SÍNDROME DO SEIO SILENCIOSO: RELATO DE CASO

Tipo de documento:Proposta de Dissertação

Área de estudo:Sociologia

Documento 1

S. L. anos, sexo feminino, compareceu à clínica relatando muita dor de cabeça e crises de tosse, encaminhada por pneumologista. A paciente relatou ter crises de rinite, sinusite e asma e faz uso de prednisona para asma. Após realização de tomografia computadorizada, verificou-se o abaulamento do assoalho da órbita e velamento do seio maxilar caracterizando a SSS. A patient in the England A. S. L. years, female, attended the clinical report for the head of crises and crises of cough, referred by a pulmonologist. Patient reported attacks of rhinitis, sinusitis and asthma and use of prednisone for asthma. p. O termo silencioso remete ao fato de que a alteração promovida na doença é isenta de sintomas como cefaleia, congestão nasal e sinusites, comuns nos casos de alteração normal de seio sinusal.

SHEIKI et al. Esta síndrome afeta pessoas com idade entre 30 e 50 anos, segundo Hira et al. e entre a terceira e quarta década de vida conforme Sridhar et al. Em geral, durante a avaliação da enoftalmia, o oftalmologista se depara com os achados tomográficos de um colapso e velamento unilateral isolado do seio maxilar e decorrente "queda" do assoalho da órbita4. E, neste momento, o otorrinolaringologista é acionado. BORIN et al. p. Com base no cenário apresentado, o objetivo deste trabalho foi analisar a clínica em conjunto com os achados radiográficos de uma paciente com a suspeita de síndrome do seio silencioso assintomático. p. Sendo assim, com o passar do tempo, o seio apresenta uma pressão negativo devido à reabsorção de muco pelas paredes e, consequentemente, tem-se a perda da convexidade normal do seio, gerando descida do assoalho orbital e o que se conhece como hipotropia.

NUMA et al. A progressividade da doença está representada na figura abaixo. Figura 1: Diferentes acometimentos do seio sinusal A figura A) apresenta um seio sinusal normal associado ao complexo osteomeatal, na B) o complexo osteomeatal está ocluído resultando em acúmulo de fluido e redução do aspecto aerado da estrutura e na C) verifica-se uma reabsorção completa de ar e seio progressivamente preenchido por fluido Fonte: Tribich et al. Por fim, a figura D apresenta o estado mais avançado da doença com redução da espessura das paredes do seio maxilar e curvamento das paredes secundárias para o interior da cavidade. Fonte: Numa et al. p. Todavia, em 80% dos casos a obstrução que leva ao início da doença é causada pela “retração lateral do processo uncinado, com aposição do processo uncinado contra a porção inferomedial da parede orbital”.

NUMA et al. CURY et al. p. SINAIS CLÍNICOS E RADIOGRÁFICOS O principal aspecto que conduz o paciente ao médico é a aparência de “olho afundado”, resultado da depressão do assoalho da órbita em decorrência da patofisiologia de evolução da doença. Além disso, pode haver aprofundamento de pálpebra superior e queixa de desconforto ao redor das órbitas afetadas. VANDER et al. Fonte: Numa et al. p. DIAGNÓSTICO A SSS deve ser diferenciada de “sinusite crônica, osteomielite, infiltração maligna (primária ou metastática), traumatismo orbital (cirúrgico ou não cirúrgico), contração ou atrofia do conteúdo orbital, inflamação sistêmica (esclerodermia) e pseudo-enoftalose”. NUMA et al. p. Figura 4: Sinais clínicos de SSS A figura (a) aponta a visão horizontal do olho de um paciente com SSS.

A figura (b) aponta a movimentação dos olhos para baixo e para cima verificando-se que o olho afetado é o direito neste caso. Fonte: Rose et al. p. Contudo, o conjunto mandatório para diagnóstico de SSS inclui a enoftalmia ou hipotropia ocular espontânea associados a ausência de sintomas. p. Os achados radiológicos clássicos da doença e que a caracterizam são “redução do volume do antro maxilar e concavidade do seio com ou sem espessamento da mucosa, assim como opacificação sinusal e aumento do volume orbital”. COBB et al. p. TRATAMENTO Segundo Tribich et al. classifica o tratamento em sinusal e orbital. Prefere-se a abordagem sinusal com reconstrução de órbita e seio maxilar em tempo cirúrgico único, sendo recomendada a técnica de abordagem endoscópica sobre o seio maxilar através da antrostomia média com alargamento do óstio principal.

BLACKWELL et al. Outra abordagem seria a “realização de ampla antrostomia e tamponamento sinusal com gaze embebida em antibiótico por 3 semanas, evitando com isso a necessidade de reconstrução orbitária na maioria dos casos”. ROSE et al. Após realização da anamnese e exame clínicos iniciais, foi verificada presença de enoftalmia e hipotropia. A paciente relatou ter crises de rinite, sinusite e asma e faz uso de prednisona 5 mg por dia para asma. Estava em acompanhamento com pneumologista há 3 anos para tratamento de asma que suspeitou de alguma alteração e encaminhou para o otorrinolaringologista. Após realização de tomografia computadorizada, verificou-se o abaulamento do assoalho da órbita e velamento do seio maxilar caracterizando a SSS. Quanto aos sinais clínicos, verificou-se quadros de sinusite subclínica associados a secreção mucosa transparente, não característica de patologia bacteriana.

No presente caso, por meio da varredura do seio maxilar na tomografia computadorizada observou-se a presença de velamento interno no seio do lado direito, o que vai ao encontro da literatura existente de que a maioria, 57% dos casos, ocorre do lado direito. ROSE et al. Além disso, estava presente a depressão do assoalho da órbita e redução do espaço do seio maxilar. O tratamento sugerido à paciente foi pela técnica de Blackwell que consiste na “criação de uma via de drenagem mucosa a partir do seio obstruído é realizada endoscopicamente, com a confecção de uma janela antral nasal ou por meio de uma antrostomia maxilar”. YASHIDA et al. É responsabilidade do profissional realizar o diagnóstico diferencial para proposição do tratamento mais adequado a fim de evitar maiores complicações.

REFERÊNCIAS BLACKWELL, K. E. et al. Atelectasis of the maxillary sinus with enophthalmos and midface depression. Silent sinus syndrome: Clinical findings and differential diagnosis. Case Rep Clin Med. v. p. BURROUGHS, J. Br J Oral Maxillofac Surg. v. p. HIRA, N. K. n. NUMA, W. A. et al. Silent sinus syndrome: a case presentation and comprehensive review of all 84 reported cases. et al. The silent sinus syndrome. Dent Res J (Isfahan), v. p. SOPARKAR, C. v. p. VANDER, M. J. B.

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