COMPLICAÇÕES MAIS FREQUENTES EM PACIENTES PORTADORES DE DIABETES MELITUS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

As complicações diabéticas são divididas em três classes: as macroangiopatias, microangiopatias e distúrbios metabólicos. As macroangiopatias são caracterizadas por alterarem as principais artérias do corpo humano, tais como: artérias coronarianas, artérias dos membros inferiores e artérias cerebrais. As microangiopatias decorrem das alterações nos pequenos vasos, tais como nos capilares, comprometendo a retina, glomérulo, nervos motores e sensitivos. Os distúrbios metabólicos decorrem da transição da metabolização de lipídeos no lugar de carboidratos. CONCLUSÃO: Diante disso, podemos afirmar que as complicações diabéticas são divididas em classes, em decorrência do local de atuação ou etiopatogenicidade, como é o caso da CAD e EHH. CONCLUSION: In view of this, we can say that diabetic complications are divided into classes, due to the place of action or ethiopathogenicity, as is the case of CAD and EHH.

Furthermore, we found that microangiopathies are the most prevalent in most cases, since during the data analysis the largest number of articles addressed the implications such as: Peripheral Neuropathy, Nephropathy and Retinopathy. However, both macroangiopathies, microangiopathies and metabolic disorders represent a high risk of morbidity and mortality among patients with DM. KEYWORDS: Diabetes Mellitus, Diabetic Complications, Type 1 diabetes mellitus, Type 2 diabetes mellitus. INTRODUÇÃO A diabetes está inserida a um grupo de doenças metabólicas que se caracterizam por quadros de hiperglicemia, complicações, distúrbios e ineficácia de diversos órgãos. Tendo em vista a crescente prevalência da DM no país e em decorrência dos enormes impactos socioeconômicos que a doença desencadeia através de suas complicações agudas e/ou crônicas.

Logo, revisar as implicações mais frequentes nos estudos indexados neste banco de dados significa conhecer melhor a situação da diabetes na população brasileira. Logo, o presente estudo objetiva revisar quais as complicações mais frequentes encontradas em indivíduos diabéticos nos estudos brasileiros. MÉTODO Trata-se de uma revisão integrativa de caráter exploratório e descritivo. As revisões integrativas proporcionam a identificação, seleção, avalição e a síntese das evidências disponíveis sobre o tema investigado7. Assim, dentre as microangiopatias mais citadas estão: Neuropatia periférica, Nefropatia e Retinopatia. Portanto, é possível afirmar que a DM é uma doença prevalente e crônica de múltiplos impactos, variando de acordo com a gênese patológica, desencadeando assim no individuo portador as macroangiopatias, os distúrbios metabólicas e/ou as microangiopatias, cuja discussão será abordada abaixo.

Quadro 1- Resumo dos principais achados de acordo com a literatura encontrada. AUTORIA SUJEITO DA PESQUISA PRINCIPAIS ACHADOS Tschiedel. Diabéticos O risco relativo de morte devido a complicações vasculares é três vezes maior nos pacientes com DM do que na população restante com as doenças cardiovasculares (DCVs), sendo responsáveis por até 80% dos óbitos em portadores de DM. Diabéticos A cetoacidose diabética (CAD) e o estado hiperglicêmico hiperosmolar (EHH) são as duas complicações agudas mais graves que se observa durante a evolução do diabetes mellitus. Cohen et al. Diabéticos O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é caracterizado por uma desre­gulação metabólica, originando com­plicações microvasculares, mais especi­ficamente a retinopatia, nefropatia e a neuropatia. Martinez et al. Diabéticos Os diabéticos, por serem grupos de risco para DRC, tem alta prevalência para esta doença e os fatores de risco mais recorrentes são: tabagismo, histórico familiar e hiperlipidemia.

Jornal brasileiro de nefrologia Prevalência de diabetes mellitus em pacientes renais crônicos sob hemodiálise em porto alegre, brasil Neto e Pires. Revista da sociedade brasileira de clínica médica crises hiperglicêmicas agudas no diabetes mellitus. Aspectos atuais Cohen et al. Jornal brasileiro de nefrologia cirurgia bariátrica e metabólica e complicações microvasculares do diabetes mellitus tipo 2 (dm2) Martinez et al. Revista da sociedade brasileira de clínica médica Fatores de risco para doença renal crônica em diabéticos Pereira et al. Microangiopatias Essas complicações são decorrentes das alterações nos pequenos vasos, tais como nos capilares, comprometendo a retina, glomérulo, nervos motores e sensitivos18. A principal complicação do diabetes mellitus é a doença renal crônica (DRC).

Esta condição é caracterizada por deteriorar o estado de saúde do paciente e elevar os gastos pessoais com internações e tratamentos, representando assim um grave problema de saúde pública. A maioria dos pacientes que estão iniciando o tratamento para a insuficiência renal crônica (IRC) nos países desenvolvidos tem como fator causa o diabetes mellitus (DM)11. Alguns estudos apontam a retinopatia como a complicação microvascular mais prevalente5, já outros apontam a neuropatia periférica sensitiva (NPS) como a principal complicação microvascular (41,1%) dos casos10. No entanto, destaca-se que a CAD é mais característica dos casos de DM1 e relaciona-se ao uso incorreto da insulina, desconhecimento da doença ou eventos infecciosos23. Entretanto, em relação ao EHH sua presença é geralmente atribuída aos casos de DM224.

CONSIDERAÇÕES FINAIS Em virtude da enorme prevalência de DM no país, e dos diversos impactos negativos que ela traz ao portador. A elaboração de uma revisão integrativa que abordasse esse tema ajudaria o público em geral a compreender as principais e mais prevalentes complicações relatadas na literatura. Diante disso, podemos afirmar que as complicações diabéticas são divididas em classes, em decorrência do local de atuação ou etiopatogenicidade, como é o caso da CAD e EHH. Cadernos de Atenção Básica - n. º 16 Série A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília. DF. Brussels, Belgium: International Diabetes Federation, 2015. Cortez DN, Reis IA, Souza DAS, Macedo MML, Torres HC. Complicações e o tempo de diagnóstico do diabetes mellitus na atenção primária.

Acta Paul Enferm. doi: http://dx. Texto Contexto Enferm. doi: http://dx. doi. org/10. S010407072008000400018 8- Tschiedel B. Infant. doi:http://dx. doi. org/10. S1519-38292008000400008 10- Queiroz PC, Aguiar DC, Pinheiro RP, Moraes CC, Pimentel RS, Ferraz CLH, et al. org/10. S0101-28002012000200003 12- Lerario AC, Coretti FMLM, Oliveira SF, Betti RTB, Bastos MSCB, Ferri LAF, et al. Avaliação da Prevalência do Diabetes e da Hiperglicemia de Estresse no Infarto Agudo do Miocárdio. Arq Bras Endrocrinol Metab. doi: http://dx. doi. org/10. Martínez BB, Morato SMS, Moreira TM. Fatores de risco para doença renal crônica em diabéticos. Rev Bras Clin Med. Acta ortop. bras. doi: http://dx. doi. org/10. Fisioter Mov. doi: http://dx. doi. org/10. S0103-51502013000300007 20- Nascimento OJM, Pupe CCB, Cavalcanti EBU. doi: http://dx. doi. org/10.

S0034-89102004000300010 22- Grossi SAA. O manejo da cetoacidose em pacientes com Diabetes Mellitus: subsídios para a prática clínica de enfermagem. S0004-27302007000900005 24- Foss-Freitas MC, Foss MC. Cetoacidose diabética e estado hiperglicêmico hiperosmolar. Medicina, Ribeirão Preto. doi: http://dx. doi.