A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FINANCEIRA PARA AUMENTO DE EFICIÊNCIA NO PLANEJAMENTO E CONTROLE DE FINANÇAS PESSOAIS

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Finanças

Documento 1

Sobre a definição dos objetivos específicos, estabeleceu-se o seguinte: verificar conceitos básicos sobre educação financeira; averigurar questões mercadológicas referente a importância do planejamento e do gerenciamento de finanças pessoais; analisar as vantagens geradas pela educação financeira. Esse estudo foi realizado por meio da metodologia de revisão bibliográfica narrativa, onde buscou-se a verificação das principais vantagens da educação financeira para o aumento de eficiência no planejamento e controle de finanças pessoais. Palavras-chave: Educação Financeira; Eficiência; Finanças Pessoais; Gerenciamento Financeiro; Planejamento Financeiro. ABSTRACT Changes in consumption habits can be decisive for having a life with better conditions, comfort and quality of life and it is necessary to understand the importance of planning to obtain a financial reserve and increase wealth, in addition to security in possible times of crisis.

crisis. Instrumentaliza o sujeito a melhor lidar com o capital que possui, fazendo-se assertivo com seus rendimentos (DOMINGOS, 2013). Para o modelo atual de nossa sociedade, possuir capital é fundamental para se viver com qualidade. Na contemporaneidade o dinheiro tem sido sinônimo de felicidade e bem-estar, desta forma, a sua administração é fundamental para se alcançar grande parte dos objetivos de vida (MACEDO, 2013). Então, faz-se preciso administrar as finanças para que se tenha um controle adequado do dinheiro. Se o indivíduo apresenta uma satisfatória educação financeira pode realizar escolhas conscientemente e, consequentemente, terá uma vida com maior qualidade (CERBASI, 2009). Com as comodidades de se adquirir bens e serviços a partir da utilização do cartão de crédito, tornou-se simplificada a atividade de gastar, porém caso não haja o planejamento adequado, pode-se perder o controle dos gastos e com isso, paulatinamente, se acumular dívidas.

O acúmulo de dívidas está relacionado em grande medida, com a falta de educação financeira. Muitas famílias não possuem o hábito de criar planilhar de gastos, sendo que sem a noção exata das entradas e saídas, perde-se a noção da disponibilidade de recursos (OLIVEIRA, 2018). A falta de controle financeiro em grande parte da população tributa à questões culturais, pois desde a infância os indivíduos se mostram habituados a não poupar e crescem com o ideário de possuir dinheiro para que se possa gastá-lo. Para contribuir com este cenário de desarranjos, observa-se que questões relacionadas com educação financeira e empreendedorismo pouco são tratadas nas escolas e universidades (HUF, 2016). É essencial que haja planejamento e controle de modo que os ganhos sejam gastos ou investidos sem que se comprometa negativamente o tempo futuro.

É importante que o dinheiro seja visto como um meio para se alcançar objetivos e não encarado como um fim. Deve-se ter em mente que o dinheiro deve sempre que possível, ser multiplicado para que possibilite estabilidade para o sujeito (SILVA; PELINI, 2017). É importante que os sonhos tenham contornos reais e que sejam planejados criteriosamente. Deve-se retirar o sonho do mundo imaginativo e lançá-lo na realidade, ou seja, deve-se realmente avaliá-lo de modo objetivo para que se pondere acerca de sua viabilização (SILVA; PELINI, 2017). O planejamento requer escolhas e disciplina em se manter firme ao que fora planejado. Deve-se estruturar um planejamento que propicie uma vida saudável, porém sem excessos, para que, dessa forma, se consiga criar reservas (CERBASI, 2009). O planejamento financeiro pessoal é de elevada importância tanto para famílias quanto para empresas, pois é fundamental que se tenha delineado os planos que serão necessários para se alcançar os objetivos previamente definidos (GITMAN, 2001).

Para melhor entender o planejamento financeiro pode-se dizer que em comparação com a alimentação, as dívidas seriam como a gordura presente no organismo. Se a gordura for controlada, não irá acarretar problemas à saúde, porém se a alimentação for descontrolada o acúmulo poderá trazer consequências danosas à saúde. Existem inúmeros investimentos que movimentam o mercado financeiro nacional e podem ser divididos em renda fixa ou variável. Estas aplicações possuem certos riscos, porém, podem gerar ótimos retornos. As aplicações de renda fixa como poupança, CDB e fundos, são investimentos mais seguros. Por outro lado, o mercado de ações e imóveis classificam-se como renda variável. Existem pontos positivos e negativos ao se avaliar as diferentes formas de investimento.

Geralmente gastam muito tempo para tomar decisões e preferem extensivos planejamentos sem movimentar os recursos de forma demasiada. Costumam ser cautelosos e buscam estar em sua zona de conforto. Esse cuidado se traduz em escolhas acertadas e geralmente acabam obtendo bons resultados; arrojado – costumam se submeter a riscos elevados. Investem principalmente em fundos variáveis. São investidores que necessitam ter profundo conhecimento e tempo disponível para observar as constantes alterações do mercado financeiro (OLIVEIRA, 2018). Pode-se por exemplo, fantasiar possibilidades de obtenção de dinheiro como forma de diminuir a rigidez utilizada para lidar com o dinheiro, pode-se da mesma forma, fantasiar capacidades inexistentes para se obter novos rendimentos que compensem gastos desnecessários. Tais questões devem ser fiscalizadas, pois podem comprometer a saúde financeira do grupo familiar (HUF, 2016).

Um dos objetivos principais de um planejamento diz respeito à meta de se diminuir os gastos atuais. Tem-se a recomendação de se registrar todos os gastos, para que deste modo, possa-se detectar pontos a serem melhorados e gastos desnecessários extinguidos. Outro aspecto importante abarca a questão da precaução, ou seja, se preparar para imprevistos que podem vir a comprometer os rendimentos (MACEDO JUNIOR, 2013). Na vida pessoal esta questão pode ser avaliada da mesma forma, uma vez que, antes de se efetuar uma compra, deve-se avaliar se existem ou não razões e condições para essa aquisição e de que modo tais razões se inserem no planejamento (GITMAN, 2001). Em parte, a teoria financeira contribui para o entendimento acerca dos pensamentos das pessoas, sobre como se organizam e desenvolvem estratégias mentais relacionadas com a administração de recursos no decorrer do tempo (BODIE; MERTON, 2002).

Educação financeira não se limita somente aos conhecimentos oriundos de cursos da área da economia, ela necessita se fazer presente durante todas as etapas da vida do sujeito. No cenário doméstico, infelizmente, a educação financeira pouco é discutida no núcleo familiar e nas escolas. Tem-se observado que, desde cedo, as crianças pouco tem aprendido sobre como lidar com o dinheiro e sobre a importância de guardar ao invés de gastar. Cita-se por exemplo, um comportamento que deveria ser utilizado por todos, mas que geralmente não é posto em prática: Nas circunstâncias em que se tem um valor total de uma determinada compra e não se conseguirá um desconto caso se pague de modo à vista, deve-se parcelar o valor e depositar o restante na poupança e, conforme as faturas do cartão vençam, o pagamento do produto é realizado, sendo que ao fim, obter-se-á rendimentos.

Tal questão pode parecer simples e lógica, porém sem a disciplina necessária, não será possível a realização desse processo (HUF, 2016). O problema não está no cartão de crédito, está nos poucos conhecimentos financeiros do indivíduo que possui o cartão de crédito. Ter conhecimentos educação financeira pode significar aumento na qualidade de vida, fazendo com que objetivos e sonhos sejam alcançados de forma satisfatória e que se possa gerar renda, gastar menos e de modo mais eficaz (TOMMASI; LIMA, 2007). Em relação ao gênero, as mulheres possuem mais controle sobre as finanças que os homens, pois os homens possuem a tendência de tomar decisões precipitadas, por outro lado, a mulher dotada do instinto de preservação do lar, tomar decisões com maior ponderação.

A simples atividade de poupar poder ser compreendida como forma de investimento, pois economizar e depositar em uma conta poupança o menor valor que for, irá render, caracterizando-se dessa forma como um investimento (GRADILONE, 1999). Existem também aplicações em bens, à saber, a aquisição de um terreno ou um imóvel. Tais investimentos proporcionam a expectativa de lucro que, em um momento futuro, tais aquisições poderão ser vendidas por um valor mais elevado, gerando desta forma, lucro, podendo, da mesma maneira, gerar lucro sendo alugadas e desta forma, contribuindo com o aumento da renda familiar (KIYOSAKI; LECHTER, 2004). Os investidores em imóveis possuem o entendimento que necessitam esperar alguns anos para obter lucro com a aquisição do bem, haja vista que a valorização do bem ocorre a longo prazo.

Antes de se realizar a compra de um imóvel, mesmo considerando o possível lucro à longo prazo, o comprador deve avaliar se possui reais condições para a compra, caso contrário irá obter dívidas que comprometerão seus futuros lucros (HALFELD, 2004). Outro aspecto importante relacionado com a educação financeira, diz respeito a ordenação das atividades que serão realizadas durante o mês. Deve-se primeiro quitar as despesas, para então, se pensar em adquirir algum bem ou serviço. Por fim, caso, sobre valores, estes devem ser destinados para investimento. Poupança é a diferença entre o que se recebe e o que se gasta. Deste modo, poupar sugere o adiamento do consumo, em outras palavras, corresponde a atividade de se gastar menos do que se recebe.

Em suma, o planejamento deve estar de acordo com os objetivos do sujeito (GITMAN, 2001). A atividade de planejar, organizar e controlar o dinheiro tanto a curto prazo quanto a longo prazo são determinantes para que os indivíduos alcancem seus objetivos com facilidade (SILVA; PELINI, 2017). Ser fiel ao planejamento, possuir disciplina para economizar, ter gastos ajustados aos ganhos e aprender a realizar investimentos, controlando sempre os riscos, são algumas das atividades necessárias para se obter uma boa saúde financeira (CERBASI, 2009). Estabelecer metas lhe contribui para que objetivos financeiros sejam alcançados atingir seus objetivos financeiros. Ressalta-se que a estruturação de objetivos é fundamental, pois todo planejamento deve ter objetivos e metas bem delineados. Em suma, deve-se utilizar ferramentas apropriadas para se desenvolver um planejamento adequado (BARBOSA; CERBASI, 2009).

Existem inúmeros modelos de tabelas que podem ser utilizadas para evidenciar a verdadeira receita da família. Caso não se tenha rigidez com o controle das despesas, bem como a real compreensão das necessidades da família, o planejamento pode ficar comprometido (AMORIN, 1987). Alguns autores destacam três etapas práticas para o sucesso de um planejamento. Primeiro, situar o que é importante, quais são os seus objetivos; segundo, separar custo mensal da concretização dos objetivos e ajustar reservas que possam ser utilizadas para lidar com imprevistos; e terceiro, estruturar a estratégia de investimentos, para investir os recursos que irão sobrar (BARBOSA; CERBASI, 2009). Verifica-se que a Revisão Bibliográfica Narrativa, método de escolha adotado, visa a apreensão e a análise dos fundamentos de natureza científica, isto é, de trabalhos de impacto científico, publicado em periódicos, jornais e/ou outros meios científicos nacional e/ou internacional (DEMO, 2009).

Assim, conclui-se que a metodologia de Revisão Bibliográfica Narrativa pode estimular uma discussão coerente quanto ao objeto de estudo da presente pesquisa, buscando conclusões inovadoras e permitindo o desenvolvimento de outros estudos posteriores com o intuito de ampliar as reflexões sobre o tema (SOUSA; FIRMINO; MARQUES-VIEIRA; SEVERINO; PESTANA, 2018). Considerações Finais Verificou-se que a visão multidisciplinar da educação financeira é primordial para compreender os aspectos relacionados ao de consumo, investimento e financiamento, sendo estes substratos das relações sociais e que influenciam na economia, como um todo. Destacam-se as áreas da economia, a contabilidade, o marketing, a sociologia, a antropologia, a história, a psicologia, a informática e a educação como importantes fontes de conhecimento acerca dos hábitos do indivíduo em face ao dinheiro.

Averiguou-se que, frente ao cenário de instabilidade financeira, cada vez mais se faz necessário a presença de indivíduos que possuam conhecimentos acerca do sistema financeiro, para que possam obter vantagens e também, contribuir com a economia da sociedade a qual estão inseridos. Rio de Janeiro: Editora Globo, 1987. ASSEF, Andrea; LUQUET, Mara. Você tem mais dinheiro do que imagina: um guia para suas finanças pessoais. São Paulo: Saraiva, 2006. BARBOSA, Christian; CERBASI, Gustavo. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004. BODIE, Zvi; MERTON, Robert C. Finanças. ed. São Paulo: Artmed, 2002. Finanças Pessoais: Estudo de Caso de um Planejamento Financeiro para a Aposentadoria, Florianópolis (SC). Monografia (Graduação em Ciências Contábeis). UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis: UFSC, 2013. CERBASI, Gustavo P.

n. p. jun. Disponível em: https://www. ncbi. D’AQUINO, Cássia. Educação Financeira. Artigo publicado em 2016. Disponível em: http://educacaofinanceira. com. ago. ISSN 2175-8093. Disponível em: http://www. pucrs. br/famat/viali/doutorado/ptic/textos/80-388-1-PB. Seu futuro financeiro. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1999. GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. Investimentos: Como administrar melhor seu dinheiro. São Paulo: Fundamento, 2007. HUF, Eloá. A Importância do Planejamento Financeiro Pessoal: estudo de caso com as formandas 2016 do curso de administração das faculdades integradas de Taquara. f. MACEDO JUNIOR, Jurandir Sell. A árvore do dinheiro. Florianópolis: Insular, 2013. MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do trabalho científico. com. br/artigos/discutindo-relacao-entre-mulheres-e-marcas. Acesso em: 11 maio 2020. MARIONI, Ricardo N. Manual de Gestão de Finanças Pessoais: Um guia sobre planejamento financeiro, consumo, equacionamento de dívidas, formação de poupança e investimento.

Disponível: http://www2. senado. leg. br/bdsf/item/id/508636. Acesso em: 11 maio 2020. Aprimorando a relação com o dinheiro: Dinheiro e Prosperidade. São Paulo: Escala, 2010. ROTHER, Edna Terezinha. Revisão sistemática x revisão narrativa. Acta Paulista de Enfermagem, São Paulo, v. Acesso em: 15 maio 2020. SILVA, Maclovia Correa; PELINI, Ruy Rossi. Educação Financeira na Gestão das Finanças Pessoais e Familiar - UTFPR. ISSN: 2178-7956. Revista do Programa de Pós-Graduação em Humanidades, Culturas e Artes – UNIGRANRIO, 2017. jun. TOMMASI, Alessandro; LIMA, Fernanda de. Viva melhor sabendo administrar suas finanças. São Paulo: Saraiva, 2007. ZAREMBA, Vitor.

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