A importância dos jogos e brincadeiras para a educação infantil

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

Vale relembrar que brincar é uma garantia constitucional e extremamente importante para as crianças, pois, é através dessas oportunidades educativas que suas necessidades básicas serão satisfeitas e que quando utilizados pelo professor, surgem como apoio no processo de aquisição do conhecimento formal aprendido no âmbito escolar e assim auxiliando na compreensão dos conteúdos ministrados em sala de aula. Palavras chave: Educação infantil. Jogos. Brincadeira. Ensino. Veem-se mudanças nos recursos didáticos, principalmente os das áreas pedagógicas, nestes incluem-se os jogos e as brincadeiras que, quando são usadas de maneira adequada tornam a aprendizagem mais agradável, significativa e prazerosa para o/a educando/a. Em primeiro lugar far-se-á um breve relato do contexto histórico do uso do lúdico na educação infantil, depois a sua relevância para o ensino aprendizagem dos educandos.

Em seguida como alguns teóricos defendem essa pratica tão essencial na vida de uma criança e concluindo como os jogos e brincadeiras poderá ser um excelente instrumento de ensino para o/a educador/a. Contexto histórico dos principais aspectos da educação infantil Fazendo uma abordagem histórica podemos verificar que segundo Brougère (2001), a brincadeira possui um valor educativo de origem ideológica e científica relacionado à história. De um lado, no início do século XIX, o movimento romântico mudou a concepção de que a criança negligenciada passaria a ser vista como pura e boa e mudou também sua compreensão relacionada ao papel da brincadeira. Mas, foi a Constituição Brasileira (1988) que definiu em seu dispositivo legal, artigo 208, inciso IV, a obrigação do atendimento em creche e pré-escola, às crianças de 0 a 06 anos de idade: O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade.

Criou uma obrigação gratuita para todo o sistema educacional, que teve que se equipar para dar respostas a esta nova responsabilidade, a qual foi confirmada pela LDB (BRASIL, 1996). Com todo esse processo de mudança política e social, a educação infantil recentemente tornou-se um direito adquirido das crianças. De acordo com Cabral (2005, p. a educação infantil constitui um espaço “de relações sociais entre os sujeitos, sujeitos históricos e interativos que se constroem em um currículo vivo, permeado de ações e atitudes conceitos e linguagens e interesses”. Brincando a criança cria situações fictícias, transformando com algumas ações o significado de alguns objetos”. VYGOTSKY, 1991, p. Segundo o autor, a criança cria um mundo imaginário, nos quais realizam todos os seus desejos, usando o lúdico a criança demostra o mundo e é onde vivencia suas fantasias.

E os jogos conseguem despertar no educando um grande interesse e atração, pois ao mesmo tempo em que em que está se divertido também está aprendendo e se desenvolvendo. Neste sentido o recurso pedagógico lúdico na aprendizagem deve ser levado de forma séria e responsável e ser empregado de forma correta para oportunizar ao educardor e ao educando momentos de aprendizagem em múltiplos aspectos. Sendo assim, podemo afirmar que a ludicidade do jogo educacional proporciona momentos mágicos e únicos na vida do/a educando/a, porque no instante que se diverte o/a educador/a está em busca de ensina e desenvolve o raciocínio e a criatividade de seu aluno e ainda obter um espirito de responsabilidade diante da situação colocada a ele.

Jogos e brincadeiras para o desenvolvimento físico e psíquico A educação física possui um papel primordial na formação da educação infantil a partir do momento em que considera os jogos e brincadeiras como instrumentos educativos e não somente como um momento prazeroso de caráter recreativo, ou seja, deve servir para incutir normas, conhecimentos, conceitos e construir a criança como um ser social e cultural. Algumas concepções teóricas são bem distintas em relação aos jogos e brincadeiras no processo de ensino e aprendizagem do aluno. Nesse sentido, Antunes (2003) destaca as principais características das teorias de Freud, Vygotsky e Piaget sobre a importância dos jogos e brincadeiras nesse processo. Segundo Vygotsky: o lúdico privilegia a linguagem e o significado no desejo de brincar, mostrando que sem esses recursos seria muito mais áspera a transposição mental, entre os significados e os recursos significantes; Para Piaget: a criança que brinca desenvolve sua linguagem oral, pensamento associativo, suas habilidades auditivas e sociais, além de construir conceitos de relações espaciais e se apropriar de relações de conservação, classificação, seriação, aptidões visuo-espaciais e muitas outras.

Para quem trabalha com crianças, a brincadeira é uma fonte de prazer no dia-a-dia delas. Mas o brincar também tem outras importantes funções no desenvolvimento infantil, como por exemplo, contribuir com seu desenvolvimento físico e cognitivo nos estágios descritos por Piaget (1974, p. que configuram uma etapa de vida ao longo do desenvolvimento do individuo, levando em consideração que: O indivíduo tende a um equilíbrio, que está relacionado a um comportamento adaptativo em relação à natureza, que por sua vez sugere um sujeito de características biológicas inegáveis, as quais são fonte de construção da inteligência. O desenvolvimento e caracterizado por um processo de sucessivas equilibrações. O desenvolvimento psíquico começa quando nascemos e segue até a maturidade, sendo comparável ao crescimento orgânico: com este, orienta-se, essencialmente, para o equilíbrio.

desde muito cedo o jogo na vida da criança é de fundamental importância, pois quando ela brinca, explora e manuseia tudo aquilo que está a sua volta, através de esforços físicos se mentais e sem se sentir coagida pelo adulto, começa a ter sentimentos de liberdade, portanto, real valor e atenção as atividades vivenciadas naquele instante. Dessa maneira o/a educador/a se torna peça fundamental nesse processo. Educar não é apenas repassar informações ou apenas mostrar um caminho, mas é algo muito mais amplo é ajudar ela a tomar consciência de si mesmo, e da sociedade. É mostrar várias formas ou ferramentas para que eles possam escolher seus caminhos. Até que os mesmos escolham um caminho compatível com seus valores, sua visão de mundo e com as circunstâncias adversas que cada um irá encontrar.

Etapas do desenvolvimento da criança Os jogos e brincadeiras induzem o interesse do aluno favorecendo desse modo uma melhora na parte biológica, emocional, psicomotora, social, simbólica entre outras, criando nesse sentido pessoas que participam com consciência e comcríticas do ambiente em que vivem (ARRABA et al, 2014). Existem diversos jogos e brincadeiras, dentre eles os jogos que revivem a realidade; jogos de regras, que dispõe conhecer sobre os direitos e deveres; jogos motores, que melhoram os movimentos, há também as brincadeiras que são cantadas e que transmitem uma cultura popular do passado, que vem de geração para geração, e por fim as brincadeiras folclóricas, que se destacam pelo conhecimento cultural (ALENCAR; OLIVEIRA, 2017). Segundo Piaget (1971), a escola representa um grande papel para o desenvolvimento da criança, tendo em vista as trocas que o ambiente escolar proporciona permitindo o desenvolvimento da mesma, a fim de cooperar com esse desenvolvimento, a escola deve proporcionar um ambiente agradável em que a criança atue e troque conhecimento a partir de sua própria realidade.

A atividade lúdica é essencial na educação infantil, pois é através da mesma que a criança irá desenvolver habilidades para contribuir sua aprendizagem. Podemos ver então que a educação lúdica sempre foi evidente em todas as épocas, tendo um grande papel na importância do desenvolvimento do ser humano juntamente na educação infantil. É importante para o próprio bebe a liberdade de movimentos; pelo exercício estimula seu próprio crescimento e realiza coordenação sensorialmotora. É de grande vantagem também à mudança de ambiente (. GOUVÊA, 1967, p. Dos setes aos nove meses a criança já manipula os objetos com mais intensidade, começa a engatinhar e começa a ser estimulada cada vez mais com brinquedos (GOUVÊA, 1967). Para a autora a fase dos primeros anos é marcada pelos brinquedos que satisfazem a coordenação sonora.

A criança cria comportamentos de defesa, tem reações de insegurança, reveladas na rebeldia ou timidez, que mais tarde vão dificultar ligação com crianças de sua idade (GOUVÊA, 1967, p. Por fim, Gouvêa (1967) sugere algumas atividades lúdicas que ajuda no desenvolvimento físico como: andar, correr, pular, virar cambalhota; fazer atividades em ar livre. Já para o desenvolvimento mental sugere que o educador que trabalhe com a imaginação, com músicas, roda de conversa, contação de história, etc. Para o desenvolvimento social nada mais é que introduzir entre ele os jogos fazendo com que entenda as regras, a coletividade dos brinquedos e por fim hábitos sociais para a compreensão de sua cultura. Portanto ao analisar todo pensamento da autora podemos dizer que o educador deve ser amável com seus alunos, bastante alegre, ser bem humorado e ter liberdade suficiente para conquistar confiança e respeito.

E por fim, atualmente existem os jogos interativos, ou seja, aqueles jogos que utilizam de recursos tecnológicos para serem jogados, como é o caso de jogos de paciência, copas, futebol, entre outros. Os jogos de estratégia estão focados no desenvolvimento e utilização sabedoria e habilidades do usuário, principalmente no que este ligado à construção ou administração do objeto relativo a jogo. A criança deve empregar o seu pensamento para solucionar problemas para jogar e ganhar; Jogos de cubo mágico ou de sequência de cores é um exemplo desse tipo de jogo. Os jogos de ação auxiliam no desenvolvimento psicomotor da criança, desenvolvendo reflexos, coordenação motora e estimulando o processo de pensamento rápido, frente a uma situação inesperada. O jogador deve reagir rapidamente às circunstâncias, normalmente atirando, para continuar jogando e ganhar.

São jogos com questionários do tipo O que é o que é; de associação de uma palavra à imagem, de cálculo para avançar posições. Neste tipo de atividade a criança faz um esforço por acertar, por indução, por conhecimentos já adquiridos ou por sugestão de um colega, em um trabalho cooperativo. Faz-se necessário estimular e trabalhar os jogos educativos como coadjuvantes no processo de ensino aprendizagem, já que através desse tipo de atividade a criança consegue através de hipóteses e solução de problemas o desenvolvimento de raciocínio. Os jogos educativos, em sua essência, levam ao aprendizado a partir do lazer e diversão, sendo que o tamanho da motivação da criança está interligada à forma e à abordagem dada pelo foco educacional apresentado.

Os jogos educacionais são um recurso enriquecedor, por meio dos quais se busca o aumento de possibilidades de aquisição de aprendizagem, construção de autoconfiança e motivação em relação o conteúdo formal a ser apreendido. Pode-se afirmar que os termos jogo, brinquedo e brincadeira, são instrumentos de grande importância que auxiliam no processo de desenvolvimento e aprendizagem e que fazem parte do dia a dia das crianças. Quando utilizados de maneira apropriada asseguram diversão, prazer e motiva o conhecimento de forma significativa. Considera-se que os jogos e as brincadeiras são de suma importância para a construção do saber, bem como para o desenvolvimento das relações sociais. É imprescindível a estimulação por meio dos jogos e brincadeiras para que as etapas de constituição do saber aconteçam, pois, o brincar é característico da criança e possibilita conhecer a si mesma e a interagir com outros sujeitos.

Através dessa pesquisa, pôde-se alcançar o objetivo proposto que foi perceber a importância do lúdico, dos jogos e das brincadeiras na educação infantil que ao entrar na vida da criança proporciona um desenvolvimento sadio e harmonioso. REFERÊNCIAS ANTUNES, Celso, Novas Maneiras de Ensinar - Novas formas de Aprender. Rio de Janeiro: Artmed, 2002. Educação Infantil: prioridade imprescindível- Petrópolis, RJ: ed. Vozes, 2004. BECHARA, Evanildo (organizador). C. et al. Org. Brincadeira e cultura: viajando pelo Brasil que brinca. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1992. – Porto Alegre: ed. Artmed 2001. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Escolar da Língua Portuguesa. ed. Org. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. ª Ed. São Paulo: Cortez 1998. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação.

agos. SANTOS, Santa Marli Pires dos. O lúdico na formação do educador. ed. Vozes, Petrópolis, 2002.

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