Bullying nas escolas

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

Lauro Monteiro, o qual começou a pesquisar sobre o tema e realizar pesquisas com várias crianças em várias escolas no estado do Rio de Janeiro através de questionários, onde grande parte dos entrevistados haviam relatado ter sofrido com o bullying pelo menos uma vez na escola. Tal fato se relaciona com a necessidade de autoafirmação dos jovens ocasionando atitudes violentas e preconceituosas. A partir disso, deve-se pensar sobre a importância de abordar o assunto nas escolas e principalmente em casa com o auxílio dos pais. Atualmente, pode-se dizer que os estudos sobre o tema são escassos, no entanto dados de uma pesquisa realizada pelo IBGE no ano letivo de 2009 trazem que grande parte dos alunos sofreram bullying, enquanto o restante vivenciou pelo menos uma situação violenta no mesmo período.

Dentro do assunto, comparando as mesmas pesquisas,em edições mais recentes (2012 e 2015) pode-se observar que a porcentagem de casos relatados aumentaram com o passar dos anos. Estudos sobre a violência no Brasil começaram a ser feitos em 2000 pelo pediatra Dr. Lauro Monteiro, mas o termo “bullying” foi chegar no país apenas em 2004. Ele desenvolveu campanhas antibullying com questionários em nove escolas no Rio de Janeiro e os resultados colocou em um livro ,chamado ​“Diga não ao Bullying : Programa de redução do comportamento agressivo entre estudantes”​, de seus parceiros, Dr. Aramis Antônio Lopes Neto (Pediatra) e Lucia Helena Saavedra (Psicóloga e Psicopedagoga) , que o auxiliaram nas pesquisas. A partir desse início, alguns trabalhos foram publicados sobre o tema, mas atualmente existem poucos estudos sobre o bullying no Brasil.

Aí, começaram apelidos de baleia, bicho, dragão. Como era uma cidade pequena, tinha pouca gente na escola. Todo mundo sabia. As pessoas riam de mim. Os meninos falavam e outros achavam graça. Não tinha coragem de contar para os meus pais. Queriam parecer que era normal, que não acontecia nada. ” (G1 PORTAL EDUCAÇÃO,2011). Assim como Caroline, Sérgio de 17 anos relata no livro “ Bullying, mentes perigosas nas escolas” de Ana Beatriz Barbosa Silva, sobre um acontecimento em sua vida quando conseguiu uma bolsa de estudos em um colégio particular, por onde estudou durante três anos de sua vida acadêmica. “Eu estudava num colégio particular e por três anos fui zoado pelos meus colegas de turma e por outros que frequentavam a escola.

Isso rolava de mão em mão por todos os alunos da classe. Até hoje ouço aquelas gargalhadas ecoando na minha cabeça e os insultos : “Cai fora seu pangaré! Vai procurar sua Turma!”. Eles se divertiam às minhas custas e me evitavam como se eu tivesse uma doença contagiosa. Até que um dia eu não aguentei mais; eu estava com tanta raiva que passei a agredir os garotos e as meninas de outras turmas bem mais jovens que eu. Eu perseguia, ameaçava, fazia um montão de coisas que sei que não eram legais, mas foi a única forma que encontrei para me vingar. A partir desses depoimentos, percebe-se que o bullying pode se tornar um ciclo vicioso onde a violência pode gerar ainda mais violência, se tornando um problema ainda mais grave.

E na maioria das vezes, e escola não se atenta para a situação, ou quando percebe o que está acontecendo dentro do ambiente escolar, não toma medidas importantes para a resolução do problema, como no caso de Caroline, quando a professora apenas chamou atenção da turma e não entrou em contato com os seus familiares. Uma pesquisa feita em 2015 pela PeNSE ( Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar ) teve como objetivo estudar sobre os fatores relacionados com a prática do bullying nas escolas , e os resultados obtidos foram que a prevalência dos agressores ( cerca de 19,8 % ) são do sexo masculino ( 24,2%) ,estudantes de escolas particulares e filhos de pais com alta escolaridade. Além disso, foi comprovado que a prática do bullying se relaciona principalmente com agressores que fazem uso de álcool ,cigarro, são menos frequentes no ambiente escolar, não possuem amigos, são vítimas de agressões físicas em casa ( 33,98%) e não possuem assistência familiar adequada.

Outra pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2015, com o objetivo de estudar o número de vítimas que sofreram bullying, teve como resultado que os relatos das vítimas dessa violência no ambiente escolar aumentou com o passar dos anos. Então, o papel dos pais são muito importante quando se quer combater esse fenômeno,em saber filtrar as programações e educar bem os seu filhos para que eles entendam que nos dias atuais existem diferenças que precisam ser respeitadas, sejam elas físicas , sociais ou econômicas. Além disso, a escola deve trabalhar em conjunto com os familiares, abordando temas sobre a desconstrução do preconceito e empatia com o próximo na forma de palestras ou rodas de conversas, assim como deve realizar atividades e dinâmicas em grupos onde a formação é feita por sorteio, com o objetivo de aproximar os alunos e reduzir a prática do bullying, prevenindo uma sociedade mais agressiva e violenta.

Conclusão Sabendo que o bullying está crescendo a cada dia e ocorrendo de maneira mais frequente, a necessidade de falar sobre o tema em casa e na escola se faz extremamente necessária, e que as duas partes devem trabalhar juntas para uma melhor preparação do jovem e a promoção de uma sociedade mais aceita com as diferenças, seja ela baseada na forma física, tom de pele ou qualquer outra característica física, social ou cultural do outro. Foi possível entender também as principais causas da prática do bullying ,e que esse fenômeno é um ciclo vicioso. A partir disso, o trabalho mostrou a urgência em que o problema precisa ser abordado e o que deve ser feito para evitar a prática do mesmo, uma vez que pode causar consequências e problemas sérios a longo e a curto prazo tanto para o agressor quanto para a vítima, como a mudança de comportamento, depressão , além de que também pode ser fatal.

DA SILVA,Jorge Luiz. ABADIO DE OLIVEIRA,Wanderlei. RUSCITTO DO PRADO,Rogério. CARVALHO MALTA,Deborah. ANGÉLICA LOSSI SILVA,Marta. globo. com/jornal-hoje/noticia/2016/08/casos-de-bullying-nas-escola s-cresce-no-brasil-diz-pesquisa-do-ibge. html​> Acessado em 20/08/2019. NOGUEIRA,Fernanda. ARAÚJO, Alex. MELLO,Flávia. SILVA,Marta. ALVES CARVALHO LOPES SILVA,Marta MALTA,Deborah. PORTO,Denise. Maria. ed. São Paulo: Globo,2015.

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