NEUROEDUCAÇÃO E DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

Tipo de documento:Plano de negócio

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

“As neurociências não propõem uma nova pedagogia e nem prometem solução para as dificuldades da aprendizagem, mas ajudam a fundamentar a prática pedagógica que já se realiza com sucesso e orientam ideias para intervenções, demonstrando que estratégias de ensino que respeitam a forma como o cérebro funciona tendem a ser mais eficientes. ” Cosenza e Guerra RESUMO O presente trabalho investiga a neuroeducação e as dificuldades de aprendizagem. Neuroeducação é um campo interdisciplinar que combina a neurociência, psicologia e educação para decifrar processos cognitivos e emocionais que originem melhores métodos de ensino e currículos. A neurociência tem ajudado a compreender como o cérebro funciona, mostrando as possibilidades de se modificar a partir da sua relação com o ambiente e com os estímulos gerados pelo meio no decorrer da vida.

Nesse estudo pretendem-se investigar quais são as contribuições neuropedagógicas para aperfeiçoar o processo ensino-aprendizagem, diante de um cenário educacional de dificuldades de aprendizagens. This study aims to investigate what are the neuropedagogical contributions to improve the teaching-learning process, facing an educational scenario of learning difficulties. The brain, learning and neuroscience are linked in the learning process and the brain is a mediator of knowledge. Neuroeducation research and initiatives have grown tremendously in the world and use learning, memory, language and other areas of cognitive neuroscience to inform educators about the best teaching and learning strategies. The study aims to investigate the cognitive role that assists personal development and from this, expand the knowledge of human brain development in its field of learning, neuroplasty and the constant organization of this process.

In the last decades, there are many advances to better understand ADHD and high skills. Neuroplasticidade cerebral……………………………………………………. Neurociência e Educação…………………………………………………. A Neuroeducação………………………………………………………. A memória………………………………………………………………………. O Transtorno de Déficit de atenção e hiperatividade (TDAH)………………. As descobertas da Neurociência e da plasticidade neural estão em ascensão. A interdisciplinaridade facilita a abordagem mais complexa do cérebro humano, dando assim uma abrangência aos profissionais da educação e um grande ganho junto ao corpo discente, trazendo profundidade nas áreas do saber. O objetivo geral do trabalho é apontar quais contribuições que a Neuroeducação pode oferecer para o processo de desenvolvimento da criança, atuando nas dificuldades de aprendizagem. Os objetivos específicos são: conhecer os recursos do cérebro, a neuropsicopedagogia que tanto tem a agregar aos problemas de aprendizagem, compreender a fundamentação e relação da Neurociência com a Educação e suas contribuições para as práticas educativas.

Diante dessas considerações, as perguntas orientadoras do estudo podem ser assim contextualizadas: Como a neuroeducação pode contribuir para o trabalho com crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem? Como o cérebro funciona em relação aos problemas de aprendizagem? As dificuldades de aprendizagem seguidas pelo fracasso escolar, atualmente, são um dos maiores desafios para a prática docente e para uma educação de qualidade. O cérebro aumenta o volume de conexões neurais, em resposta a jogos, estimulações e experiências, evidenciando sua plasticidade, através de pesquisas realizadas com ratos que revelaram um aumento no peso cortical bruto e na espessura do córtex cerebral, enquanto os criados num ambiente normal não apresentaram alteração.  (SQUIRE, KANDEL, 2007, p. A década de 90 intensificou-se o estudo voltado ao cérebro humano, no aspecto biológico e psicológico, “no intuito de incentivar cientistas a fazerem novas descobertas importantes nessa área.

BEAR; CONNOR; PARADISO, 2005, p. Para Huttenlocher (1990), após o nascimento, o cérebro constrói conexões ou sinapses, mais do que  irá necessitar. afirma que: O fracasso escolar afeta o sujeito em sua totalidade. Ele sofre, ao mesmo tempo, com a falta de estima por não estar à altura de suas aspirações, ele sofre também com a depreciação. Quando não com o desprezo que lê no olhar dos outros. O fracasso atinge, portanto, o ser íntimo e o ser social da pessoa (CORDIE, 2016, p. O professor é o primeiro que observa algo errado com o aluno. A emoção selecionada pelo cérebro é transformada em uma aprendizagem significativa. Um professor ‘emocionado’ demanda novas emoções e isto gera dúvidas, experimentações e aprendizagens. É o cérebro em plasticidade para aprender e criar competências (MORRIS, 2003).

A interação entre neurociência cognitiva, pedagogia e prática docente dará novo foco nos problemas, tentando minimizar dificuldades e acompanhando resultados. RELAÇÕES cérebro x mente x aprendizagem Para compreender essa relação, é importante conhecer um campo de extrema complexidade e fascínio: o cérebro humano, que a parte mais importante do Sistema Nervoso. Portanto, para compreensão do funcionamento cerebral em relação a aprendizagem, é imprescindível conhecermos, mesmo que basicamente, como a informação circula por ele. As vias sensoriais levam a informação até uma região do córtex por meio das cadeias neuronais. A informação é processada por meio de um mecanismo chamado de impulso nervoso, ou seja, as informações são transmitidas por sinais elétricos e químicos de uma célula pré-sináptica a outra célula pós-sináptica, por meio de espaços pequenos – as sinapses.

Como o cérebro aprende As sinapses vão se tornando mais complexas e mais bem estabelecidas, à medida que interagimos com o meio ambiente interno e externo. Dessa forma, as aprendizagens se dão através das sinapses realizadas. a base do aprendizado é a modificação do cérebro, ou seja, das sinapses. A neuroplasticidade permite a reorganização da estrutura do encéfalo e constitui a fundamentação neurocientífica do processo de aprendizagem. A grande plasticidade no fazer e no desfazer as associações existentes entre as células nervosas é a base da aprendizagem e permanece, felizmente, ao longo de toda a vida. Ela apenas diminui com o passar dos anos, exigindo mais tempo para ocorrer e demandando um esforço maior para que o aprendizado ocorra de fato.

COSENZA; GUERRA. Assim, a educação tem como um dos seus objetivos o desenvolvimento de novos conhecimentos e/ou comportamentos por meio do processo de aprendizagem. Nesse processo, as estratégias pedagógicas e as experiências vivenciadas pelo sujeito promovem a neuroplasticidade, a qual modifica a estrutura cerebral do aprendiz. Atualmente, o cérebro é considerado o órgão do aprendizado, portanto, o processo de aprendizagem é mediado por suas estruturas cerebrais, propriedades e funções. Com essa constatação, a Neurociência ganhou força, pois esta tem como objetos de estudos os neurônios e suas moléculas e os órgãos do sistema nervoso e suas funções. A Neurociência é uma área que estuda o sistema nervoso, tendo como objetivo compreender o seu funcionamento, a sua estrutura, o seu desenvolvimento e eventuais alterações que venha sofrer.

Portanto, a Neurociência abarca a questão das relações entre mente – cérebro – consciência e a Educação, a área do ensino e da aprendizagem. Sendo assim, pensar e aprender, na neurociência da educação, leva em conta a arquitetura estrutural do cérebro bem como seus esquemas cognitivos e funcionais, a partir de um contexto de tempo, maturação, desenvolvimento e inter-relações. PANTANO, ZORZI, 2009, p. A Neuroeducação O cérebro juntamente com a educação configura o eixo central da Neuroeducação, a qual possui como objetivo central compreender os mecanismos cerebrais decorrentes à aprendizagem e como eles podem potencializar as práticas educacionais. A Neuroeducação enquanto ciência estuda as bases neurológicas, o funcionamento do sistema nervoso e as relações entre os aspectos fisiológicos e os socioculturais, a fim de vislumbrar as possibilidades de uma qualidade em aprender fundamentos teóricos do desenvolvimento biológico e cognitivo do ser humano.

Situações que reflitam o contexto da vida real, de forma que a informação nova se “ancore” na compreensão anterior. PIMENTA, 2004, p. É importante destacar que as estratégias pedagógicas descritas acima estão embasadas em princípios neurocognitivos e nas teorias cognitivas de Jean Piaget e Vygotsky. Concisa e Guerra (2011) também apresentam situações propícias para se pensar no processo de ensino-aprendizagem e a neuroeducação, assim: 2. A memória Memória é a capacidade de armazenamento de formações necessárias para o cumprimento de tarefas, estabelecidamente de relacionamentos, novas e antigas aprendizagens. O transtorno é mais comum na infância e adolescência (POLANCKZYC, 2007) nestas faixas etárias, sendo mais prevalente em meninos (BARKLEY; MURPHY, 2008). Um estudo estadunidense demonstrou que o transtorno poderia acometer também um percentual de adultos (KESSLER; et al, 2005).

O TDAH está frequentemente associado a comprometimentos acadêmico, social e profissional, além de haver maior incidência de transtornos psiquiátricos em portadores se comparados à população geral, (KESSLER; et al. com sintomas geralmente permanecendo até a vida adulta. O transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é um transtorno psiquiátrico prevalente e persistente que surge precocemente na infância. Além do mais, são impacientes, impulsivos, curiosos, irritam pessoas próximas com facilidade e não conseguem ficar em suas carteiras quando lhes é solicitado (BENCZIK, 2006). Estudos indicam que as pessoas acometidas por esse transtorno apresentam alterações em seus neurotransmissores, responsáveis pela transmissão das informações nas células nervosas através de substâncias, com o controle de liberação da dopamina e da noradrenalina (BENCZIK, 2006).

As informações necessárias se alteram ou não chegam ao lobo frontal, parte do cérebro responsável por manter a atenção pelo tempo necessário para que a ação seja planejada e organizada, para que haja o controle dos impulsos, das emoções, a inibição dos estímulos detratores e finalmente o estabelecimento da memória (CAPOVILLA ET al. O foco dos estudos sobre TDAH se concentra, em grande parte, no campo neurológico/neuropsicológico e genéticos. Esses campos do saber vêm publicando dados significativos sobre as funções e áreas responsáveis pela atenção e controle motor. A atenção seletiva atua também no processo de codificação de tarefas, além de controlar o processo de manutenção da memória de curta duração, observando sua baixa autoestima, timidez, insegurança e dificuldade de interação social.

A memória de trabalho tem a capacidade de selecionar, analisar, conectar, sintetizar e recuperar informações que já foram consolidadas e capturadas (memória de longo prazo). A memória de trabalho faz a conexão entre informações novas e já aprendidas (HORA, et al, 2015). A capacidade de aprendizagem envolve diversos processos cognitivos, sendo esta um constructo de diversas habilidades que se unem com o objetivo de solucionar problemas não vivenciados anteriormente. A atenção desempenha papel fundamental no processo de aperfeiçoamento da inteligência, sendo assim responsável por filtrar os estímulos relevantes no meio (LACET; ROSA, 2017). É importante entender como os estímulos emocionais podem afetar a aprendizagem, pois contribui para um trabalho preventivo em sala. E de que forma esses estímulos influenciam os processos de aprendizagem.

O cérebro, a aprendizagem e a neurociência estão ligadas no processo de aprendizagem e o cérebro é um mediador do conhecimento entre a família e os educadores. A neurociência sozinha não responde a demanda da aprendizagem. Precisa do olhar do educador, que reconhece os potenciais, as dificuldades e as necessidades dos alunos. A. Murphy, Kevin R. Descrição resumida do TDAH. In: BARKLEY, R. A. Oxford: Blackwell, 2005. BEAUCLAIR, C. A. L. e MOYSÉS, M. CAPOVILLA, Alessandra Gotuzo Seabra. Contribuições da neuropsicologia cognitiva e da avaliação neuropsicológica à compreensão do funcionamento cognitivo humano. Cad. psicopedag. on-line]. Neurociência e Educação: como o cérebro aprende. Porto Alegre: Artmed, 2011. CORDIÉ, A. Os atrasados não existem: psicanálise de crianças com fracasso escolar.

Porto Alegre: Artes Médicas, 2016. P. S; NOBRE, J. P. A prevalência do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH): uma revisão de literatura. Psicologia, volume 29, número 2, p. Acesso em: 15 set. LACET, C; ROSA, M. D. Diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e sua história no discurso social: desdobramentos subjetivos e éticos. Psic. Fundamentos de neuropsicologia. São Paulo: Edusp, 1981. MORRIS R, Fillenz M. Neurociências: ciência do Cérebro. Liverpool: The British Neuroscience Association; 2003. uniube. br/biblioteca/novo/base/teses/BU000205300. pdf. Acessado em 23 de setembro de 2019. PANTANO, Telma; ZORZI, Jaime Luiz. ncbi. nlm. nih. gov/pubmed/17541055>. Acesso em: 01 ago. Disponível em: <http://www. scielo. br/pdf/jped/v80n2s0/v80n2Sa08. pdf>.

Acesso em: 25 ago.

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