MUDANÇAS CLIMÁTICAS: REFLEXOS PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO

Desenvolvimento humano Inicialmente, faz-se necessário analisar a semântica do desenvolvimento, já que a palavra tem sido empregada em sentidos diversos. Cumpre diferenciar, ainda que em apertada síntese, os termos desenvolvimento e crescimento, até chegar-se no que se pretende ponderar no presente trabalho. Nesse alinhamento, o termo crescimento está vinculado à economia, implicando transformações estruturais, podendo ser traduzido pelo incremento da população e da renda per capita, ademais, representa a multiplicação ou aumento em dimensão, volume ou quantidade. Desse modo, o crescimento é meramente quantitativo, e compreende numa parcela do desenvolvimento. RISTER, 2007). Desse modo, enfatiza-se que o desenvolvimento se analisa no decorrer do trabalho trata-se do desenvolvimento como um direito humano fundamental, em termos qualitativos, que não será confundido com crescimento, já que este último se baseia e índices quantitativos.

Frise-se, pois que, o desenvolvimento é um processo integral que compreende, além do aspecto econômico, aspectos culturais, éticos, políticos, sociais e ambientais, de modo que, o mesmo deve evoluir de forma interconectada com justiça social e justiça ecológica. Ademais, sabe-se que, não há possibilidade de existir um crescimento com equidade, um desenvolvimento voltado para a questão da sustentabilidade em uma economia regida pelo lucro, pela acumulação ilimitada e pela exploração de pessoas e de recursos naturais, atenta-se que as pessoas menos favorecidas economicamente, e principalmente, as crianças, são os mais ameaçados pela destruição do planeta. O desenvolvimento é concebido como um processo de expansão das liberdades reais de que as pessoas gozam. A ampliação do conceito de liberdade é simultaneamente o fim primeiro e o principal meio do desenvolvimento, de modo que, o desenvolvimento requer que as principais fontes de privação de liberdade sejam removidas, ou seja requer a superação: da pobreza e tirania, da carência de oportunidades econômicas e destituição social e sistemática, da negligência dos serviços públicos, da intolerância ou interferência excessiva dos Estados repressivos.

Eliminar a perda líquida da área de cobertura florestal no Brasil, até 2015. Fortalecer ações intersetoriais voltadas para redução das vulnerabilidades das populações. Procurar identificar os impactos ambientais decorrentes da mudança do clima e fomentar o desenvolvimento de pesquisas científicas para que se possa traçar uma estratégia que minimize os custos sócio-econômicos de adaptação do País (BRASIL, 2008). Dessa forma, nota-se a necessidade da articulação entre as ciências do homem e as ciências naturais, a construção da cultura da sustentabilidade, baseada numa nova ética ecológica, criando-se assim, uma biocultura, capaz de propiciar uma convivência harmônica entre os seres humanos, a natureza, bem como todo o ecossistema. SACHS, 1986). Constata-se que, o aumento da temperatura atinge a água, sendo que o acesso à água potável representa um mecanismo importante para a sobrevivência.

Desse modo, o aquecimento da temperatura causa escassez e contaminação dos recursos hídricos. De acordo com o UNICEF quase 750 milhões de pessoas ainda não tem acesso a água adequada. Ademais, a pressão sobre os recursos hídricos, em um local que já é contaminado, aumenta de forma significativa o risco de contaminação, propagação de doenças, sendo vetor de mortalidade, em especial, da mortalidade infantil. Enfatiza-se que, os recursos hídricos são fundamentais para o sustento da vida humana, e consequentemente, para a sobrevivência de todo o ecossistema envolvente. VI, 2, janeiro-julho 2003. Campinas: Universidade de Campinas. ICTSD - O Plano de Ação para Mudanças Climáticas da Índia. Disponível em: http://www. ictsd. Ecodesenvolvimento: crescer sem destruir. São Paulo: Vértice, 1986.

SACHS, Wolfgang (Ed). Dicionário do desenvolvimento: guia para o conhecimento como poder. Petrópolis: Vozes, 2000. VEIGA, José Eli da. Desenvolvimento sustentável: o desafio do século XXI. ª ed. Rio de Janeiro: Garamond, 2006. ZANDONAI, Roberta. ZH Notícias. Disponível em: http://m. zerohora. com/284/noticias/4769292/calor-mata-mais-de-mil-pessoas-em-10-dias-na-india. Acesso em 21 de setembro de 2015.