Análise crítica de artigo científico - sementes de abóbora

Tipo de documento:Projeto de Pesquisa

Área de estudo:Engenharias

Documento 1

As sementes foram acondicionadas em embalagens de papel e de plástico e mantidas em ambiente de laboratório e em câmera fria. As sementes foram armazenadas por zero, três, seis e 12 meses após a instalação do experimento. Foram avaliados o teor de água, a germinação e o vigor das sementes. Dentre os principais resultados, pode-se constatar que é viável armazenar sementes de abóbora durante 12 meses, pois a dormência endógena é superada após este período de conservação. A embalagem de plástico foi considerada a mais adequada. O vigor das sementes é um dos principais atributos da qualidade fisiológica a ser considerado na implantação de uma lavoura. Para a AOSA (1983), o “vigor de sementes compreende aquelas propriedades que determinam o potencial para uma emergência rápida e uniforme e para o desenvolvimento de plântulas normais sob ampla faixa de condições ambientais “.

INTRODUÇÃO A semente é um dos principais insumos da agricultura e sua qualidade é um dos fatores primordiais para o estabelecimento da cultura e para que se obtenha a produtividade esperada (Popinigis, 1985), principalmente quando envolvemos a agricultura familiar no processo da cadeia produtiva de hortaliças, que de certa forma depende de insumos da propriedade. Atualmente na região Nordeste do Brasil o cultivo das variedades locais de abóbora é o mais difundido e os frutos tem forte aceitação no mercado. As áreas de cultivo, quando comparadas com a do jerimum, são maiores, e em alguns Estados da região encontra-se plantio das duas espécies em uma mesma área. Já sementes de melancia mantêm sua qualidade fisiológica durante 12 meses, quando armazenadas em condições de câmera fria, independentemente do tipo de embalagem de acondicionamento (Torres, 2005).

Os textos estão claros e bem explicados, especialmente quando se refere a cada fator. De acordo com Pereira (1994), a principal preocupação durante o período de armazenamento é a preservação da qualidade das sementes, minimizando a velocidade do processo de deterioração. Esse processo é influenciado pelas condições fisiológicas iniciais das sementes, pela localização e severidade dos danos físicos, pelas condições do armazenamento (grau de umidade e temperatura), pelo tipo e a incidência de patógenos e pela atuação conjunta desses fatores, podendo proporcionar diferenças de comportamento entre lotes de sementes armazenadas. A escassez de pesquisas sobre técnicas de armazenamento de sementes de abóbora para região do Vale do São Francisco dificulta a recomendação de procedimentos corretos para sua conservação.

Para o acondicionamento e armazenamento das sementes foi feita uma avaliação do material por meio dos testes de germinação, vigor e determinação do teor de água e matéria seca, cujos dados obtidos foram tomados como resultado para o mês inicial do armazenamento, sendo considerado como testemunha. As sementes foram acondicionadas em dois tipos de embalagens: sacos de papel (tipo Kraft) e recipientes plásticos (tereftalato de polietileno). Em seguida foram colocadas em dois locais de armazenamento: ambiente de laboratório com 26 + 2 ºC e 48% de UR e câmera fria com 10 °C e 40-45% de UR para serem avaliadas durante doze meses. Os parâmetros usados para a avaliação da qualidade das sementes foram: teor de água, germinação, teste de frio, emergência em campo de plântulas, peso de matéria seca, condutividade elétrica e índice de velocidade de emergência.

Teor de água – realizado com quatro subamostras (repetições) de 5 gramas de sementes por tratamento, pelo método estufa 105 ± 3 ºC, durante 24 horas, de acordo com as Regras para Análise de Sementes – RAS (BRASIL, 2009) e os resultados foram expressos em porcentagem. sementes-1. Condutividade elétrica – utilizaram-se quatro repetições de 25 sementes, que foram pesadas e colocadas para embeber em copos plásticos contendo 75 mL de água destilada e mantidas em incubadora BOD a 30°C por quatro horas (Vieira, 1994). As leituras foram feitas em condutivímetro e os resultados expressos em ìS. cm-1. g-1 de sementes. Na Tabela 2 encontram-se os resultados das determinações dos respectivos testes de germinação e vigor (condutividade elétrica, teste de frio, peso seco, emergência das plântulas, germinação e índice de velocidade de emergência) das sementes de abóbora analisadas em três épocas, submetidas ao armazenamento em diferentes embalagens e condições ambientais.

Ao analisar os dados do teste de condutividade elétrica, evidenciou-se significância para os efeitos individuais de tempo de armazenamento, do local e da embalagem, assim como para interação local e embalagem (Tabelas 2 e 3). Nas três épocas de avaliação, não apresentaram diferenças significativas para os dois ambientes de armazenamento. Entretanto, mesmo não diferindo estatisticamente, observa-se que as sementes provenientes da câmera fria lixiviaram maior quantidade de eletrólitos que as de laboratório. Esse fato ocorreu possivelmente por causa da maior desorganização dos sistemas de membranas das células dessas sementes quando comparadas com as de ambiente de laboratório (Tabela 2). A condutividade elétrica aumentou quando comparada com a testemunha para todas as condições de armazenamento, diferenciando significativamente apenas para condição de ambiente de laboratório e papel com o valor médio de 137,3 ìS.

cm-1. g-1. No teste frio, observa-se que nas sementes armazenadas em condições de câmera fria e ambiente de laboratório, independente da embalagem, praticamente não houve diferença até o terceiro mês, diferentemente do comportamento das sementes armazenadas durante doze meses acondicionadas no ambiente de laboratório, embalada em papel, que obtiveram 94% de plântulas normais (Tabela 3). Para este teste a melhor condiçãode armazenamento foi de câmera fria com a embalagem de papel (Tabelas 2 e 3). avaliando o potencial de germinação de sementes de anonáceas, incluindo pinha, onde verificaram aumento gradativo do índice de velocidade de germinação e da porcentagem de germinação até os três meses. De acordo com estes autores, este comportamento das sementes de pinha foi devido a presença de dormência nas sementes que possivelmente foi superada durante o período de armazenamento.

Para porcentagem de germinação verificou-se interação significativa entre o tempo, o local e a embalagem de armazenamento. No início do armazenamento a germinação foi de 73,5%. A ocorrência de aumento do poder germinativo das sementes armazenadas nos dois locais e nas duas embalagens quando comparadas ao tempo inicial (testemunha), deve-se provavelmente, a alguma substância responsável pelo processo de dormência superada pelo armazenamento, fato que coincide com as observações de Popinigis (1985) ao ressaltar que a qualidade das sementes não melhora durante o armazenamento, a não ser quando se trata de sementes com fenômeno de dormência (Tabelas 2 e 3). CONCLUSÕES O ambiente de laboratório é eficiente no armazenamento das sementes de abóbora até um ano. A germinação da semente de abóbora foi influenciada pelo local e pela embalagem de armazenamento, tendo a embalagem plástica na condição de ambiente se apresentado como o melhor local para doze meses de conservação.

A conclusão responde o objetivo, estando dentro do proposto. As referências se encontram todas no texto e estão dentro da norma.

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