ATRIBUIÇÕES DO FARMACÊUTICO NA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE TERAPIA NUTRICIONAL

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Saúde coletiva

Documento 1

Para a coleta de dados foram utilizadas as bases de dados Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs) e PubMed. Os filtros inseridos para a busca foram: trabalhos nacionais e internacionais, com textos completos e disponíveis, de 2010 a 2020. Resultados: Foram encontrados 5. artigos relacionados com o tema, sendo: 587 repetidos; 4. foram excluídos por não estarem relacionados ao objetivo do estudo. Sendo que, esses índices parecem ser ainda maiores em pacientes em assistência domiciliar (CUTCHMA et al. As etiologias incluem alterações na ingestão, digestão, absorção e / ou metabolismo dos alimentos.  Os riscos incluem distúrbios gastrointestinais, doenças crônicas, neoplasias, nível socioeconômico inferior, distúrbios psicológicos, uso de álcool e drogas, idade avançada e níveis mais baixos de educação (JESUS; CANASIRO, 2018).

Em pacientes hospitalizados, a desnutrição comórbida aumenta a carga de cuidados médicos porque geralmente está associada a maior morbidade, aumento da permanência hospitalar e custos, bem como aumento da mortalidade. Além disso, indivíduos desnutridos tem maior chance de serem internados novamente, o que amplia a necessidade de cuidado e os custos para o paciente e instituição. Um número significativo de pacientes ainda está desnutrido na admissão ao hospital e alguns pacientes continuam a perder peso durante a internação. Na segunda metade do século passado, foi reconhecido que a intervenção nutricional adequada poderia melhorar o resultado clínico e encurtar o tempo de internação, bem como conferir benefícios qualitativos e financeiros (SANTOS et al. A Equipe multidisciplinar voltada ao suporte nutricional é definida como a união de diferentes disciplinas com boa comunicação que permite que o suporte nutricional seja dado da melhor maneira para cada paciente.

Tal equipe melhora a qualidade do tratamento, fornecendo uma assistência mais efetiva, e consequentemente tem capacidade de melhorar o prognostico do paciente, além disso, reduz custos evitando tratamentos desnecessários e simplificar os tratamentos usados; reduz complicações; monitora o uso de nutrientes e o resultado do tratamento; reduz desperdícios (JESUS; CANASIRO, 2018). Nesse sentido, é apontado que os farmacêuticos de suporte nutricional podem fornecer vários serviços benéficos relacionados à terapia nutricional. Os descritores utilizados foram: Farmacêutico; terapia nutricional; equipe multidisciplinar; desnutrição; terapia enteral and parenteral, associando a seus termos sinônimos e uma lista de termos sensíveis para a busca. Os filtros inseridos para a busca foram: trabalhos nacionais e internacionais, com textos completos e disponíveis, de 2010 a 2020. ANÁLISE DOS DADOS Os artigos foram selecionados a partir de uma leitura prévia dos resumos com a finalidade de comparar os respectivos pontos propostos, utilizados e discutidos por cada autor.

Nos casos onde a leitura dos resumos não foi suficiente para o entendimento do contexto, foi acessado o artigo completo. Posteriormente foi realizada a leitura seletiva dos artigos para organização das informações encontradas, uma leitura analítica para evidenciar os temas e tópicos mais relevantes a partir de uma seleção das informações que irão interessar a pesquisa de forma geral.  Condições como doença pulmonar obstrutiva crônica, infecções crônicas e câncer podem resultar em aumento da demanda metabólica e perda de peso devido à caquexia e ingestão oral insuficiente (SOUZA, 2015). Mesmo para pacientes que podem comer por via oral, a ingestão nutricional geralmente diminui durante a hospitalização ou pelo adoecimento. Atrasos ou necessidade de diversos procedimentos resultam em períodos prolongados sem nutrição.

 O apetite dos pacientes geralmente diminui durante a doença devido à dor, náusea, fraqueza e alteração do humor ou do estado mental, e eles podem ficar insatisfeitos com ciclos de menu repetitivos, restrições dietéticas e alimentos, que podem não ser do tipo de sua preferência (ZACCARON et al. Quando usado de forma inadequada, a contagem de calorias também pode prolongar a desnutrição. Fatores a serem abordados incluem necessidades de calorias, proteínas, vitaminas, minerais, eletrólitos e fluidos e a via de suporte nutricional, se necessário. Testes laboratoriais para níveis de vitamina devem ser realizados para pacientes em risco de deficiências.  Pacientes com distúrbios gastrointestinais e aqueles em NP de longo prazo estão em risco de deficiências de oligoelementos (LUNA, 2012).

A perda de peso não intencional é usada como um indicador confiável de desnutrição; no entanto, o peso pode aumentar ou diminuir falsamente, dependendo do estado de hidratação, portanto, os médicos devem estimar o peso euvolêmico.  O peso pode aumentar devido ao edema, anasarca e reanimação com fluidos em pacientes críticos, bem como retenção de fluidos na insuficiência cardíaca congestiva e doença hepática e renal crônica (BOTTONI et al. Os benefícios deste tratamento são que ele não suprime o sistema imunológico; melhora o crescimento, o estado nutricional e a saúde óssea; e cura o revestimento do intestino, além de diminuir a inflamação (ISIDRO; LIMA, 2012). Para aqueles pacientes nos quais a via enteral é preferível, certas vantagens práticas e fisiológicas são evidentes.

O custo comparativo da terapia nutricional é um fator significativo e de grande preocupação na área da saúde. A alimentação enteral por sonda é comparável ao custo de aquisição, preparação e distribuição da maioria das dietas hospitalares padrão. Quando os nutrientes são administrados por sonda, é garantido que essas alimentações sejam realmente recebidas pelo paciente, ao passo que os pacientes desnutridos frequentemente não podem ou não irão consumir as dietas hospitalares padrão (LUNA, 2012).  Embora já se tenha suspeitado de contaminação por alumínio como a causa, pouco se sabe sobre a patogênese e o tratamento desse distúrbio.  O status de mineral e vitamina D de pacientes com NP de longo prazo deve ser avaliado.  O paciente deve ser encorajado a se mover, se expor ao sol e se exercitar (CUNHA et al.

Deficiência de ácidos graxos essenciais A deficiência de ácidos graxos essenciais, é particularmente pertinente para pacientes com NP.  Pode ser evitado administrando-se um mínimo de 1g/kg /semana de emulsão de gordura (MEDEIROS et al.  Uma delas é administrar o ferro como uma infusão curta e separada, enquanto a solução de NP não está suspensa.  Outra é adicionar 25mg a 100mg de ferro três vezes por semana a uma solução de NP sem o lipídio.  Os lipídios são então administrados nos outros quatro dias da semana (MEDEIROS et al. Doença de fígado e vesícula biliar Outras complicações da NP de longo prazo incluem esteatose, colestase e colelitíase.  A esteatose é uma condição benigna e reversível resultante da administração excessiva de calorias de dextrose.

 Deve-se enfatizar que a adesão à terapia é fundamental para o seu sucesso; O paciente e seus cuidadores devem ter destreza e capacidade cognitiva para realizar os cuidados necessários.  Eles devem ser capazes de solucionar problemas menores ou pedir ajuda; Além disso, deve-se uma adequação do sistema de suporte, incluindo os profissionais de saúde envolvidos no cuidado e acompanhamento do paciente, ou seja, é essencial ter uma rede de apoio devidamente disponível e treinada para fornecer os cuidados ao paciente (SANTOS et al. Uma vez definido pela equipe que um paciente é candidato ao suporte nutricional domiciliar, as especificações do cuidado devem ser estabelecidas por meio de um plano de cuidados nutricionais.  Os fatores que devem ser incluídos neste plano são: definir os objetivos nutricionais do indivíduo; criar uma prescrição de nutrientes específica para o paciente; selecionar a rota apropriada para fornecer nutrientes; selecionar o dispositivo de acesso apropriado; estabelecer cronograma para infusão de terapia nutricional enteral ou parenteral; estabelecer técnicas adequadas de preparação e administração para os cuidadores de pacientes; determinar um plano para armazenamento seguro e preparação de fórmulas, para gerenciamento de equipamentos e cuidados do local e estabelecer e documentar um plano de monitoramento da terapia nutricional (MOREIRA et al.

EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE TERAPIA NUTRICIONAL (EMTN) A EMTN é definida como uma equipe multiprofissional, incluindo profissionais de diferentes disciplinas que são bons comunicadores e possuem conhecimento sobre o fornecimento ideal de terapia nutricional.  É uma tarefa central da EMTN implementar padrões nutricionais, protocolos e diretrizes na prática clínica diária, estabelecendo protocolos adequados para triagem, avaliação e ação. As consequências da desnutrição são frequentemente subestimadas e a desnutrição é, infelizmente, raramente documentada como um diagnóstico distinto em relatórios e prontuários, apesar de ser de importância médica e econômica central em hospitais (SOUZA, 2015). A primeira etapa do cuidado nutricional é a identificação dos pacientes em risco nutricional por meio de ferramentas de triagem simples, rápidas e validadas.  A triagem nutricional deve ser realizada em todos os pacientes com doenças crônicas que possam intervir na sua alimentação normal, seja aqueles internados ou em home care.

 A triagem nutricional deve ser realizada por equipe treinada, na melhor das hipóteses, multiprofissionalmente. Portanto, a terapia nutricional apresenta uma oportunidade ideal para o farmacêutico participar como parte de uma equipe multidisciplinar na prestação de cuidados nutricionais seguros e eficazes aos pacientes. Além disso, podem otimizar o manejo terapêutico desses pacientes, detectando e resolvendo erros de medicação e/ou problemas relacionados a medicamentos (VANTARD et al. Os farmacêuticos são potencialmente capazes de contribuir com o cuidado dos pacientes que recebem terapia nutricional e de ser parte integrante da EMTN. Eles são educados sobre as compatibilidades físico-químicas de soluções parenterais, princípios de farmacoterapia e prática de assistência farmacêutica. Além disso, podem receber treinamento especial em suporte nutricional para desenvolver prática especializada, com foco na otimização dos resultados da terapia de suporte nutricional (STOFEL, 2012).

CONCLUSÃO Foi possível verificar que atualmente, a desnutrição é uma realidade prevalente em hospitais e pacientes em home care com doenças crônicas que influenciam na alimentação. Essa desnutrição traz diversas consequências para a saúde e melhora do paciente, influenciando no tempo de internação e aumento da mortalidade. Nesse sentido, pode-se dizer uma equipe multidisciplinar para abordar esse tema, melhora efetivamente a nutrição nesses pacientes, através da troca de conhecimentos e saberes é possível projetar protocolos de diagnóstico precoce e tratamentos mais efetivos para a singularidade de cada caso, e assim, possibilitando uma assistência de qualidade e integralizada. REFERÊNCIAS AL-TAWEEL, Dalal M. AWAD, Abdelmoneim I. doi. org/10. s13410-013-0169-4. BOTTONI, Andrea et al. Porque se preocupar com a desnutrição hospitalar?: revisão de literatura.

 Manual de terapia nutricional na atenção especializada hospitalar no âmbito do sistema único de saúde – SUS. Brasília: Ms, 2016. p. Disponível em: http://bvsms. saude. L. v. n. p. jun. L. n. p. maio 2016. SEDCA. out. Wiley. doi. org/10. ISIDRO, Marília Freire; LIMA, Denise Sandrelly Cavalcanti de. s0104-42302012000500016. JESUS, Washington de; CANASIRO, Vitor. Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional: definição, objetivos e atribuições.  XXI I Congresso Brasileiro de Nutrologia, [S. L. L. v. n. p. set. com. br/img/resumos/farmacia/01. pdf. Acesso em: 15 out. MATTAR NETO, Joao Augusto. p. mar. Revista de Medicina da UFC. doi. org/10. br/bvs/artigos/terapia_nutricao_enteral_domiciliar. pdf. Acesso em: 15 out. NASCIMENTO, Francisco Paulo do; SOUSA, Flávio Luís Leite.  “Metodologia da Pesquisa Científica: teoria e prática.

jan. Elsevier BV. doi. org/10. j. edu. br/index. php/revinter/article/view/206/pdf_66. Acesso em: 14 out. SANTOS, Carolina Araújo dos et al. SOUZA, Ana Cláudia Velasque de.  Terapia nutricional: atribuições ao profissional farmacêutico. f. TCC (Graduação) - Curso de Farmácia, Faculdade de Educação e Meio Ambiente, Ariquemes, 2015. Disponível em: http://repositorio.  TERAPIA DE NUTRIÇÃO PARENTERAL: ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES DO FARMACÊUTICO. f. TCC (Graduação) - Curso de Farmácia, Faculdade de Educação e Meio Ambiente, Ariquemes, 2012. Disponível em: http://repositorio. faema.  Braspen J, Online, v. n. p. Disponível em: http://arquivos. braspen. n. p. jul. Elsevier BV. doi. jan. Wiley. doi. org/10. jcpt.

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