógicos diante das novas gerações: considerações sobre o presente e o futuro. Revista de Educação do COGEIME.

Ano 19, n. p.

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