Jung e o livre arbítrio: o processo de individuação pode nos fazer livres?

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Gestão de crédito

Documento 1

A partir disso, buscou-se na literatura de Carl G. Jung relações sobre o livre-arbítrio e a capacidade do processo de individuação em torna-nos livres. Palavras-chaves: livre-arbítrio; liberdade; individuação; inconsciente; determinismo. Resumen: El tema del libre albedrío se ha discutido durante muchos años, y se han planteado hipótesis sobre cuán libres somos realmente con respecto a nuestras elecciones. Hay aquellos que informan que tienen opciones totalmente determinadas (por qué o quién es un misterio), pero también hay aquellos que informan que no hay determinismo sino una libertad total sobre quiénes somos y qué estamos buscando. Mas se passarmos para o outro extremo da história, e nada for determinado? Se for assim, nossas escolhas são obra do acaso, não há gatilhos, não há motivações, as possibilidades de escolha simplesmente possuem a mesma chance de serem escolhidas.

Não há gostar mais ou menos de algo, uma vez que as escolhas são simplesmente feitas ao acaso. Como em um jogo de cartas, onde você não escolhe as cartas que são dadas a você, elas apenas lhe são entregues e você joga com elas. Porém nessa linha de pensamento até mesmo o jogo é feito ao acaso (Nagel, 2001). Contudo, se não aceitarmos que todas nossas escolhas são obras do destino – poderoso e impiedoso – e muito menos que toda a nossa vida é feita totalmente pelo acaso, o que nos sobra? Há outra hipótese que destaca a psique do indivíduo. Os fatores inconsciente regem não apenas o indivíduo, mas toda a humanidade. Nosso pensamento ocidental tende a considerar apenas a realidade provinda das causas materiais, contudo isso se configura em uma grande erro, uma vez que somos subjugados por um mundo criado pela nossa psique.

A realidade que experimentamos é intimamente ligada à nossa realidade psíquica. A psique é um organismo vivo, muito maior que o ego e a vontade (Zimmermann, 2011). É nesse contexto que a fantasia da liberdade absoluta torna-se inerente ao indivíduo. Evidentemente o ser humano não é Deus, as possibilidade do ser humanos são muito limitadas (Jung C. G. Sendo assim, naturalmente a busca pela consciência ilimitada se caracterizaria como uma busca a ser semelhante a Deus (que se mostra como o Onisciente). Mesmo se esse nível de consciência fosse possível, o indivíduo deixaria de ser apenas um ser humano no momento em que adentrasse a liberdade absoluta (Jung C. G. O processo de individuação é o responsável pelo desenvolvimento dessas potencialidades para a realização do nosso “vir a ser”.

É a particularização do indivíduo em relação ao coletivo, a diferenciação que objetiva o desenvolvimento da personalidade individual do ser (Jung C. G. Ser individuado é diferente de ser individualista, uma vez que o individualismo propaga um indivíduo sem associação com o coletivo, a individuação fala de um indivíduo que se despe das máscaras de sua persona – face como o indivíduo se apresenta a sociedade e ao mundo exterior a si – e caminha para o ser autêntico, não se desvinculando do coletivo mas se diferenciando dele. O sujeito que não é individuado vive em uma alienação do Self, onde o mesmo se despoja de suas questões individuais em favor de uma persona, um papel imaginário que favorece um ideal social em relação a aceitação pelo coletivo (Jung C.

G. É de objetivo da individuação que essas questões inconscientes sejam trazidas a consciência e o indivíduo seja capaz de realizar livremente sua potencialidade, porém o ser humano está muito longe de ter alcançado a consciência absoluta – aquela que nos tornaria absolutamente livres. Somos passiveis de expandir nossa consciência durante nossa vida, contudo, o inconsciente se configura em um campo de experiência de extensão indeterminada e desconhecida (Jung C. G. Considerações finais É possível afirmar que o processo de individuação pode tornar o homem livre para “vir a ser” sua potencialidade, uma vez que tem como fundamento a separação do ego e do Self (Edinger, 1972) e traz para a consciência conceitos que estavam até o momento inconscientes (Jung C.

Isso não prediz uma liberdade absoluta, mas prediz uma liberdade plena que nos permite viver a inteireza de nosso ser, e é isso que nos confere um sentido a nossa própria existência (Jung C. G. Referências EDINGER, Edward F. Ego e arquétipo. São Paulo, Cultrix. I). Petrópolis, Vozes JUNG, Carl G. O Homem e seus Símbolos. Rio de Janeiro, Harper Collins JUNG, Carl G. Cartas de C. Martins Fontes, São Paulo. ZIMMERMANN, Elisabeth (2011) Corpo e individuação. Petrópolis, Vozes.

1201 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download