Missão e Missionários O contexto Brasileiro e os Missionários protestantes

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Estatística

Documento 1

Mas nem sempre foi assim. A história da consolidação do protestantismo no Brasil retoma a períodos ainda muito remotos da colônia e tem seu período de consolidação no século XIX, no contexto monárquico. Desde então é possível construir uma extensa narrativa que permite a compreensão dos trajetos históricos que autorizaram a exitosa experiência de expansão e fortalecimento da religiosidade protestante no Brasil. O texto tem por objetivo mapear as origens do pensamento protestante no Brasil, os principais responsáveis pela introdução e consolidação dessa religiosidade na sociedade brasileira e, principalmente, contextualizar a história do protestantismo brasileiro com os eventos e momentos históricos que atravessam a narrativa. Para executar a proposta apresentada, recorre-se a uma revisão bibliográfica que articula alguns autores responsáveis por importantes interpretações historiográficas em torno da experiência dos protestantes na História brasileira.

Trata-se de um contexto de intensos conflitos tanto na colônia quanto na Europa. Silva (2011) cita duas ocupações (francesas e holandesas) que estiveram relacionadas com as guerras religiosas na Europa, como por exemplo o movimento de independência holandesa que se separa da Espanha ao adotar os pressupostos religiosos do protestantismo. Além disso, o contexto também é de disputa econômica dos novos mercados abertos com as grandes navegações e colonizações do Novo Mundo. Isso facilitava a dispersão de diferentes ideias religiosas pelo mundo. No entanto, ao mesmo tempo, a presença prostestante durava apenas o tempo das ocupações uma vez que os agentes religiosos faziam parte do projeto colonizador (SILVA, 2011). Além dos imigrantes ingleses que vieram para o Brasil, também chegaram protestantes de outros países como a Alemanha, por exemplo.

A ampliação no número de migrantes com expressões religiosas distintas do catolicismo refletiu na Constituição de 1824, a primeira constituição após a Independência. Segundo Trabuco (2014), o fato de a Constituição de 1824 reconhecer o direito de culto dos grupos acatólicos (mesmo reconhecendo o catolicismo como religião oficial do Império) permitiu que grupos metodistas, presbiterianos e agentes de sociedades bíblicas recém-chegados no Brasil passassem a pregar “um País de tolerância religiosa, de oportunidades para o protestantismo carente de benefícios do evangelho e da civilização, conceitos que andavam juntos no ideal missionário” (TRABUCO, 2014, p. A partir desse processo, conforme acontecia o avanço gradativo da comunidade protestante de imigrantes e missionários também ocorriam avanços nos direitos civis dessa comunidade.

As garantias e também as restrições de culto apontados na Constituição permaneceram até a primeira Constituição da República. Os missionários que atuavam no Brasil foram responsáveis pela disseminação da ideia de que “[. o sistema político que levara esse país ao desenvolvimento econômico e social, seria o mesmo que alavancaria as nações pobres, até então sob a égide de outros regimes. ” (ALMEIDA, 2011, p. Dessa forma, presbiterianos, batistas, metodistas e congregacionais brasileiros foram entusiastas das potenciais transformações culturais supostamente causadas pela República instaurada em 1889. Isso porque tomavam os Estados Unidos como referência de organização política e administrativa. DE HOLANDA, Sérgio Buarque. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. TRABUCO, Zózimo.

A seara e os ceifeiros: educação teológica, narrativas de conversão e identidade batista.

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