Hematologia clínica

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Biomedicina

Documento 1

A parte sólida do sangue é formado pelas hemácias, leucócitos e plaquetas. Os eritrócitos ou hemácias tem forma de um disco bicôncavo, apresenta hemoglobina, não possuem núcleos, 4,0 a 5,5 milhões por mm3 em adultos normais. Tempo de vida de mais ou menos 120 dias. A principal função são as trocas gasosas e possui 2/3 de água em sua composição. A hemoglobina representa 90 a 95% de sua porção sólida. As plaquetas são fragmentos de células originadas do megacariócito, que é o estágio final de maturação no processo de formação das plaquetas. No corpo humano existem cerca de 150 a 450 mil por mm3. O termo resto celular utilizados diversas vezes é incorreto, pois a plaqueta possui todo um processo de formação.

Este processo estudaremos na parte da hematopoese. Exames hematológicos: Há diversos exames realizados no tecido sanguíneo, dentre eles os mais utilizados são hemograma que consiste em um conjunto de parâmetros usados no controle e diagnóstico de várias patologias. Este processo é dinâmico, permanente e inicia no décimo nono dia de gestação. Como mencionado este processo começa na vida intrauterina, passa para a linhagem primitiva e em seguida as células alcançam o estágio definitivo. A hematopoese é dividida nas seguintes fases: Fase mesoblástica vai da sétima semana de gestação ao quarto mês, neste faze tem-se o aparecimento apenas de hemácias. Fase hepatoesplênica vai do 4º ao 6º mês de gestação e na Fase medular a partir do 6º mês temos a linhagem definitiva.

Tipos de Medula Óssea: Medula óssea cinza e amarela não tem em função hematopoiética. A vida média de 120 dias. Hemácia(eritrócito) Diferenciação e maturação das hemácias Formação das plaquetas Plaquetopoese Megacarioblasto: É uma célula grande, com o núcleo ocupando mais ou menos três quarto do citoplasma. Apresenta basofilia e tem a cromatina frouxa. As etapas de maturação e diferenciação do megacarioblasto são duplicação do número de cromossomos, divisões sucessivas de seu núcleo sem a divisão do citoplasma. Megacarioblasto Megacarioblasto agranular: Cromatina frouxa, núcleo dividido e citoplasma menos basofílico. Monoblastos Promonócito: Célula com núcleo oval e de fácil reconhecimento ao microscópico, sua cromatina mais condensada e tem os nucléolos bem visíveis.

O citoplasma desta célula é grande. Promonócito Monócito: Núcleo irregular, cromatina delicada e nucléolos visíveis e tem citoplasma levemente basófilo. Esta célula tem nomes diferentes nos diversos tecidos do corpo humano tais como: Macrófago, célula de Kupffer, micróglia, macrófagos alveolares, osteoclastos, HIstiócitos e Langerhans. Monócito Linfócitos Os linfócitos são células com núcleo grande, ocupando quase toda, a célula tem a cromatina intensamente condensada, ausência de nucléolos e de granulações citoplasmáticas. Anemias por perdas sanguíneas ou hemorrágicas. Anemias hemolíticas e anemias secundárias a doenças não hematológicas. Anemias cadenciais Anemia ferropriva: Deficiência de ferro, componente essencial na síntese de hemoglobina. Quantidade total de Ferro no adulto mais ou menos 2,5 a 4,0 grama.

Homem: 50 mg/Kg, e mulher 35 mg/Kg do peso corporal, 67% do Ferro total está presente na Hemoglobina. Outra parte importante no diagnóstico são exames bioquímico: Ferro sérico diminuído, ferritina diminuída. Anemia megaloblástica: Deficiência de vitamina B12. O ácido fólico e Vitamina B12 são elementos essenciais para hematopoese, a deficiência ou ausência destes elementos afeta os tecidos que produzem novas células na medula óssea, caracterizada pela presença de células maiores do que o normal (macrocitose). As principais causas são carência nutricional, dieta pobre em Vitamina B12, como vegetarianos ou dieta pobre em carne, dieta sem leite, ovos ou queijo e problemas gástricos. Maior incidência em homens e idosos. Aplasias medulares englobam um grupo heterogêneo de doenças, que se caracterizam por pancitopenia associada a medula óssea com grau variado de hipoceluridade, sem evidência neoplásica e de síndrome mieloproliferativa, podendo ser parciais ou seletivas e globais, as quais envolvem as três linhagens hematopoiéticas, originando-se de uma alteração adquirida ou constitucional.

As principais causas são doenças autoimune, uso de drogas como cloranfenicol, sulfas, carbamazepina, fenitoína entre outro, produtos tóxicos industriais como o benzeno, radiação ionizante e viroses como as hepatites. Os sintomas principais são fraqueza, fadiga e angina de peito. Diagnóstico Laboratorial: Hemograma e biópsia da medula óssea. Anemias hemolíticas São anemias caracterizadas pela ocorrência de hemólise intravascular ou extravascular. Exames hematológicos Eritrograma: Contagem de hemácias na câmara de Neubauer (manual) ou automatizado, que é mais comumente utilizado nos tempos atuais. A automatização é um processo irreversível na análise clínicas, gerando dinamismo no processo de avaliação portanto, o profissional deve ter em mente que este será a parte em que incidirá a maior parte de seu trabalho.

É evidente que conhecer cada célula sanguínea é parte fundamental, pois a sensibilidade e um diagnóstico efetivo se dará por meio deste conhecimento. Portanto os exames hematológicos é constituído por quantitativos e qualitativos, este último representa o esfregaço sanguíneo, parte fundamental nos hemogramas. Contagem de hemácias: Valores de referência: Homens 4. Podendo ser fisiológica: mecanismo compensador para quem mora em grandes altitudes ou patológica como doenças pulmonares e cardíacas, intoxicação por monóxido de carbono, desidratação e queimaduras. Dosagem de hemoglobina Consiste em identificar o teor de hemoglobina no sangue do paciente, usada para avaliar indiretamente a capacidade de transporte de oxigênio do sangue, é importante dado no diagnóstico, avaliação e acompanhamento do curso de tratamento de uma anemia.

Pode ser feita com sangue capilar ou sangue venos Valores de Referência Recém nascidos:16 a 23 g/dL. No início da infância 10 a 14 g/dL. Homens 13,5 a 17,5 g/dL e mulheres 12,5 a 15,5 g/dL. Interpretação: Hematócrito em níveis baixos é indicativo de anemia, hemorragia aguda, gravidez e descompensação cardíaca. Hematócrito elevado é indicativo de desidratação, queimaduras e policitemias. Índices hematiméticos: Valores calculados que servem para a classificação morfológica das anemias, fornecem valores médios da concentração de hemoglobina e do volume das hemácias. São VCM, HCM, CHCM e RDW. VCM volume corpuscular médio: Índice que ajuda na observação do tamanho das hemácias e no diagnóstico da anemia. Que 32 g/dL hipocromia. RDW: Red cell distribuition width é o índice que indica a anisocitose (variação de tamanho dos eritrócitos de um mesmo esfregaço).

Valores de referência 11 a 14%. É o parâmetro que primeiro se altera nas anemias por deficiência nutricional. Interpretação: Valores > 14% anisocitose. Significado clínico: Ocorre em quase todos os tipos de anemias. Anisocitose Relação a cor dos eritrócitos Relacionado à imaturidade das hemácias ou à redução do conteúdo de hemoglobina Anisocromia: Significado clínico: Anemia ferropriva e talassemia. Anisocromia Morfologia quanto à forma dos eritrócitos Relacionada à diversas patologias Drepanócito: Significado clínico: Anemia falciforme, síndrome falcêmica, hemoglobinopatia tipo S. Drepanócito Esferócito: Significado clínico: Esferocitose hereditária, anemias, queimaduras extensas, pacientes com válvula cardíaca Esferócito Ovalócito: Significado clínico: Ovalocitose hereditária, presença de mais de 25% de hemácias ovalocíticas no esfregaço é indicativo de forma simples de anemia.

Ovalócito Estomatócito: Significado clínico: Anemias hemolíticas, estomatocitose hereditária, doenças hepáticas como cirrose, alcoolismo, alterações na bomba de Na/K. mm3, crianças de 1 ano: 6. a 18. mm3, crianças de 4 a 7 anos 6. a 15. mm3 e crianças de 8 a 12 anos 4. Função: Liberação de histamina nos processo alérgico e liberação de heparina que inibe a formação de coágulos. Fagocitose menor neutrófilos. Linfócitos: Características morfológicas: Ausência de granulações visíveis, citoplasma escasso e fortemente basófilo, núcleo redondo e grande que ocupa quase toda a célula. Funções: Linfócitos T: Liberação de citotóxicos que destroem as células infectadas através de mecanismo de apoptose, modulam a resposta imunitária após o contato com o antígeno para ativar outros tipos de células e induzem a síntese de imunoglobulinas pelos linfócitos B.

Linfócitos B: Diferenciam-se em plasmócitos e produzem e secretam imunoglobulinas. Hematologia –Fundamentos e Prática. ed. São Paulo: Atheneu, 2004. RAVEL, R. Laboratório Clínico. Hematologia e Hemoterapia – Fundamentos de Morfologia, Fisiologia, Patologia 1ª. ed. São Paulo: Atheneu, 2005.

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