BREVE RESUMO POLÍTICO - HISTÓRICO DA EJA

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

Desde o período imperial, perpassando pela primeira república, pela MEB, MOBRAL, até chegarmos a LDB e o Parecer CNE/CEB 11/2000 discutiremos como a classe dominante manteve quase que fixa sua visão a respeito dessa modalidade e de como os espaços relegadas a EJA são quase sempre lesivos ou deficitários para o processo de aprendizagem. Palavras-chave: Educação, Adultos, Política. A Educação de Jovens e Adultos (EJA), é uma modalidade da educação que abrange jovens e adultos que por algum motivo não tiveram a oportunidade de cursar e dificuldade de permanecer na escola na série/idade certa de acordo ao que está previsto no artigo 37, da Lei de Diretrizes e Bases da educação (LDB). A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos nos ensinos fundamental e médio na idade própria e constituirá instrumento para a educação e a aprendizagem ao longo da vida.

BRASIL, 1996) Esses jovens geralmente são da classe popular com condições objetivas que interferem no seu desenvolvimento cognitivo e consequente na maioria dos casos interferem na sua caminhada no mundo do trabalho. Para reforçar esta concepção, havia também o discurso religioso sobre predestinação e respeito a autoridade sendo fator determinante para o sujeito se subalternizar, aceitando as variadas formas de opressão admitindo como parte do processo. Este pensamento reverbera até os dias atuais com a circunstância de que o ponto de vista discorrido acima, teve evolução e o trabalhador passou a ser assalariado, mesmo que trabalhando “feito escravizado” para receber um salário que mal paga sua alimentação com o agravante dos impostos determinados por setores governamentais da economia. sendo visto da como ‘preguiçoso”, “burro”, “mole” e culpado pelo seu insucesso financeiro e profissional por estar inculcado que quem não estuda sofre e vive mal.

as teorias relacionadas à raça ou ao clima, que atribuem aos negros o qualificativo de preguiçosos e menos racionais em termos econômicos são justificativas para a idéia de que só a coerção formaria trabalhadores disciplinados e controláveis. PEREIRA, 2015 p. O crescimento da industrialização começou a exigir mais da população, a oferta de ensino era de graça e atendia diversos setores sociais e não mais só os burgueses. Todo esse crescimento, essas mudanças e facilidades fizeram com que uma grande parte da população se interessasse mais pela educação. COLAVITTO e ARRUDA, 2014 p 4) Depois da ditadura Vargas há uma grande crise e alvoroço político, nesse momento surgem variadas críticas aos analfabetos que fazem com que a população acredite que não existe a possibilidade de um ensino de qualidade, no entanto todo esse alvoroço faz com que a EJA ganhe visibilidade e COLAVITTO e ARRUDA (2014) a partir daí apresenta que a educação de adultos assumida através da campanha nacional do povo começou a mostrar seu valor.

Toda essa luta, garra e dedicação por uma educação de qualidade para todos, fez com que a educação de adultos ganhasse destaque na sociedade. A partir daí, a educação de adultos assumida através da campanha nacional do povo começou a mostrar seu valor. O MEB tinha o objetivo de conscientizar a classe popular do seu poder revolucionário e para isso, disponibilizava o receptor cativo, as folhas de matricula e frequência, os fios e castanhas para antena e em alguns casos o técnico para fazer a instalação dos materiais, tinha a função de sustentar financeiramente a escola até que a tal pudesse caminha sem a tal, oferecia também a opção de um clube de venda, onde, se comprava o material e pagava quando tivesse o valor, que era responsabilidade do monitor criar meios de arrecadar.

Os intelectuais contribuíam com seus conhecimentos e suas concepções de mundo, estando como professoras locutoras das rádios e planejando as aulas de acordo com as informações de uma supervisora que era incumbida de viajar até a comunidade e averiguar da realidade dos possíveis futuros estudantes e ver se o lugar tem condições de receber a escola radiofônica. Coincidente as escolas radiofônicas, aconteciam outros projetos e surgimentos de metodologias e propostas pedagógicas que tinha como base a vivência do estudante, sem perder o rigor científico, da qual o principal educador foi Paulo Freire. Todos esses movimentos tiveram interrupções com o golpe militar em 1964, as escolas radiofônicas sobrevivem até 1966, porém, nos dois anos seguintes ao golpe houve um esvaziamento nas escolas radiofônica por falta de investimento na educação da classe popular, quanto ao educador Paulo Freire, foi exilado.

Em 1967, é lançado o Mobral o qual não fugia a regra de estar atrelado aos interesses políticos vigentes da época, sendo pós ditadura, o momento era de assistencialismo as classes mais pobres, oferecendo a “solução” do problema do analfabetismo cujo as discussões reverberam até os dias atuais. • 1940 - Criação do Serviço de Aprendizagem Industrial (SENAI) • 1947 – Campanha de Educação de Jovens e Adultos (CEAA) • 1947 - 1º Congresso Nacional de Educação de Adultos. • 1950 - Curso para professores -MES- CEAA Coordenada por Lourenço Filho • 1952 - Atividades da "Missões Rurais", dentro da CEAA – Objetivo de formar lideranças para melhorar as condições do local em que se formava. • 1958 - MEC lança Campanha Nacional de Eradicação do Analfabetismo • 1958 - “Congresso de Educação de Adultos” durante o governo de Juscelino Kubitscheck.

• 1958 - Seminário Interamericano de Educação de Adultos • 1961 - Campanha De pé No Chão Também Se Aprende a Ler – Natal (RN) Criação da MEB. • 1961 - Movimentos de Educação Popular (CPCs) • 1964 – Extinção o Plano Nacional de Alfabetização de Adultos pelo regime militar. • 2000 - Audiências públicas para tratar da Educação de Jovens e Adultos Durante o período da ditadura militar, pouco foi feito pelo desenvolvimento da Educação de jovens e adultos e após o período de redemocratização as medidas iniciais dos governos de José Sarney, Fernando Collor de melo, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso não foram satisfatórias o quanto poderiam para o processo evolutivo desta , embora tiveram importância enorme, destacando-se o lançamento da campanha alfabetização solidária (1995), a LDB (1996) e as Diretrizes curriculares para a EJA – parecer CNE/CEB 11/2000.

Referencias ALVES, Kelly Ludkiewicz. Entre as cartas e o rádio: a alfabetização nas escolas radiofônicas do Movimento de Educação de Base em Pernambuco (1961-1966). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Doutorado em Educação. Mobral: sua origem e evolução. Rio de Janeiro, 1973. Disponível em: http://www. dominiopublico. gov. br/arte/fac/publicacoes_pdf/educacao/v5_n1_2014/Nathalia. pdf>. Acesso em novembro de 2019. COSTA, Ana Luiza Jesus da. As escolas noturnas do munícipio da Corte: Estado Imperial, Sociedade Civil e educação do povo (18701889). unicamp. br>. TIMELINE. Timetoast. Crie sua linha do tempo.

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