Não consigo fazer. Preciso urgente até psicologia. Tem só 2 dias Título do pedido «A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL EM PACIENTES INFANTIS VÍTIMAS DE ABUSO SEXUAL».
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A violência sexual infantil é um fenômeno que se perpetua há séculos na história da humanidade, sendo atualmente considerado um assunto prioritário nas pautas das políticas públicas. De acordo com o último Atlas da Violência Brasileiro elaborado em 2018 pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), juntamente com o FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública), houve um aumento de 83% no que se refere aos registros de violência sexual contra crianças e adolescentes ocorridos entre 2011 e 2017, sendo efetuados 184.524 registros, apontando 58.037 (31,5%) abusos com crianças e 83.068 (45,0%) contra adolescentes.
O Relatório revela ainda que 74,2% dos menores vítimas de abuso sexual são meninas e 25,8% meninos, sendo que o crime ocorre com mais frequência entre as crianças de 1 a 5 a
Mostrar todosnos de idade, com prevalência entre a raça negra. Já entre os adolescentes, a pesquisa revela que 92,4% do crime ocorre com o sexo feminino, contra 7, 6% masculino, e que em ambos os públicos, os mais vulneráveis são os de menor idade. Em relação ao perfil dos agressores, em mais de 80% dos casos são do gênero masculino, 37% possuem algum tipo de vínculo familiar, 58,2% acontecem dentro de casa, e que mais de 33,7% dos abusos se repetem. O estupro foi o tipo de violência mais praticado, somando um percentual de 70,4% entre os adolescentes e 62,0% entre as crianças. Segundo Schneider e Habigzang (2016) a violência sexual é considerada um problema de saúde pública, pode causar diversas consequências negativas no desenvolvimento cognitivo, comportamental e emocional às vítimas.
Segundo Florentino (2015) o abuso sexual é caracterizado por qualquer ação entre um ou mais adultos e uma criança ou adolescente, sendo que este ato pode ocorrer no contexto familiar, quando o abusador tem algum grau de parentesco esta prática é denominada incesto, que pode ocorrer um longo período e por vezes ser realizado com o conhecimento dos familiares, na cultura brasileira o incesto é uma das formas de abuso mais vivenciadas por crianças e adolescentes, há também o abuso vivenciado com pessoas que possuam algum vínculo afetivo, ambos geram consequências danosas em todas esferas da vida das vítimas.
De acordo com a Lei 13.431/2017, cujo objetivo foi normatizar e organizar os direitos e garantias infanto juvenil, criando mecanismos de prevenção e coibição da violência, tipificou as ações de violência como: violência física (uso da força física), violência psicológica (palavras ou comportamentos que depreciam, discrimine ou desrespeite sobre ameaças, constrangimentos, humilhações...), violência institucional (revitimização) e a violência sexual, tipificação esta que será explorada neste artigo e caracterizada no inciso III desta respectiva lei como:
III - violência sexual, entendida como qualquer conduta que constranja a criança ou o adolescente a praticar ou presenciar conjunção carnal ou qualquer outro ato libidinoso, inclusive exposição do corpo em foto ou vídeo por meio eletrônico ou não, que compreenda: a) abuso sexual, entendido como toda ação que se utiliza da criança ou do adolescente para fins sexuais, seja conjunção carnal ou outro ato libidinoso, realizado de modo presencial ou por meio eletrônico, para estimulação sexual do agente ou de terceiro; b) exploração sexual comercial, entendida como o uso da criança ou do adolescente em atividade sexual em troca de remuneração ou qualquer outra forma de compensação, de forma independente ou sob patrocínio, apoio ou incentivo de terceiro, seja de modo presencial ou por meio eletrônico; c) tráfico de pessoas, entendido como o recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento da criança ou do adolescente, dentro do território nacional ou para o estrangeiro, com o fim de exploração sexual, mediante ameaça, uso de força ou outra forma de coação, rapto, fraude, engano, abuso de autoridade, aproveitamento de situação de vulnerabilidade ou entrega ou aceitação de pagamento, entre os casos previstos na legislação;
Conforme Florentino (2015), ao vivenciar uma situação de abuso sexual a criança ou adolescente passa a sofrer uma violação dos direitos humanos, fato que não escolhe cor, raça, credo, etnia, sexo, idade para que seja experienciado. Diante do exposto, é fundamental buscar no arcabouço teórico algumas consequências e impactos no desenvolvimento advindas do abuso sexual infanto-juvenil.
No que se trata de debater as consequências do abuso sexual com crianças e adolescentes, é importante salientar algumas particularidades sobre aspectos do ato como: o grau de penetração, se houve insultos ou violência psicológica, se o agressor fez o uso de força ou violência física, entre outros aspectos como idade da criança, quando houve o início da violência, a duração e quantidade em que o abuso ocorreu, a diferença de idades do abusador e do abusado, se existe vinculação entre o abusador e vítima, entre outras situações que comprometem os impactos após a ocorrência do abuso sexual (FLORENTINO, 2015).
Diante disto pode-se elencar alguma consequências físicas que podem ser apresentadas após o abuso: lesões genitais e anais devido a penetração ou por introdução de dedos e ou objetos na vagina das vítimas ou ocasionando lacerações da mucosa anal gerando sangramentos e perda do controle esfincteriano, doenças sexualmente transmissíveis, disfunções sexuais, hematomas, contusões e fraturas, em alguns casos a vítima evidencia ferimentos devido a tentativa de enforcamento, queimaduras de cigarro, dentre outros. As consequências do abuso sexual infanto-juvenil estão presentes nas mais diversas situações da raça humana, semeando marcas físicas, psíquicas, sociais, sexuais que podem vir a comprometer de diversas formas a vida da vítima, que suportou tamanha violência (FLORENTINO,2015).
Para Schneider e Habigzang (2016) a violência sexual pode influenciar em diversos problemas para o desenvolvimento psicológico, como a percepção de diferença em relação aos pares, sentimentos de vergonha, medo, percepção de culpa, isolamento social, irritabilidade, alterações de sono, apetite e diminuição do rendimento escolar. O fato de ter vivenciado o abuso sexual, pode desencadear e manter na vítima sintomas psicopatológicos. Alguns transtornos como de humor, ansiedade, disruptivos, alimentares, enurese, encoprese e transtornos por uso de substância e também o transtorno de estresse pós traumático (TEPT), é identificado como o diagnóstico mais comumente encontrado em crianças e adolescentes.
No Brasil o modelo de grupoterapia cognitivo-comportamental denominado Superar, apresenta evidências de efetividade, é constituído por 16 sessões semi-estruturadas, e dividido em três etapas, na primeira é feita a psicoeducação e reestruturação cognitiva, na segunda é feito o treino de inoculação do estresse e por último a prevenção de recaída (SCHNEIDER E HABIGZANG, 2016).
O objetivo geral do presente trabalho é analisar as contribuições da terapia cognitiva comportamental em crianças e adolescentes que foram vitimas de abuso sexual. Os objetivos específicos consistem em discorrer sobre a formação ocidental dos indivíduos e o papel da criança e do adolescente frente à sociedade, as contribuições da terapia cognitiva comportamental, as marcas deixadas pelo abuso sexual e as metodologias de ação mais adequadas frente essa realidade. Ocultar
Durante muitos anos, ainda nos primeiros passos dos homens enquanto sociedade acreditava-se que apenas o tamanho e o corpo físico de um indivíduo era alterado com o passar dos anos, transformando meninos em homens. Porém, muitos anos se passaram até que fosse compreendido que o desenvolvimento humano vai muito além da altura e do crescimento dos músculos e ossos.
Para Áries (1981), o papel das crianças já começou a ser questionado após o século XII, isso porque apenas os jovens e adultos tinham uma importância crucial para a sociedade que tinha a sua base totalmente ligada a execução de tarefas pesadas e tomadas de decisão, tarefas que ambas não poderiam ser plenamente executadas por crianças.
Tal realidade resultava em uma sociedade que não questionava a presença e o desenvolvimento inf
Mostrar todosantil, associando a criança uma simples fase transitória onde era necessário apenas garantir sua sobrevivência até que o tempo passasse e a mesma tomasse a forma de um adulto, sempre levando em consideração que a definição de “adulto“ passou por uma série de transformações ao longo do tempo. Atualmente, é necessário que um indivíduo tenha 18 anos completos para ser considerado adulto, em tempos anteriores ao último século, uma criança de doze anos já poderia ser considerada adulta o suficiente para ter um emprego, se casar, e concluir as demais tarefas que são naturais da fase adulta (ÁRIES, 1981).
O autor ainda explica que a convenção social que coloca a mulher como cuidadora direta do lar e dos filhos tem uma forte relação com as definições antigas de infância. Isso porque, durante os primeiros anos de vida, a criança necessita de auxilio para realizar basicamente todas as tarefas, quando essa necessidade diminui conforme a criança vai criando autonomia se inicia o processo que termina com a mesma sendo considerada uma adulta, mesmo que sua formação física e mental ainda não esteja concluída (ÁRIES, 1981).
Essa ideia que coloca a criança como uma posse de seus progenitores ou responsáveis legais, apesar de ser considerada obsoleta e ultrapassada, ainda apresenta grande influencia nos dias atuais. Tal realidade se consolida quando analisamos a grande quantidade de casos de violência sexual, psicológica e física aplicada a crianças e adolescentes por parte de agentes que pertencem a sua própria família ou estão próximas da mesma.
Levando em consideração que a maior parte dos abusos sexuais infantis ocorre dentro dos lares, é preciso que as motivações que levam a essa realidade sejam avaliadas e duramente combatidas. Em busca de proteger e acolher essas crianças, para que as mesmas se desenvolvam da maneira correta e saudável. Ocultar
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