A História da Agricultura no Mundo

A obra busca responder três questionamentos como um todo: (1) o que é agricultura enquanto relação particular entre espécies vivas?; (2) em que momento do processo de hominização o homem tornou-se agricultor, e por quê?; e, por fim, (3) qual é, desde então, o papel representado pela agricultura na humanidade? — as respostas, por sua vez, vêm em teses espalhadas e iniciadas a partir de um pensamento específico induzido pelos autores. As premissas apresentadas são radiantes do tópico ecológico, sendo seu senso básico a ideia de que todo meio, seja qual for, tem recursos limitados; assim como, quando determinada população nesse ecossistema se vê diante da extinção de recursos, seu crescimento encontra-se bloqueado. Esse ‘fator limitante’ tem como exemplos a umidade, a temperatura ou o esgotamento de fontes de nutrientes, que traz, enfaticamente, teses de outro sistema — a cadeia alimentar — para exemplificar a capacidade de desenvolvimento de seres ‘superiores’.

A partir desse pensamento induzido, é possível verificar que, entre a variação de espécies, há aqueles cuja valência ecológica é maior (assim sendo capazes de tolerar grandes mudanças no seu sistema), e o seu inverso (onde o desenvolvimento da espécie é barrado pelo determinado fator limitante). Em um segundo momento, os autores exploram as relações entre cadeias, e disto a capacidade de coexistência — que, por sua vez, traz à tona a concorrência que é capaz de eliminar uma espécie vivente pelo desenvolvimento de outra.