A MODERNIZAÇÃO DA AGRICULTURA BRASILEIRA E SUA INSUSTENTABILIDADE SOCIOECONÔMICA E AMBIENTAL NO CAMPO

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Engenharia mecânica

Documento 1

Assim, a modernização conservadora atendeu apenas aos interesses dos grandes latifundiários que através dos créditos puderam adquirir os maquinários, insumos e produzir em grande escala para o mercado externo. Além de ser extremamente excludente do ponto de vista social, esse modo de produção causou e ainda causa grandes impactos ambientais, tais como; desmatamento de áreas de mata para implantação das monoculturas, contaminação do solo, lenções freáticos e dos alimentos, além disso, o trabalhador rural é uma das principais vítimas por estar em contato direto com os agrotóxicos. Nesse contexto, este trabalho tem por objetivo analisar e compreender o processo de modernização da agricultura brasileira e sua insustentabilidade além de compreender como se dá a relação da classe camponesa com a expansão das relações capitalistas no campo.

Busca-se também compreender as formas de reprodução social do campesinato, visto que, diferentemente do que alguns teóricos afirmavam o campesinato não é algo feudal, residual ou que deixou de existir, pelo contrario, é uma classe social de grande relevância que vem reproduzindo social e historicamente seu modo de vida e trabalho. Palavras-chave: Modernização, agricultura, impactos socioeconômicos ambientais, Campesinato. Figura 5: Flashmob realizado pelo Sabiá no Centro do Recife-PE (2013). Figura 6: Distribuição das cestas com alimentos livres de agrotóxicos durante o flashmob na Avenida Guararapes- Centro do Recife- PE. Figura 7: Área de produção agrícola em Santa Catarina. Figura 8: Polígono do Agrohidronegócio no Brasil (2010). Figura 9: Produção orgânica de hortaliça do assentamento Serra Verde- Município de Senhor Do Bonfim – BA. BREVE HISTÓRICO DA ESTRUTURA FUNDIÁRIA BRASILEIRA.

A FUNÇÃO SOCIAL DA TERRA E A REFORMA AGRÁRIA. MODERNIZAÇÃO DA AGRICULTURA BRASILEIRA. A EXPANSÃO TERRITORIAL DO AGRONEGÓCIO NO BRASIL. BRASIL: UM MERCADO PROMISSOR PARA O AGROTÓXICO DO MUNDO. A modernização conservadora da agricultura gerou novas e complexas realidades socioeconômicas e culturais no campo e na cidade, assim como estabeleceu grandes disparidades nas dinâmicas espaciais, seja na esfera política, econômica, cultural e/ou social do território. Assim, este trabalho tem por objetivo analisar e compreender o processo de modernização da agricultura brasileira, e contradições. Busca-se compreender também as formas de reprodução social do campesinato, visto que, diferentemente do que alguns teóricos afirmavam o campesinato não é algo feudal, residual ou que deixou de existir, pelo contrario, é uma classe social de grande relevância que vem reproduzindo social e historicamente seu modo de vida e trabalho.

As reflexões aqui trabalhadas são de grande relevância por que permitem uma maior análise da organização do espaço agrário brasileiro a partir da modernização do campo, além disso, tem como compreender os impactos das atividades agrícolas no campo e na cidade, sendo ele o resultado do modo de produção convencional que tem o agronegócio como principal engrenagem. Sendo este, considerado o carro chefe da economia nacional mesmo quando é a agricultura camponesa a responsável pela produção de alimentos que chegam as mesas de todo o Brasil. No segundo capítulo abordamos o processo de modernização da agricultura no Brasil, enfatizando a passagem do “complexo agrário” ao “complexo agroindustrial”, ou seja, processo de implantação de novas tecnologias, técnicas e especialização da agricultura que modifica as relações sociedade-natureza e de uso da terra e trabalho e no campo.

Ainda no segundo capítulo apresentamos as estratégias do Estado para alavancar a balança comercial nacional através das exportações, assim como, o desenvolvimento e dinamização dos espaços agrários através da expansão das relações capitalistas no campo. Nesse processo de tecnificação da agricultura o Estado desenvolveu políticas públicas e programas de créditos que subsidiaram a compra de maquinários e insumos (agrotóxicos fertilizantes e sementes geneticamente modificadas). No terceiro capítulo apresentamos os impactos da agricultura moderna no campo, além da exploração excessiva dos bens naturais pelo capitalismo que vem causando desmatamento das florestas nativas, queimadas, perda da biodiversidade da fauna e flora, expulsões de populações tradicionais de seu território entre outros.

No quarto capítulo abordamos a classe camponesa e a reprodução social do campo, suas especificidades, trabalho e modo de vida, sendo estas de grande valor sociopolítico e histórico. blogspot. com. br. Acessado em: 28/01/2013. O cultivo das plantas para atender às necessidades humanas é atividade essencialmente dependente das condições edafo-climáticas, socioeconômicas e nível de conhecimentos técnicos (PATERNIANI 2001, p. com. br/2012/10/sementes-crioulas. html Acessado em :02/10/2013. BREVE HISTÓRICO DA ESTRUTURA FUNDIÁRIA BRASILEIRA Para compreender o desenvolvimento tecnológico ocorrido na agricultura e no campo, bem como a crise do padrão de modernidade e a expansão do capital no campo se faz necessário compreender seu período colônia, ou seja, sua estrutura fundiária. A estrutura fundiária compreendida por Hoffmann e Ney (2010), como a maneira como as propriedades rurais estão distribuídas, organizadas e apropriadas num determinado espaço levando em consideração as suas dimensões num dado momento histórico.

Vale ressaltar que mesmo diante de forte pressão do sistema capitalista monocultor do período colonial encontrava-se a agricultura de subsistência que era responsável pela alimentação das famílias e abastecimento dos mercados locais onde eram feitas as trocas. A FUNÇÃO SOCIAL DA TERRA E A REFORMA AGRÁRIA No Brasil a luta pela terra é uma luta histórica marcada pelo conflito, violência e exclusão social, visto que a reforma agrária não foi uma das prioridades das políticas e governos brasileiros. A questão da reforma agraria só entrou na pauta política no Brasil após intensas lutas de alguns movimentos sociais e organizações tais como; o Partido Comunista do Brasil (PCB); setores reformistas da Igreja Católica; a Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL); e um grupo de estudiosos conservadores da USP dirigidos pelo professor Antônio Delfim Neto (DELGADO 2005).

Os primeiros movimentos sociais organizados a lugar pela reforma agrária foram às ligas camponesas do Nordeste, que durante a década de 1945 com o apoio do Partido Comunista do Brasil (PCB) se estendeu por outro estado do Brasil. Após a ilegalização do PCB em 1947, as ligas foram reprimidas e só ressurgiram em 1954, nos estados de Pernambuco, Paraíba e Alagoas, nas zonas de - cana-de-açúcar (SABOURIN, 2009, p. O espaço geográfico é a estrutura subordinado-subordinante de reprodução da sociedade (SANTOS, 2004), assim a luta pela terra no Brasil é movida pela conflitualidade, “conflitualidade territorial” processualmente definida a partir do enfrentamento de lógicas contraditórias de apropriação do espaço que são definidas no modo de produção capitalista (FERNANDES, 2004), conflitualidade existente entre a territorialidade capitalista e a territorialidade camponesa, como bem coloca Marques, (2004, p.

A luta pela terra hoje existente no país representa, na maioria dos casos, mais um capítulo da história do campesinato brasileiro, movido pelo conflito entre a territorialidade capitalista e a territorialidade camponesa. Mas as novidades desse momento histórico são muitas. Dentre elas, destacam-se: a grande abrangência da base social da categoria sem-terra, que envolve uma multiplicidade de sujeitos sociais, inclusive trabalhadores residentes nas cidades, e o significado aí contido de negação do processo de proletarização em curso, demonstrando que a possibilidade de recriação camponesa não se esgota com o processo de expropriação nem com a passagem desses sujeitos pela cidade. Segundo o Censo Agropecuário de 2006 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nos últimos vinte anos a distribuição de terras permaneceu praticamente inalterada no Brasil, embora tenha diminuído em 2,36 mil municípios.

fct. unesp. ber/nera acessado em: 21/03/2013. Um conflito por terra é um confronto entre classes sociais, entre modelos de desenvolvimento, por territórios. O conflito pode ser enfrentado a partir da conjugação de forças que disputam ideologias para convencerem ou derrotarem as forças opostas (FERNANDES, 2005, p. De acordo com Erthal (2006) nos primeiros anos da década de 1930 assistia-se ao nascimento e à expansão do capital industrial que lança, também, seus “tentáculos” ao campo. Ainda segundo Erthal (2006, p. a fazenda de café, ainda muito independente, passou a adquirir seus instrumentos de produção como secadoras, despolpadoras, enxadas, arados, nos centros urbanos, intensificando sua vida relacional com as cidades. As décadas de 1930 a 1960 foram os períodos de desenvolvimento industrial tanto da cidade quanto do campo, de acordo com Albuquerque e Nicol (1987) o setor agrícola tinha basicamente cinco papéis, no sentido de acelerar a industrialização brasileira: São elas - liberação de mão-de-obra às indústrias; fornecimento de produtos alimentares e matérias-primas a custos constantes ou descendentes; suprimento de capital para o financiamento de investimentos industriais; suprimento de divisas estrangeiras através da exportação de produtos agrícolas, necessárias ao financiamento de importação para o setor industrial; criação de um mercado interno para produtos industriais.

ALBUQUERQUE E NICOL, 1987, p. E assim legitima uma aliança entre; [. as grandes corporações financeiras internacionais; (2) as grandes indústrias-laboratórios de adubos e de fertilizantes, de herbicidas e de sementes; (3) as grandes cadeias de comercialização ligadas aos supermercados e farmácias; e (4) os grandes latifúndios exportadores de grãos, (PORTO- GONÇALVES, 2004, p. Essa modernização reforçou as estratégias privadas de maximização da renda fundiária e especulação no mercado de terras (DELGADO, 2005, p. Esse modelo apoiava-se tanto na oligarquia rural preocupada com a efervescência dos movimentos sociais no campo, quanto nos setores mais modernos do capital urbano, estes por sua vez, interessados na ampliação do seu raio de atuação (MARTINE, 1987, p. As transformações e modernização do campo foram apresentadas como uma solução para o problema da fome.

P. ressalta que a modernização técnica da agricultura constitui uma estratégia de relançamento dos grandes empreendimentos agroindustriais apoiados na grande propriedade fundiária, voltada à geração de saldos comerciais externos expressivos. O Agronegócio é o novo nome de um velho fenômeno, é uma palavra nova, da década de 1990, e é também uma construção ideológica para tentar mudar a imagem latifundista da agricultura capitalista (FERNANDES, 2005, p. Agricultura essa que têm sua produção voltada para o mercado externo e detêm as melhores terras (mais férteis, planas e com disponibilidade de água) que destinavam a produção para monocultura da cana- de –açúcar para o mercado externo e não para culturas de primeira necessidade como feijão, milho, mandioca entre outros.

Com relação à modernização da agricultura, Martine e Garcia (1987) explicam que: As políticas de modernização favoreceram as culturas destinadas à exportação e/ou às agroindústrias, tais como cana-de-açúcar, café, trigo e soja, deixando num plano secundário a produção de gêneros de consumo da população de renda mais baixa, tais como feijão e mandioca (MARTINE e GARCIA, 1987, p. Por essa razão houve a subdivisão da EMBRAPA de acordo a especialização técnica (EMBRAPA Solos, EMBRAPA Semiárido, EMBRAPA Soja, EMBRAPA Gado de Leite, EMBRAPA Gado de Corte entre outra). Em 1974 foi criada em Minas Gerais a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), que tinha como função expandir as tecnologias no campo, em 1975 foi implantado a Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER).

De acordo com Souza e Santos (2009, p. essas pesquisas eram voltadas para o melhoramento da produção na tentativa de corrigir as deficiências dos solos, prevenir doenças, aumentar o rendimento por hectare, bem como o atendimento das exigências do mercado internacional das variedades produzidas. O II Plano Nacional de Desenvolvimento – II PND (1975-1979), tinha como principal objetivo a expansão da fronteira agrícola no País. e de máquinas industriais (tratores, colhedeiras, implementos, equipamentos de irrigação etc. A dinâmica industrial passou a comandar, definitivamente, o desenvolvimento da agricultura, convertendo-a num ramo industrial, que compra insumos e vende matérias-primas para outros ramos industriais (MARTINE, 1999). A EXPANSÃO DO AGRONEGÓCIO NO BRASIL A industrialização da agricultura corresponde ao uso crescente, por esse setor, de insumos industriais modernos, que modifica seu modo de produção tradicional, "transformando artificialmente as condições naturais de produção" (GRAZILIANO DA SILVA, 1981, p.

Esse modelo de desenvolvimento adotado pelo Estado para agricultura e campo brasileiros estava calçado na lógica de acumulação e monopolização dos bens naturais, espoliação do trabalho e produção de monocultivo com alta tecnologia e logística que permite que a produção saia do campo direto para o mercado externo. Neste sentido, segundo Thomaz Júnior (2010, p. Tais produções foram favorecidas pela estrutura fundiária do País entre outros favorecimentos como ressalta Thomaz Junior (2012, p. Além de contar com os favorecimentos dos investimentos públicos e também privados, e por isso disputa apoios, cabe colocar em evidência que os bons resultados/retornos obtidos são complementados/potenciados pelo acesso às melhores terras (planas, férteis, localização favorável e logística de transportes adequada).

Ainda segundo Thomaz Junior (2012, p. Esse processo recente de expansão do agronegócio, que se consolida em praticamente todos os biomas brasileiros, se fortalece com intensidade no Cerrado, na Amazônia e também em algumas áreas do Semi-Árido do Nordeste, concilia interesses dos conglomerados agro-químico-alimentar-financeiros, portanto a produção de produtos para exportação (commodities), tais como a soja, milho, algodão, eucalipto e mais recentemente o álcool de cana-de-açúcar, o fortalecimento da pecuária em grandes extensões de terra, a verticalização das granjas (suínos frangos). O agronegócio está na mesma lógica de produção do sistema plantation, com monocultivos e latifúndios e a concentração de terra, renda e poder. Essas áreas são também as mesmas que receberam os primeiros e grandes investimentos e incentivos ficais do Estado, assim como também são as áreas mais desenvolvidas do ponto de vista econômico.

Também é notório que nos últimos anos houve um aumento relativo na produção de commodities para o mercado externo como pode se observar na tabela (02) abaixo. Ressalta-se que esse aumento na produção está diretamente ligado ao uso intensivo de insumos químicos e agrotóxicos. Figura 04: Setor agropecuário- Produção no Brasil entre 2010 e 2011. Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (2013). Gráfico 02: Participação do agronegócio no PIB Nacional. Fonte: IBGE/ CEPEA (2012). Gráfico 03: Saldo da balança comercial Fonte: IBGE/ CEPEA (2012). Os gráficos acima ilustram a participação do agronegócio no PIB nacional, esse crescimento do PIB do agronegócio foi possível graças as exportações de açúcar, etanol, complexo soja, celulose, carne bovina, café e suco de laranja.

Esses produtos possibilitaram um saldo comercial positivo, já que o número de exportações foram bem maior que as importações. e AUGUSTO et. al 2012, p. O uso excessivo do agrotóxico pode ser facilmente explicado no caso do Brasil pela sua estrutura fundiária que é extremamente concentrada, ou seja, pelo latifúndio, concentração de terras, renda e poder pelas oligarquias rurais locais que mantem ruas origem no coronelismo do período colonial. É o sistema vigente hegemônico e monopolista que busca sempre expandir-se para maior lucratividade que demanda o uso de agrotóxico sem preocupação com a saúde do meio ambiente que vai receber o veneno no solo, lenções freáticos entre outros, do trabalhador que está manuseando o produtor e do consumido final que vai consumir os produtos com veneno (tabela 02 e 03).

Tabela 03: As maiores empresas produtores mundiais de agrotóxicos 2010 Empresas líderes em venda de agrotóxico no mundo em 2010 Posição Empresa Origem U$$ (milhões) Participação (%) Participação acumulada (%) 1 Syngenta Suíça 8,878 18,7 19 2 Bayer CorpScience Alemanha 8,157 17,1 36 3 Basf Alemanha 5,355 11,2 47 4 Dow Estados Unidos 4,869 10,2 57 5 Monsanto Estados Unidos 2,891 6,1 63 6 DuPont Estados Unidos 2,500 5,3 69 7 Makhteshim-Agan Israel 2,180 4,6 73 8 Nufam Austrália 1,995 4,2 77 9 Sumitomo Chemical Japão 1,524 3,2 81 10 FMC Estados Unidos 1,242 2,6 83 11 Arysta LifeScience Japão 1,174 2,5 86 12 United Phosphorus Índia 1,140 2,4 88 13 Cheminova Dinamarca 936 2,0 90 14 Ishihara Sangyo Kaisha Japão 442 0,9 91 15 Kumiai Chemical Agro Japão 437 0,9 92 16 Mitsui Chemical Japão 398 0,8 93 17 Nippon Soda Japão 395 0,8 94 18 Nissan Chemical Japão 393 0,8 94 19 Hon Nohyaku Japão 386 0,8 95 20 Sipcam-Oxon Itália 369 0,8 96 Outro 1,940 4,1 100 Total 47,601 100,00 Fonte: Agrow (2011) Apud CAMPANHA NACIONAL CONTRA O USO DE AGROTÓXICOS E PELA VIDA2012. Já os agrotóxicos são denominados ora como defensivos agrícolas, pesticidas, praguicidas, remédios de planta, porém são a veneno.

Essas são algumas das inúmeras denominações relacionadas a um grupo de substâncias químicas utilizadas no controle de pragas (animais e vegetais) e doenças de plantas (Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho - Fundacentro 1998). Nos últimos anos os setores de fertilizantes e agrotóxicos tiveram um crescimento considerável visando assim aumentar a rentabilidade das culturas. Esse crescimento no consumo está relacionado ao aumento de área plantada das culturas que mais consomem fertilizantes e agrotóxicos, tais como soja, milho, cana-de-açúcar, café e algodão, assim há uma necessidade maior de adubos para a recuperação de solos pobres em nutrientes. O Quadro (01) a seguir mostra o crescente consumo de agrotóxicos e fertilizantes químicos pela agricultura brasileira assim como o crescimento das lavouras decorrentes do uso desses insumos.

A agricultura tradicional de base camponesa é responsável pela conservação das condições de produtividade. A base dessa agricultura é sustentável, ao passo que a agricultura de base industrial que usa o pacote da Revolução Verde não conserva as condições de produtividade. Ela considera o solo como substrato, adiciona a ele adubo químico e água, e prepara-o com o uso de máquinas (PEREIRA 2012, p. A agricultura moderna competiu e compete de forma desigual com a agricultura tradicional, mesmo sabendo que está sempre esteve presente e é a responsável por cerca de 70% dos alimentos que chegam à mesa brasileira, sendo aquela direcionada para o mercado externo. No dia 09 de julho o Centro de Desenvolvimento Agroecologico Sabiá- (CENTRO SABIÁ) promoveu um flashmob2 em comemoração aos seus 20 anos de fundação, que contou com a participação da juventude rural e urbana e agricultores camponeses da Zona da Mata, Agreste e Sertão de Pernambuco.

Figura 06: Distribuição das cestas com alimentos livres de agrotóxicos durante o flashmob na Avenida Guararapes- Centro do Recife- PE Foto: Retrographie Atelier de Imagem (09/07/2013). Durante intervenção urbana foram utilizados dois caminhões, um representando a agricultura e alimentos produzidos de forma saudável onde estava as cestas de alimentos e outro representando o agronegócio e produção de commodities (agrotóxico) contendo apenas cana-de-açúcar. O objetivo era sensibilizar a população sobre a importância da escolha por alimentos saudáveis para saúde. Assim a mobilização que estava prevista para durar cerca de 15 minutos, que seria o tempo de entrega das cestas e cartinhas sobre a produção de alimentos agroecológicos durou apenas 7 minutos devido a grande procura da população pelas cestas com alimentos que passava na Avenida Guararapes (Centro do Recife) no momento do ato.

OS IMPACTOS NEGATIVOS DA AGRICULTURA MODERNA NO CAMPO As tecnologias desenvolvidas para a agricultura têm garantido uma maior produtividade em curto período de tempo, além de minimizar as perdas durante a produção, o que garante a eficiência e maior lucratividade para o produtor que detém capital para investir, como também mudou substancialmente a forma de cultivar e trabalhar com a terra, causando impactos negativos a natureza e sociedade. p. Sem dúvida a sustentabilidade é algo muito almejad na sociedade moderna, mas para que haja de fato uma sociedade socialmente justa e ambientalmente sustentável se faz necessário uma mudança de paradigma, onde haja políticas que garantam um desenvolvimento econômico, político e social como salienta Goulet (2002): A viabilidade econômica depende de um uso de recursos que não os esgote irreversivelmente e de um padrão de manejo de lixo resultante da produção que não destrua a vida.

A sustentabilidade política se baseia em dar a todos os membros da sociedade uma responsabilidade na sua sobrevivência: isto não pode ser conseguido, a menos que todos gozem de liberdade, direitos pessoais invioláveis, algum nível mínimo de segurança econômica e acredite que o sistema político no qual vivem persegue algum bem comum, e não meros interesses particulares. Finalmente, se o desenvolvimento é para ser social e culturalmente sustentável, os fundamentos da vida comunitária e os sistemas simbólicos de significação devem ser protegidos, e não cozinhados em banho-maria até o esquecimento sob o pretexto de submissão às exigências de alguma racionalidade tecnológica impessoal Goulet (2002, p. Assim, a agricultura moderna torna-se insustentável devido as suas características básicas como, concentração de terra e renda, produção em forma de monocultivo (commodities), uso intensivo de agrotóxicos, fertilizantes, mecanização e biogenética (sementes transgênicas), exploração intensa da mão de obra, bens naturais entre outros.

É importante perceber que o agronegócio sempre busca as regiões que possuam condições naturais favoráveis a sua expansão, minimização dos custos e maximização do trabalho e lucro. Essa preferencia por regiões com grande disponibilidade hídrica Thomaz Junior (2010) tem denominado de agrohidronegócio, que no caso seria; A expansão da agropecuária capitalista, no Brasil, referenciada no modelo agroexportador, se consolida territorialmente no que denominamos de Polígono do Agrohidronegócio, a contar com o Oeste de São Paulo, Leste do Mato Grosso do Sul, Noroeste do Paraná, Triângulo Mineiro e Sul-Sudoeste de Goiás. Está-se diante de 80% das plantações de cana-de-açúcar, também de concentração das plantas bem como 30% das terras com soja e onde se registra os maiores avanços em termos de área com plantações de eucaliptos.

p. A cadeia produtiva do agronegócio sempre buscam áreas com condições edafoclimáticas favoráveis para sua expansão, dando preferencia as áreas com uma grande disponibilidade de terras, relevo plano, disponibilidades hídrica entre outros, é o que Thomaz Junior (2010) chama de Agrohidronegócio (figura 08). Chayanov (1986) contrapõem-se as teorias anteriores admite que a teoria económica da sociedade capitalista moderna é um sistema complexo de categorias económicas preço, capital, salário, juro, renda, no entanto, a classe camponesa não faz parte desta logica já que as explorações camponesas e artesanais estão baseadas no trabalho familiar sem está à única forma de obtenção de recursos já que o camponês está preocupado em satisfazer as necessidades da família, não sendo esta considerada uma atividade capitalista por não haver pagamento de salários ou lucro.

A concentração do poder econômico e político contribuem para a homogeneização dos modelos produtivos, dos padrões de consumo e dos estilos de vida, transformando as práticas tradicionais de uso dos recursos, desestabilizando os processos ecológicos e desintegrando a identidade e solidariedade dos grupos culturais (LEFF, 2000:216). A produção camponesa tem como base o trabalho familiar, a família, equipada de meios de produção. Utiliza sua força de trabalho para cultivar o solo e obtém, como resultado do trabalho uma certa quantidade de bens, o que caracteriza o camponês como um sujeito social cujo movimento histórico se caracteriza por modos de ser e de viver que lhe são próprios (CARVALHO, 2004a, p. A racionalidade camponesa a diferencia do modo de produção capitalista que tem como característica principal o lucro.

Nessa perspectiva Abramovay, (2000, p. esclarece que; Diferentemente de uma empresa capitalista, num estabelecimento camponês o critério de maximização da utilidade não é a obtenção da maior lucratividade possível em determinadas condições. O uso do trabalho camponês é limitado pelo objetivo fundamental de satisfazer às necessidades familiares. Assim a agricultura hoje chamada de familiar nada mais é que a agricultura camponesa de outrora que se utiliza dos recursos da sociedade moderna como estratégia para sua manutenção, autonomia e reprodução social da classe camponesa. um dos eixos centrais da associação camponesa entre família, produção e trabalho é a expectativa de que todo investimento em recursos materiais e de trabalho despendidos na unidade de produção, pela geração atual, possa vir a ser transmitido à geração seguinte, garantindo a esta, as condições de sua sobrevivência [.

Os dados do senso agropecuário 2006 oficializa o que há muito tempo já é sabido, que a agricultura camponesa vem desenvolvendo um papel socioeconômico e cultural importantíssimo, visto que produz alimentos de qualidade e com menos impactos ambientais, preserva os saberes, conhecimentos tradicionais e os ecossistemas. PETERSEN (2009) destaca a importância da agricultura camponesa para a sociedade; Além da função essencial de produzir alimentos em quantidade, qualidade e diversidade, ele molda estilos de desenvolvimento rural que mantêm relações positivas com os ecossistemas, criando empregos estáveis e dignos, dinamizando as economias regionais por meio da diversificação de atividades e se adaptando com flexibilidade a mudanças de contextos climáticos, econômicos e socioculturais. Em suma: induz processos de desenvolvimento triplamente vencedores – social, econômica e ambientalmente –, dando assim concretude ao ideal de sustentabilidade.

A relação do camponês com a terra vai além da produção de alimentos, por que o campo é seu lugar de vida, onde está sua identidade, tradição e saberes, além disso, é seu lugar de trabalho, produção do conhecimento e das relações sociais e de seus valores, sendo estes compreendidos por Marques (2004. p. Nesse sentido, vive-se atualmente uma mudança de paradigma, em busca de formas de uso dos bens naturais de forma racional, assim como o valorização dos conhecimentos e saberes tradicionais de manejo dos ecossistemas. Como resultado se têm a diminuição dos impactos negativos da produção agrícola, fortalecimento do campesinato e reprodução social, como por exemplo, à permanência do jovem no campo, manutenção e reprodução da unidade familiar.

Para Guhur e Toná (2012): Agroecologia não é apenas um corpo de conhecimentos úteis, passíveis de serem aplicados, mas se configura como prática social, ação de “manejo” da complexidade dos agroecossistemas particulares, inseridos em múltiplas relações naturais e sociais, relações que eles determinam e pelas quais são determinados (p. A agroecologia não é apenas uma ciência que contribui para a produção de alimentos saldáveis e integra sociedade-natureza, é um modo de vida que vêm revalorizando e qualificando os espaços rurais que por muito tempo foram considerados arcaicos e atraso. Essa agricultura ecológica tem como premissas a utilização de métodos e técnicas (policultura e rotatividade no cultivo) que respeitam os limites da natureza, pouca ou nenhuma dependência de agroquímicos (substitui por adubo e repelente natural) e troca de saberes científicos com saberes locais desenvolvidos pelos agricultores (CAPORAL e COSTABEBER, 2004).

São essas características que torna esse modelo insustentável socioeconomicamente e ambientalmente. Ao longo da pesquisa pode-se constatar que o uso excessivo dos bens naturais pelo modo de produção capitalista assim como sua expansão no território tem causado o desmatamento de áreas importantes de matas nativas como ocorre no Bioma Cerrado mais recentemente no Centro-Oeste onde estão às áreas de plantação soja, cana-de açúcar, milho e produção de carne bovina do país, assim como ocorreu nos biomas costeiros. Além disso, essas atividades agrícolas que tem sua produção voltada para o mercado externo causam contaminação do solo e recursos hídricos com o uso de agrotóxicos, provocam queimadas e desmatamento das matas ciliares, perda da biodiversidade da fauna e flora, expulsões de populações tradicionais de seu território, e perda de grandes acervo de conhecimento tradicional.

Nessa perceptiva a agricultura camponesa além de produzir mais de 77% de todo alimento que chega a mesa dos brasileiros todos os dias, também é a produção que menos causa impactos comparados à agricultura moderna, além disso, tem possibilitado uma maior integração sociedade- natureza, gerado renda e valorização social do camponês e do campo, proporcionando um bem estar social em seu lugar de origem, trabalho e vida, onde a principal preocupação é a satisfação autonomia da família. Outra característica importante da agricultura camponesa é que há uma preocupação com o tipo de alimentos que está plantando e como está se prantado, nesse sentido alguns agricultores têm optado pela produção sem agrotóxicos ou fertilizantes químicos. AS- PTA agricultura familiar e agroecologia Disponível em: http://aspta.

org. br Acessado em: 04/09/2012. AGRA, Nadine Gualberto. SANTOS Robério Ferreira dos. Rigotto, R. M. Friedrich, K. Faria, N. M. Agencia Nacional de vigilância Sanitária – ANVISA- PROGRAMA DE ANÁLISE DE RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS EM ALIMENTOS (PARA) RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE 2010. Disponível em: http://portal. anvisa. gov. br/ Acessado e: 04/04/2013. Disponível em: < http://www. anda. org. br/> ALBUQUERQUE, MARCOS C. C. Instituto Disponível em: <http:// www. ibge. gov. br/ acessado em: 23/03/2013 BRASIL. Associação Nacional para Difusão de Adubos- ANDA. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. EMBRAPA - Disponível em: http://www. embrapa. br/ Acessado em: 24/01/2013. BECKER, Dinizar Fermiano (Org. G. S. Rizollo,A. Faria, N. M. V. Sobre a teoria dos sistemas econômicos não capitalistas. In: SILVA, José Graziano & STOLCKE, Verena.

A questão agrária: Brasiliense, São Paulo, 1981. P. CAMPOS, Christiane Senhorinha Soares CAMPOS, Rosana Soares. Soberania alimentar como alternativa ao agronegócio no Brasil. Scripta Nova -REVISTA ELECTRÓNICA DE GEOGRAFÍA Y CIENCIAS SOCIALES Universidad de Barcelona. Vol. XI, núm. Porto Alegre: EMATER/RS, 2003. Disponível em: http://www. planetaorganico. com. br/trabCaporalCostabeber. A QUESTÃO AGRÁRIA NO BRASIL, 1950-2003. In: Luciana Jaccoud (organizadora), Frederico Barbosa da Silva, Guilherme C. Delgado, Jorge Abrahão de Castro, José Celso Cardoso Jr. Mário Theodoro, Nathalie Beghin Questão social e políticas sociais no Brasil contemporâneo. Brasília, 2005. Questão agrária: conflitualidade e desenvolvimento territorial. Disponível em: < http://www2. fct. unesp. br/nera/>. Ed). Luta pela terra, reforma agrária e gestão de conflitos no Brasil.

Campinas: Editora da Unicamp, 2005. FERNANDES, Bernardo Mançano. A ocupação como forma de acesso a terra. II GOVERNANÇA DA TERRA NO SÉCULO XXI: SESSÕES FRAMING THE DEBATE GIL, A. C. Métodos e técnicas da pesquisa social. São Paulo: Atlas, 2002. GONÇALVES, C. Meio ambiente, desenvolvimento sustentável e políticas públicas. ed. São Paulo: Cortez: Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 2002. KAUTSKY, K. A Questão Agrária. GUIMARÃES, M. Sustentabilidade e educação ambiental In: Cunha, S. B. Guerra, A. J. B. A Evolução do pensamento agroecológico. In: ALTIERI, M. Ed. Agroecologia - as bases científicas da agricultura alternativa. Acesso em 25/08/2013 LEFF, E. CULTURA ECOLÓGICA E RACIONALIDADE AMBIENTAL. In: Ecologia, Capital e Cultura – Racionalidade Ambiental, Democracia Participativa e Desenvolvimento Sustentável.

Enrrique Leff. Coleção Sociedade e Ambiente. Revista NERA Presidente Prudente Ano 11, nº. pp. Jan. jun. MATOS, Patrícia Francisca; PESSÔA, Vera Lúcia Salazar. Rio de Janeiro, vol. n. MARTINS, J. S. O poder do atraso Ensaios de sociologia da história lenta. MARTINE, G. Fases e faces da modernização agrícola brasileira. Planejamento e Políticas Públicas, v. n. p. São Paulo, Caetés, 1987, p. MAZZETTO SILVA, Carlos Eduardo. Sustentabilidade in: CALDART, Roseli Salete; PEREIRA, Isabel Brasil; ALENTEJANO, Paulo e FRIGOTTO, Gaudêncio (org). Dicionário da Educação do Campo. Rio de Janeiro, São Paulo: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Expressão Popular, 2012. Políticas de reforma agrária contra os movimentos sociais de luta pela terra: uma análise dos anos 90.

Seminário Nacional Estado e Políticas Sociais no Brasil. Foz do Iguaçu – PR, 2002. Disponível em: http://cac-php. unioeste. OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. E Marques, Marta Inez Medeiro (org. São Paulo. Editora casa Amarela e editora Paz e Terra, 2004. OLIVEIRA, Ariovaldo U. Bacia do Alto Paraguai. Ensaios e Ciências, vol. n. Campo Grande, MS, p 13-37, 2002. PATERNIANI, Ernesto. PEREIRA, Monica Cox de Britto. Revolução Verde Educação do campo In. CALDART, Roseli Salete; PEREIRA, Isabel Brasil; ALENTEJANO, Paulo; FRIGOTTO, Gaudêncio (ORG. Dicionário da Educação do Campo. Rio de Janeiro, São Paulo; Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Expressão Popular, 2012. p. RAFFESTIN, C. Por uma geografia do poder. São Paulo: Ática, 1993. ROSSET, P. RODRIGUES, G. S. Impacto das atividades agrícolas sobre a Biodiversidade: causas e conseqüências.

In: Garay, I & Dias, B. Org. Acesso em: 24/04/2013 SABOURIN, Eric. Reforma agrária no Brasil: Considerações sobre os debates atuais. Estud. soc. agric, Rio de Janeiro, vol. THOMAZ JUNIOR, Antonio. O agrohidronegócio no centro das disputas territoriais e de classe no Brasil do século XXI. Campo-território: revista de geografia agrária, v. n. THOMAZ JUNIOR, Antônio. WANDERLEY, M. de N. B. A ruralidade no Brasil moderno: por un pacto social pelo desenvolvimento rural. In: GIARRACCA, N. br/nera/atlas Acessado em 21/02/2013. APÊNDICES UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS GEOGRÁFICAS CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA Plano de aula Professora: Bruna Rapozo Disciplina: geografia Serie: 2º Turma: A Hora: 10:00h as 10:30. Assunto: Agricultura moderna e os impactos socioeconômicos e ambientais no campo OBJETIVO Analisar e compreender o processo de modernização da agricultura brasileira e sua insustentabilidade além de compreender como se dá a relação da classe camponesa com a expansão das relações capitalistas no campo.

Busca-se compreender também as formas de reprodução social do campesinato, visto que, diferentemente do que alguns teóricos afirmavam o campesinato não é algo feudal, residual ou que deixou de existir, pelo contrario, é uma classe social de grande relevância que vem reproduzindo social e historicamente seu modo de vida e trabalho. CONTEÚDOS: AGRICULTURA MODERNA NO BRASIL • agrotóxicos e seu uso • os impactos socioambientais do agronegócio • agricultura camponesa • agricultura camponesa e produção de alimentos METODOLOGIA Aula expositiva/dialogada para tentar identificar o grau de compreensão dos alunos a respeito assunto a partir da realidade de cada um deles. p. EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. embrapa. br/ Acessado em: 24/01/2013. GONÇALVES, C. v. º semestre de 2011 p. CAPORAL, F. R. COSTABEBER, J. ANEXOS ATIVIDADE DE GEOGRAFIA HUMANA 1º Atualmente o Agronegócio é considerado o grande responsável pelo desenvolvimento econômico do País, crescimento do PIB, da renda e emprego no campo, no entanto esse tipo de atividade agrícola é uma das que mais causam impactos socioeconômicos e ambientais no campo e na cidade.

O setor do agronegócio é o que mais utiliza agrotóxico e fertilizante o que possibilita um aumento na produtividade e nos lucros para o setor. Com base na aula expositiva e no vídeo Sou Agromentira disserte sobre os impactos socioeconômicos e ambientais causados pela agricultura moderna (agronegócio), identificando as causas, consequências e as possíveis estratégias para minimizar esses impactos no campo. º O Estado tem papel fundamental na expansão do agronegócio e capital no campo. Nesse contexto, os maiores impactados são as comunidades e povos tradicionais tais como quilombolas, ribeirinhos, indignas, camponeses entre outros que perdem suas terras e modo de vida tradicional, já que suas sobrevivências dependem da terra e bens naturais.

149 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download