RELAÇÕES PÚBLICAS: INTERLOCUÇÕES NO ÂMBITO DAS PAIXÕES HUMANAS E NA CRIAÇÃO DE ESPAÇOS DE DIÁLOGO NAS ORGANIZAÇÕES

Tipo de documento:Plano de negócio

Área de estudo:Relações Públicas

Documento 1

Londrina 2018 AMANDA GARCIA IGOR HENRIQUE RELAÇÕES PÚBLICAS: INTERLOCUÇÕES NO ÂMBITO DAS PAIXÕES HUMANAS E NA CRIAÇÃO DE ESPAÇOS DE DIÁLOGO NAS ORGANIZAÇÕES Trabalho apresentado como requisito para a Conclusão do Curso de Bacharelado em Relações Públicas do Centro de Educação, Comunicação e Artes da Universidade Estadual de Londrina. BANCA EXAMINADORA ______________________________________ Profª. Dra. Maristela Romagnole de Araújo Jurkevicz Universidade Estadual de Londrina ______________________________________ Prof. ª Dra. Eu, Igor, agradeço primeiramente a Deus por toda inspiração divina. Aos meus pais por não medirem esforços em subsidiar todo o meu processo de formação acadêmica e não me permitirem desistir. Agradeço aos professores que sempre estiveram dispostos a ajudar e contribuir para um melhor aprendizado e em especial a minha orientadora por todos os direcionamentos.

Agradeço também aos meus amigos por entenderem minhas ausências e aos demais familiares por sempre torcerem por mim e me apoiarem em momentos que precisei. E agradeço a minha parceira na construção desse TCC por manter a calma e a paciência nos momentos de tensão e empenho. A coleta de dados foi realizada por meio da ferramenta do Google Forms, sendo o questionário qualitativo direcionado para 12 (doze) profissionais de comunicação e o quantitativo para 110 (cento e dez) Relações Públicas formados entre os anos de 2015 e 2018, na Universidade Estadual de Londrina. No referencial teórico foram abordados os seguintes temas: Gestão de Relacionamentos, Cultura e Clima Organizacional, Comunicação Humanizada e Paixões Humanas. Na pesquisa qualitativa foi realizada uma análise de dados, com vistas a sintetizar as informações coletadas, visando o alcance dos objetivos propostos.

Quanto à pesquisa quantitativa, as análises estatísticas foram apresentadas por meio de representações gráficas. Ambas as pesquisas quali-quantitativas apontaram a relevância do estudo interdisciplinar das paixões humanas para o Relações Públicas. Center for Education, Communication and Arts. State University of Londrina, 2018. ABSTRACT This work has as its central theme the interdisciplinary study of human passions, a term used by Sidineia Gomes Freitas and Maria José Guerra de Figueiredo Garcia (2008), to address the influence of emotions and feelings on the behavior of individuals. It uses the theoretical scope of Aristotle (2000) in which he defines human passions: calm, love, hate, fear, confidence, shame, recklessness, favor, compassion, indignation, envy, emulation and contempt. The general objective was to demonstrate the relevance of the study for the Public Relations in the management of relationships with its audiences and stakeholders in the organizations.

Human Passions. Organizational culture. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Gráfico 1 – Conhecimento acerca das paixões humanas. Gráfico 2 – Contribuição da interdisciplinaridade na formação em RP. Gráfico 3 – Preparação para lidar com conflitos emocionais. CONCEITO DE PÚBLICOS. GESTÃO DE RELACIONAMENTOS. CULTURA E CLIMA ORGANIZACIONAL. CULTURA ORGANIZACIONAL. CLIMA ORGANIZACIONAL. CLASSIFICAÇÃO COM BASE NOS MÉTODOS UTILIZADOS. Pesquisa Bibliográfica. CLASSIFICAÇÃO COM BASE NA ABORDAGEM. Pesquisa Quali-Quantitativa. INSTRUMENTOS PARA COLETA DE INFORMAÇÕES. TRIANGULAÇÃO DOS RESULTADOS 9 PROPOSTA DE RP. CONSIDERAÇÕES FINAIS. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. APÊNDICES. APÊNDICE I - Questionário com os profissionais de comunicação. São elas a cólera, a calma, o amor, o ódio, o temor, a confiança, a vergonha, a imprudência, o favor, a compaixão, a indignação, a inveja, a emulação e o desprezo.

A perspectiva apresentada por Aristóteles nos chama a atenção para a importância de analisarmos as emoções considerando que elas estão estreitamente ligadas às ações do ser humano. Salientamos que o propósito do nosso estudo não se baseia em conceituar as diversas emoções existentes, mas enfatizarmos a importância de uma comunicação humanizada voltada para a reflexão das motivações das ações dos indivíduos. Nesse aspecto, é sobre esse agir que o Relações Públicas precisa estar capacitado para atuar com as interlocuções no âmbito ético-emocional e criar espaços de diálogos nas organizações. PROBLEMÁTICA DA INVESTIGAÇÃO Com a finalidade de ampliar o debate sobre a temática da investigação desenvolvemos as seguintes questões norteadoras: De que maneira as paixões humanas interferem no clima organizacional e na cultura organizacional e impactam na construção de relacionamentos entre lideranças e subordinados? As disciplinas absorvidas durante a graduação são suficientes para que o 11 Relações Públicas gerencie as relações humanas no trabalho? O gerenciamento da comunicação administrativa e interna das organizações é suficiente para administrar as relações humanas e dar conta de sua complexidade no ambiente interno da organização? Quais são os caminhos e intervenções necessários para que o Relações Públicas compreenda o ser humano dentro da organização e promova relacionamentos saudáveis? 1.

Os seres humanos são complexos, com traços culturais distintos, habilidades contrastantes, opiniões individuais e sentimentos que são estados da alma que conduzem as ações. A personalidade de cada pessoa influencia no clima de uma organização e para compreender e fazer uma melhor gestão de relacionamentos é imprescindível conhecer e se aprofundar constantemente em relação aos fatores que influenciam as ações de cada indivíduo que está inserido ou se relaciona com a organização. Ciúme, inveja, raiva, ira, espera, compaixão, medo e vergonha são alguns desses estados que conduzem nossas interações sociais do ponto de vista ético e moral. O espaço das organizações está entre os que possibilitam as análises da dimensão passional levando em conta as paixões coletivas que hoje são pautadas por conflitos.

FREITAS; GARCIA, 2008, p. “O clima retrata o grau de satisfação material e emocional das pessoas no trabalho. Observa-se que este clima influencia profundamente a produtividade do indivíduo e, consequentemente da empresa. Assim sendo, o mesmo deve ser favorável e proporcionar motivação e interesse nos colaboradores, além de uma boa relação entre os funcionários e a empresa” (LUZ, 2001, p. Mesmo reconhecendo a necessidade de analisar e implementar um gerenciamento da comunicação administrativa e interna das organizações que favoreça um clima organizacional saudável, em muitos casos não existe a correta preparação dos profissionais que serão responsáveis por exercer tal influência entre os seus subordinados. O principal fator para a compreensão das paixões humanas é ter um conhecimento mais amplo de áreas como Psicologia e Gestão de Pessoas, o que garante uma multidisciplinaridade de aprendizados.

Dentro das organizações, os Relações Públicas são vistos como gestores de comunicação, pois eles elaboram programas e projetos para se comunicarem com seus públicos. França, no entanto, diz que é necessário entender e conhecer os públicos para a geração de ações assertivas e efetivas. Sendo assim: Admitindo que relações públicas dizem respeito a uma atividade cujo objetivo primordial é consolidar a marca da empresa, promover seu conceito corporativo e estabelecer relacionamentos planejados estrategicamente com os públicos, ela se torna mais compreensível e recebe um foco diferente daquele que lhe é conferido pelas inúmeras definições descritivas que apenas indicam suas funções e propriedades. FRANÇA, 2012, p. Neste tocante percebemos a relevância da correta identificação e mapeamento de públicos.

Essas classificações são as mais comuns e as mais utilizadas pelos autores da área, pois elas representam com clareza o papel dos públicos para uma determinada organização, instituição ou grupos. Porém, cabe as organizações identificar os diferentes papéis que cada ator social pode exercer nas organizações ou mesmo em seu espaço público e assim desenvolver um correto mapeamento dos públicos, para a partir disso traçar um planejamento de comunicação coerente com as necessidades e expectativas de seus stakeholders e promover principalmente a gestão destes relacionamentos que são essenciais para o despertar do desenvolvimento, da satisfação, e das integrações entre os funcionários. GESTÃO DE RELACIONAMENTOS No cotidiano dos Relações Públicas são intrínsecos olhares constantes para a comunicação e a forma pela qual ela é direcionada aos seus públicos, uma vez que, existem relacionamentos que podem interferir no ambiente organizacional e nas estratégias utilizadas para a geração dos discursos comunicacionais.

A gestão de relacionamentos vai além da análise de fatores que podem ter causado determinados ruídos organizacionais. É de suma importância para a criação de ações colaborativas e eficazes, a compreensão da dimensão humana e da afetividade e paixões de seus stakeholders, para o estabelecimento de relacionamentos mais saudáveis que garantam diálogos permanentes entre as organizações e seus públicos. O segundo se estabelece nas crenças de que uma organização é íntegra e de que cumprirá suas promessas, bem como na crença de que tal organização tem capacidade de cumpri-las para determinar a disposição das partes a se abrir para um relacionamento. O terceiro é utilizado para designar o quão favorável um lado se sente em relação ao outro por meio do reforço de expectativas.

Já o último, interliga-se a satisfação, pois refere-se ao questionamento do retorno conquistado com o esforço para manter um relacionamento. Sendo assim é possível verificarmos a existência de técnicas e estratégias para melhor administrar os relacionamentos. Essa preocupação e abertura garante um retorno na confiança e na reputação da organização perante seus funcionários e gera um grande feedback dentre os objetivos propostos pela organização. A prática da comunicação corporativa visa melhorar a disseminação, compreensão, aceitação, e aplicação da informação de forma que auxiliem ao alcance dos objetivos organizacionais e principalmente que garanta relacionamentos efetivos, consistentes, e de respeito mútuo. É muito importante que as Relações Públicas com sua visão mais ampla de públicos, coletividade, integração, e relacionamentos desenvolva através da comunicação uma necessidade de formação de relações baseadas e pautadas no olhar humano e sensível entre os colaboradores e principalmente entre líderes e liderados.

Logo, a gestão de relacionamentos será completa e passível de transmitir resultados positivos em todo seu processo comunicativo e gerencial. CULTURA E CLIMA ORGANIZACIONAL No âmbito organizacional é cada vez mais exigido que os profissionais de comunicação, assim como gestores e supervisores, desenvolvam um olhar humano sobre as relações existentes no cotidiano das organizações e sobre as ações atribuídas aos seus públicos nesse espaço. “A comunicação não é mais descrita como transmissão de mensagens ou conhecimento, mas como uma atividade prática que tem como resultado a formação de relacionamento” (TAYLOR, 2005, p. p. a cultura se forma por meio da atuação dos grupos e fomenta o que pode chamar de ‘personalidade da organização’. Os grupos relacionam-se, desenvolvendo formas de ser e agir que vão sendo incorporadas por eles.

Quando o grupo passa a agir automaticamente, a cultura está enraizada. A comunicação é a fase fundamental nesse processo, tendo em vista que a cultura se forma a partir do momento em que as pessoas se relacionam. Ao enfatizar os elementos que compõem a cultura de uma organização, Fleury (1996), ainda afirma que: [. a cultura organizacional é concebida como um conjunto de valores e pressupostos básicos expressos em elementos simbólicos, que em sua capacidade de ordenar, atribuir significações, construir a identidade organizacional, tanto agem como elemento de comunicação e consenso, como ocultam e instrumentalizam as relações de dominação (FLEURY, Ibid. p. A cultura vive se for comunicada significativamente, e para isso acontecer, “os profissionais de comunicação devem desvendar a cultura de uma organização para poder embasar todo seu processo de comunicação junto aos diversos grupos trabalhando na profundidade em nível de relacionamentos; somente dessa forma estará legitimando a organização” (MARCHIORI, 2008, p.

Diante disso, é imprescindível salientar a importância do Relações Públicas. Considerando as colocações apresentadas, é possível afirmarmos que a cultura organizacional influencia no cumprimento ou não da missão, da visão e dos valores nas organizações, em que a comunicação exerce papel fundamental para que o plano estratégico seja colocado em ação de forma eficaz pelos profissionais de comunicação. A comunicação deve ser pensada de forma estratégica e humanizada, a fim de representar a real cultura da organização compreendendo as diversas histórias que cada colaborador possui, as diversas realidades que cada um encontra fora do ambiente organizacional e as diversas emoções que cada um possui e demonstra no interior de uma organização. A cultura pode ser interpretada, na sua forma mais simples de expressão, como uma maneira particular de viver.

Para atingir esse estágio, vemos que comunicação é o fundamento. Dessa forma, cultura é continuamente construída por meio da comunicação. Clima organizacional é o indicador do grau de satisfação dos membros de uma empresa, em relação a diferentes aspectos da cultura ou realidade aparente da organização, tais como políticas de Recursos Humanos, modelo de gestão, missão da empresa, processo de comunicação, valorização profissional e identificação com a empresa. CODA apud OLIVEIRA, 1995, p. No entanto, existem profissionais que não são preparados para trabalhar com o comportamento humano e que não possuem capacidade de associar problemas de comunicação organizacional com aspectos relacionais, de origem no próprio clima instaurado em suas organizações. Além de ouvir seus funcionários, os gestores precisam compreender as variáveis comportamentais, e principalmente, o que os colaboradores pensam em relação ao espaço de expressão e participação em suas rotinas de trabalho.

“Essas premissas funcionam suficientemente bem para serem consideradas válidas e podem ser ensinadas a novos integrantes como sendo a forma correta de perceber, pensar e sentir-se em relação a esses problemas de adaptação externa e integração interna”. Para haver motivação, deve existir algum desejo, alguma meta pessoal a ser atingida. Gil (2001, p. ainda complementa: Motivação é a força que estimula as pessoas a agir. Hoje, sabe-se que a motivação tem sempre origem numa necessidade. Assim, cada um de nós dispõe de motivações próprias geradas por necessidades distintas e não se pode, a rigor, afirmar que uma pessoa seja capaz de motivar outra. Com relação às modalidades, algumas possuem especificidades. A comunicação institucional abrange as áreas de relações públicas, marketing social, marketing cultural, jornalismo, assessoria de imprensa, identidade corporativa e propaganda institucional.

A comunicação institucional é definida por Vianna (2005) como: Responsável pela construção e formatação de uma imagem e identidade corporativa forte e positiva, a comunicação institucional tem como função difundir informações sobre as filosofias, missão, valores, políticas, práticas e os objetivos da empresa, tentando conquistar a simpatia, confiança e credibilidade junto a seus públicos, de modo que suas atitudes sejam compreendidas e aceitas. VIANNA, 2005, p. Já a comunicação mercadológica envolve o marketing, a propaganda, a promoção de vendas, feiras e exposições, marketing direto, merchandising e venda pessoal. A constante conferência e convergência dessas modalidades comunicativas presentes nas organizações somente contribuem para a construção de um trabalho e um plano de comunicação que venha a atender todos os objetivos presentes no âmbito organizacional e no interesse mútuo para com seus públicos.

Mesmo com suas especificações e diferenças entre os setores, as organizações necessitam desenvolver o trabalho contínuo e associativo entre esses núcleos. A comunicação organizacional deve ser entendida de forma ampla e abrangente, vendo-se como se processa a comunicação dentro das organizações e toda a sua ambientação social, política e econômica. Como fenômeno inerente à natureza das organizações e aos agrupamentos de pessoas que a integram ou com ela interagem, a comunicação organizacional envolve os processos comunicativos, além de todos os seus elementos constitutivos e a construção de sentidos dos sujeitos e/ou agentes integrantes em diferentes momentos e contextos (KUNSCH, 2010, p. Levando em consideração todos os aspectos das modalidades comunicativas organizacionais e o presente estudo, verificamos a importância de priorizar os modelos de comunicação interna e administrativa, além de evidenciar a comunicação humanizada como 26 imprescindível para a compreensão das paixões humanas no ambiente de trabalho e seu impacto na cultura e clima organizacional e sua presença nas rotinas dos profissionais de comunicação.

Para obter maior eficácia, a comunicação interna precisa ser direcionada e trabalhada em conjunto com a comunicação administrativa, mercadológica e institucional, permitindo assim uma análise e, principalmente, avaliação dos pontos fracos e fortes, buscando oportunidades e prevenindo ameaças. Para Kunsch: 27 As ações comunicativas devem ser resultantes de um processo de planejamento estratégico, fundamentado em pesquisas e precisam ser guiadas por uma filosofia e política de comunicação integrada que levem em conta as demandas, os interesses e as exigências dos públicos estratégicos e da sociedade (KUNSCH, 2009, p. A comunicação interna só conseguirá êxito quando sua participação for democrática e os colaboradores, privilegiados, reconhecidos e respeitados pela organização. Conforme Marchiori afirma: “As organizações devem preocupar-se cada vez mais com o monitoramento das informações e a abertura do diálogo com seus diferentes grupos de interesse, entendendo que seu comportamento deve ir além do repasse de informações.

Na realidade, é preciso atuar no sentido de selecionar as informações para que façam parte do contexto vivenciado pela empresa e que tenham sentido para os públicos, produzindo assim uma comunicação que gere atitude” (MARCHIORI, 2006, p. Estimular a participação de seus colaboradores contribuirá para a circulação das informações de maneira clara, além de aproximar os vários setores da organização e desenvolver a integração. Exercer a comunhão de ideias e troca de experiências é positiva tanto para os gestores como para os funcionários, pois ambos vão se sentir pertencentes ao núcleo da organização e vão desenvolver habilidades de coletividade e de sensibilidade, sendo assim, favorecendo o clima organizacional. Sendo a comunicação um fio condutor importante no estabelecimento de relações interpessoais necessárias ao bom andamento do trabalho, quanto mais conhecimento e consciência do processo comunicativo os líderes e os liderados possuírem, maiores são as perspectivas de eficácia no processo de gestão (GOLEMAN, 2015).

COMUNICAÇÃO ADMINISTRATIVA A comunicação administrativa é aquela que se preocupa com o processo de comunicação que envolve a administração da organização, e se ocupa da questão empreendedora e burocrática da organização. A comunicação administrativa abrange todos os conteúdos relativos ao cotidiano da administração atendendo às áreas centrais de planejamento e às estruturas técniconormativas, com a finalidade de orientar, atualizar, ordenar e reordenar o fluxo das atividades funcionais. Tendo em vista que a comunicação reflete sobre seus recortes, é evidente que há contrastes. Uma das teorias de comunicação que exemplificam esse cenário é a Teoria da Recepção abordada por Hall (1980)1 por meio dos estudos culturais. Essa teoria foca na não pacificidade do público perante a informação, ou seja, há um consumo crítico da informação e um retorno ao produtor.

Essa visão apresenta as pessoas como consumidores e produtores de cultura e informação ao mesmo tempo. Hall (1980, apud GUIRRO; TORRES, 2017) discursa sobre a linguagem como um produtor dentro de uma estrutura de poder econômico, social ou político. Por mais que uma organização procure estimular seus colaboradores, mostrando o seu crescimento proporcional, todas as ações caracterizam-se por atitudes parciais, voltadas para os interesses da organização, como coloca Ramos (1981; 1996, apud SARDÁ, 2006), o indivíduo é condicionado pela racionalidade instrumental. Assim, podemos dizer que a comunicação não alcança reciprocidade na horizontalidade do seu processo, em razão de predominar sempre o interesse de quem estabelece as regras da própria comunicação. Há organizações que exibem um sistema de comunicação horizontal, mas dificilmente isto ocorre na prática, em razão de os colaboradores, nos mais variados níveis hierárquicos, atuarem de forma condicionada ao modelo mental predominante no ambiente de trabalho.

Em uma organização, onde o controle e o monopólio da informação sustentam um modelo padronizado para todos os seus ambientes de produção, o indivíduo vive a realidade engessada do seu trabalho e atua nos limites do potencial da sua capacidade definidos pela organização, mesmo podendo contribuir muito mais para a organização, em paralelo a isso, ele alimenta esperanças e sonhos, de alcançar outros objetivos na sua vida. A organização, em nível de comportamento comunicacional, prescreve os ritos da própria sociedade, onde o homem se modela para se enquadrar aos padrões do ser enquanto consumista. Por estar a comunicação relacionada com as interações individuais, isoladamente ou em grupos, este assunto está impregnado de semântica, sociologia, antropologia, psicologia e administração (REDFIELD, 1980, apud KUNSCH, 2003, p.

Uma vez que as relações de trabalho são fundadas na comunicação, esta detém importante função na construção e formação de uma dimensão mais humana, pois apresenta grande potencial para minimizar as vulnerabilidades às quais estão expostos os indivíduos. A reversão de um cenário preocupante instalado na sociedade moderna pode, portanto, ter como sustentação o processo de humanização das organizações por meio da comunicação. Quanto à humanização das atividades organizacionais, Backes, Lunardi e Lunardi Filho (2006b) consideram que: [. demanda, principalmente, por parte dos dirigentes, acolhimento, escuta e uma atitude de sensibilidade, para compreender a realidade que se apresenta na perspectiva do próprio trabalhador, seja ela favorável ou não. O empobrecimento das relações humanas internas acaba refletindo na relação da organização com o mercado, em razão do falso encantamento dos stakeholders tornarem as ações e os comportamentos frios e superficiais.

Se antes da revolução tecnológica a comunicação organizacional era uma simples peça comum da engrenagem produtiva, hoje, é um instrumento que tenta atribuir ao ser humano um papel ainda mais secundário na organização. O que podemos visualizar nos ambientes organizacionais são executivos e gestores utilizando a comunicação apenas como redes que integram o sistema produtivo, de acordo com a velocidade planejada para alcançar o rendimento ideal para a organização e onde o colaborador possui a certeza de que possui apenas valor monetário. Compreender a importância das paixões humanas e como elas influenciam as ações dos indivíduos é ainda mais importante para desenvolver uma comunicação humanizada nas organizações. O comportamento do indivíduo dentro de uma organização carrega diversos significados e as emoções são responsáveis por guiar esse comportamento.

Assim como outros temas pertinentes às Ciências Sociais, o estudo das emoções pode revelar muito sobre a dinâmica da vida em sociedade, das relações de gênero, de classe, de trabalho, etc. Para Lacroix (2001), estamos entrando em um período de despertamento sobre as emoções. Esse despertar favorece o entendimento de que paixão e razão são movimentos, contínuos e graduais, isto é, existe uma escala passional e uma racional que se intercalam na ação cotidiana do ser humano. Compreender sobre as paixões pode ajudar o indivíduo a ter um domínio de si. Dentro dessa perspectiva, compreender as paixões passa a ser uma exigência para a vida em sociedade e mais ainda para o Relações Públicas, que faz a gestão de relacionamentos dos mais variados públicos, que não deve atuar apenas em estratégias globais, coletivas ou para um determinado segmento de público, mas também, quando se faz necessário, uma atenção personalizada, compatível com a pessoa que intervém na rotina da organização.

Para Hobbes (2002, p. a paixão é compreendida “[. não no sentido comum, talvez equivocadamente como apenas “amor”, mas amplamente como movimentos, impulsos, desejos”. Ou seja, para Hobbes quando se fala no termo paixão, isso engloba as vontades, aversões, amor, ódio, pois, são para ele são apetites ou aversões que o homem sente. Fica evidente que as ações humanas e a maneira como são feitas dizem muito sobre paixões e desejos que os indivíduos buscam realizar. Se qualquer autoridade desse gênero inexiste, é a lei do mais forte que reina e, latente ou agudo, o estado de guerra é necessariamente crônico. ” As emoções estão tão presentes em nossas ações quanto a própria ação em si. Ou seja, podemos considerar que toda ação do indivíduo, mesmo as emocionais, possuem sentido.

Para Simmel (2006), a sociedade parte da interação entre os indivíduos e é estabelecida como o produto das manifestações de contato social. Segundo ele, os indivíduos, tendo diversas motivações (paixões, desejos, angústias, aflições, etc. Desta maneira, é essencial questionar sobre a forma como esse conceito vem sendo explorado, pois quando não se realiza uma reflexão crítica, possibilita-se a partir da mídia ou da sociedade de consumo, a reprodução das desigualdades, injustiças, e a manipulação dos sentimentos. As emoções são comumente reconhecidas como desestabilizadoras, como questionadoras de diversas problemáticas psicossociais, conforme Sawaia (2004). E, dessa maneira, as emoções devem ser reconhecidas como impulsionadoras do movimento da consciência, por meio da ação e da reflexão (Lane, 1994).

Pode-se questionar sobre a pobreza e a reconhecermos, sem instrumentalizar e nem cristalizar o seu conceito, promovendo assim transformações e a desnaturalização dos fenômenos sociais, uma vez que “é o indivíduo que sofre, porém esse sofrimento não tem gênese nele, e sim em intersubjetividades delineadas socialmente” (Sawaia, 2004, p. Ao se negar o sofrimento também se nega a cidadania, portanto, é fundamental focar e compreender as emoções dos indivíduos, contextualizando ao ambiente social em que vivem. — Atenas, 322 a. C. foi um filósofo grego, aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande. Seus escritos abordam diversos assuntos, como a física, a metafísica, as leis da poesia e do drama, a música, a lógica, a retórica, o governo, a ética, a biologia e a zoologia.

Seus estudos filosóficos baseavam-se em experimentações para comprovar fenômenos da natureza e valorizava a inteligência humana, única forma de alcançar a verdade¹. Assim como pensa que a essência das coisas está nas próprias coisas, diferente de Platão que pensa nas coisas como cópias de ideias perfeitas, Aristóteles pensa de modo diferenciado assuntos como ética e política. Embora ele discorde de seu mestre sobre alguns pontos-chave, muito dos escritos de 2 Fonte: Standford Encylopedia of Philosphy Aristotle (em inglês). Aristóteles são considerados uma evolução das ideias formuladas pela primeira vez por Platão. Aristóteles era mais um pensador político que tentou colocar suas ideias em um contexto social. Para ele, era impossível considerar um sem considerar o outro.

Meyer (2000, XXXVII) aponta que “para Aristóteles, a paixão é a expressão da contingência, além disso, se de começo o pathos3 é uma simples marca lógica ou ontológica (uma categoria do ser), logo se servirá disso para caracterizar a relação sensível com sua temporalidade inversa à ordem lógica. O jogo dos contrários está inscrito no campo passional, fazendo deste uma preocupação privilegiada para a retórica, que se ocupa das oposições. ” E conclui o pensamento afirmando, [. há paixão porque há ação, e essa reciprocidade inscreve-se como interação de diferenças no seio de uma mesma identidade, de uma mesma comunidade. ” Após o prefácio de Meyer e então introduzindo às palavras de Aristóteles, em seus primeiros parágrafos a obra Retórica das Paixões (2000) associa fortemente a cognição e a emoção, porque aquilo que a pessoa pensa ou acredita ocorrer apresenta os objetos da emoção além de explicar a reação emotiva.

“as paixões são todos aqueles sentimentos que, causando mudanças nas pessoas, fazem variar seus julgamentos, e são seguidos de tristeza e prazer, como a cólera, a piedade, o temor e todas as outras paixões análogas, assim como seus contrários”. Apresentamos abaixo as definições dadas por Aristóteles para as catorze paixões humanas. • CÓLERA Aristóteles inicia a sua análise das emoções, pela cólera, que segundo o dicionário Priberam significa uma violenta irritação contra o que nos contraria; ira. Segundo Aristóteles (2000, p. a cólera é [. Fortenbaugh, op. cit. p. Aristóteles, Retórica II 1378 a19-22, apud SILVA, 2010) 40 em fazer ou dizer coisas que possam fazer sentir vergonha a quem as sofre. O ultraje visa provocar desonra e desonrar é desprezar.

• CALMA “Se sentimos cólera contra os que desdenham, e o desdém é voluntário, é evidente que com aqueles que nada disso fazem, ou agem involuntariamente, ou parecem agir assim, somos calmos” (Id. Ibid. Ou seja, a calma é o sentimento oposto da cólera. Segundo Aristóteles, diversas circunstâncias levam o indivíduo a sentir calma. As pessoas mostram-se calmas com os que reconhecem as suas faltas e se arrependem, com os que agiram mal por erro e sem intenção. O filósofo acrescenta que “também ficamos calmos se fazemos condenar o ofensor. Igualmente, se os adversários sofreram maior mal do que lhes teríamos infligido, em estado de porquanto, cremos, e como se nos tivéssemos vingado (ARISTÓTELES, 2000, p. • AMOR E ÓDIO Para Aristóteles (2000, p.

a amizade é uma forma de amar. É querer para alguém aquilo que pensamos ser uma coisa boa, por causa desse alguém e não por nossa causa. A camaradagem, o parentesco e a familiaridade são espécies de amor. Além disso, aqueles com quem é agradável passar nossa vida ou o dia: tais são os condescendentes, que não são capazes de censurar nossos erros, que não prezam as discussöes, nem as contendas, pois esses últimos são combativos, e os que combatem parecem ter desejos contrários aos nossos (Id. Ibid. p. Mas quais são as causas do ódio? São, precisamente, a ira, o ultraje e a calúnia. Par isso, até os indícios de tais coisas são temíveis, porque o temível parece estar próximo; e nisso, com efeito, que reside o perigo, a aproximação do temível” (ARISTÓTELES, 2000, p.

Para Aristóteles, temos medo da injustiça dos poderosos, do ódio e da ira de quem tem poder para fazer mal e as calúnias e injúrias dos maledicentes. Em suma (Ib. Ibid. p. Os nossos amigos também inspiram confiança. Em suma, as pessoas confiantes são as que “tiveram muitos resultados felizes e nada sofreram, ou se muitas vezes chegaram a situações perigosas e escaparam, porquanto os homens são insensíveis, ou por não terem experiência, ou por disporem de proteção, assim como nos perigos do mar os inexperientes das tempestades confiam no futuro, e também confiam os que têm meios de proteção graças à sua experiência” (Ib. Ibid. p. Ou seja, aqueles que nunca cometeram injustiças contra ninguém são os que têm mais razões para estarem confiantes.

Ibid. p. sente-se vergonha não só das pessoas mencionadas, mas ainda daquelas que lhes vão revelar nossos erros, por exemplo seus servidores e amigos. Em geral, não sentimos vergonha nem diante daqueles cuja opinião relativamente na verdade menosprezamos muito (já que ninguém se envergonha diante dos jovens escravos e dos animais), nem pelas mesmas 44 coisas, diante dos conhecidos e dos desconhecidos, mas diante dos conhecidos sentimos vergonha do que é considerado realmente vergonhoso, e, diante dos outros, mais distantes, envergonhamo-nos de coisas concernentes ao costume. • O FAVOR O filósofo define o favor como: [. • A COMPAIXÃO E A INDIGNAÇÃO A compaixão é um sentimento expresso através da má sorte de uns, e está relacionada a uma situação inesperada ou que não condiz com determinada circunstância.

De acordo com o filósofo: [. elas se compadecem dos conhecidos, se não são parentes muito próximos; para com estes, dispõem-se assim como para consigo mesmas, se devessem sofrer 45 provações. Temos compaixão dos que nos são semelhantes na idade, no caráter, nos hábitos, nas dignidades, na origem, porque em todos esses casos e mais evidente a possibilidade de também nos sofrermos os mesmos reveses, e em geral devemos admitir também aqui que tudo quanto receamos que nos aconteça causa compaixão, quando ocorre a outros. Ib. • A INVEJA, A EMULAÇÃO E O DESPREZO A inveja, segundo Aristóteles, pode ser causada diante de pessoas que possuam as mesmas características ou quando falta pouco para conquistarem o que desejam.

Assim como pessoas ambiciosas e de espírito mesquinho. Não competimos também com aqueles aos quais nos consideramos, por juízo próprio ou de outros, muito inferiores, ou muito superiores, e da mesma maneira com os que estão em condições análogas. Ora, uma vez que competimos com os adversários nos jogos e com os rivais no amor e, em geral, com os que tem as mesmas aspirações, é forçosamente contra eles que sobretudo sentimos inveja, por essa razão se disse (Ib. Ibid. Desprezam-se os de caráter oposto, porque o desprezo é o contrário da emulação, e o fato de sentir emulação é o contrário do desprezar. Necessariamente os que estão num estado de ânimo que os faz invejar a outros ou ser invejados tendem a desprezar todas as pessoas e todos os objetos que apresentem os males contrários aos bens dignos de inveja.

Por isso, muitas vezes se desprezam os que gozam de boa sorte, quando esta não vem acompanhada de bens honrosos. Ib. Ibid. Mas a tradição nos leva a pensá-la de forma banal e grosseira. Basta ver os meios de comunicação de massa: quando não reduzem as paixões ao império de uma delas (a amorosa) tratam de desqualifica-las pela superficialidade. O mercado cultural apropria-se de algumas idéias de paixão dando a elas um caráter difuso e homogêneo para que possam ser consumidas como objeto (NOVAES, 1987, p. As paixões humanas são aspectos práticos e palpáveis da relação entre a mente com o corpo. No seu melhor, as emoções guiam o comportamento humano, indicando uma direção e auxiliando nas decisões, potencializando assim, a própria lógica.

Elas nos permitem fazer parte das dinâmicas sociais, não só devido às adaptações genéticas, mas também ao nosso próprio crescimento, por meio do que vamos adquirindo e aprendendo com as interações sociais no ambiente em que nos inserimos. Para o Relações Públicas, compreender os diversos tipos de influências que agem sobre o comportamento humano é primordial. Por ser um profissional que facilita e intermedia a comunicação nas organizações, identificar e buscar compreender as diversas 48 faces emocionais do ser humano é ainda mais importante. Tendo em vista que a cultura organizacional é a identidade de uma organização, e que essa cultura é o resultado da fusão da interação dos colaboradores, o Relações Públicas precisa compreender que cada público de interesse possui um impacto sobre a organização e para fazer uma gestão eficaz desses relacionamentos e despertar a resposta emocional pretendida, é preciso haver compreensão de como os indivíduos são afetados pelas emoções.

O universo das Comunicações Sociais toma vida nas e pelas palavras, pelos textos, pelos discursos. Só podemos compreender racionalmente qualquer fenômeno do mundo exterior se houver, em primeiro lugar, a percepção sensível, para depois, então, a compreensão inteligível. É neste caminho que as paixões, como estados de alma inscritos nos discursos, impregnam a linguagem estabelecendo um jogo entre o ser e o fazer que resulte num diálogo entre a dimensão passional e a dimensão ética (FREITAS; GARCIA, 2008b, p. A capacidade de compreender e analisar experiências emocionais promove a capacidade de compreensão de si mesmo, assim como da relação com o meio em que se 49 insere. De uma forma geral, os indivíduos que conseguem identificar como se sentem, poderão também compreender as implicações das suas paixões e, consequentemente, dosar de forma eficaz as suas experiências emocionais.

A definição de dosagem emocional de Leary (2013, p. Os quatro componentes que representam aptidões para o controle da inteligência emocional são: a capacidade de perceber, avaliar e expressar corretamente uma emoção; a capacidade de gerar ou ter acesso a sentimentos quando eles puderem facilitar a compreensão de si mesmo ou do outro; a capacidade de compreender as emoções e os conhecimentos derivados delas e a capacidade de controlar as próprias emoções para promover o crescimento emocional e intelectual. Segundo Weisinger (1997 p. a inteligência emocional no trabalho é o ensino para 6 deles”. Em português: “É a capacidade de manter a cabeça quando todos à sua volta estão prestes a perder a Disponível em: http://www. psicologi. É necessário que o projeto esclareça como se processará a pesquisa, quais as etapas que serão desenvolvidas e quais os recursos que devem ser alocados para atingir seus objetivos.

É necessário, também, que o projeto seja suficientemente detalhado para proporcionar a avaliação do processo de pesquisa (GIL, 2002, p. A metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda ação desenvolvida durante o trabalho de pesquisa. É a explicação do objetivo da pesquisa, da abordagem, do instrumental utilizado (questionário, entrevista, etc), das formas de tabulação e tratamento dos dados, enfim, de tudo o que foi utilizado no trabalho de pesquisa para alcançar os resultados previstos. CLASSIFICAÇÃO COM BASE NOS OBJETIVOS Segundo Gil (2002), com relação às pesquisas, a classificação acontece com base em seus objetivos gerais. Segundo Gil (2002, pg. “a pesquisa documental muito se assemelha à pesquisa bibliográfica. Logo, as fases do desenvolvimento de ambas, em boa parte dos casos, são as mesmas.

Entretanto, há pesquisas elaboradas com base em documentos, as quais, em função da natureza destes ou dos procedimentos adotados na interpretação dos dados, desenvolvemse de maneira significativamente diversa. É o caso das pesquisas elaboradas mediante documentos de natureza quantitativa, bem como daquelas que se valem das técnicas de análise de conteúdo”. Os campos de pesquisa partiram por livros encontrados na biblioteca da Universidade Estadual de Londrina e em periódicos disponíveis na Internet. CLASSIFICAÇÃO COM BASE NA ABORDAGEM As abordagens para uma pesquisa podem ser classificadas como qualitativas, quantitativas ou um misto das duas, conhecido por quali-quantitativa. Uma pesquisa qualitativa é adequada quando o fenômeno de interesse é novo, dinâmico ou complexo, as variáveis relevantes não são facilmente identificadas e quando as teorias existentes não explicam o fenômeno (CRESWELL, 2010).

Segundo este autor, a 53 abordagem qualitativa provê ao pesquisador um conhecimento mais profundo de um fenômeno e produz um alto nível de detalhes. Nesta abordagem, o contexto é intrínseco ao fenômeno. Duffy (1987) aponta que a aplicação conjunta dos métodos traz certos benefícios como: a possibilidade de controlar vieses (pela abordagem quantitativa) e a compreensão dos agentes envolvidos no fenômeno (pela abordagem qualitativa); identificação de variáveis específicas (pela abordagem quantitativa) e visão global do fenômeno (pela abordagem qualitativa); complementação de um conjunto de fatos e causas oriundos da abordagem quantitativa com uma visão da natureza dinâmica da realidade; enriquecimento das constatações obtidas em condições controladas com dados obtidos no contexto natural. Para alcançar os objetivos do nosso estudo utilizamos a pesquisa quali-quantitativa da seguinte forma: aplicamos a pesquisa qualitativa junto aos profissionais de comunicação, tendo em vista como as paixões humanas são tratadas nas organizações e a sua interferência na gestão de relacionamentos.

Na pesquisa quantitativa, analisamos junto aos profissionais de relações públicas formados pela Universidade Estadual de Londrina entre os anos 2015 e 2018, a importância do estudo das paixões humanas durante a graduação. INSTRUMENTOS PARA COLETA DE INFORMAÇÕES Para a coleta de informações, utilizamos a ferramenta do Google Forms (aplicativo do Google que permite a criação, compartilhamento e disponibilização de formulários web), sendo um questionário (ver apêndice A) para os profissionais de comunicação e o outro (ver apêndice B) para os Relações Públicas formados pela UEL entre os anos de 2015 e 2018. No que diz respeito às vantagens dos instrumentos utilizados, destacamos: possibilita atingir muitas pessoas de diversas regiões, permite o anonimato das respostas, permite que as pessoas o respondam no momento que lhes pareça mais apropriado, não expõe os pesquisados à influência da pessoa do pesquisador e rentabiliza o tempo do pesquisador visto que não o faz perder tempo na contabilização das respostas.

Levando em consideração as paixões humanas destacadas por Aristóteles. Enviamos a todos os selecionados um termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) por e-mail (ver apêndice C) e, antes das perguntas do questionário, inserimos um pequeno texto abaixo do título do formulário “Relações Públicas e Paixões Humanas nas Organizações” para introduzir o tema de forma mais clara e significativa para os entrevistados. Link do questionário qualitativo: link: https://docs. google. com/forms/d/e/1FAIpQLSf3UAku6bYTktojd1gL2N6-NDWxgl0YmNfk9NsUr2fHupuqQ/viewform?usp=sf_link. No ano de 2016, entrou em funcionamento o novo Projeto Pedagógico do Curso aprovado pela resolução CEPE/CA nº 05/2016 com a implantação de sua primeira série. Os dois projetos funcionaram concomitantemente por três anos (2016 a 2018).

Portanto, tivemos até o momento seis turmas formadas neste penúltimo PPC, de 2013 até esta última que está em processo de finalização, em 2018. Sendo o número de matriculados por turma de 20 alunos para cada turno, com funcionamento dos períodos matutino e o noturno. Conforme o perfil do egresso proposto pelo curso, o Relações Públicas deve estar apto a prestar assessoramento na solução de problemas institucionais e socioculturais que influam na posição da entidade perante a opinião dos públicos por meio do gerenciamento da comunicação. google. com/forms/d/e/1FAIpQLSdzhpLt7vVEL7z4oavSy50c3EgXa8VLmhJzdC6e AEpe2sKlUQ/viewform?usp=sf_link. Na primeira e segunda questão, o nosso objetivo foi verificar o conhecimento sobre o tema Paixões Humanas e a relevância da interdisciplinaridade na formação do Relações Públicas.

Na terceira e na quarta, buscamos identificar a autoconfiança ao lidar com situações de conflito nas organizações e a abordagem do tema Paixões Humanas ou assuntos correlatos durante a graduação com o objetivo de analisarmos se as disciplinas absorvidas durante a graduação são suficientes para que o Relações Públicas gerencie as relações humanas no trabalho. Na quinta questão, o intuito foi verificar alguma experiência do respondente em relação a situações de conflito nas organizações para então conectarmos com a última e sexta 61 questão, que teve o objetivo de identificar a importância do estudo das paixões humanas durante a graduação do Relações Públicas. Este questionário foi a ferramenta metodológica que norteou a pesquisa, sendo que sua elaboração 62 visou discutir questões relativas à percepção dos docentes e profissionais quanto à relevância do tema Paixões Humanas para a formação do Relações Públicas.

De forma geral, as pesquisas foram realizadas em um período de 14 dias e na pesquisa qualitativa o retorno foi de 75% dos profissionais. Para a apresentação dos resultados das pesquisas qualitativas, realizamos uma análise de dados com uma apresentação ordenada dos resultados. A identificação das respostas dos questionários qualitativos se deu por meio da ordem em que foram respondidos na plataforma web do Google (incluindo a entrevista realizada pessoalmente), conforme a legenda a seguir. A] Profissional 1 [B] Profissional 2 [C] Profissional 3 [D] Profissional 4 [E] Profissional 5 [F] Profissional 6 [G] Profissional 7 [H] Profissional 8 [I] Profissional 9 Apresentamos na sequência a análise do questionário aberto encaminhado aos docentes e profissionais de Relações Públicas, de acordo com a ordenação das questões. o levantamento de dados e a coleta de informações permitirão a formatar um background sobre a organização e sobre o problema identificado, ajudando-nos a descobrir outros problemas que poderão estar subjacentes e a compreender e examinar a situação (KUNSCH, 2003, p.

Na questão número dois também foi apresentada uma situação hipotética no ambiente de trabalho envolvendo os sentimentos de cólera e o ódio gerados por determinados conflitos organizacionais, e questionado se caberia ao profissional de RP intervir nesta situação e o que ele poderia fazer para evitar tais problemas. Em relação aos sentimentos e situações de cólera e ódio presentes no clima organizacional, nenhum dos profissionais concordaram totalmente com a ideia de intervir 64 diretamente nessas situações, e sim criar ferramentas ou até mesmo considerar um trabalho coletivo referente aos impactos causados no ambiente. O profissional [A] acredita que o Relações Públicas pode intervir por meio da abertura de canais fluídos e permanentes, e que possam ser acionados sempre que um participante da organização se sinta ameaçado em descumprir seus próprios princípios éticos recebendo um tratamento que o faça sentir-se como um público de relevância para o fazer e o ser da organização.

Enquanto que [C] se demonstra mais inclinado a pensar num trabalho coletivo entre lideranças, visto que, acredita que conhecer a causa e os envolvidos é o primeiro passo. Nas organizações, cada indivíduo traz consigo expectativas e conhecimentos próprios sobre os mais variados assuntos, sendo passível a existência de conflitos diante da diferença de interesses e opiniões. Apesar disso, é fundamental que as organizações possibilitem a construção produtiva de indivíduos diferentes, de modo que cada um se sinta respeitado e valorizado, por poder contribuir de alguma forma com os interesses da organização. “O ser humano é o principal canal dos acontecimentos nas organizações, nas quais a interação humana é questão primordial” (MARCHIORI, 2010). Relacionamentos colaborativos e produtivos são necessários, pois cada organização recebe interferência de seus públicos, que cada vez mais críticos e exigentes, solicitam mudanças.

As organizações necessitam de novas formas de pensar e gerenciar suas relações, para que possam lidar com possíveis conflitos por meio da construção de novos pensamentos pautados na diversidade e na criação de espaços de diálogos colaborativos. O profissional [E] utiliza um exemplo para sua projeção, “ao se falar em satisfação, se eu for ver a pirâmide de Maslow, é a coisa que está lá embaixo, isso não é nem busca, é o básico”. Porém, defende que é necessário buscar outros processos de relacionamentos e que isso significa duas coisas: o tempo que você precisa para o desenvolvimento dos relacionamentos, e atitude das pessoas nos relacionamentos, sendo possível de repente construir confiança. Seguindo na mesma linha de raciocínio, podemos apontar os pensamentos de [G], que acredita que como profissional de relacionamento, o RP deve garantir ambientes de respeito e exposições sem medo, promovendo conversas, diálogos, transparência e outras iniciativas que qualificam a participação das pessoas e a atenção às suas vozes.

Ainda segundo [G], “Os sentimentos são sensíveis a esses fatores e certamente serão positivamente afetados quando, de fato, ficar demonstrada a preocupação com o outro”. Quanto à questão de número cinco a finalidade foi verificar se na graduação em Relações Públicas houve alguma abordagem ou referência ao estudo sobre paixões humanas. Para [E], temos que trabalhar cada vez mais o relacionamento entre as equipes “chega de fazer veículo, e olhar narrativa, construção de realidade, dialogicidade e processos. Vamos olhar a questão de relação e da proximidade”. B] compreende que toda comunicação é política dentro dos cenários, desde o familiar ao de estado/nação com o povo, e afirma que é preciso estudar situações (cases) de forma sistemática para que possamos chegar a princípios de RP.

O profissional [D] por outro lado não vê relevância no tema para um trabalho mais específico dos profissionais de Relações Públicas. “Acho isto um tema tão etéreo que não vejo tão interessante ao ponto de o RP trabalhar. Para a apresentação dos resultados das pesquisas quantitativas, utilizamos análises estatísticas com representações gráficas fornecidas pela própria ferramenta do Google Forms. A questão nº 1 enviada para os graduados tinha como objetivo verificar os conhecimentos acerca do termo paixões humanas. Gráfico 1 – Conhecimento acerca das paixões humanas Fonte: Elaboração própria Com base no gráfico acima constata-se que a maioria dos graduados talvez já tenha ouvido falar parcialmente sobre o termo paixões humanas e a menor parte deles (23.

já ouviu falar. A partir de tais dados, verificamos que o termo paixões humanas ainda não é muito bem disseminado entre os graduandos. Tendo em vista que, 51. dos entrevistados reagiram negativamente é possível associarmos que a maioria dos profissionais não se sentem preparados para lidar com conflitos emocionais justamente por não conterem em sua graduação e em sua preparação contatos mais profundos com a teoria das paixões humanas. Também podemos identificar que a presença da interdisciplinaridade de estudos aumentaria esse nível de confiança entre os profissionais. A 4ª questão teve como objetivo verificar na percepção dos graduados se durante a graduação o tema emoções/ paixões humanas foi abordado. Gráfico 4 – Percepção sobre a abordagem das paixões humanas na graduação Fonte: Elaboração própria O gráfico acima representa que na percepção dos graduados a maioria acredita que a temática sobre paixões humanas não foi abordada em sua formação, durante a graduação.

Portanto, cabe ao Relações Públicas saber como melhor integrar e desenvolver estratégias de comunicação afim de produzir efeitos positivos para esses relacionamentos. O estudo sobre as paixões humanas e o conhecimento acerca de sentimentos podem ser essenciais para a gestão desses pontos. Na última questão apresentada aos participantes da pesquisa foi questionado sobre a importância do estudo das emoções humanas na graduação de RP. Gráfico 6 – Importância da temática paixões humanas para a graduação de RP, sob o ponto de vista dos formados Fonte: Elaboração própria No gráfico acima constatou-se que todos os participantes da pesquisa consideram o tema paixões humanas relevante para a formação do Relações Públicas. Assim como nas respostas da análise qualitativa, a abordagem e a importância sobre as paixões humanas aqui também se fez presente entre os entrevistados.

triangulação não é uma ferramenta ou uma estratégia de validação, é uma alternativa à validação. A combinação de diferentes perspectivas metodológicas, diversos materiais empíricos e a participação de vários investigadores num só estudo deve ser vista como uma estratégia para acrescentar rigor, amplitude, complexidade, riqueza, e profundidade a qualquer investigação (Tradução do autor). A triangulação significa olhar para o mesmo fenômeno, ou questão de pesquisa, a partir de mais de uma fonte de dados. Informações advindas de diferentes ângulos podem ser usadas para corroborar, elaborar ou iluminar o problema de pesquisa. Limita os vieses pessoais e metodológicos e aumenta a generalização de um estudo (DECROP, 2004 apud AZEVEDO et al. Então eu não saberia afirmar, pois eu já estudava sobre cultura na época, já olhava para as pessoas, no máximo sobre autoestima.

Paixão é muito forte, fala sobre o grau de conectividade com determinado ambiente”. Portanto, como se trata de um tema pouco pesquisado e abordado por diversos autores da área de comunicação é legítimo que os profissionais não possuam conhecimento aprofundado sobre o questionamento, porém como [E] bem aborda em seu raciocínio ao dizer que “o profissional que busca além do que recebe se desenvolve mais”, é algo que podemos levar em consideração e admitir ser um fator determinante quanto à importância da retórica das emoções. Neste sentido, cabe a cada um buscar seu aprimoramento profissional e complementar seus conhecimentos por meio de pesquisas individuais e compartilhamento de experiências com outros colegas de seu campo de atuação. Ainda com relação à sua relevância, a palavra paixão no Dicionário Online de Português, é um sentimento intenso que possui a capacidade de alterar o comportamento, o pensamento, e talvez tais profissionais tenham se conectado com o tema a partir de outras denominações, tais como inteligência emocional, cultura organizacional ou até mesmo com outras abordagens mais específicas devido ao seu grande nicho de possibilidades.

Os currículos estão muito operacionais, inclusive, muitos alunos de RP acreditam não ser necessário estudar teoria da comunicação, semiótica. Mas isso fornece uma percepção de mundo ímpar, unindo à essas novas teorias que fazem parte dessa questão toda de compreensão humana, eu acho isso fundamental”. Na questão 04 (apontamentos da qualidade de relacionamentos apontadas por Grunig) da pesquisa qualitativa, [B] também acredita que o estudo da semiótica pode ser substancial para o entendimento das paixões humanas. “Depois de estudar, discutir com bons profissionais de RP, e alguns brilhantes, sem dúvida, encontrei explicações mais substanciais no campo da semiótica das paixões. Exatamente no campo dos sentimentos é possível começarmos a entender que o homem é movido a paixões.

Também consideramos importante que os docentes aumentem a perspectiva dos alunos e realizem, quando possível, a conexão de suas disciplinas com áreas que estudam o comportamento do indivíduo, tais como Psicologia, Filosofia e Sociologia. Algumas sugestões de autores que refletem sobre a influência das emoções nas ações dos indivíduos: Paulo Freire, Ervin Goffman, Sigmund Freud, Arlie Hochschild, Aristóteles, Platão, Sócrates, 78 Bader Burihan Sawaia, Jean-François Chanlat, René Descartes, Jean Lacroix, Thomas Hobbes, Émile Durkheim, Georg Simmel, Blaise Pascal, Baruch Spinoza, David Hume e Martin Heidegger. A partir desses pensadores, influentes para o tema de estudo, também incluímos a proposta de ampliar o debate sobre essa temática no âmbito comunicacional para os alunos de pós-graduação e até mesmo em projetos de pesquisa, levando em consideração a gama de estudos que a área de sociologia possui sobre as emoções, conhecida como a Sociologia da Emoções, e a necessidade de se compreender a correlação entre o comportamento dos indivíduos e as questões sociais, crises e as condições para a manutenção da ordem e coesão social.

A partir disso, acreditamos que o estudo das Paixões Humanas se tornará um tema frequente nas salas de aula de modo que reunirá cada vez mais conteúdos e embasamentos teóricos para a construção de artigos e pesquisas que, consequentemente, contribuirão para a atuação do Relações Públicas, o auxiliando a lidar com as relações humanas frente às diversas complexidades que as emoções de um indivíduo podem ocasionar. Acreditamos ainda que o aprofundamento sobre esta temática auxiliará o Relações Públicas a atuar em ambientes instáveis e adversos, já que estas condições desfavoráveis necessitam de novas formas de pensar e gerenciar suas relações, para que possam lidar e minimizar possíveis conflitos, por meio da construção de novos pensamentos pautados na diversidade e na criação de espaços de diálogos colaborativos.

A partir de novas visões e discussões, esse discurso pode ser elevado para outro patamar e ganhar mais notoriedade na prática das atividades comunicacionais dentro das organizações, refletindo em conceitos e estratégias que possam agregar em uma produção contínua de ações comportamentais. É hora do Relações Públicas despertar e reconhecer que o campo das paixões é o das ações cotidianas e que lidar com a gestão de relacionamentos, é lidar com paixões humanas, constantemente. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABRAPCORP. Comunicação Colaborativa e Interação: perspectivas que se entrelaçam. Disponível em: <http://www. Tradução e notas de M. Alexandre Jr. P. F. Alberto e A. AZEVEDO, Carlos E. F. et al. A Estratégia de Triangulação: Objetivos, Possibilidades, Limitações e Proximidades com o Pragmatismo.

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Também fui informado (a) de que posso me retirar dessa pesquisa a qualquer momento sem sofrer quaisquer sanções ou constrangimentos e que poderei contatar durante o período da pesquisa os pesquisadores responsáveis, por meio dos telefones: (43) 99654-2646 / (43) 99836-3245 ou pelos endereços de e-mail: amandaagarcia7@gmail. Tomei conhecimento de que as informações poderão ser utilizadas e publicadas com finalidades institucionais, sociais e acadêmicas, sem a identificação dos participantes, sendo assegurado o sigilo sobre a identidade. Ao assinalar a opção - “aceito participar”, confirmo minha concordância com a pesquisa, declarando que compreendi seus objetivos, forma de condução, seus riscos e benefícios de estudo, conforme descrito aqui. Foi esclarecido ainda, que este Termo foi feito em duas vias, que serão rubricadas e assinadas e que receberei uma via deste documento.

Aceito participar Não aceito participar ______________________________________________ Assinatura do participante da pesquisa.

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