Educação de jovens e adultos baseada na experiência de vida do aluno

Este trabalho percorre, a partir de um estudo bibliográfico e exploratório sobre a educação de jovens e adultos, temática tão atual no Brasil. A pesquisa deu importância à perspectiva do aluno, a partir de suas experiências nessa modalidade de ensino para caracterizar e registra um perfil, assim como procurar entender à realidade de quem frequenta o ambiente escolar na modalidade EJA.
É imprescindível resgatar estudos já realizados, e destacar os principais pontos da realidade desses alunos, em sua trajetória escolar e de vida, em especial em um país, que tem como característica central a desigualdade social gritante, e que por meio de políticas sociais, consegue ainda instituir a possibilidade de mobilidade social desses jovens e adultos, a partir da educação.
A educação é o caminho, aq Mostrar todos ui visto como possível de transformação de realidades ensejando nessa modalidade, oferecer uma dinâmica de ensino-aprendizagem que respeite às diferentes trajetórias dos alunos, e inclua os diversos saberes, como saberes importantes, para além do saber erudito. Ocultar

Sendo uma demanda existente, o poder pública tem a responsabilidade de identificar esses jovens e oferecer um sistema público de ensino de qualidade, e também possibilidades que estes possam permanecer no ambiente escolar, evitando assim a evasão escolar, que já existe em um número significante. Ferreira (2017) evidencia a importância do saber sensível e o saber cotidiano, para a sala de aula.
Os alunos do EJA, por terem a característica de terem vivências no mercado de trabalho, e terem responsabilidades cedo, são fortes candidatos a pensarem em soluções mais rápidas e reais, sendo um grupo que tem vontade de conhecimento, sendo apenas disposto em um tipo de conhecimento sistemático, que é oferecido no ambiente escolar.
Um ponto positivo nessa modalidade é uma maior autonomia dada aos Mostrar todos alunos, devido à faixa etária e histórico de vida destes. Por isso, é um espaço que a possibilidades de compreensão das singularidades e de uma maior valorização do conhecimento empírico é notável. O reingresso de alunos à vida escolar, dá a oportunidade de desenvolver potencialidades, e assim, permitir que se abra diferentes caminhos para estes alunos, que por alguma motivação tiveram que parar por determinado momento de frequentar o espaço da escola. Ferreira (2017, p.17) observa que “Os alunos da EJA têm traços de vida, origens, idade, vivências profissionais, históricos escolares, ritmos de aprendizagens e estruturas de pensamentos muito diferentes.”
A pesquisa realizada por Antunes (2006) conseguiu a partir de relatos, identificar algumas características desses alunos e sua relação com a educação de jovens e adultos. Foi trazido duas categorias iniciais: a auto-imagem e a auto-estima. Uma das questões elencadas foi “sentir-se incapaz de aprender como os outros alunos” (ANTUNES, 2006, p.94). Isso permite, um maior conforto em se expor, e de participar da aula, além do que as práticas tentam focalizar nas potencialidades singulares.
Elementos como maturidade, desenvolvimento pessoa, a possibilidade de aprender mais também apareceram na pesquisa, no qual “tornam-se fundamentais práticas pedagógicas que assegurem a construção da consciência crítica”. (ANTUNES, 2006, p.97). Além disso, as vivências puderam também ser notadas como importantes desse processo de aprendizagem: “São as Vivências Pessoais, Profissionais e Sociais, que caracterizam e diversificam qualquer espaço educativo institucionalizado.”(ANTUNES, 2006, p.98). Ocultar

ANTUNES, Denise Dalpiaz. Relatos significativos de professores e alunos na educação de jovens e adultos e sua auto-imagem e auto-estima. 2006. Dissertação de Mestrado. Pontifícia Universidade católica do Rio Grande do Sul.

FERREIRA, Núbia Nafaiete Ferraz. O perfil dos alunos e alunas da educação de jovens e adultos: alfabetização e diversidade. 2017

FONSECA, Paulo Roberto da; NEGRI, Paulo. A Formação da Educação de Jovens e Adultos no Brasil. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Edição 07. Ano 02, Vol. 03. pp 94-104, Outubro de 2017. ISSN:2448-0959

MATRÍCULAS na educação de jovens e adultos caem; 3,3 milhões de estudantes na EJA em 2019. INEP. 2020. Disponível em: Acesso em: 18 out. 2020.

SOUSA, Camila Zeferino de . O processo de ensino e aprendizagem e trajet Mostrar todos ória de vida dos alunos da eja. 2018. Disponível em: Acesso em: 29 set. 2020.

CARVALHO, Roseli Vaz. A juventude na Educação de Jovens e Adultos: uma categoria provisória ou permanente. In: 9º Congresso Nacional de Educação/3º Encontro Sul Brasileiro de Psicopedagogia. Paraná. 2009.

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