Resumo Cirurgia Ambulatorial

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Sociologia

Documento 1

CERATOSE SOLAR/ ACTÍNICA/SENIL Os raios UVB têm maiores efeitos carcinogênicos e os UVA podem apenas aumentar os efeitos lesivos do UVB após os 40 anos de idade. Fatores predisponentes: exposição crônica ao sol e proteção inadequada da pele Acomete: face, antebraço, dorso das mãos e regiões de calvície (áreas expostas) Lesões eritematosas, associadas a escamas aderentes. Medem em geral menos que 1 cm de diâmetro. Algumas são pigmentadas e podem ter extensão periférica e outras podem mostrar hiperceratose acentuada Pode ser: hipertrófica, atrófica, bowenóide, acantolítica ou pigmentada dependendo da alteração histopatológica predominante As lesões tem evolução crônica e podem originar o carcinoma escamoso. O aparecimento de halo eritematoso e infiltração na base pode indicar a transformação maligna Lesões cutâneas menores que 0,5cm podem ser tratadas pela curetagem, eletrocoagulação ou criocirurgia e as maiores devem ser tratadas cirurgicamente a.

CERATOSE DO ALCATRÃO b) QUEILOSES EROSIVAS E GLANDULARES Afecções resultantes da ação traumática das radiações solares (queilose actínica) e da involução da mucosa e semimucosa, localizando-se na borda livre do lábio inferior. São lesões análogas à ceratose solar podendo mostrar áreas de hiperceratose e erosão. A lesão de superfície lisa, atrófica, as vezes escamosa e esbranquiçada, erosiona-se, infiltra-se e comumente é o início dos carcinomas espinocelulares. Metástases (11%). Com frequência, associa-se à queilose glandular purulenta, com infecção crônica de glândulas salivares do lábio inferior, má higiene bucal e tabagismo. As lesões predominam em áreas expostas. Alguns pacientes podem apresentar alterações neurológicas. A doença é progressiva com degeneração acelerada da pele, SN e olhos.

Apresenta 3 estágios: 1º) inicia-se nas crianças entre 1-2 anos, eritema difuso leve, descamação e pequenas áreas de pigmentação semelhantes a sardas 2º) atrofia de pele, pigmentação mosqueada e telangiectasias. Ceratoses solares surgem nas áreas de descamação. Pode acometer grandes lábios, nádegas e região perianal, pênis e escroto (extramamária). g. Doença de Bowen: lesões únicas, aparecem em inidividuos acima de 50 anos, como máculas com margens ligeiramente elevadas, de cor rósea eritematosa ou castanho-escura e cobertas por crostas escamóides, preferencialmente na face e tórax. g. Eritroplasia de Queyrat: afecção rara, acomete glande e prepúcio, mucosas vulvar e bucal. Tratamento: na radiodermite crônica está indicada excisão cirúrgica preventiva das lesões em pacientes com expectativa de vida longa.

b) CICATRIZES VICIOSAS O aparecimento de carcinomas em cicatrizes cutâneas antigas e retráteis é frequente. As lesões mais sujeitas a sofrer malignização as cicatrizes localizadas nos MMII, abrangendo as articulações coxofemoral, joelho e no couro cabeludo com 20 a 40 anos de evolução. A lesão inicia-se com uma leve ulceração durante vários meses, com bordas duras, calosas e em determinada ocasião toma característica vegetante ou úlcero-vegetante. Quase sempre é carcinoma espinocelular, de crescimento rápido, invasivo e metastatizante. As bactérias da flora normal desempenham importante papel. Algumas degradam os ésteres da secreção sebácea em ácidos graxos insaturados que são responsáveis pela destruição de várias espécies bacterianas. Outras produzem antibióticos. Para se obter sucesso no tratamento de infecções, é necessário eliminar condições favoráveis para proliferação bacteriana: retirada de corpos estranhos, ressecção de tecidos desvitalizados, regularização das bordas de uma ferida, eliminação de espaço morto, drenagem ampla das secreções, fechamento secundário dos ferimentos e repouso do segmento atingido.

INFECÇÕES DE PELE E TECIDO SUBCUTÂNEO a) ERISIPELA Celulite superficial da pele que apresenta envolvimento linfático marcante. Em alguns casos ocorre formação de bolhas em torno do 2º e 3º dia que podem ser volumosas e geralmente contem líquido não purulento. A infecção pode se difundir surgindo úlceras superficiais, celulites, abscessos, miosite, fleimão, fasciite necrosante e gangrena. O diagnóstico diferencial deve ser feito com celulite, da qual se distingue pelo aparecimento e maior riqueza de manifestações sistêmicas. Tratamento: 1. Uso de antimicrobiano sistêmico, analgésicos e antitérmicos: Penicilina IM 400. Origina-se por perda de continuidade da pele( ferida aberta, úlcera, ferimento penetrante, laceração, infecção por Tinea pedis). Indivíduos portadores de insuficiência vascular venosa e linfedema são mais susceptíveis.

O estreptococo do grupo A, Staphylococcus aureus e estreptococos dos grupos C, G e B são os agentes. A evolução para abscesso sugere associação do estreptococo com estafilococo. Observam-se sinais de vermelhidão, calor, dor, edema depressível e intumescimento da pele e subcutâneo no local da infecção. Pacientes alérgicos a penicilina podem ser tratados com vancomicina EV 1g de 12 em 12 horas. c) ABSCESSO Infecção localizada no tecido conjuntivo com destruição de tecidos e formação de pus. Constitui complicação de infecções contíguas (erisipela, celulite e hidroadenite supurativa). A presença de tecidos, microorganismo e células fagocitárias destruídas estimula a migração de leucócitos polimorfonucleares para o foco de inflamação, sendo um grande número destruído e indo se juntar ao exsudato, formando o pus.

É uma cavidade cheia de pus separada dos tecidos normais por uma zona (membrana piogênica) onde são intensas a neoformação vascular e proliferação celular. Além disso, permite eliminar a cavidade criada pela lesão, favorecendo cura e possibilitando o alívio acentuado da dor pela diminuição de tensão intracavitária. Quando o paciente não estiver em uso de antimicrobianos, pode-se administrar via EV meia hora antes da drenagem. A técnica de drenagem deve obedecer alguns princípios: 1- técnica cirúrgica asséptica, 2- a escolha da anestesia depende do tamanho e local do abscesso e idade e equilíbrio emocional do paciente. Nos abscessos muito volumosos e localizados em regiões muito sensíveis, a anestesia geral ou o bloqueio troncular são mais indicados.

Nos demais casos, a anestesia local é realizada por infiltração intradérmica de lidocaína, 3- a incisão é realizada no ponto de maior flutuação do abscesso. Tratamento: penicilinas sintéticas penicilinase-resistentes por via EV (Oxacilina 2g EV de 4 em 4 hs). O tratamento cirúrgico reclama o uso de incisões amplas da pele e desbridamento rigoroso dos septos aponeuróticos e bainhas musculares, com objetivo de permitir a drenagem. Os curativos devem ser inicialmente diários. e) PANARÍCIO Infecção supurativa da polpa digital, de origem estafilocócica. f) LINFADENITE AGUDA Infecção de linfonodos geralmente devido a propagação de infecção situada nas proximidades ou a distancia. INFECÇÕES DOS ANEXOS DA PELE a) FURÚNCULO Infecção necrosante de um folículo pilossebáceo produzida pelo S.

aureus. Pode ser causada também pelo estreptococos, E. coli, Pseudomonas aeruginosa e Proteus. Pode ocorrer em qualquer lugar da superfície com exceção das superfícies palmar e plantar, mas tem predileção por áreas ricas em folículos pilosos e sujeitas a fricção e transpiração(cervical, face, axila e nádegas). A evolução é quase sempre favorável. As complicações decorrem do ato de espremer e a disseminação hematogênica pode levar a osteomielite, endocardite ou outros focos infecciosos a distância. Todos os furúnculos da face devem ser tratados com antibióticos sistêmicos e a drenagem cirúrgica deve ser evitada devido a zona perigosa ( que pode produzir trombose do seio cavernoso). A furunculose ocorre pelo ato de coçar que determina a eliminação do pus com reinoculação em pontos vizinhos.

As roupas também podem ser veículos de transmissão. Aplica-se curativo oclusivo que deve ser trocado diariamente. No caso de infecções recorrentes, recomenda-se a profilaxia: antibioticoterapia por 10-14 dias, limpeza da pele com anti-sépticos, lavagem frequente das mãos, uso de toalhas limpas e trocas frequentes de fronhas e roupas íntimas. b) CARBÚNCULO Infecção necrosante de vários folículos pilossebáceos contíguos com acometimento do tecido adjacente. Causado por S. aureus. c) HIDRADENITE SUPURATIVA Doença inflamatória crônica recorrente das glândulas sudoríparas apócrinas. Decorre da oclusão do orifício apopilossebáceo por queratina, com infecção secundária da glândula. A obstrução leva a um aumento da pressão intraductal, com ruptura tubular e extravasamento de secreção apócrina para tecidos vizinhos que favorece a proliferação de bactérias da flora normal da pele.

Os microorganismos mais encontrados são S. aureus, Streptococcus milleri, bactérias gram- e anaeróbios. Deve ser diferenciada do furúnculo e do carbúnculo: não há formação do carnegão ena drenagem ocorre eliminação apenas de pus cremoso. Tratamento: 1- Medidas locais: anti-sepsia, calor úmido, uso de antimicrobianos 2- Tratamento cirúrgico: nos casos mais graves e incapacitantes pode-se realizar a abertura e curetagem dos trajetos fistulosos e excisão local ou radical da área envolvida com cicatrização por segunda intenção. Mesmo com essas medidas pode haver recidiva e é comum o acometimento de novas áreas, tanto próximas ã ressecção quanto em outras regiões. LESÕES PIGMENTADAS DA PELE 1. LESÕES PIGMENTADAS NÃO-MELANOCÍTICAS a) FIBROMA MOLE Também denominado acrocórdon e papiloma fibroepitelial.

Com o tempo torna-se acastanhada, aumenta de tamanho e apresenta superfície rugosa e áspera, de aspecto graxento, podendo se tornar enegrecida. A retenção de massas de corneócitos e ceratina nas criptas epiteliais forma estruturas semelhantes a óstios foliculares, com aspecto de comedões (pseudocistos córneos). Algumas lesões surgem insidiosamente pelo corpo e o aparecimento súbito de inúmeras ceratoses seborreicas em individuo idoso configura o sinal de Leser-Trélat (comumente associado a malignidades internas, constituindo síndrome paraneoplásica) Em indivíduos melanodérmicos, ocorrem frequentemente na face, sendo mais papulosas, numerosas e intensamente pigmentadas (dermatoses papulosa nigra de Castellani) Tratamento: Visto que a lesão é epidérmica, a cirurgia convencional é desnecessária e pode resultar em piores resultados estéticos. A crioterapia com nitrogênio líquido e a curetagem e eletrocoagulação são métodos eficazes.

c) NEVO VERRUCOSO Nevo epidérmico, congênito, caracterizado por lesões verrucosas pigmentadas, geralmente castanho-escuras ou enegrecidas dispostas linearmente em apenas um lado do corpo. NEVOS MELANOCÍTICOS Lesões compostas de células névicas, que tendem a se agrupar em ninhos ou tecas, e de certa forma, isso leva a pensar que elas sejam diferentes dos melanócitos. NEVOS MELANOCÍTICOS CONGÊNITOS Um nevo congênito é aquele que estava presente ao nascimento ou que se desenvolveu nas primeiras 2 semanas de vida e que foi documentado por fotografia ou anotação médica. As células névicas dos nevos congênitos tendem a ocupar praticamente toda a derme reticular. São divididos em 3 categorias: 1- pequenos: aqueles que atingem até 1,5cm de diâmetro e podem ser facilmente extirpados em nível ambulatorial através de exérese e sutura simples, 2-intermediários: entre 1,5 e 20cm de diâmetro sendo necessárias técnicas como enxerto e retalhos para sua retirada, 3-gigantes: tem mais de 20 cm de diâmetro a) NEVOS MELANOCÍTICOS CONGÊNITOS GIGANTES Apresenta possibilidade de malignização.

Geralmente tomam grande parte do corpo, sendo ou intensamente negros ou um pouco mais claros, adquirindo uma tonalidade marrom-escura ou profundamente acastanhada, não raramente coberta por pêlos, com superfície irregular. NEVOS MELANOCÍTICOS ADQUIRIDOS Nevos melanocíticos mais comuns. Surgem na primeira infância, aumentam ligeiramente de número e tamanho ao longo dos 20-30 anos e tendem a diminuir de tamanho e número com a senilidade. a) NEVOS DE JUNÇÃO Lesão maculosa, marrom-acastanhada, marrom escura ou quase negra, não excedendo 6 mm diâmetro, de bordas bem delimitadas e geralmente simétricas. Ocorre no ombro, dorso e MMSS. Na histopatologia, pelo menos um ninho de melanócitos tem que ser observado para que a lesão possa ser diferenciada histologicamente do lentigo simples. São lesões benignas.

Quando essas máculas tem tamanhos maiores que 1cm e mostram tonalidades variadas, com bordas irregulares, podem estar associadas à hiperplasia melanocitica e devem ser extirpadas c) MELANONÍQUIA ESTRIADA Estriação longitudinal de cor escura, variando do marrom escuro ao negro que geralmente ocorre em pessoas morenas. O aparecimento súbito da lesão em um paciente de pele clara deve indicar a biópsia da matriz ungueal para se excluir a possibilidade de melanoma. A hiperpigmentação da cutícula adjacente a meloníquia é um sinal indireto muito importante, comumente relacionado à malignidade (sinal de Hutchinson). NEVO HALO Nevo maculoso ou ligeiramente elevado (nevo de junção ou composto) circundado por halo acrômico ou hipocrômico. NEVOS DISPLÁSICOS OU ATÍPICOS Nevo de Clark: Nevo juncional ou composto ocasionalmente ligado a famílias com história de melanomas.

Pacientes com número elevado de nevos maiores de 1cm, que apresentem características clínicas de assimetria, bordas irregulares e mal delimitadas e cores variadas devem ser cuidadosamente avaliados. Deve-se retirar praticamente todas as lesões pela suspeita de melanoma. LENTIGOS E OUTRAS LESÕES MELANOCÍTICAS Os lentigos simples são lesões benignas, muito comuns. Caracterizam-se por máculas pigmentadas, de cor geralmente uniforme, podendo variar de marrom claro ao quase negro, medindo de 3-5mm diâmetro. Pessoas claras já possuidoras de muitos nevos melanocíticos no corpo e que tenham HP de queimaduras solares na infância, combinado com HF + para melanoma constituem grupo de risco importante (100x mais chance) somente suplantado por portadores de xeroderma pigmentoso (1000x). A maioria surge de novo na pele aparentemente normal.

Existem 2 fases de crescimento: 1- Fase de crescimento radial: mais benigna e o tumor ainda está contido na epiderme e/ou derme papilar. Células malignas não proliferam na matriz extracelular. Pode ficar muitos anos nesta fase (13-14 anos para que um lentigo evolua para a fase de crescimento vertical).  Melanoma nodular: forma mais encontrada. Lesão nodular, ulcerada ou com crosta superposta, completamente preta ou rósea. Pior prognóstico, já revelando metástases quando diagnosticado.  Melanoma amelanótico: raro. Células melanocíticas não produzem melanina. Tumores em couro cabeludo, com ulceração, e com fenômeno de regressão espontânea tem pior prognóstico. Tratamento: 1- Biópsia: deve ser excisional sempre que o fechamento primário for possível e incisional somente em lesões de grande dimensão.

Como a espessura do tumor é importante, a amostra deve conter toda lesão na verticalidade. Deve-se ter certeza do não-envolvimento dos linfonodos antes da biópsia. Tratamento cirúrgico: margens de segurança de 5cm não se justificam mais pois não aumentam a sobrevida. Origina-se de acentuada ceratose da camada córnea cutânea, desenvolvendo-se em indivíduos portadores de ceratose senil ou cicatricial ( ou outras lesões: ceratose actínica, CEC,angiomas, verrugas plantares). A maioria ocorre em áreas expostas (face, couro cabeludo e mãos). Quando localizado no dorso das mãos, cartilagem da orelha ou vermelhidão dos lábios tem origem prémaligna ou maligna. É geralmente assintomático, podendo causar dor ou aumento da sensibilidade local. Tratamento: o tratamento cirúrgico está sempre indicado devido à possibilidade de degeneração.

Tratamento: tratamento cirúrgico é indicado para confirmação diagnóstica, por motivos estéticos ou pela presença de sintomas Acrocórdon Pequena lesão pedunculada ou filiforme, mole, usualmente múltipla, de 1 a 10mm, localizada em região cervical, axilas, tronco, pálpebras ou região inguinal. A lesão tem relação direta com peso, idade e altura. Tem coloração da pele ou são pigmentadas, pedunculadas e sempre moles. Fibroma mole Lesão maior que 10mm, costuma ser solitário e localizado nas regiões axilar e inguinal. TECIDO ADIPOSO a) Lipoma Tumor benigno constituído por células adiposas adultas. TECIDO VASCULAR a) Granuloma piogênico Lesão vegetante, sólida, geralmente pedunculada, friável, íntegra ou exulcerada e recoberta por crosta que sangra ao menor traumatismo.

É geralmente única e apresenta forma globosa ou polipóide e coloração vermelho-viva ou arroxeada, com aspecto semelhante a framboesa. Mais comum em crianças e jovens. Localiza-se nas mãos, extremidades dos dedos e dobras ungueais, em torno das unhas e no couro cabeludo. Geralmente é uma lesão pequena. Tratamento: cirúrgico com ressecção cuidadosa e completa para evitar recidivas (comuns) c) Linfangiomas Erro de desenvolvimento decorrente de excesso de tecido linfático. São classificados em linfangiomas: 1- cístico: aparece no triângulo posterior do pescoço e se estende à fossa supraclavicular. Ocorre em crianças como uma tumefação notada ao nascimento. A massa pode ser transluminada. A regressão, embora rara, leva para o adiamento da cirugia para a idade pré-escolar. Localiza-se frequentemente na cabeça e pescoço.

A lesão é rósea ao nascimento e escurece com o passar dos anos até atingir coloração vinhosa. É unilateral e termina na linha média da cabeça. Cresce somente em proporção ao crescimento do corpo. Não tende a regressão. Tem rápido crescimento neonatal. Na fase involutiva, que ocorre após período estacionário de 1-2anos, o tumor diminui gradualmente de consistência e a superfície brilhante adquire matiz púrpureo apagado. Mais tarde, a superfície da lesão adquire tonalidade acinzentada que se espalha do centro para a periferia. Ao redor dos 5 anos, a cor vermelha desaparece. A pele residual costuma ter atrofia leve, ruga e é ligeiramente mais pálida que a área circunjacente. Acomete a face de pacientes de meia-idade.

Lesão solitária, dolorosa ou indolor, nodular, endurecida, sobre o trajeto de nervos periféricos com a mesma coloração da pele. Tratamento: cirúrgico, faz-se ressecção do tumor e anastomose dos cotos do nervo e nos casos de neuroma de amputação, deve-se ressecar a lesão e tratar o coto do nervo para evitar recidiva. b) Neurilemoma (Schwanoma) Tumor usualmente solitário, que surge na meia-idade, indolor, solido, tamanho variável, localizado na cabeça, pescoço e extremidades. Origina-se de nervos periféricos. Caracterizam-se por nódulos intradérmicos, circunscritos, superficiais ou profundos, de coloração avermelhada, rósea ou branca, pequenos ou formando placas. Aparecem após a juventude em número variável de dezenas a centenas. São dolorosos e sensíveis à pressão.

O tratamento consiste na exérese cirúrgica e quando numerosos pode ser empregada a eletrocoagulação. Leiomioma solitário: deriva das fibras musculares lisas dartóicas ocorrendo no escroto, grandes lábios e aréola mamária. Apresentase como nódulo eritematoso, único ou múltiplo que se localiza preferencialmente na região periorbital. Pode surgir como tumor muscular apresentando-se como masso muscular palpável, não-dolorosa, em pacientes com 40-60 anos. Tratamento: cirúrgico tem bom resultado desde que seja completamente ressecado, senão as recidivas são frequentes. TUMORES DOS ANEXOS DA PELE 3. FOLÍCULOS PILOSOS a) Ceratoacantoma Ocorre em áreas da pele expostas ao sol e em indivíduos de meia idade e idosos (50-69 anos). Na fase de cicatrização, as bordas sofrem retração completa e surge uma cicatriz O diagnóstico pode ser difícil e pode ser confundido com CEC ( origina de lesões pré-cancerosas, em úlceras e cicatrizes de queimadura, tempo de evolução mais longo, tem endurecimento da base, não tem delimitação nítida em superfície e profundidade, tem adenopatia regional e a remoção das massas córneas se faz com certa dificuldade) Tratamento: 1- Cirúrgico: a) Excisão completa +sutura: obtém biópsia adequada, b) Biópsia excisional + cauterização da base, c) curetagen 2- Medicamentos, Radioterapia, Laser, Criocirurgia 3.

GLÂNDULAS SUDORÍPARAS a) Siringomas Tumor benigno de glândulas sudoríparas, usualmente múltiplos, que acometem mulheres. Pápulas de superfície lisa da cor da pele que ocorrem simetricamente, em especial em torno dos olhos. Tem consistência mole e são levemente elevados. Tratamento: eletrodissecção intralesional. d) Hidradenoma Papilífero Raro, ocorre na genitália feminina. Forma nodular, pequenas dimensões e acomete grandes lábios e períneo. Lesão pode ser única, múltiplas, elevada, circunscrita e de cor rósea. Tratamento: exérese cirúrgica ou eletrocoagulação e) Poroma Écrino Nódulo solitário de localização plantar ou palmar derivado do componente do ducto sudoríparo écrino. Nódulo róseo ou vermelho, séssil ou pediculado, que se assenta dentro de uma depressão que o circunda.

b) Lúpias Tumores císticos muito semelhantes aos sebáceos dos quais se diferenciam por não apresentar orifícios. Ocorrem no couro cabeludo, grandes lábios e escroto, onde apresentam como saliências arredondadas, múltiplas e recobertas por camada fina de pele. Tem consistência firme e resultam de formação epitelial névica capaz de produzir substancia que é englobada por tecido fibroso. Tratamento é cirúrgico mas aparecimento de novas lesões é frequente. c) Cisto Sebáceo Resulta da oclusão do conduto de uma glândula sebácea, determinando acúmulo de sua secreção. Assim, o conteúdo é eliminado espontaneamente por volta de 1 semana através da área necrótica que se forma. É pouco doloroso e dispensa anestesia. d) Cisto Dermóide Malformação embrionária, mais comum na região frontal, encontrado na região sacrococcígea, cervical, rafe periana e soalho da boca.

O conteúdo, semifluido ou caseoso, é constituído por ceratina, sebo, pelos. Pode sofrer degeneração maligna. Resulta da falta de maturação dos ceratinócitos, o que leva a um acúmulo de células imaturas no interior da epiderme. São usualmente pigmentadas. A forma mais comum é a de vegetação delimitada, geralmente múltiplas, de cor castanhoescura, consistência mole, forma arredondada ou ovalada localizadas na face e tronco. Tratamento: constitui diagnóstico diferencial mais comum de melanoma maligno. Deve-se fazer exérese cirúrgica e estudo histopatológico. Ocorrem predominantemente entre o 4º e 5º dedo dos pés. Pode ser diferenciado da verruga desbastando-se a pele, já que a aparência desta se torna cada vez mais normal no calo e na verruga surgem minúsculos pontos de sangramento.

Tratamento: retirada do fator irritante, quimiocirurgia (após desbastamento com lâmina de bisturi e amolecimento da lesão por 20 minutos em água morna) TUMORES MALIGNOS DA PELE Do ponto de vista cirúrgico, podem ser classificados em: carcinomas, melanomas, sarcomas e linfomas. CARCINOMAS Neoplasia maligna derivada de células epiteliais da derme e anexos cutâneos, constituindo o tipo de câncer mais comum da pele: 93% dos tumores malignos (68% basocelulares e 25% espinocelulares). A razão homem/mulher é de 0,99/1 para o CBC e 1,37/1 para o CEC. Tem 3 formas: 1- nodular, 2- superficial e 3- infiltrativo. CBC nodular: inicia-se como um nódulo ou pápula perolada, eritematosa, com finas telangiectasias na superfície, apresentando crescimento muito lento. Apresentam ulcerações superficiais e sangramentos que podem regredir ou a ulceração pode tornar-se quase do tamanho do nódulo e dele restarem somente as bordas elevadas que delimitam a úlcera rasa coberta por tecido de granulação.

Os nódulos podem apresentar-se pigmentados, simulando melanoma. São geralmente redondas ou ovais. A segunda variante apresenta superfície com coloração de pele normal e respeita os apêndices cutâneos. Raramente ulcera ou sangra. O CBC localizado costuma ser uma lesão indolente, de fácil erradicação por excisão local. As lesões nodulares são as mais fáceis de curar por terem limites precisos e serem superficiais. O exame histopatológico é fundamental para estabelecer o diagnóstico. Está indicado nas lesões menores que 2cm e com margens definidas. Deve ser evitado em lesões recidivadas. Radioterapia: o CBC é radiossensível. O tratamento é indolor, dispensa cirurgia e evita 2. Carcinoma Espinocelular Neoplasma maligno da pele cujas células tentam mimetizar as células suprabasais da epiderme (células espinhosas).

Os tumores de até 2cm e bem-diferenciados devem ser ressecados com uma margem de segurança de 4mm. Tumores maiores e/ou menos diferenciados exigem margem cirúrgica mínima de 6mm. Se a margem de segurança for insuficiente, nova ressecção deve ser feita para certeza da total retirada da lesão. Os esvaziamentos ganglionares devem ser realizados em caso de metástase para os linfonodos regionais, e os esvaziamentos profiláticos não são indicados. Radioterapia: é usada associada ou não a cirurgia e melhora o prognóstico.

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