INFLUÊNCIA DE SESSÕES DE PILATES NA FLEXIBILIDADE DA COLUNA VERTEBRAL LOMBAR E DA ARTICULAÇÃO COXOFEMORAL DE ATLETAS DE FUTEBOL DA CATEGORIA SUB-17

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Serviço Social

Documento 1

Orientador: Prof. Dr. Marcelo La Torre Caxias do Sul 2014 INFLUÊNCIA DE SESSÕES DE PILATES NA FLEXIBILIDADE DA COLUNA VERTEBRAL LOMBAR E DA ARTICULAÇÃO COXOFEMORAL DE ATLETAS DE FUTEBOL DA CATEGORIA SUB-17. Leonardo Bassotto1 Marcelo La Torre2 RESUMO A flexibilidade é a capacidade física que permite uma articulação mover-se até sua amplitude máxima de movimento. O objetivo do presente estudo foi mensurar se o método Pilates solo é capaz de proporcionar ganhos de flexibilidade em atletas de futebol. É uma das capacidades físicas exigidas pelos praticantes da modalidade de Futebol, além de resistência, força e velocidade (GOMES, 2009). Esta capacidade está relacionada com a extensibilidade das unidades musculotendíneas que atravessam uma articulação, sendo baseada na capacidade de relaxamento ou deformação dessas estruturas, ou seja a sua capacidade de ceder a uma força de alongamento (KISNER; COLBY, 2009).

Kisner e Colby (2009) classificam a flexibilidade em dois tipos; flexibilidade dinâmica, que também é conhecida como mobilidade ativa e flexibilidade estática também denominada passiva. A flexibilidade ativa refere-se ao grau articular até onde uma contração muscular ativa pode mover um segmento corporal. Já a flexibilidade passiva, refere-se ao grau articular até onde um segmento corporal pode ser deslocado por meio de ajuda externa, sem contração muscular ativa. Alongamento balístico; trata-se de um alongamento intermitente rápido e forçado, com movimentos bruscos. Essa técnica parece não trazer riscos a pessoas jovens e saudáveis, porém não é indicada para pessoas idosas ou sedentárias, ou com lesões musculoesqueléticas. Já o FNP; tem o objetivo de relaxar de forma reflexa a tensão nos músculos.

Esta técnica integra propositadamente contrações musculares ativas nas manobras de alongamento, para facilitar ou inibir a ativação muscular, aumentando a possibilidade de relaxamento do mesmo. Um método não tão convencional de treinamento da flexibilidade que vem sendo muito utilizado na atualidade é o método Pilates, que segundo Selby e Herdman (2000), foi desenvolvido no início da década de 1920, por Joseph Humbertus Pilates, baseado na contrologia. No futebol os atletas necessitam adquirir ou manter os níveis de flexibilidade com intuito de melhorar o desempenho e prevenir lesões (MACHADO, 1997). Nesse sentido o objetivo do presente estudo foi verificar se o método Pilates solo é capaz de proporcionar ganhos de flexibilidade em atletas de futebol. MATERIAIS E MÉTODOS O presente estudo possui caráter quantitativo e experimental com um corte longitudinal e delineamento de grupos aleatórios.

Foram avaliados 22 atletas com média de idade de 16,14 anos (±0,3) do gênero masculino. Durante a aplicação da pesquisa 7 atletas foram excluídos, 1 devido a lesão, 1 devido a transferência para outra equipe e 5 desistiram da prática na equipe, totalizando uma amostra final de 15 atletas. Todos os atletas do GE realizaram as sessões simultaneamente, antes do treino. O quadro 1 apresenta o conteúdo realizado nas 12 sessões de Pilates solo. Quadro 1- Conteúdo das sessões de Pilates solo. Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semanas 4, 5 e 6 - Exercícios para explorar o centro de força; - Exercícios para mobilização da coluna vertebral; Nível Básico: - Os cem; 2x 60 - Rodar para frente; 2x 4 - Círculos com uma perna; 2x 10 - Rolar como uma bola; 2x 6 - Estiramento de uma perna; 2x 8 - Estiramento das duas pernas; 2x 6 - Estiramento da coluna para frente; 2x 5.

Nível Básico: - Os cem; 2x 60 - Rodar para frente; 2x 4 - Círculos com uma perna; 2x 10 - Rolar como uma bola; 2x 6 - Estiramento de uma perna; 2x 8 - Estiramento das duas pernas; 2x 6 - Estiramento da coluna para frente; 2x 5. Já o teste de flexão da coluna lombar ocorre com o indivíduo em pé. O mesmo deve permanecer com os pés juntos e alinhados e joelhos estendidos. O braço fixo do goniômetro é colocado perpendicular ao solo, no nível da espinha ilíaca, enquanto o braço móvel é colocado ao longo da linha axilar média do tronco. O eixo é colocado na altura da espinha ilíaca ântero-superior. As avaliações foram realizadas em uma sala reservada e os atletas estavam vestindo o próprio uniforme de treino.

A tabela 1 apresenta a média e desvio padrão dos grupos; controle (GC) e experimental (GE), nas avaliações pré-experimento, da flexibilidade do quadril com joelho fletido (QUADRIL JF), quadril com joelho estendido (QUADRIL JE) e coluna vertebral lombar. Não foram verificadas diferenças entre as médias dos grupos (p>0,05), dessa forma constatou-se que ambos os grupos iniciaram a pesquisa em condições muito semelhantes, essa homogeneidade tem fundamental importância no decorrer do estudo, pois evita que determinado grupo esteja em condições de vantagem ou desvantagem em relação ao outro no início do estudo. Nenhum dos grupos foi classificado como encurtados. Ferreira e Crispiniano (2012), realizaram um estudo acerca da flexibilidade de atletas profissionais de futebol submetidos a técnicas de alongamento estático e dinâmico, no período pré-experimental a grande maioria dos atletas apresentaram valores de flexibilidade, do quadril com o joelho estendido, entre 60° e 80° valor considerado encurtado.

Oliveira, Barbieri e Gonçalves (2013) avaliaram indivíduos da população normal e atletas profissionais de futebol, encontrando valores de média para flexão do quadril com o joelho estendido, de 75° para indivíduos da população normal, e 85° para atletas de futebol. Brasileiro, Faria e Queiroz (2007) associam a perda de flexibilidade da cadeia posterior do corpo, com o aparecimento de desvios posturais. Sena et al. sugerem que os desvios posturais nos atletas, são fatores de risco no que diz respeito a lesões de membros inferiores. Sendo assim, a flexibilidade tem papel importante na prevenção de lesões em atletas. Tabela 2: Valores de média e desvio padrão dos grupos controle (GC) e experimental (GE), para flexibilidade do quadril com joelho fletido, quadril com joelho estendido e coluna vertebral lombar, no período pós-experimento.

Com relação a flexibilidade do quadril com o joelho fletido, bem como do quadril com o joelho estendido foi constatada uma melhora de aproximadamente 8° (p<0,05). Já em relação à flexibilidade da coluna vertebral lombar, houve aumento de apenas 1° na média (p>0,05). Porém tendo em vista que a média de flexibilidade dessa articulação teve decréscimo de aproximadamente 5° no GC, é possível afirmar que as sessões de Pilates solo contribuíram para a manutenção da flexibilidade dessa região, pois impediu um decréscimo da mesma. O método Pilates aparece como uma alternativa eficiente na busca pela manutenção ou melhora dos níveis de flexibilidade. Freitas et al. Articulação Pré-Experimento Pós-Experimento P Quadril JF 123,8 (± 6,6)° 131,7 (± 6,1)° 0,011* Quadril JE 82,1 (± 5,7)° 90,4 (± 8,2)° 0,012* Coluna Lombar 85,9 (± 4,9)° 87,1 (± 4,5)° 0,057 * p<0,05 = diferença significativa No presente estudo especula-se que com um maior tempo de intervenções, possa ser observado aumentos ainda mais significativos na capacidade de flexibilidade.

Sugere-se também que com o aumento do tempo da prática do método Pilates, possam ser observadas os demais benefícios da prática do método, principalmente os relacionadas ao ajuste postural. CONCLUSÃO Os resultados obtidos no presente estudo demonstraram que o método Pilates solo é capaz de proporcionar ganhos de flexibilidade da musculatura posterior do quadril e coxa. Também foi possível inferir que durante o período competitivo, se não houver treinamento de flexibilidade, existe propensão para a redução dessa capacidade. O método Pilates solo apresenta-se como uma excelente ferramenta no treinamento da flexibilidade na modalidade de futebol, pois auxilia no acréscimo da capacidade, bem como na prevenção dos encurtamentos musculares a que os atletas são propensos em decorrência da sua carga específica de treino.

Regarding the lumbar spine, the EG did not show significant improvement, so there was maintaining flexibility in the EG in the range of the lumbar spine. The results obtained in this study demonstrated that Mat Pilates method was able to provide flexibility gains posterior muscles of the trunk and legs. Keywords: Pilates, flexibility, goniometry, football. REFERÊNCIAS APARÍCIO, Esperanza; PÉREZ, Javier. O autentico método pilates: a arte do controle. gov. br/arquivos/File/2010/artigos_teses/EDUCACAO_FISICA/monografia/O-efeito-do-metodo-pilates-no-ganho-da-flexibilidade. pdf>. Acesso em: 29 out. BERTOLLA, Flávia; BARONI, Bruno Manfredini; LEAL, Ernesto Cesar Pinto Junior; OLTRAMARI, José Davi. FARIA, Adriano Ferreira de e QUEIROZ, Luciano Lopes de. Influência do resfriamento e do aquecimento local na flexibilidade dos músculos isquiotibiais. Revista Brasileira de Fisioterapia. São Carlos-SP, v.

n. Flexibilidade: alongamento e flexionamento. ed. Rio de Janeiro: Shape, 1999. FERREIRA, Weslany Campos de Lucena. CRISPINIANO, Elvis Costa. php/REBES/article/view/2120>. Acesso em: 28 mar. FREITAS, Diego Soares de; LIMA, Danilo Lopes Ferreira; BRAID, Liana Maria Carvalho; FRANCHI, Kristiane Mesquita Barros; PINHEIRO, Mônica Helena Neves Pereira. Avaliação da flexibilidade do grupo muscular isquiotibial entre indivíduos praticantes do método pilates. Coleção Pesquisa em Educação Física, Fortaleza, v.  Treinamento Desportivo: Estruturação e Periodização. ed. Rio de Janeiro: Artmed, 2009. KENDALL, Florence Peterson. MCCREARY, Elizabeth Kendall.  Revista Brasileira de Fisioterapia, São Carlos-sp, v. n. p. jun. Disponível em: <http://www. com/doc/26778680/A-Flexibilidade-No-Futebol> Acesso em: 25 set. MAGEE, David J. Avaliação Musculoesquelética. ed. Barueri, SP: Manole, 2005. Disponível em: <http://www. rbpfex. com. br/index.

php/rbpfex/article/view/138> Acesso em: 25 mar. VACCARO, Thaisa Chissini. DE MARCHI, Thiago. ROSSI, Rafael Paolo. GROSSELLI, Douglas. MANCALOSSI, José Luis. PIRES, Daniela Cardoso; SÁ, Cloud Kennedy Couto de. Pilates: notas sobre aspectos históricos, princípios, técnicas e aplicações. Revista Digital, Buenos Aires, Año 10, Nº 91, Diciembre de 2005. Disponível em: <http://www. efdeportes. PIKEL, Marina. Método pilates em revista: aspectos biomecânicos de movimentos específicos para reestruturação postural – Estudos de caso. Revista Brasileira Ciência e Movimento, São Paulo. Disponível em: <http://portalrevistas. ucb. SENA, Danielle Almeida de; FERREIRA, Francislayni Marchiori; MELO, Renata Helena Galvão de; TACIRO, Charles; CARREGARO, Rodrigo Luiz; OLIVEIRA, Silvio Assis de Júnior. Análise da flexibilidade segmentar e prevalência de lesões no futebol segundo faixa etária.

 Revista de Fisioterapia e Pesquisa, Campo Grande, v. n. p.

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