ANÁLISE DO POEMA: ANIVERSÁRIO

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Zootecnia

Documento 1

Cidade Ano 1. APRECIAÇÃO POEMA: ANIVERSÁRIO No tempo em que festejavam o dia dos meus anos, Eu era feliz e ninguém estava morto. Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos, E a alegria de todos, e a minha estava certa como uma religião qualquer. No tempo em que festejavam os meu anos, Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma, De ser inteligente para entre a família, E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim. Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças. Álvaro de Campos Poesias de Álvaro de campos, Fernando Pessoa. Lisboa: Ática, 1944(imp. BREVE BIOGRAFIA DO AUTOR/HETERÓNIMO Álvaro de Campos, nascido em Outubro de 1890, Lisboa, é um dos principais heterónimos do famoso poeta português, Fernando Pessoa.

O alter ego de Pessoa, teve uma educação normal no liceu, onde posteriormente seguiu os estudos em engenharia, fazendo primeiro mecânica e posteriormente naval. Este heterônimo viajando ao oriente, viagem que ficou registada na obra “Opiário”, trabalhando em seguida no Reino Unido. Na segunda estrofe foca-se na sua inocência infantil, tal afirmação pode ser identificada na análise dos versos “No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,/ Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,/ De ser inteligente para entre a família, E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim. Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças. Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.

Na terceira estrofe existe uma clara manifestação de recordação pelo que foi em tempos idos, há a repetição e o reforço pela saudade da sua família e raízes “Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,/ o que fui de coração e parentesco,/ o que fui de serões de meia-província/ o que fui de amarem-me e eu ser menino/ o que fui- ai meus Deus!, o que só hoje sei que fui. A que distância!. Somam-se-me dias. Serei velho quando for. Mais nada. Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!. ” Em conclusão o heterónimo termina seu poema com um monóstico, reafirmando e a ideia de dor que o poeta passou durante os versos anteriores, “O tempo em que festejavam os meu anos!.

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