OS IMPACTOS DA RADIOFREQUÊNCIA NA FLACIDEZ FACIAL

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Administração

Documento 1

As participantes foram avaliadas por meio anamnese, avaliação facial, registros fotográficos, questionário de satisfação e julgamento dos resultados clínicos através das fotografias por esteticistas independentes. Todas receberam intervenções por meio de radiofrequência, quinzenalmente, totalizando oito sessões. Os resultados apontaram redução da flacidez facial, linha de expressão, rugas e melhora da textura da pele, em todas as cinco participantes que finalizaram o estudo. Além disso, todas as participantes relataram estarem satisfeitas quanto ao resultado, referindo diminuição da flacidez, da linha de expressão, melhora da textura da pele e satisfação quanto ao método utilizado, bem como a análise pelas esteticistas independentes foi positiva. Assim, a remodelagem do tecido, através da radiofrequência, pode melhorar rugas e linhas de expressão, flacidez tissular e a elasticidade da pele.

INTRODUÇÃO Desde os tempos antigos a aparência pessoal é uma preocupação humana, principalmente do sexo feminino, que levou à criação de numerosas intervenções estéticas. As pessoas procuram cada vez mais por tratamentos que minimizem os efeitos do envelhecimento. A dermatologia e a estética, disponibilizam constantemente recursos que buscam rejuvenescimento facial, como as cirurgias plásticas apesar de invasivas, novos cosméticos com princípios ativos que prometem restabelecer a juventude e os aparelhos eletroestéticos que são eficazes alternativas para o tratamento de todas as disfunções estéticas (BORGES, 2010). A radiofrequência tem sido muito utilizada para o tratamento da flacidez cutânea, pois já é comprovada por diversos estudos sua efetividade. É um tipo de corrente de alta frequência que quando absorvida pela pele, atinge as camadas mais profundas promovendo a oxigenação, nutrição e vasodilatação dos tecidos (CASABONA, 2014).

A partir dos 30 anos de idade, o corpo começa a passar por alterações celulares, onde há diminuição progressiva da capacidade de homeostase do organismo, levando ao aparecimento de rugas finas, pele seca e escamosa, manchas senis e flacidez tissular, evidenciados primeiro na face, pescoço e mãos, por serem áreas mais expostas. Isso ocorre pois à medida que os indivíduos envelhecem, a pele perde a elasticidade, associada a perda de colágeno e redução de água, tornando-a seca por menor capacidade funcional das glândulas sudoríparas e sebáceas (BOCK, 2013; GODOY, 2017). O envelhecimento cutâneo ou tissular é um processo orgânico natural, sendo influenciado por vários fatores e pode tanto ser acelerado quanto retardado dependendo da intervenção. Para isso, atualmente, existem inúmeras abordagens terapêuticas, cirúrgicas e não cirúrgicas, com a finalidade de corrigir ou amenizar essas alterações.

Destaca-se que os procedimentos cirúrgicos, são intervenções invasivas, de alto custo e com possibilidades de efeitos colaterais, tais como: dor, inflamação, infecção e tempo mais prolongado de recuperação. Ocorre ainda, hiperemia cutânea e profunda e um mecanismo utilizado para dissipar o calor, gerando um grande aumento na nutrição dos tecidos. Além disso, no aumento da atividade do sistema nervoso parassimpático e diminuição do sistema simpático, pois a radiofrequência atua sobre o sistema nervoso autônomo, onde causa um aumento do fluxo sanguíneo para os tecidos, fornecendo elementos nutritivos, anticorpos, enzimas defensivas e hormônios anabólicos. Outro efeito térmico é a diminuição da elasticidade dos tecidos ricos em colágeno devido o aumento maior da temperatura, assim a distensibilidade diminui e a densidade de colágeno aumenta, proporcionando a diminuição de flacidez da pele, causando o chamado efeito lifting de radiofrequência (MEYER, 2017).

METODOLOGIA Trata-se de um relato de caso experimental realizado em uma Clínica de Estética, na cidade de Bauru-SP. A pesquisa foi iniciada após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Marília (Unimar). A região de aplicação foi dividida em quatro quadrantes e foi utilizado um eletrodo médio. Em cada quadrante, o eletrodo era posicionado e permanecia até que se atingisse a temperatura de 40°C, e após esse período, permanecia por mais cinco minutos. Foram realizadas oito sessões, que ocorreram a cada quinze dias. Após a última sessão, foi realizado um novo registro fotográfico, obedecendo aos mesmos padrões da avaliação fotográfica inicial. A avaliação dos resultados foi feita a partir da aplicação de um questionário de satisfação aos pacientes estudados e julgamento dos resultados clínicos através das fotografias por esteticistas independentes.

Referente ao questionário de satisfação, todas participantes observaram redução da flacidez onde quatro participantes caracterizaram a redução da flacidez como muito bom e uma participante como bom. Quanto ao aspecto da pele todas as participantes observaram uma mudança na coloração e textura e nenhuma das participantes relatou efeitos adversos no local da aplicação após as intervenções, e todas relatam que realizariam novamente o tratamento com radiofrequência. Na avaliação dos registros fotográficos pelas três esteticistas independentes ao estudo, foi relatado redução da flacidez na face de todas participantes, como melhora na textura, luminosidade e diminuição das linhas de expressão e rugas em toda face. Foi observado principalmente diminuição do sulco nasogeniano, linhas glabelares e linhas periórbitas.

As três esteticistas avaliaram o resultado como muito bom (75% de melhora). O fator intrínseco se relaciona com a idade e genética do indivíduo, e o fator extrínseco com a ação sobre a pele de agentes externos como exposição solar, agentes químicos e tabagismo. O envelhecimento intrínseco se expressa como uma pele alípica, enrugada, flácida com redução da espessura da epiderme, diminuição ou aumento do número de melanócitos e das células de Langerhans (CARVALHO, 2011). A radiofrequência tem sido muito utilizada no tratamento da flacidez da pele do rosto, do pescoço e das mãos, causados pelo envelhecimento. Ela atua na camada profunda da pele, modelando fibrilas de colágeno e amenizando as rugas. Ela leva ao recondicionamento da pele, melhorando a elasticidade e a força tensora dos tecidos compostos por colágeno, com produção de novas fibras de melhor qualidade, levando a melhora da flacidez (INACIO, 2017).

Um deles, chamado eletrodo ativo, que provoca grande densidade de corrente provocando efeitos térmicos localizados nos tecidos, causando a estimulação tecidual como produção do colágeno, retração dos septos fibrosos, relaxamento muscular e analgesia. O outro eletrodo, chamado de eletrodo passivo, consiste em uma placa condutiva de grande contato que fecha o circuito da corrente fazendo com que a energia retorne ao paciente. A geração de calor, leva a contração do tecido conectivo promovendo a reorientação de fibras de colágeno e incremento na contagem destas fibras, aumento da espessura e na densidade do tecido epitelial bem como a regeneração de tecidos moles, resultando na melhora do tecido com aspecto flácido (BOCK, 2013; LOFEU, 2015). Carvalho et al analisaram a eficácia dos efeitos radiofrequência no tecido colágeno de ratos, tendo como amostra 20 ratos pesando entre 250 g e 300 g, de ambos os sexos.

Utilizou-se a radiofrequência com frequência de 0,5 MHz em uma área de 5cm² do dorso do animal por um tempo de dois minutos após atingir a temperatura superficial da pele de 37ºC. ed. São Paulo: Editora Phorte, 2010. CASABONA, G. et al. Fractional ablative radiofrequency: a pilot study of twenty cases involving rejuvenation of the lower eyelid. GODOY, M. K. et al. Combate do envelhecimento cutâneo com a aplicabilidade de radiofrequência: uma revisão. Anais do XXV Seminário de Iniciação Científica da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Ijuí, p. R. et al. Radiofrequency for the treatment of skin laxity: mith or truth. An Bras Dermatol, Belo Horizonte, v. n. n. p. CARVALHO, G. F. et al. Análise comportamental do tecido adiposo frente ao tratamento de radiofrequência: revisão bibliográfica.

Revista Saúde em Foco, v. p. TAGLIOLATTO, T. Radiofrequência: método não invasivo para tratamento da flacidez cutânea e contorno corporal. Atuação da radiofrequência na gordura localizada no abdômen: revisão de literatura. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, v. n. p.

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