REVISADO.TCC_PARTO_HUMANIZADO

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Enfermagem

Documento 1

Metodologia: Revisão integrativa de literatura, na qual foram encontradas 11 publicações que versaram sobre a temática, nas bibliotecas virtuais Google Acadêmico e Scientific Electronic Library Online. Resultado e Discussão: Nas publicações analisadas evidenciou-se que a humanização da assistência ao parto se dá por meio de apoio psicológico as gestantes, além da indução natural a parturição, como também o não uso de métodos invasivos e procedimentos farmacológicos desnecessários. Destacou-se aspectos em torno do protagonismo da gestante durante a parturição. Conclusão: Em síntese, o estudo mostrou à necessidade de se repensar as configurações das unidades de saúde, principalmente, com relação à obstetrícia, e o lócus da enfermagem dentro de tal contexto.

Nesse sentindo, as boas práticas de enfermagem encontrada dizem respeito a garantir o protagonismo da gestante durante a parturição, evitar métodos invasivos, ofertar apoio moral e psicológico e induzir a uma parturição de forma natural. INTRODUÇÃO Humanização da assistência ao parto não consiste em uma terminologia tão, demasiada, recente, pensar sobre tal termo diz respeito em lançar olhar acerca de duas questões: O papel da mulher na parturição e os mecanismos e posturas que se pode assumir para garantir que esse momento não se limite a um conjunto de procedimentos médicos pelos quais as gestantes perdem seu protagonismo. Fazendo um percurso pela história da humanidade, percebe-se que o parto era tido como um acontecimento feminino, no qual, por meio de institutos e experiências somáticas, as mulheres entravam em reclusão quando estavam próximas a darem à luz.

Com o surgimento das parteiras, pode-se falar do primeiro momento de assistência ao parto, no qual essas mulheres, através de conhecimentos empíricos, procuravam ofertar auxílio às gestantes (CORALO, 2010). Já no século XX, surgem à ginecologia e obstetrícia, e o parto passa a ser cum acontecimento institucionalizado, a mulher deve ser assistida por um profissional qualificado desde o pré-natal até o pós-parto. Com relação ao Brasil, a partir do Programa Nacional de Humanização Hospitalar (PNHAH), de 2000, e o Programa Nacional de Humanização, percebe-se a necessidade de se repensar o atendimento de saúde. Em virtude disso passa a surgir às primeiras parteiras, que consistiam em mulheres com conhecimentos embasados no empirismo e atendiam a domicílios para ajudar as gestantes no processo do parto (SANTOS 2009 APUD FARIAS, 2010).

A partir do século XVII acontece a introdução dos cirurgiões na obstetrícia, marcando a assistência ao parto; no entanto, não existia, de fato, ginecologia e obstetrícia enquanto especialidade médica. Por volta de 1880, passa-se a ter um modelo de atenção ao parto, no qual as mulheres são impulsionadas a procurarem tal tipo de serviço. Pode-se falar de uma institucionalização da gestação e maternidade, uma vez em que as instituições de saúde começam a trabalhar através de uma imagem que assegurava tanto os cuidados com as gestantes quanto com os bebês (SILVANI, 2010). Apenas no Século XX, a institucionalização do parto é efetivada, principalmente, no que diz respeito à criação de instituições públicas para prestar esse tipo de assistência.

Para Possati (et al. a institucionalização a parturição colocou as gestantes em segundo plano. Dessa forma, na humanização da assistência do parto existem determinados entraves, uma vez em que se percebem as mulheres acabaram por serem separadas de suas famílias, como também submetidas a determinadas normas sem que exista esclarecimento acerca dos procedimentos. Caus (et al. destaca dois pontos centrais: que as questões inerentes ao acesso a serviços públicos, como a peregrinação do leito, que consiste em um tipo de distorção quanto à infraestrutura que as unidades de saúde dispõem para atender a demanda de gestantes. Entende-se que a grande preocupação se refere a reformular a concepção de humanização da assistência do parto, de modo a que se possa garantir que a mulher será a protagonista, e não se limitar a um conjunto de regras e normas que procuram institucionalizar o momento de parturição a apenas um procedimento.

METODOLOGIA Com relação à natureza desse estudo, o mesmo trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Essa modalidade de revisão apresenta por base o levantamento de dados, através de livros, revistas, artigos, trabalhos de conclusão de curso, monografias, dissertações e qualquer material relacionado à bibliografia (LAKATOS, MARCONI, 2003). De acordo com Souza, Carvalho (2010), a revisão integrativa da literatura possui seis etapas, que são as seguintes: elaboração da pergunta norteadora; busca ou amostragem na literatura; coleta de dados; análise crítica dos estudos incluídos; discussão dos resultados, e por fim, a apresentação da revisão integrativa. Para o levantamento da revisão integrativa, a partir da pergunta norteadora, inicialmente foi realizado o levantamento de material teórico, para que se pudesse desenvolver a fundamentação do trabalho, definindo os conceitos usados na discussão, além das seleções de produções acadêmicas acerca do tema em questão, para que fosse possível discutir os resultados alcançados.

A partir desse momento serão apresentadas as produções acadêmicas escolhidas para a construção da discussão dos resultados Tabela 1: Síntese dos estudos utilizados no Resultados e Discussão. ANO AUTOR TEMÁTICA OBJETIVO METODOLOGIA RESULTADO 2015 BIET, Delmary; PIRES, Vitória. Assistência Humanizada da Equipe de Enfermagem no Parto. Analisar a assistência da humanização na percepção das gestantes. Pesquisa Qualitativa com Abordagem Descritiva. POSSATI, Andrêssa et al. Significado do Parto Humanizado Para a equipe de enfermagem. Investigar a compreensão dos enfermeiros sobre a humanização do parto. Pesquisa Qualitativa com Abordagem Descritiva. O estudo mostrou que as enfermeiras entrevistas compreendem a humanização da assistência ao parto como uma forma de acolher a gestante de forma integral, levando em consideração métodos não invasivos, garantido o protagonismo da gestante e auxilio em toda a parturição.

A escolha por essas obras se deu ao fato de consistem em pesquisas qualitativas, nas quais a base metodológica se centra em estudos de campo, por meio de entrevistas semiestruturadas com as equipes de enfermagem, objetivando chegar à conclusão acerca de tal temática. A pesquisa de Biet, Pires (2015), foi realizada na região do Vale do Aço, no leste de Minas Gerais, consistiu em entrevistas com 10 mulheres, que havia dado à luz nos últimos 42 dias, com idades mínimas de 18 anos. Por meio de entrevistas semiestruturadas, realizou-se a avaliação da equipe de enfermagem, com relação à humanização da assistência do parto, na perspectiva de tais mulheres. Com relação ao atendimento prestado pela equipe de enfermagem, as falas das entrevistadas denotam uma avalição positiva, afirmando que as equipes prestaram uma boa assistência, quanto ao atendimento inicial, exame de toque, cuidado com o bem-estar das pacientes.

Um ponto interessante diz respeito aos procedimentos não farmacológicos para o controle de dor, no qual as participantes afirmam não terem sido submetidas a procedimentos invasivos; sendo aconselhadas a tomar banhos, conversas contínuas, apoio moral, para que a indução ao parto fosse de forma natural. O ponto central do estudo consistiu em discutir os discursos produzidos pelas equipes de enfermagem. Constataram-se, de início, o que eles compreendiam acerca do termo humanização, e qual relação entre essa terminologia e o parto. Entre as falas dos entrevistados destacam que eles definem tal termo como sendo um conjunto de procedimentos pelos qual se procura valorizar, durante o atendimento, a individualizada, subjetividade e humanidade das gestantes. Quanto às práticas realizadas durante o processo de parto, os enfermeiros consideram a importância de prestar assistência psicológica, induzir ao parto de forma natural.

Colocam-se, ainda, as dificuldades em ofertar esse tipo de atendimento com relação às condições que as instituições de saúde oferecem, assim, compreende-se a importância de se reformulas aspectos administrativos e gerenciais das instituições (MARQUE, DIAS, AZEVEDO, 2006). Dessa forma, pode-se compreender a necessidade de se pensar o modo como a humanização ocorre com relação à estrutura física que as unidades de saúde oferecem (POSSATI ET AL. Em síntese, os estudos aqui abordados mostraram a importância da atuação da enfermagem com relação à humanização da assistência do parto. Percebe-se que ainda que exista um conjunto de adversidades, quanto à estrutura, espaço físico, materiais, os enfermeiros apresentam uma preocupação acerca do processo de humanização, e procura desenvolver uma prática pela qual se possa evidenciar a mulher enquanto protagonista de tal processo, dessa forma, evitando ao máximo os procedimentos invasivos ou que levem as mulheres a serem lesadas.

Assim, a assistência de enfermagem deve presar por auxiliar as gestantes. CONSIDERAÇÕES FINAIS Considerando que as primeiras formas de assistência ao parto surgem com as parteiras, cujo papel tem sido historicamente de auxiliar as gestantes nesse momento. O profissional de enfermagem, ao que foi exposto, apresenta uma rotina um tanto complexa, pois necessita conciliar a infraestrutura que as instituições de saúde oferecem com uma postura de humanização da assistência ao parto, objetivando ofertar um serviço de qualidade. Em síntese, o estudo mostrou à necessidade de se repensar as configurações das unidades de saúde, principalmente, com relação à obstetrícia, e o lócus da enfermagem dentro de tal contexto. Assim, percebeu-se a necessidade de se pensar as políticas de humanização da assistência ao parto de uma forma mais analítica e enfática, principalmente com relação a garantir o protagonismo das gestantes.

REFERÊNCIAS BIET, D. B. br/enfermagemintegrada/artigo/v8/01. pdf> CAUS, E. C. et al. O processo de parir assistido pela enfermeira obstétrica no contexto hospitalar: significados para as parturientes. M. A participação do enfermeiro no parto humanizado: uma revisão bibliográfica. f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel em Enfermagem). Faculdade de Ciências da Educação e Saúde. Disponível em: <www. esp. ce. gov. br/index. DIAS, I. M. V. AZEVEDO, L. A percepção da equipe de enfermagem sobre humanização do parto e nascimento. v21,nª4. p. Disponível em: <http://www. scielo. br/pdf/ean/v21n4/pt_1414-8145-ean-2177-9465-EAN-2016-0366. br/bitstream/handle/10183/28095/000767445. pdf> SOUZA, M. T. SILVA, M. D. Assis. Disponível em: <https://cepein. femanet. com. br/BDigital/arqTccs/0711250820.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem). Escola Superior de Saúde. Mindelo. Disponível em: <http://www. portaldoconhecimento.

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