A Importância do Brincar na Educação Infantil

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

Para que isso seja possível, os educadores se utilizam de brincadeiras, jogos em sala de aula sempre que exista a possibilidade, ressalta-se que muitas vezes se utilizam de espaços não adequados. O ato de brincar auxilia no desenvolvimento e na aprendizagem infantil, levando-os a ter um desempenho considerado em diversos aspectos, sejam eles físicos, emocionais e afetivos. Palavras – chave: Brincar, educação infantil, aprendizagem. INTRODUÇÃO A ideia do presente trabalho surgiu da observação da necessidade de se utilizar o ato de brincar de forma frequente nos métodos de ensino com crianças na educação infantil, pois essa forma de ensinar através de jogos e brincadeiras podem possibilitar a criança momentos de aprendizagens, resultando para a criança o aprendizado ao mesmo tempo em que brinca assim, é imprescindível que os educadores atuais adotem essa prática com maior frequência em suas metodologias de ensino, deixando de lado a monotonia de simplesmente escrever e ler, e observar que através do ato de brincar a criança pode de maneira eficiente e rápida se desenvolver.

É importante destacar que trabalhos relacionados ao tema são importantes na medida em que podem contribuir de forma significativa para o estudo das práticas educativas buscando uma melhor compreensão de como as crianças se desenvolvem através das brincadeiras, bem como compreender a importância que as instituições de ensino apresentam perante realidades tão desiguais que vivem as crianças que estão nessa fase da vida que é a infância. Pertinente ressaltar que o ato de brincar auxilia o aprendizado, de forma simples, pois é brincando que o ser humano se torna apto a viver numa ordem social e em mundo cultura e repleto de simbologias que passam a ser ensinados de forma que a criança possa aprender de maneira bem tranquila, o ato de brincar acaba se revelando como o mais completo dos processos educativos, pois proporciona não só o desenvolvimento intelectual, mas também o emocional e o corpo da criança.

De acordo com Kishimoto (2000) a atividade lúdica pode apresentar-se de três formas: O jogo, brinquedos e brincadeiras, em que cada uma dessas atividades possui características distintas, mas semelhantes nas formas de desenvolvimento cognitivo e ao prazer proporcionado por eles. O lúdico faz parte da especificidade infantil e oportuniza a criança no seu desenvolvimento na busca de sua completude, seu saber, seus conhecimentos e suas expectativas de mundo. Por ser importante para as crianças, a atividade lúdica e suas múltiplas possibilidades podem e devem ser utilizadas como recursos de aprendizagem e desenvolvimento. Destarte, a prática do brincar, traz as crianças, sensação de satisfação nas quais elas aprendem enquanto brincando, e através disso melhoram também seus aspectos físicos motores e psicomotores facilitando desta maneira seu processo de aprendizagem.

Ademais, o ato de brincar é uma ação voluntária e consciente, tendo por característica ser uma forma de atividade social infantil na qual a criança tem a possibilidade de experimentar novas situações, socializar com outras crianças, administrando desta maneira sua relação com o outro, imaginar, inventar, aprimorar seus conhecimentos e valores culturais, isso tudo obedecendo o ritmo individual e sem precisão nas características que serão adquiridas através de uma determinada brincadeira. Aquele que brinca pode sempre evitar aquilo que não gosta. Se a liberdade caracteriza as aprendizagens efetuadas na brincadeira, ela produz também a incerteza quanto aos resultados. De onde a impossibilidade de assentar de forma precisa às aprendizagens na brincadeira No momento exato em que está socializando com os demais membros da sociedade, através de suas ações a criança passa a observar a ação dos demais, utilizando fatores de trocas de comunicação.

Um bom exemplo, é o que mediante a interação e comunicação com adultos surgem fatores de subordinação e submissão devido a certa coação que o adulto exerce sobre a criança, disseminando seus exemplos ou modelos que geralmente devem ser seguidos. Geralmente o brinquedo fornece uma estrutura ideal para mudanças de acordo com a necessidade, e a criança quando brinca passa a agir como se fosse maior do que realmente é. Neste sentido, Vygotsky (2007) induz que “a aprendizagem surge através do desenvolvimento de funções superiores, e esta se dá por meio da apropriação e internalização de signos que são adquiridos nas situações vivenciadas com o meio em que está inserida”. Desta maneira a ação lúdica possibilita a interação com o meio, e as pessoas, aquisição de conteúdos temáticos, aprende a negociar regras de convivência, proporcionando o levantamento de hipóteses para solucionar problemas e consequentemente, possibilita o acesso a um mundo maior que não alcançariam caso a criança não estivesse em contato com a construção de sistemas de representação, ou que ficasse tendo o cotidiano como foco.

Vygotsky (2007) “em sua teoria criou um conceito visando explicar de que forma a experiência social auxilia no desenvolvimento cognitivo. Este é denominado, zona de desenvolvimento próxima, sendo caracterizada pela distância entre o nível atual e real de desenvolvimento”. Segundo Oliveira (2008, p. a mesma “cita a seu ver, as atividades manuais e intelectuais permitem a formação de uma disciplina pessoal e a criação do trabalho-jogo, que associa atividade e prazer e é por ele encarado como eixo central de uma escola popular”. Vale destacar que a partir do pensamento desses grandes nomes dentro da pedagogia e suas concepções fora do contexto chamado tradicionalista, ocorreu uma renovação do ensino infantil no mundo. No Brasil, este novo conceito chegou por influência americana e europeia, trazendo um novo entendimento e conceito do período denominado de infância e da educação infantil.

Por meio dessa nova visão a criança passou a ser compreendida como sujeito ativo, deixando de ser um indivíduo vazio, no qual seria necessário preencher a mente com informações que no futuro seria aprendido, acumulado, fixado e por fim ensinado quando conteúdos mais considerados mais complicados aparecessem formando assim o conhecimento. Tendo em vista que grande parte dos espaços escolares infelizmente não possui espaço físico adequado. Entretanto um numero considerado de educadores ainda bem comprometidos com a educação buscam formas para driblar esses obstáculos, utilizando o espaço na sala de aula, mesmo sendo pequeno e inadequado conseguem fazer com que as crianças possam desenvolver suas habilidades através de jogos pedagógicos e brincadeiras educativas que valorizam o desenvolvimento social das crianças.

Deve-se ressaltar que os educadores devem quebrar a resistência e deixar que velhos paradigmas sejam vencidos, transformando assim o espaço escolar, em um recinto criativo com uma presença maior das brincadeiras, no qual a criança pudesse desenvolver plenamente sua autonomia. Segundo Kishimoto (2008, p 78) a mesma afirma que: Diante desse cenário, fica a cargo do educador o papel de acompanhar as atividades, bem como promover oportunidades em que a criança possa se desenvolver, através da organização do espaço, da disponibilização de objetos e materiais que possam enriquecer o espaço da sala de aula e torná-lo um ambiente lúdico e de aprendizagem por meio também de brincadeiras. Ademais é importante mencionar que é necessária de forma emergencial uma formação única para os educadores que atuam nas creches e pré-escolas, escolas, Entretanto, apesar da grande diversidade de estudos sobre a importância do brincar no processo de aprendizagem, ainda é difícil para a maioria dos educadores levarem esta realidade para o âmbito escolar.

Ademais, vale ressaltar que é um período de compensação e liquidação, pois o primeiro acontece devido às limitações do indivíduo e de suas incapacidades físicas, motoras e intelectuais na realização de algumas atividades. Muitas são próprias de adultos e as crianças estão impossibilitadas de realizar, porém almejam fazer e para saciar seu desejo utilizam o jogo simbólico e as representações viabilizadas por meio do mesmo. Neste sentido, seu uso se caracteriza como forma de liquidação permitindo ao indivíduo superar seus traumas, medos e demais circunstâncias desagradáveis, pois ao fantasiar encenando um personagem que vivencia essas situações, seus receios são removidos. Neste sentido, destaca-se que a criança quando usa o faz de conta aumenta suas concepções e percepções sobre pessoas, regras, valores, objetos, enriquecendo sua forma de ser, agir, pensar, vivenciando ao desempenhar papéis sociais a absorção de sentimentos e emoções variadas.

Diversos brinquedos proporcionam o faz de conta, contudo, os mesmos aperfeiçoam concomitantemente outras habilidades e aprendizagens. É importante que através das diversas atividades disponibilizadas dentro do ambiente e escolar, os diferentes valores humanos, sociais e culturais comecem começam a ser construído nas crianças, sendo de grande importância trabalhar os aspectos relacionados, principalmente à moral, ética, afetividade, respeito mútuo, solidariedade, cooperação, perseverança, entre outros, auxiliando de forma qualitativa na formação do indivíduo, com objetivo de preparar cidadãos críticos, reflexivos e participativos. Neste sentido importante colacionar o entendimento de Piaget (1990, p 81): A aquisição de valores acontece de forma contínua sendo característico da evolução e formação humana, configurando-se pela maior ou menor importância, valorizando mais uma coisa em relação à outra.

Os valores humanos são internalizados por meio da socialização e experiências vivenciadas ao longo da vida. Quando criança, o indivíduo, está em construção de sua personalidade, e a principal influência sobre ele provêm do adulto e de outras crianças que funcionam como modelos quando possuem atitudes admiradas pelo sujeito em formação. é principalmente ao longo da infância e durante a adolescência que as crianças e os jovens consolidam seu esquema fundamental de valores, quando passam de uma moral heterônoma, segundo a qual são guiados pelas opiniões e normas dos mais velhos (pais, educadores, treinadores) a uma moral autônoma, regida pela opinião própria. As referências bibliográficas possibilitaram observar que os pais precisam refletir sobre a Educação Infantil e sua importância na formação da criança, compreendendo que a aprendizagem acontece por meio de metodologias e recursos amplos, devendo reconhecer o valor das brincadeiras para o desenvolvimento global e não somente uma atividade de recreação, pois através da diversidade de atividades que a internalização dos conhecimentos e informações acontecerá de forma qualitativa.

Outro ponto que foi possível ser observado ao consultar a bibliografia foi o fato de que alguns educadores não possuírem a formação adequada sobre a importância do brincar e sua aplicação visando objetivos estabelecidos e planejados, fato que impede a execução das mesmas de forma significativa, tornando-as mecanizadas e executadas deliberadamente e sem relevância, isto é, com a falta de aperfeiçoamento e conhecimentos voltados a um ensino que valorize e reconheça a brincadeira como ferramenta e recurso pedagógico complexo, as brincadeiras dentro do contexto educacional acontecem como parte de uma rotina organizada sem focalizar o brincar como ato de prazer que traz alegrias, diversão e ao mesmo tempo ensina. Por fim pode-se chegar a conclusão de que é essencial aprimorar as metodologias aplicadas no cotidiano da educação infantil, expondo a importância do brincar.

Cabendo às escolas o papel de promover conhecimento aos pais e educadores através de palestras e encontros, a fim de informar e esclarecer dúvidas sobre como auxiliar na formação do aluno e qual a importância que as brincadeiras possuem, compondo um relacionamento de parceria entre comunidade escolar e família, a fim de uma educação voltada à formação integral e humana das crianças. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANTUNES, Celso. br/ccivil_03/constituicao/constituicao. htm. Acesso em 02 de Jul de 2019. Lei de Diretrizes Base da Educação. Disponível em http://www. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil Brasília: MEC/SEF, 1998. volume 1 BROUGÈRE, Gustavo. Brinquedo e Cultura. Desafios e legislações na educação infantil, 2012.

KRAMER, Sônia. Formação de profissionais de educação infantil: gestão e formação. São Paulo: Ática, 2005. KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Disponível em: <http://fabiopestanaramos. blogspot. com. br/2012/02/brincar-na-escola. html. ZABALZA. Miguel A. Qualidade em Educação Infantil. Rio Grande do Sul: Artmed, 1998.

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