PRINCIPAIS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES EM MULHERES

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Administração

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Orientador2 RESUMO Trata-se de uma pesquisa quantitativa realizada a partir da análise de 23 trabalhos científicos que abordaram sobre alguns dos principais fatores de risco cardiovascular em mulheres, com a finalidade de verificar quais as possibilidades de minimizar esses riscos, identificando as possíveis variáveis previamente. Na análise dos dados verificou-se que 100% dos artigos fazem alguma referencia sobre os fatores de risco que podem ser modificados, bem como alguns hábitos de vida que podem ser substituídos por hábitos mais saudáveis, a faixa etária mais estudada por 45% de todos os artigos foi de mulheres com idade a partir dos 40 anos quando iniciam o processo do climatério para entrar na menopausa, os outros artigos estudados trataram de forma geral independente de gênero ou idade acerca de quais seriam os fatores de risco para o indivíduo desenvolver doenças cardiovasculares (DCVs), corroborando assim para a construção deste trabalho.

O presente estudo permitiu conhecer melhor os fatores de riscos e os hábitos capazes de desenvolver as DCVs, para que os profissionais de saúde possam promover ações em seu cuidado, permitindo a enfermagem traçar medidas que possibilitem a informação voltada para a prevenção dessas doenças, viabilizando uma melhor qualidade de vida as mulheres e a toda população. Descritores: Mulheres, Climatério, Menopausa, Doenças cardiovasculares, Fatores de risco, Hábitos de vida. ABSTRACT This is a quantitative research based on the analysis of 23 scientific papers that addressed some of the main cardiovascular risk factors in women, in order to verify the possibilities of minimizing these risks, identifying possible variables previously. Os modificáveis estão relacionados aos hábitos e o ambiente, os não modificáveis estão ligados diretamente a fatores biológicos e/ou genético que pode ir desde as causas hereditárias, a idade e o gênero4.

Entre os fatores modificáveis estão: o colesterol que é uma gordura que circula no sangue, no entanto existe o chamado colesterol bom que é o HDL e o mau que é o LDL este último se tiver um acumulo nas aterias provoca doenças como infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral; Outro hábito que também pode provocar estas doenças é o tabagismo, pois o tabaco contribui com a diminuição da elasticidade nas paredes das artérias e o seu endurecimento; Outra gordura encontrada no sangue é o triglicerídeo, se o valor dele estiver elevado torna-se um fator de risco para as DCVs, mas que pode ser revertido através da alimentação saudável e com caminhadas; A hipertensão arterial é outro fator classificado como modificável apesar de ser uma patologia crônica, pode ser controlada com medicamentos e uma alimentação saudável; O diabetes também é uma patologia crônica, que ocorre quando o organismo não produz quantidade suficiente de insulina para controlar o nível de açúcar no sangue, por tanto se torna mais um fator de risco para as DCVs, mas que pode ser controlada ou evitada com hábitos de vida saudáveis, cuidado com a alimentação e atividade física; A obesidade é considerada a grande epidemia do século, e também esta ligado ao estilo de vida sedentário e de uma má alimentação, por tanto é um fator de risco modificável.

Os fatores não modificáveis são a idade, o sexo e o histórico patológico na família4. Com relação ao sexo, estudos apontam que as mulheres após a menopausa têm maior risco cardiovascular que as mulheres que estão em idade reprodutiva, no entanto nas mulheres de modo geral independente de idade ou fase tem aumentado esse risco devido ao fumo, álcool e má alimentação. Outro fator não modificável e que requer cuidado é a questão genética, onde existe a probabilidade para desenvolver doenças cardiovasculares, uma vez que já existam casos na família. Através de orientações mais especificas durante as consultas medicas, o profissional pode enfatizar sobre os fatores de risco, principalmente os modificáveis que pode desencadear as DCVs, conscientizar o quanto é importante reduzi-los por meio da inclusão de hábitos saudáveis no cotidiano, como a prática de exercícios físicos.

Dados do Ministério da Saúde apontam que 53% das causas de óbitos em mulheres com mais de cinquenta anos são em decorrência de infarto agudo do miocárdio (IAM) e acidente vascular encefálico (AVE) e apenas 4% dos óbitos estão ligados ao câncer de mama9. Estudos demonstram que um terço das mortes devido a DCVs no Brasil acontece entre os adultos com faixa etária de trinta e cinco a sessenta e quatro anos. Dentro desta faixa etária ocorrem principalmente doenças isquêmicas do coração, cerebrovasculares e de hipertensão, lembrando que na maioria das vezes poderiam ser evitadas10. Entre as DCVs, a hipertensão arterial é mais um terrível fator de risco para complicações cardíacas e cerebrovasculares3, é avaliado como um problema mundial de saúde pública.

Ressaltando a importância de direcionar os estudos para o grupo das mulheres que estão no processo de menopausa visando à prevenção já que este é um grupo vulnerável as doenças cardíacas. Diante do exposto, o presente estudo é de relevância para o meio acadêmico, pelo fato de existirem ainda poucos trabalhos que abordem de modo específico quais os principais fatores que oferecem risco de doenças cardiovasculares em mulheres. Partindo do pressuposto em que o gênero feminino tem uma incidência maior com relação aos fatores de risco e a elevada prevalência de óbitos por doenças cardiovasculares, fica evidente a necessidade de compreender a particularidade de cada um destes fatores, ou seja, saber mais sobre o risco que cada um destes fatores representa, para que assim seja possível promover ações preventivas, principalmente nos fatores de risco passíveis de mudança.

Assim, é relevante responder a pergunta da pesquisa: Quais são os principais fatores de doenças cardiovasculares em mulheres? OBJETIVO Revisar a literatura sobre os fatores de risco cardiovasculares em mulheres. Tipo de estudo. Figura 1: Fatores de risco cardiovascular Quanto ao número de óbitos por DCNT (Doenças Crônicas Não Transmissíveis) de acordo com as estatistícas percebeu-se que as DCVs apresentam um número maior, com aproximadamente 40,9% dos casos, seguido por 20,6% de outras doenças crônicas, 23,3% de neoplasias, 8,2% de doenças respiratórias e 7% de diabetes melittus, conforme os dados da Figura 2. Dos artigos estudados foram de casos de adultos de 29 a 65 anos ou mais de ambos os gêneros, sendo a menor idade que todos os artigos abordaram foi de 20 anos e a maior de 101 anos.

Figura 2: Óbitos por DCNT (Doença Crônica Não Transmissível) Os dados da Figura 3, foi baseado em um estudo elaborado para avaliar o impacto econômico das DCV com base em dados públicos do sistema de saúde brasileiro, dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), dados de faturamento aprovados de internações por DCVs no SIH-SUS (Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde). Conforme é possível observar na figura existiu um acréscimo de 3% da população no decorrer destes cinco anos. Os dados apresentam uma queda no número de internações clinicas por DCVs, no entanto apresenta um aumento nas internações cirúrgicas de 5% e os números de óbitos por doenças cardiovasculares entre 2010 e 2015 no Brasil totalizou 28%.

de 27/07/2006 Dispõe sobre a distribuição gratuita de medicamentos e materiais necessários à sua aplicação e à monitoração da glicemia capilar aos portadores de diabetes inscritos em programas de educação para diabéticos Portaria nº 2. de 10/10/2007 Define elenco de medicamentos e insumos disponibilizados pelo SUS, nos termos da Lei nº 11. de 2006, aos usuários portadores de diabetes mellitus Portaria nº 1. GM/MS, de 01/08/2008 Política Nacional de Regulação do SUS Portaria nº 992/GM/MS, de 13/05/2009 Política Nacional de Saúde Integral da População Negra; Portaria nº 4. GM/MS, de 30/12/2010 Estabelece as diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do SUS Portaria nº 4. Com relação ao gênero, vale ressaltar que para a mulher a chegada da menopausa é um fator de risco a mais19.

Em se tratando do perfil genético vale salientar, que existe um importante fator de risco antecipado em parentes de primeiro grau para doenças arteriais coronarianas (DAC) em mulheres com idade inferior a 65 anos20, 21. No que se refere à etnia, a raça negra possui uma elevada predisposição a ter HA, diabetes e obesidade. Por tanto a raça negra é pro si um fator determinante de alto risco de ocorrência cardiovascular22. Nos artigos estudados podemos perceber que alguns fatores também requerem atenção, são os fatores de risco controláveis e os hábitos de vida que podem ser mudados. ed. São Paulo: Planmark; Rio de Janeiro: SOCERJ - Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro, 2017. Pág. Alexandre ERG, Lima SMRR, Aldrighi JM.

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