Artigo Ciêntífico- Perfil do pedófilo

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Religião

Documento 1

O Perfil do pedófilo, é uma pessoa comum como qualquer outra, pode ter um bom emprego, uma boa posição social, pode ter uma boa família, ser um bom pai, pode desenvolver uma opinião moralista com relação ao assunto. Com a delimitação específica deste comportamento, é possível melhor compreendê-lo e analisar suas características, antecedentes, consequentes e estratégias de intervenção e prevenção. Realizou-se, ainda, um exame quanto à formação mental do agentepedofílico, no sentido de averiguar se eles são indivíduos inimputáveis, isto é se em face disso deveriam ser tratados com medida de segurança, ou, então, são considerados como imputáveis e, portanto, mereceriam uma reprimenda penal com pena privativa de liberdade Por fim, este artigo pode contribuir na difusão da literatura sobre o tema tendo em vista, com dados e informações que visem compreender as características da pessoa taxada como pedófila.

Palavras Chave: Pedófilo. Pedofilia. INTRODUÇÃO A palavra "pedófilo" é um composto recente do substantivo pais (criança) e do verbo phileo (amar). Com essa base, são encontrados dois substantivos em grego antigo: paidophilos e paidophilès. A pedofilia grega é o amor homossexual e pedagógico de um homem maduro por um menino impúbere (Binard & Clouard, 1997). A pedofilia é considerada um problema mundial, que ocorre em todos os grupos étnicos, educacionais e socioeconômicos, o que gera, entre outros fatores, um impacto dramático na opinião pública (CAETANO, 2012; HISGAIL, 2007). Entre os possíveis referenciais teóricos para descrição da pedofilia, encontra-se a análise do perfil do pedófilo. Ressalta-se a importância do conhecimento das definições do perfil do pedófilo para diferenciá-lo de outras condutas distintas.

Para um indivíduo ser considerado clinicamente como pedófilo não precisa existir necessariamente a presença do ato sexual entre o adulto e a criança, basta a presença de fantasias ou desejos sexuais no pensamento do sujeito. O que se distingue do “molestador sexual” que podem ter várias motivações para seu crime e nem sempre apresenta preferência sexual por crianças e nem motivos de origem sexual. O abuso sexual para eles é apenas mais uma oportunidade de prolongar a violência já existente em sua vida (CASOY, 2004; LISBOA, 2012). Os molestadores são mais invasivos, menos discretos e geralmente consumam o ato sexual contra as crianças (SERAFIN et al. Os textos foram avaliados inicialmente conforme o título, em seguida pelos resumos apresentados e/ou pela análise dos materiais selecionados na íntegra e os artigos preencheram os critérios para este estudo.

Resultados e discussões Os resultados, de maneira geral, demonstraram que o termo “perfil psicológico de abusadores sexuais infantis” não é consenso na literatura especializada, embora se publique. Observa-se, ainda, tendência a englobar a violência sexual contra crianças no contexto geral da pedofilia, e não da criminalidade, como será visto nas discussões por tópicos. Características do pedófilo abusador O tipo mais comum de pedófilo abusador é o indivíduo imaturo. Em algum ponto da vida ele descobre que pode obter com crianças níveis de satisfação sexual que não consegue alcançar de outra maneira. Estudos forenses indicam que os pedófilos podem apresentar baixo nível educacional e sinais de comportamento passivo e dependente, quando comparados com a população em geral.

Também podem denotar piores resultados em testes de avaliação da inteligência (MOLLER; BIER-WEISS, 1994 apud MONTEIRO, 2012), insegurança afetiva e dificuldades de aprovação social (ROSA, 2001). O abuso sexual nomeia uma classe de comportamentos que descrevem o contato sexual por meio do uso de poder, de hierarquia, como por exemplo entre professor e aluno, pai e filho ou padrasto e enteado. Utilizam também do poder psicológico por meio de chantagem e coerções psicológicas podendo utilizar da força física ou não (LIMA, 2016). Outros aspectos observados no pedófilo são a fascinação fora do comum por crianças, sua casa ou quarto ter como decoração o tema infantil, ter passatempos ou grande interesse em objetos que realmente pertencem ao mundo infantil, como brinquedos por exemplo.

Alguns pedófilos sentem atrações exclusivas por crianças, denominados como “Pedofilia Tipo-Exclusiva”, já os que além da atração por crianças conseguem sentir também atração por adultos a pedofilia é dita “Tipo Não-Exclusiva” (LIMA, 2016). Um passo fundamental para entender este comportamento, é buscar identificar as relações entre os eventos, seus antecedentes e consequentes que mantém relação com o comportamento, podendo aumentar a probabilidade de controle da emissão desta resposta. Características do pedófilo molestador e seus derivados Como dito, a característica marcante do pedófilo molestador é o padrão de comportamento invasivo com utilização frequente de violência. Esse tipo também pode ser dividido em dois grupos: molestadores situacionais e preferenciais O molestador situacional, para esse indivíduo a criança não é especialmente o objeto central de sua fantasia, logo não pode ser diagnosticado como pedófilo, na acepção estrita do termo.

Alguma circunstância contingente o impele a obter gratificação sexual através da criança, o que ocorre muito mais pela fragilidade dela e pela dificuldade de ser descoberto do que pelo fato de ser pré-púbere – daí a denominação “situacional”. Focaliza sua ação em vítimas específicas, no seu relacionamento com elas ou no cenário dos fatos. A característica marcante desse tipo de molestador é a violência extrema, que chega até o homicídio. Ele pode ser do tipo: sedutor, sádico e introvertido. O perfil do molestador preferencial sedutor representa um dos grupos mais perigosos, visto ser difícil para a criança escapar das suas mãos. Geralmente ele corteja, presenteia e seduz seus alvos e é capaz de percorrer qualquer distância para alcançá-los.

O pedófilo molestador preferencial introvertido é um indivíduo que prefere crianças, mas não tem habilidade pessoal para seduzi-las. Tipicamente, mantém mínima comunicação verbal com a criança que escolhe. Em geral, ela é desconhecida e muito pequena para entender o que está acontecendo. Sua área de ação envolve os parques infantis ou locais com grande concentração de crianças, onde observa e/ou tem breves encontros sexuais, telefonemas obscenos e exibicionismo também são ofensas comuns. Para realmente se relacionar sexualmente utiliza prostituição infantil, turismo sexual, internet ou se casa com a mãe das crianças que deseja para ter acesso legítimo e seguro e com a frequência que necessita. De acordo com Lima (2016), para análise do comportamento não existe uma resposta única para explicar porque um indivíduo mantém relações sexuais com uma criança, pois cada indivíduo tem um histórico de reforçamento singular.

Assim, apesar de existirem características comuns que podem ser encontradas em diversos casos, cada situação deve ser analisada individualmente. Possíveis consequências punitivas para o pedófilo De acordo com Sanabio-Heck (2014) e Baltieri (2003), a punição tradicional tem sido enviar o abusador, quando identificado, para a prisão. Apesar de o abuso sexual ser um problema sério comumente encontrado em muitos países, a probabilidade de emissão do comportamento após a saída da prisão é grande, mesmo permanecendo anos em cárcere privado, respostas sexuais inadequadas tendem a continuar, assim como outros comportamentos públicos problemáticos. Assim, reflete-se a possibilidade de que esta consequência social para o comportamento tem a prerrogativa de punição, mas nem sempre tem a função de punição devido à entre outros fatores, contingências ambientais no contexto prisional que não necessariamente diminuem a probabilidade futura de emissão destes comportamentos.

Só assim haverá, de fato, possibilidades para uma contribuição de forma técnica tanto para a possível identificação do ofensor como para o planejamento de tratamentos individualizados, auxiliando na definição de qual intervenção é mais efetiva e para quem. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION (APA). Manual diagnostico e estatístico de transtorno mentais (DMS-IV-TM). ed. Porto alegre: Artmed, 2002. N. Psicopatologias CAETANO, C. S. Violência e criminalidade. Caderno NEDER Nº3, Governador Valadares: Ed. Rio de Janeiro: Ed. Forense, 2008. de acordo com as abordagens tradicional e funcional. In: BORGES, N. B; AURELIANO, L. GOMIDE, P. I. C. WEBER, L. N. Saúde Pública, v. n. p. LIMA, A. C. MACHADO, T. F. A. Criança vítima de pedofilia: fatores de risco de danos sofridos.

p. p. MAIA, T. M. S. SEIDI, E. A Pedofilia como forma de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes e a violência intrafamiliar. v. p. Revista INTERTEMA, 2014 MONTEIRO, D. V. A. Princípios básicos de análise do comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007. NETO, F. S. Porto Alegre: Ministério da Saúde, 2008. Perfil psicológico e comportamental de agressores sexuais de crianças. Revista de Psiquiatria Clínica. v. n. T. O lenhador: a pedofilia em uma visão Comportamental. In: FARIAS, A. K. C. P. CASOY, I. BARROS, D. M. SPRADLIN, J. Castração química: limites e possibilidades à adoção como penalidade para pedofilia. Revista Gestão e Políticas Públicas, v. n. p. TORRES, I.

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