Analfabetismo Financeiro no Brasil

Tipo de documento:Produção de Conteúdo

Área de estudo:Turismo

Documento 1

Mas alguém te ensinou a lidar com a administração do dinheiro. Quando crescemos esse se torna um ponto determinante, pois ao começar a ganhar o próprio dinheiro, muitas pessoas não sabe lidar com ele de forma efetiva e as dividas podem tomar conta de suas vidas, se você não aprender técnicas básicas de gerenciamento do seu próprio capital. Quando se fala de analfabetismo financeiro falamos de um assunto muito sério, uma variável comportamental, que afeta atualmente a grande maioria dos brasileiros. O analfabetismo financeiro no Brasil tem diversas vertentes, ate houve diversos fatos históricos que moldaram nossas atitudes contemporâneas. As pessoas aprenderam a não era seguro, principalmente na fase em que o presidente Fernando Collor congelou as contas de diversos cidadãos, o medo era que o governo podia vir e pegar todos os seus recursos financeiros.

As pessoas usam o cheque especial como se ele fosse uma soma do salário e na verdade ele não é, ele é um recurso disponível de emergência, mas como não somo ensinados a enxergar dessa maneira, acabamos nos endividando cada vez mais, uma divida que nunca acaba. A verdade é que como não aprendemos administração financeira pessoal nas escolas, temos a tendência a achar um assunto fora de questão em nossas vidas. Em vários países do mundo a educação financeira é dada na escola, ainda no ensino básico, e ela é considerado como disciplina curricular, fazendo parte da grade de aulas dos alunos e tendo um peso muito importante, porém no Brasil não há essa cultura e por isso estamos nos transformando num país de endividados.

O fato de ensinar o indivíduo ainda na escola faz com que ele tenha noção de finanças pessoais, como administrar seu dinheiro e como se tornar um consumidor consciente ainda na sua fase de formação de caráter pessoal. VARIÁVEIS SOCIOECONÔMICAS E DEMOGRÁFICAS Em uma pesquisa realizada verificaram que, enquanto alguns estudantes buscavam aprender a gerenciar melhor suas finanças, outros adotavam comportamentos de risco. Em contraste, os autores observa­ram que os pais educam filhas para serem dependentes finan­ceiramente, uma vez que elas recebem mais apoio financeiro de seus pais do que os filhos em idade universitária. Assim, parece que a diferença significativa entre homens e mulheres é explicada pelo fato de que os homens tendem a ver o di­nheiro como poder e acreditam que ter dinheiro vai torná-los mais socialmente desejáveis, enquanto as mulheres parecem ter uma abordagem mais passiva em relação ao dinheiro (Ca­lamato, 2010).

AS CONSEQÜÊNCIAS DE SER UM ANALFABETO FINANCEIRO Segundo Potrich, (2013) A conseqüência da falta de conhecimento sobre o assunto faz com que as pessoas se endividem, deixem de liquidar suas contas em dia e pagam altas taxas de juros em empréstimos para bancos e instituições financeiras. Assalariados incorporam à sua renda nos limites de cheque especial e cartão de crédito, e ficam à mercê de instituições bancarias que conseqüentemente se aproveitam da falta de conhecimento para oferecem produtos que não se enquadram ao seu perfil de cliente, sabemos que muitas vezes, os bancos oferecem empréstimos pra quem já possuem outros empréstimos, e isso é algo que parece insano, afinal você já esta em dívida, e faz uma nova dívida para pagar outra dívida, esse é o cenário mais comum daqueles que já estão com seus recursos financeiros totalmente comprometidos, e por isso que as pessoas não conseguem sair dessa bola de neve que muitas vezes é uma manobra dos bancos, afinal é dessa forma que eles ganham dinheiro (POTRICH, 2013).

Mudar esse padrão de comportamento não é uma tarefa fácil, pois é preciso que primeiramente as pessoas se conscientizem e passem a adotar um padrão de consumo mais consciente, uma mudança de cultura, uma quebra de paradigmas de nosso histórico passado. Também é importante saber o quanto gasta mensalmente, com contas fixas e principalmente realizar o pagamento dessas em dia. Procurar o banco para refinanciar as dívidas existentes também é um fator muito importante, pois através de um bom planejamento para eliminá-las a pessoas pode dentro de alguns meses sair definitivamente do vermelho. Por fim planejar suas compras e não consumir por impulso vai fazer o individuo começar a ter hábitos melhores de consumo e não desperdiçar seu dinheiro com objetos e coisas que não são necessárias.

Após cumprir essas tarefas vem a parte do investimento, pois ao liquidar as dívidas chega hora de passar a guardar uma parte dos seus recursos e constituir uma reserva de segurança para que não volte a se endividar novamente. Mudança de atitude e comportamento são coisas que não aprendemos da noite para o dia, mudar um habito ruim por outro bom é muito difícil, até mesmo porque isso requer vontade, e persistência, mas é plenamente possível melhorar nosso poder aquisitivo se formos mais ponderados quando utilizamos nossos recursos, podemos ter tudo que queremos se souber fazer um planejamento financeiro eficiente e eficaz. Sabemos que existe um esforço de algumas escolas brasileiras para incluir a educação financeira na grade curricular, porém esses projetos ainda estão em estágio inicial, e em alguns casos não são muito estruturados e precisos.

A estabilização monetária trazida pelo Plano Real, aliada ao desenvolvimento do mercado de capitais, e também ao surgimento de novas formas de financiamentos imobiliários e de bens, e à falência da previdência oficial, afinal sem a reforma ou mesmo com ela ainda temos uma longa caminhada a percorrer pois isso é só um começo para quem não teve controle das contas durante muitos e muitos anos, logo colocar a previdência em ordem não será da noite para o dia, bons anos se passaram ate que a sociedade possa ver os reflexos e resultados caso ela seja bem administrada como esta sendo prometido pelos nossos governantes que aprovaram tal reforma, pois somente de ter a corda no pescoço e verificar que o gasto era alto e que para os próximos dez anos não haveria mais recursos para arcar com o rombo que eles resolveram fazer com que o conhecimento e planejamento financeiro sejam essenciais no momento atual, e isso deve se espelhar também na vida cotidiana das famílias brasileiras, pois muitas estão precisando realizar reformas pessoal familiar.

Evidentemente, não se trata de promover, desde cedo, uma cultura de capitalistas, mas pelo contrario, devemos auxiliar nossos pequenos e futuros investidores que são nossos filhos a se engajar no processo de tomada de decisões financeiras, de uma forma mais consciente, dando-lhe conhecimento e ferramentas para que eles possam no futuro administrar suas próprias vidas com mais seriedade e segurança. Educar no presente significa melhores indivíduos no futuro, pelo menos no que diz respeito a finanças pessoais. CONCLUSÃO Esse trabalho teve o objetivo de esclarecer o que é o analfabetismo financeiro, avaliar o indivíduo analfabeto, quais são suas características, como ele se comporta, e principalmente expor o que esta sendo feito pelo governo e pela sociedade para dirimir esse problema, também identificamos aquilo que pode ser feito por conta de cada um para melhorar a sua situação econômica financeira, uma vez que verificamos o alto índice de brasileiros endividados no país.

Vieira, K. M. Ceretta, P. S. Nível de alfabetização financeira dos estudantes universitários: afinal, o que é relevante? Revista Eletrônica de Ciência Administrativa – RECADM, 12(3), 315-334. S. Financial literacy and retirement planning in the United States. Journal of Pension Economics and Finance, 10(4), 509-525 - 2011. LUSARDI, A. Mitchell, O. An analysis of personal financial literacy among college students. Financial Services Review, 7(2), 107-128. CALAMATO, M. P. Learning financial literacy in the family.

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