Buscar Abrigo na Caixa de Pandora , ou medo, segurança e a cidade

Tipo de documento:Projeto de Pesquisa

Área de estudo:Religião

Documento 1

Segundo Freud, a sociedade, que é representada em seu texto por civilização, produz um mal-estar nos seres humanos, decorrente da dualidade entre os impulsos pulsionais e a civilização. “ Portanto, para o bem da civilização, o indivíduo é oprimido em suas pulsões e vive em mal-estar”, desta forma, o homem anula o ser individual em prol da coletividade, pois o indivíduo só produz quando não está exercendo sua sexualidade, seus instintos naturais pela busca a felicidade. Freud observava a sociedade moderna, o mundo do ponto de vista iluminista que partia de três pressupostos básicos; Universalidade, individualismo e autonomia. Esta modernidade buscava se dirigir a todos os homens, sem diferenças religiosas e culturais, por outro lado levou o indivíduo como um ser concreto e acreditou na autonomia de pensamento, acreditou que o ser humano poderia pensar, livre das religião ou pelas ideologias centralizadas.

Em 1968 surgia a pós- modernidade, marcada por manifestações sociais não voltadas propriamente para a política, mas para a liberdade do homem como indivíduo livre de pensamentos. Previa que através das mudanças e inovações tecnológicas, era possível criar monopólios temporários, para Max a tecnologia era um elemento Endógeno das relações produtivas, ou seja esses seriam responsáveis por mudanças relevantes, de dimensões inimagináveis à época, é sobre tais mudanças que a dialética do livro se apoia, trazendo exemplos claros da manifestação da liquidez em diversos pontos da vida na sociedade. No capítulo quatro,​"Procurando refúgio na Caixa de Pandora - ou medo, segurança e a cidade" ​(fl. o autor traz o medo como um produto de grande potencial no mercado de consumo.

“Tal como o dinheiro líquido pronto para qualquer tipo de investimento, o capital do medo pode ser dirigido a qualquer tipo de lucro, comercial ou político” (fl. Basta um passeio curto na cidade para descobrir o novo empreendimento do ano, condomínios luxuosos que trazem a comodidade e tudo que você precisa num só lugar, assim você não precisa se dar o trabalho de sair da sua zona de conforto, onde a segurança é prioridade, muros altos e cameras de vigilancia registrando tudo, acabando com sua privacidade mas te dando em troca plena segurança de que na sua pequena ​“ilha” você está seguro. e esse sentimento que toma as grandes cidades pelo mundo pode ser observada na arte e cultura urbana projetada por seus indivíduos. na música “Não existe amor em SP” do compositor e músico Criolo, é possível notar a rotina descrita na grande São Paulo, uma das maiores cidades do país, “Não existe amor em SP, um labirinto místico, onde os grafites gritam, não dá pra descrever.

Numa linda frase de um postal tão doce, cuidado com doce, São Paulo é um buquê, Buquês são flores mortas num lindo arranjo, arranjo lindo feito pra você. Na música, o cantor fala da falta de amor nas cidades, falta de sentimentos para com os outros, e para Bauman esse fenômeno ocorre pelo sentimento de medo, ainda que o indivíduo consiga se socializar, aceitar as diferenças e ignorar a insegurança, esta ainda não seria a solução, pois tranquilidade não é solução mediante o caos. “A alternativa à insegurança não é a benção da tranquilidade, mas a maldição do tédio”. O fato é que vivemos estimulados de informações constantes, e que não temos tempo para internalizar estas, temos acesso ao conhecimento mas não a sabedoria.

A modernidade líquida traz uma nostalgia danosa, que impede que eu sonhe com o futuro , idealizando o passado, pois “na minha época” as coisas eram estáveis, as pessoas se respeitavam e não viviam sem metas, apesar de não ser uma verdade absoluta.

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