PORTFÓLIO DESAFIOS E POSSIBILIDADES DA IGUALDADE DE GÊNERO NO ESPAÇO ESCOLAR

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Gestão de crédito

Documento 1

Uma professora de escola pública que ao comentar em sua turma sobre a Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2019 realizada na França, precisou encarar um debate acirrado entre alunos e alunas sobre quais esportes devem ser praticados por homens e quais devem ser praticados pelas mulheres. Ao se deparar com essa situação, a professora sentiu necessidade de intervir de um modo que ensinasse os alunos a importância da igualdade de gênero. Sendo assim, ela conversou com professores de Educação Física para que eles elaborassem, juntos com ela, um projeto para elaborar um time feminino de futebol com as adolescentes da escola. No entanto, os alunos não aceitaram ter que dividir a quadra com as alunas, e alguns professores os apoiaram. Com isso, Alessandra recorreu a equipe pedagógica da escola para que fosse feito um dia sobre os “Desafios e possibilidades da igualdade de gênero no espaço escolar”.

Dessa forma, ao longo dos anos surgiu o termo igualdade de gênero, o qual exige que mulheres e homens usufruam igualmente de bens, oportunidades, recursos e recompensas com valor social.   Um aspecto crítico da promoção da igualdade de gênero é o empoderamento das mulheres, com foco na identificação e correção dos desequilíbrios de poder e na concessão de maior autonomia às mulheres para administrar suas próprias vidas.  Igualdade de gênero não significa que homens e mulheres se tornem iguais, apenas que o acesso a oportunidades e mudanças na vida não depende nem restringe seu sexo.   No entanto, esse conceito não é plenamente praticado. Onde existe desigualdade de gênero, geralmente são as mulheres as excluídas ou desfavorecidas em relação à tomada de decisões e acesso a recursos econômicos e sociais, seja em casa, no trabalho ou na escola, principalmente.

 Também houve contratempos para a igualdade de gênero no conteúdo da nova Base Nacional de Currículos (BNCC), e o fato de terem excluído a referência a “gênero” do Plano Nacional de Educação e de outros estados e países. Outro revés foi a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em setembro passado, que determinou a constitucionalidade do ensino religioso nas escolas, contribuindo para a censura na abordagem de questões relacionadas a gênero e sexualidade nas escolas. Desse modo, ao longo dos anos escolares o aluno passa por diversas fases de desenvolvimento, entre elas a adolescência. A adolescência é uma fase de amadurecimento: é um período de transição do desenvolvimento humano físico e psicológico entre a infância e a idade adulta.

Biologicamente, a adolescência é marcada pelo início da puberdade e pelo término do crescimento físico, com alterações nos órgãos e características sexuais, incluindo altura, peso e massa muscular, além de um tempo para grandes mudanças no crescimento e maturação do cérebro. Diante disso os professores e demais profissionais da educação devem orientar e aconselhar os adolescentes sobre a importância da igualdade de gênero. Inicialmente, o professor deve se comportar adequadamente com outros professores e alunos de forma coerente com o seu discurso, fazendo o seu próprio comportamento de modelo para os outros seguirem. Ao ser questionado, o educador deve responder às perguntas dos alunos sobre relacionamentos pessoais, orientação sexual, papéis, capacidades ou diferenças entre as pessoas.

 Manter os alunos informados ajuda a desestigmatizar os tabus para impedir que os alunos perpetuem estereótipos e conceitos errôneos. Além disso, a sala de aula deve ser um ambiente de igualdade e respeito, na qual meninos e meninas compartilham responsabilidades e trabalham juntos para concluir tarefas ou resolver problemas. A família, uma das principais esferas da sociedade, é uma das mais responsáveis em promover o respeito ao próximo. A igualdade de gênero começa em casa e as famílias estão na linha de frente da mudança.  Desde quebrar os estereótipos de gênero até compartilhar o trabalho de cuidar e educar as crianças sobre os direitos das mulheres e a igualdade de gênero. Conversar com os filhos sobre o assunto e o que precisa ser feito para o mundo aderir a isso prepara os jovens para liderar o caminho para um futuro melhor para todos.

Desde cozinhar e limpar, buscar água e lenha ou cuidar de crianças e idosos, as mulheres realizam pelo menos duas vezes e meia mais tarefas domésticas não remuneradas do que os homens. CONSIDERAÇÕES FINAIS Meninos e meninas devem se sentir bem-vindos em um ambiente de aprendizado seguro. Governos, escolas, professores, pais e alunos têm um papel a desempenhar para garantir que as escolas estejam livres de violência e discriminação, fornecendo uma educação de boa qualidade, sensível ao gênero. Para conseguir isso, os governos podem desenvolver currículos não discriminatórios, facilitando a formação de professores e garantindo que as instalações de saneamento sejam adequadas. Proporcionar às mulheres e meninas acesso igual à educação, assistência médica, trabalho decente e representação nos processos políticos e econômicos de tomada de decisão alimentará economias sustentáveis ​​e beneficiará as sociedades e a humanidade em geral.

 A implementação de novas estruturas legais relativas à igualdade feminina no local de trabalho e a erradicação de práticas nocivas direcionadas às mulheres é crucial para acabar com a discriminação baseada em gênero prevalecente em muitos países ao redor do mundo. Gênero e Políticas Públicas na Educação. In. Anais do III Simpósio Gênero e Políticas Públicas, Universidade Estadual de Londrina, 27 e 29 de maio de 2014.

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