A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR PARA O DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Assim, o brincar torna-se uma ferramenta essencial a ser utilizada na Educação Infantil. Classificasse-se de uma pesquisa de cunho bibliográfico, que consiste na análise da literatura pertinente, para levantamento e análise referente ao que já se abordou sobre o tema. Palavras-chave: Desenvolvimento. Brincar. Educação Infantil. Quantos aos objetivos será uma pesquisa exploratória, pois busca conhecer com mais profundeza o assunto para trazer um melhor esclarecimento. Em relação à abordagem do problema será qualitativa, onde descreve a complexidade do assunto e analisa a interação de certas variáveis. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 1. O DESENVOLVIMENTO INFANTIL O desenvolvimento infantil é um processo amplo que engloba vários aspectos, tais como: psíquicos, sociais, crescimento, maturação, aprendizagem entre outros. Assim, o conceito de desenvolvimento está associado a uma evolução contínua, que se estende ao longo de toda a nossa vida.

A criança percebe-se como um indivíduo entre outros, como elemento de um universo que pouco a pouco passa a se estruturar pela razão. • Período das operações formais (12 anos em diante): O indivíduo será capaz de formar esquemas conceituais abstratos como amor, justiça, democracia, etc. Com isso adquire capacidade para criticar os sistemas sociais e propor novos códigos de conduta. De acordo com a visão de Piaget, portanto, ao adquirir estas capacidades o indivíduo atingiu sua forma final de equilíbrio. Para que haja um bom desenvolvimento em cada uma destas fases, a criança deve então, por intermédio de um adulto, ter atividades que contribuam para o seu desenvolvimento saudável. Esse distanciamento da realidade através de uma história por exemplo, é essencial para uma penetração mais profunda na própria realidade, afastamento do aspecto externo aparente da realidade dada imediatamente na percepção primária possibilita processos cada vez mais complexos, com a ajuda dos quais a cognição da realidade se complica e se enriquece.

Além destes autores, vários outros já comprovaram que as atividades lúdicas trazem um maior retorno em termos de convício social e desenvolvimento integral das crianças em relação aos processos tradicionais de ensino. Negrine (1994, p. sustenta que: As contribuições das atividades lúdicas no desenvolvimento integral indicam que elas contribuem poderosamente no desenvolvimento global da criança e que todas as dimensões estão intrinsecamente vinculadas: a inteligência, a afetividade, a motricidade e a sociabilidade são inseparáveis, sendo a afetividade a que constitui a energia necessária para a progressão psíquica, moral, intelectual e motriz da criança. O encanto das crianças pelas brincadeiras e jogos e a preocupação crescente com o desenvolvimento infantil fizeram com que a ludicidade estivesse presente na educação infantil ao longo de sua história e que fosse postulada como um direito fundamental da infância (UNICEF, 1989).

proporciona o desenvolvimento físico, tanto de habilidades de coordenação fina como grossa. Quando as crianças brincam ao ar livre, elas praticam uma série de habilidades motoras, como correr, pular, saltar, rolar, etc. Quando brincam com os brinquedos, elas usam habilidades motoras finas, juntando as peças dos quebra-cabeças, colorindo, pintando, brincando de casinha, vestindo e desvestindo bonecas (BOMTEMPO; ANTUNHA E OLIVEIRA, 2006, p. Outro exemplo são os jogos de construção, pois através deles o educando desenvolve noções de localização espacial e temporal, aprendendo, ainda a controlar sua impulsividade e aceitar mais facilmente as regras. Há quem diga que os jogos e as brincadeiras são tão importantes para a criança quanto o alimento pois, além do divertimento, servem como suporte para que a criança na fase alcance o seu desenvolvimento social, emocional, cognitivo e afetivo.

É essencial que os profissionais da educação, em especial os professores, observem seus alunos em cada estágio de desenvolvimento, buscando compreender as suas necessidades, para que assim possam desenvolver atividades mais adequadas para cada etapa. Em síntese, pode-se dizer que o lúdico na educação contribui para o desenvolvimento infantil, pois integra as varias dimensões do ser humano: afetivo, motor, cognitivo e social, oportuniza à criança a possibilidade de assumir sua realidade, desenvolver sua autonomia, exercitar a defesa de seus direitos e aprender a argumentar para defender os seus pontos de vista. Além disso, desenvolve outras habilidades como a inteligência, a criatividade, o raciocínio a concentração, a atenção, a linguagem e a socialização, preparando, assim, a criança para uma vida social.

JOGOS E BRONCADEIRAS COMO FATOR DE APRENDIZAGEM Para os professores o lúdico deve ter uma visão mais abrangente, indo além do que ele representa para a maioria das pessoas. O lúdico ele deve ser visto, acima de tudo, como uma fonte de aprendizagem, através da qual os alunos tornam-se mais críticos, interessados e participativos nas aulas. Para que haja uma aprendizagem significativa é necessário que o material a ser trabalhado tem que ser potencialmente significativo tendo elos, de termos familiares ao aluno. Assim, a utilização de jogos e brincadeiras com fins pedagógicos torna-se uma ferramenta fundamental para que ocorra uma aprendizagem significativa, pois são atividades recorrentes na vida da criança. A introdução de jogos e brincadeiras no ensino da faz com que os alunos se mostram mais receptivos a compreender e tentar solucionar as dificuldades e problemas de um jogo ou atividade do seu cotidiano, do que trabalhar com algo que lhes parece tão distante e complicado, como muitas teorias.

As atividades lúdicas têm sido cada vez mais frequentes na educação como fonte de inspiração para os professores e de grande motivação aos alunos. O uso do lúdico na educação é uma maneira eficiente de entrelaçar uma atividade agradável e motivadora com o conteúdo educacional que devemos trabalhar. O processo de ensino/aprendizagem é algo bastante demorado e que muitas vezes as escolas não têm material suficiente para os professores realizarem seu trabalho e também porque o processo de alfabetização é um processo um pouco demorado, pois depende do ritmo de cada criança. Partindo desses dois pontos, pode-se dizer que uma das formas que o professor pode se utilizar para ensinar e entreter as crianças são por meio de jogos e brincadeiras lúdicas, onde a criança aprende e se diverte ao mesmo tempo.

Desse modo, a aprendizagem ocorre significativamente sem que a criança se canse. O lúdico desempenha um papel vital na aprendizagem, pois, por meio dessa prática, o sujeito busca conhecimento do próprio corpo; resgatam experiências pessoais, valores, conceitos; busca soluções diante dos problemas e tem a percepção de si mesmo como parte integrante no processo de construção de sua aprendizagem. Essa perspectiva resulta numa nova dinâmica de ação, possibilitando uma construção significativa (TAVARES, 2010). É nesse contexto que o uso do lúdico em sala auxilia de forma significativa para a criação de um elo entre os conteúdos teóricos dos programas escolares com a realidade escolar e social. Os jogos contribuem para que o aluno aprenda a adaptar-se a um código comum, respeitando regras, limites e resultados.

Ávila (1993) salienta que as interações sociais ocupam espaço de destaque no desenvolvimento humano devido a ser por meio delas que as pessoas têm acesso à cultura, valores e conhecimentos universais, compartilhados entre diferentes indivíduos com os quais pode cooperar, competir, pensar e adquirir padrões sociais que utilizará no mundo social. Diante disso, acredita-se ser de extrema importância a utilização de jogos como um recurso pedagógico tendo em vista inúmeros benefícios sócio-educativos. Porém, cabe ao educador estar preparado para realizar esse tipo de atividade, pois, Utilizar a brincadeira como recurso pedagógico, é tão complexo quanto desenvolver o trabalho pedagógico em outras áreas de estudo, como Português, Matemática, Artes, exigindo do educador fundamentação teórica-prática, clareza de princípios e de finalidades.

Um dos pontos mais positivos, quando se usam jogos é que não ocorre indisciplina, porque todos querem participar das atividades, talvez por não perceberem que estão absorvendo conhecimentos com descontração, através do jogo. Moyles (2006), afirma que faz mais sentido considerar o brincar como um processo que, em si mesmo, abrange uma variedade de comportamentos, motivações, oportunidades, práticas, habilidades e entendimentos. Isso significa que não é necessário que as metodologias sejam elaboradíssimas, cheias de atividades, que muitas vezes a criança não dá conta de fazer para se ter uma boa avaliação, porque num simples ato de brincar a criança poderá ser avaliada de forma rica e eficaz. Os jogos e brincadeiras são também extremamente importantes para as crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem, como diz Tavares (2010, p.

Atividades lúdicas garantem uma aprendizagem significativa para a criança com dificuldades de aprendizagem, bem como o prazer, a socialização, o respeito, a individualidade, pois a criança estará aprendendo no seu ritmo, cria hipótese, chega à conclusão e elabora suas regras. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este artigo, resultado de pesquisas bibliográficas, teve por objetivo discutir a importância do brincar para o desenvolvimento das crianças na Educação Infantil. Ao final foi possível concluir que a brincadeira é essencial para a vida da criança, ela é uma linguagem infantil. Toda brincadeira é uma imitação transformada, ou seja, são ações e ideias de uma realidade já vivenciada. Através do brincar, a criança constrói o seu espaço e estabelece relações entre o mundo real e a fantasia, podendo pensar, descobrir, viver e experimentar situações novas, que contribuem para seu desenvolvimento social, cognitivo e motor.

Oferecer oportunidade para a criança brincar é criar espaço para a construção do conhecimento. br/tccdoc/17. pdf. Acesso em 05/11/2019. ARANHA, M. L. B. de. Brincando na escola, no hospital, na rua. Rio de Janeiro: Wak, 2006. CAMPOS, D. gov. br/diaadia/diadia/arquivos/File/conteudo/artigos_teses/2010/Matematica/tese_grando. pdf. Acesso em 11/11/2019. KNEPPE, P. Perspectivas para Educação Infantil. Araraquara: JM Editora, 2005. MANCIAUX, M. Requisitos para um desarrollo armonioso. Boletín de la Oficina Sanitária Panamericana (OPS), PAHO Coll, 1984. Educação Infantil: Fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002. PIAGET, J. A formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1975. O jogo e a brincadeira no desenvolvimento infantil, 2010. Disponivel em http://www. unifan. edu. br/files/pesquisa/O%20JOGO%20E%20A%20BRINCADEIRA%20NO%20DESENVOLVIMENTO%20INFANTIL%20-%20Fl%C3%A1via%20Tavares.

Uniceub; Brasília, 2003. TOLEDO, C. O brincar e a constituição de identidades e diferenças na escola. In: Garcia, Regina Leite (Coord. Anais. Uma concepção dialética de desenvolvimento infantil. Petrópolis: Vozes, 1995.

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