ESTUDO COMPARATIVO ENTRE O SISTEMA CONSTRUTIVO LIGHT STEEL FRAME E O SISTEMA DE ALVENARIA CONVENCIONAL EM RESIDÊNCIAS

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Engenharias

Documento 1

Titulação Nome do Professor(a) Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) XXXXXXXX, 14 de Maio de 2020. XXXXXXX, XXXXXXX. ESTUDO COMPARATIVO ENTRE O SISTEMA CONSTRUTIVO LIGHT STEEL FRAME E O SISTEMA DE ALVENARIA CONVENCIONAL EM RESIDÊNCIAS. páginas. Páginas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Civil). ABSTRACT The Brazilian civil construction sector is still based on highly artisanal constructions, characterized by countless indices of waste of inputs and labor, great generation of solid waste and low productivity. However, in view of the growing demand and the availability of alternative techniques to those prevailing in the current sector, several currents of industrialized solutions are gaining space as the acceptance of technology by the productive sectors and especially consumers increases. These alternatives basically seek a greater rationalization of materials and a better use of labor.

LISTA DE SÍMBOLOS E SIGLAS m² Metro Quadrado ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR LSF FLW CBCA Norma Brasileira Regulamentadora Light Steel Frame Light Wood Framing Centro Brasileiro da Construção em Aço SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 11 2 SISTEMAS CONSTRUTIVOS 14 2. Sistema construtivo convencional 14 2. Sistemas construtivos industrializados 15 2. Características sistemas construtivos industrializados 18 2. LIGHT STEEL FRAMING 18 2. MANUTENÇÃO 41 2. Manual de Uso, Operação e Manutenção. Levantamento de Fornecedores 42 3 ALVENARIA CONVENCIONAL COM BLOCOS CERÂMICOS 44 3. FUNDAÇÃO 44 3. ESTRUTURA 44 3. Esquadrias 52 3. TELHADO 53 3. Estrutura 53 3. Cobertura 54 3. Condutores 55 4 COMPARAÇÃO ENTRE ALVENARIA CONVENCIONAL E LIGHT STEEL FRAMING 56 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 60 REFERÊNCIAS 62 1 INTRODUÇÃO A atividade de construir surgiu, provavelmente, a partir da fixação do homem a um local, originando então a necessidade de possuir um abrigo que o protegesse contra os riscos da natureza.

Atualmente, há no país experiências bem sucedidas da utilização do LSF, especialmente em obras industriais e comerciais. Tal sistema se mostra uma alternativa bastante promissora para mudar o panorama do setor, visto que apresenta maior rapidez de execução, menor desperdício de material e melhor sustentabilidade ambiental comparados ao sistema construtivo convencional. O sistema LSF é muito empregado em países como os Estados Unidos da América (EUA), Canadá e nos continentes Europeu e Asiático. Nestes lugares, se tem amplo conhecimento a respeito das inúmeras vantagens que o LSF oferece, tais como industrialização, racionalização de material, rapidez de execução e redução de impactos ambientais. No Brasil, entretanto, sua utilização é relativamente recente, de modo que a quantidade de obras realizadas com este sistema ainda é pouco significativa, estando a maioria delas concentradas no Sul e Sudeste do país.

Esse sistema é utilizado junto à alvenaria de blocos cerâmicos, responsável pelo fechamento e isolamento da edificação. A alvenaria é uma forma tradicional de construir usada há milhares de anos, sendo formado por um conjunto de unidades, tais como tijolos cerâmicos ou de concreto e argamassa. Culturalmente, existe a aceitação de que a construção com alvenaria possui maior durabilidade, embora essa afirmação venha sendo questionada atualmente. O concreto armado é constituído pela associação de concreto e aço, no qual ambos os materiais apresentam características mútuas de boa aderência e coeficiente de dilatação térmica praticamente igual. Essa união advém do fato que o concreto possui baixa resistência a tração, sendo função do aço, absorver os esforços de tração e cisalhamento que atuam nos elementos de concreto (RODRIGUES, 2000).

Portanto, mesmo apresentando vantagens em sua utilização, o sistema construtivo convencional no país ainda se encontra num patamar tecnológico inferior em relação aos demais métodos construtivos, sendo necessário aumentar o nível de industrialização e racionalização dos seus processos. Sistemas construtivos industrializados Desde a antiguidade, o homem tem buscado diferentes maneiras de otimizar os tipos de atividades produtivas que realiza, principalmente as que precisam ser executadas em larga escala. Foi dessa maneira que surgiu a industrialização, processo socioeconômico que visa transformar uma área da sociedade inicialmente retrógrada em uma fonte de maior riqueza e lucro, através do aperfeiçoamento de uma determinada atividade, a fim de executá-la de maneira contínua e com maior produtividade, por meio de novas técnicas e procedimentos com maior velocidade e custos reduzidos (BAPTISTA, 2005).

A industrialização exerceu grande influência sobre os sistemas construtivos, sobretudo a partir da Revolução Industrial no final do século XVIII. Anterior a isso, a construção civil consistia apenas em técnicas manuais e artesanais, extremamente imprecisas. Isso surge como alternativa para contornar o alto déficit habitacional brasileiro e a falta de mão-de-obra no setor da construção civil, que tem ocorrido desde o recente crescimento do mercado imobiliário. Outro aspecto importante diz respeito a qualificação necessária da mão- de-obra a ser utilizada. BAPTISTA, 2005). A execução de um sistema construtivo industrializado consiste, inicialmente na definição do projeto que será executado, para então definir o tipo de projeto de produção seriada através de reunião das informações referentes a esse projeto e a um desenvolvimento detalhado das suas particularidades.

Um dos maiores inconvenientes dos sistemas industrializados são os altos custos iniciais, porém, devido ao ganho de produtividade na obra, a redução de mão de obra e de tempo para a execução é bem provável que esse alto custo inicial se pague ao final da obra (SANTIAGO, 2008) Atualmente, segundo o Centro Brasileiro de Construção em Aço (CBCA, 2014), um dos setores mais industrializados no Brasil é o da construção metálica. A construção em madeira, amplamente utilizada ainda hoje na América do Norte, entretanto é caracterizada pela sua fácil combustão. Em 1871, em Chicago, ocorreu um grande incêndio que consumiu boa parte da cidade, que era construída praticamente toda em madeira. Além desse acontecimento merecem destaques os incêndios causados pelo sismo de São Francisco em 1906, que deixaram mais de 250 mil desabrigados.

Em 1933 foi lançado na Feira Mundial de Chicago o protótipo para uma residência em LSF. Sua invenção, entretanto, não pode ser atribuída a apenas uma pessoa, mas sim aos interesses comunitários de encontrar uma solução que diminuísse o uso da madeira nas edificações, minimizando assim o risco de incêndios (SANTIAGO; FREITAS; CASTRO, 2012). BAPTISTA, 2005). Figura 2 - Desenho esquemático de uma residência em Light Steel Framing. Fonte: Santiago; Freitas e Castro (2012) O sistema LSF é formado por perfis de aço revestidos por uma camada de zinco ou liga de alumínio-zinco, e é conhecido também como aço galvanizado. A camada mínima de revestimento para proteção do aço é definida pela NBR 15253:2005, e varia de 150 a 180g/m² para perfis estruturais e 100g/m² para perfis não estruturais.

No entanto, pela diretriz SINAT é necessária uma camada maior de revestimento para os perfis metálicos. Nessa mesma década, 1990, a tecnologia chegou ao continente sul-americano. No Chile estudos mostram que, em 2009, 35% das habitações construídas foram executadas em LSF. Esse alto índice é devido à grande resistência do sistema aos abalos sísmicos como já explicado anteriormente. No Chile esse tipo de construção é também conhecido como “construcción energitérmica assísmica”. Light steel framing no Brasil No Brasil, o sistema foi trazido pela iniciativa privada a princípio para edificações residenciais de alto padrão, mas atualmente já é possível encontrar empresas que incentivam a construção de suas edificações com este método construtivo. Nesse caso os perfis são cortados no próprio local seguindo o projeto estrutural.

A segunda opção é a montagem dos painéis no galpão da construtora. Os painéis seguem prontos para o canteiro, acontecendo apenas a montagem do sistema, garantindo agilidade e barateando o custo com mão de obra. SANTIAGO; FREITAS; CASTRO, 2012). Já é possível encontrar uma diversidade razoável de fornecedores e montadores do sistema pelo Brasil, entretanto, a mão de obra é um obstáculo a ser transposto, uma vez que o sistema requer um treinamento básico para a montagem dos painéis. MILITO, 2009) 2. Características do Light Steel Frame De acordo com Rodrigues (2006), por tratar-se de um processo com alto nível de industrialização quando comparado com um sistema construtivo convencional, o LSF apresenta vantagens como rapidez na construção, podendo ter uma redução no prazo de até 50% se comparado ao sistema convencional, além de melhores níveis de desempenho termo-acústico, facilidade na execução das ligações, durabilidade e longevidade da estrutura, facilidade de montagem, manuseio e transporte devido a leveza dos elementos, além de ser uma construção a seco, o que minora o uso de recursos naturais e o desperdício.

Segundo Milito (2009), um comparativo entre o desempenho térmico dos materiais comumente utilizados em fechamentos nas edificações pode ser observado na Figura 4, na qual é possível concluir que o preenchimento em lã de rocha, poliestireno ou poliuretano, materiais estes mais usuais para isolamento no LSF, possuem desempenho superior aos blocos de alvenaria, proporcionando um maior amortecimento térmico, fato este que resulta na economia de energia e melhor conforto térmico. Figura 4 - Comparativo de desempenho térmico. Fonte: Milito (2009) Para o CBCA (2014), o LSF apresenta vantagens significativas, como maior área útil, prazos de execução mais curtos, compatibilidade com outros materiais, racionalização da mão de obra, alívio de carga nas fundações, organização no canteiro de obras e a reciclabilidade. Essas informações são obtidas através da sondagem do terreno (SANTIAGO; FREITAS; CRASTO, 2012, p.

O radier é um tipo de fundação superficial, constituída de uma laje em concreto armado com cota bem próxima da superfície do terreno, na qual toda superfície se apoia, conforme na Figura 6. Estruturalmente, o radier pode ser liso ou formado por jês com vigas de bordas e internas, com a finalidade de aumentar sua rigidez (TERNI; SANTIAGO; PIANHERI, 2008). Figura 6 - Radier Fonte: Nossa Engenharia (2017) As sapatas corridas são elementos contínuos que acompanham a linha das paredes, as quais lhes transmitem a carga por metro linear (BRITO,1987). Para Terni, Santiago e Pianheri (2008), a sapata corrida é um tipo de fundação superficial contínua, que recebe as ações dos painéis e as transmite esses carregamentos uniformementes distribuídos em uma direção para o solo, conforme Figura 7.

Lajes Segundo Rodrigues (2006), o conceito estrutural do LSF que consiste em dividir as cargas entre os perfis, é também é utilizado para os elementos que suportam as lajes e coberturas, uma vez que seus elementos trabalham bi-apoiados e deverão, sempre que possível, transferir as cargas continuamente, ou seja, sem elementos de transição, até as fundações. Para Santiago, Freitas e Crasto (2012), as lajes baseiam-se no mesmo princípio dos painéis, utilizam perfis galvanizados dispostos horizontalmente, obedecendo à mesma modulação dos montantes, conforme ilustrado na Figura 10. Nas lajes, esses perfis são as vigas de piso, que desempenham função de transmitir as cargas que estão sujeitas para os painéis, além de servirem de estrutura de apoio para o contrapiso. Figura 10 - Estrutura de piso em LSF Fonte: Santiago; Freitas; Crasto (2012) Segundo os autores, de acordo com a natureza do contrapiso a laje pode ser do tipo úmida, quando se utiliza uma chapa metálica ondulada aparafusada às vigas e preenchida com concreto que serve de base para o contrapiso.

Figura 11) Figura 11 - Laje tipo úmida Fonte:Schmitzhaus (2017) Ou pode ser do tipo seca, quando placas rígidas de OSB, cimentícias ou outras são aparafusadas à estrutura do piso, conforme Figura 12. A norma ISO 6241:1984 estabelece os requisitos fundamentais para atender essas necessidades, entre eles a segurança estrutural, a segurança ao fogo, a estanqueidade, o conforto termo-acústico, tátil e visual também são importantes condições para a aplicação de um sistema de fechamento, além, é claro, da durabilidade e economia. Com relação as chapas de fechamento externo, é importante avaliar e especificar as seguintes características: resistência a flexão, absorção de água, variação dimensional em razão da variação de umidade e do efeito de temperatura e a resistência a intempéries (OLIVEIRA; WAELKENS; MITIDIERI, 2012).

No mercado nacional os produtos disponíveis para o fechamento de construções em LSF são fornecidos em placas ou chapas, com várias espessuras, sendo que os materiais mais utilizados são o Oriented Strand Board (OSB), a placa cimentícia e o gesso acartonado. As placas de OSB são uma espécie de chapa estrutural, produzida a partir de filamentos de madeira orientadas com três a cinco camadas perpendiculares prensadas e unidas com resinas sob altas temperaturas, tornando maior sua resistência mecânica e a rigidez (REGO, 2012). Segundo Terni, Santiago e Pianheri (2008), esse tipo de painel é instalado diretamente na estrutura e sobre ele deve-se colocar uma manta ou membrana para formar uma barreira contra umidade e vapor, a qual é fixada ao painel com grampos. Segundo os autores, as placas de gesso acartonado (Figura 17) são comercializadas com largura de 1,20 metros e comprimentos que variam de 1,80 metros à 3,60 metros de acordo com o fabricante.

Sendo as espessuras de 9,5 milímetros, 12,5 milímetros e 15 milímetros. Afirmam ainda, que no mercado nacional são comercializados três tipos de placas: • Placa Standard (ST): para aplicação em paredes destinadas a áreas secas; • Placa Resistente a Umidade (RU) ou Placa verde: para paredes destinadas a ambientes sujeitos a ação da umidade, por tempo limitado de forma intermitente; • Placa Resistente ao Fogo (RF) ou Placa rosa: para aplicação em áreas secas, em paredes cm exigências especiais de resistência ao fogo. Figura 17 - Fechamento vertical em gesso acartonado Fonte: NV Gesso (2014) 2. Montagem O Centro Brasileiro de Construção em Aço (CBCA) afirma que a sequência executiva de uma edificação em LSF segue praticamente a mesma sequência executiva de uma edificação em um método convencional, com exceção das suas peculiaridades: 1.

Acabamento. RESISTÊNCIA AO FOGO Segundo a ABNT 15575-1 as construções para habitação com até cinco pavimentos devem seguir alguns princípios básicos de segurança contra incêndios. O primeiro princípio é o de proteger a vida dos usuários possibilitando a saída das edificações em segurança. Dificultar a propagação de incêndios, outro princípio determinado pela ABNT 15575- 1, pode ser garantindo através dos materiais empregados e também pelas especificações técnicas de instalações elétricas e de gás. Além disso, é necessário definir em projeto possíveis rotas de fuga para os usuários das edificações habitacionais e acessos facilitados para o Corpo de Bombeiros. As placas de OSB, por exemplo, podem ter sua vida útil diminuída em função da umidade, pois as tiras da madeira podem inchar e retrair, causando danos na estrutura da placa.

O siding vinílico também é outro material que tem uma vida útil de projeto significativa, desde que a manutenção preventiva, como por exemplo, a limpeza periódica, seja feita dentro do prazo estipulado nos manuais dos usuários. Os demais componentes utilizados nas edificações em LSF como as conexões, tubulações hidrossanitárias e elétricas e os revestimentos são os mesmos utilizados em construções convencionais e devem cumprir os prazos mínimos estipulados pela norma. MANUTENÇÃO É possível afirmar que a manutenção é uma das principais falhas do sistema no contexto atual brasileiro. A falta de mão de obra qualificada e capacitada para executar as manutenções preventivas e corretivas no sistema faz com que o Light Steel Framing não seja aceito pelos usuários finais.

Para uma reforma é necessário analisar qual parede pode ser alterada e qual é a consequência dessa alteração. Exemplificando: comumente as habitações sociais passam por acréscimos de área construída após a entrega da edificação ao usuário. Isso acontece como uma maneira de personalizar a habitação e até mesmo atender as necessidades de cada família. Nos sistemas construtivos industrializados, em particular o LSF as alterações podem ocorrer, mas com maior análise prévia, pois podem solicitar um reforço na estrutura existente. Esse tipo de necessidade futura pode ser prevista na fase de projeto, determinando que algumas paredes não possuam função estrutural, e sim apenas função de fechamento dos ambientes. Em função da logística dos perfis, a utilização do sistema seco LSF para pequenas e unitárias construções é dificultada nas regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos.

Entretanto, sua utilização para habitações populares, que geralmente são construídas em maior escala, possibilita um barateamento da unidade. ALVENARIA CONVENCIONAL COM BLOCOS CERÂMICOS De acordo com Azevedo (1997), o termo alvenaria convencional se refere a edificações construídas com estruturas de fundação, pilares e vigas em concreto armado, moldadas através de formas de madeira e vedação em bloco cerâmico assentados com argamassa, para fins de vedação. Segundo Santiago (2010), o sistema construtivo convencional, como a alvenaria de bloco cerâmico, é de produção lenta, e que necessita de maior quantidade de mão de obra para sua execução. As características desse sistema, é o elevado desperdício de material, a deficiência na padronização do processo de produção, a pouca ou nenhuma fiscalização dos serviços e o mau planejamento da execução.

Sua função é receber as cargas das lajes ou de outras vigas e transferindo tais cargas para os pilares. As vigas também fazem parte do sistema de contraventamento que proporciona a estabilidade global da edificação. PILARES Segundo NBR 6118: 2014, os pilares são elementos lineares de eixo reto, usualmente dispostos na vertical, em que as forças normais de compressão são preponderantes. Os pilares são elementos de concreto armado, que tem como função principal transmitir todas as cargas que atuam sobre ele para a estrutura que compõe a fundação. Os pilares também fazem parte do sistema de contraventamento que proporciona a estabilidade global da edificação, conforme Figura 18. Figura 20 - Instalação de esperas de aço Fonte: Blog Construção civil (2016) Yazigi (2002), alerta para o encontro entre paredes e lajes ou fundos de vigas, pois são pontos de deflexão dessas estruturas, para que não haja trincas, fissuras ou ainda destacamento das alvenarias é necessário que a última fiada da alvenaria tenha uma fixação denominada “encunhamento”.

O “encunhamento” pode ser feito de duas formas, após a cura da argamassa de assentamento da antepenúltima fiada, em torno de 7 dias, as últimas fiadas devem ser executadas com tijolos maciços inclinados a 45 graus em relação ao restante da alvenaria e assentados com argamassa, conforme a Figura 21. Outra solução seria a adoção de argamassa com aditivo expansor, onde a alvenaria e executada até a última fiada e somente no encontro com a laje ou fundo de viga é feio o preenchimento com a argamassa com aditivo expansor. YAZIGI, 2002) Figura 21 - Vista frontal de encunhamento com tijolos Fonte: Blog Forum da construção (2016) 3. FORRO A função do forro é revestir o teto da edificação para melhorar o aspecto de acabamento, além de prover isolamento acústico e térmico.

Instalação Hidráulica e Sanitária As instalações hidráulicas tem a finalidade de levar água potável para vários pontos da edificação. A água entra na residência através de um tubo de pvc que segue para a caixa d’agua, local onde fica armazenada a uma altura tal que proporcione por gravidade pressão o suficiente para atender todos os pontos de água com pressão mínima. BORGES, 1996) Segundo CHAVES (1969), as instalações sanitárias são concebidas para os dejetos humanos e as águas servidas sejam retiradas da edificação, mantendo um bom esta sanitário de quem faz uso da edificação. Yazigi (2002), aponta que as instalações sanitárias são comumente feitas com tubos de PVC devido a facilidade das instalações, baixo custo, e longa durabilidade, o que proporciona um sistema confiável e de baixa manutenção.

É indispensável que toda a rede de esgoto da habitação tenha sua saída ligada a rede de tratamento de esgoto local, no caso de não haver no local a rede coletora de esgoto, há a necessidade de instalação de um sistema de tratamento de dejetos através de fossa séptica. Acabamento Piso O acabamento do piso é feito através do preparo da base, este preparo consiste em uma camada de concreto magro denominado contra piso ou argamassa de regularização. MILITO, 2009) Após a regularização da base é aplicado o piso cerâmico, sua função é proporcionar beleza estética a edificação, isolamento térmico e ser estanque a água. O piso cerâmico é aplicado com uma camada de argamassa de assentamento, que proporciona a colagem da peça cerâmica ao piso após a cura.

MILITO,2009) 3. Esquadrias As esquadrias são componentes da edificação que asseguram a proteção quando a penetração de intrusos, da luz natural e da água. e a trama, que é constituído pelas terças, caibros e ripas que são apoiadas sobre a armação e servem de apoio para as telhas, conforme a Figura 23. MILITO, 2009) Para a estrutura são utilizadas madeiras do tipo ipê, cedrinho, peroba entre outras, é necessário que essas madeiras naturalmente resistentes ao apodrecimento e ao ataque de insetos, é necessário que sejam previamente tratadas. YAZIGI, 2002) Figura 23 - Estrutura do telhado Fonte: Milito (2009) 3. Cobertura A cobertura é a parte do telhado que efetivamente vai fazer a proteção da edificação, ela pode ser feita de telhas de cerâmica, fibrocimento, folhas de alumínio e etc.

Segundo Milito (2009), as telhas cerâmicas são mais utilizadas em obras residenciais, ficando os outros tipos reservadas a obras comerciais ou industriais. É preterida em relação ao método de construção tradicional no Brasil; Limitação de pavimentos. DESEMPENHO Excelente desempenho em geral; Estrutura tem elevada resistência e permite grandes vãos. Costuma apresentar patologias; Estrutura possui elevado peso próprio. Excelente desempenho em geral; Níveis de desempenho podem ser regulados de acordo com a região onde for construído; Possibilidade da combinação de diferentes materiais de isolamento. MANUTENÇÃO Custo de manutenção é baixo em geral. Através do embasamento teórico a respeito do sistema construtivo LSF apresentado neste trabalho, procurou-se compilar informações a respeito de suas particularidades, demonstrando uma visão ampla sobre as etapas construtivas e as vantagens e desvantagens de sua aplicação quando comparado ao sistema construtivo convencional em concreto armado com vedação em alvenaria de blocos cerâmicos.

Um dos objetivos era avaliar se as tecnologias empregadas no na construção do LSF apresentam vantagem sobre o método construtivo convencional, e por  meio  do estudo realizado, evidenciou-se que  a  construção  em LSF  oferece  inúmeros  benefícios  técnicos, como  a redução na sobrecarga estrutural associada a uma elevada resistência, a redução do cronograma, menor geração de resíduos, o alto  grau  de  industrialização, além da durabilidade da estrutura, o que torna o método atrativo tanto para o construtor quanto para o cliente. Ainda, pode-se notar que o sistema construtivo convencional pode ser considerado pouco produtivo, uma vez que demanda de mais tempo para a realização das atividades, além de necessitar de um grande contingente de trabalhadores para a sua execução.

Em contraponto a aplicação também pode ser executada como uma alternativa para casas com um padrão mais elevado, onde se preza por outras variáveis além da econômica. Neste caso, o sistema pode se destacar pela flexibilidade quanto ao projeto arquitetônico, capacidade de vencer vãos maiores, pela possibilidade de aumentar o isolamento térmico-acústico entre ambientes além da rápida execução, facilidade de manutenção e o acabamento alcançado. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS- NBR 15253:Perfis de aço formados a frio, com revestimento metálico, para painéis reticulados em edificações – Requisitos gerais. Rio de Janeiro, 2005. p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15253: perfis de aço formados a frio, com revestimento metálico, para painéis reticulados em edificações – requisitos gerais.

AZEREDO, Hélio Alves. O edifício até sua cobertura. Ed. São Paulo: Editora Edgard Blücher, 2012. f.  Curso sobre patologia das estruturas de concreto.  Concreto & Construções, São Paulo, v. n. abr. mai. com. br/sites/default/files/treinamentos/pdf/apostila-construcao- industrializada. pdf>. Acesso em 13 maio de 2020. BRITO, José Luis Wey de. d. BRUNA, P. J. V. Arquitetura, Industrialização e Desenvolvimento. Acesso em: 05 maio. CENTRO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO EM AÇO. Guia do construtor em Steel Framing. Disponível em: <http://www. cbca-acobrasil. n. p. –52, nov. CRASTO, R. C. Rio de Janeiro: IBS/CBCA, 2006. p. Série Manual da Construção Civil). FREITAS, A. M. inovabh. com. br>. Acesso em: 06 maio. MILITO, José Antonio. V. F. Sistemas construtivos tipo light steel frame para unidades habitacionais: aspectos relativos a durabilidade.

Revista Téchne, São Paulo, v. n. Steel Framing: engenharia. Rio de Janeiro: IBS/CBCA, 2000. p. Série Manual de Construção em Aço). RODRIGUES, Francisco Carlos. de Light Steel Framing como alternativa para a construção de moradias populares. In: CONSTRUMETAL. ª edição, 2010, São Paulo. Congresso Latino-Americano da Construção Metálica. Disponível em: <http://www. SANTIAGO, A. K. FREITAS, A. M. S. A. CRASTO, C. M. Steel Framing: arquitetura. ed. n. p. –58, jun. YAZIGI, Walid. A técnica de Edificar, 4a edição Editora Pini.

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