Auditoria na area da saúde

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Enfermagem

Documento 1

O ser humano vive mais e de forma mais saudável. Entretanto, por sua complexidade, o setor da saúde apresenta descontentamentos, uma vez que é dispendioso, excludente e não se conhece sua efetividade. A necessidade de reverter este quadro levou o setor a procurar novas opções de gestão, em que a avaliação de todos os processos envolvidos no sistema de saúde se torna prioridade, destacando-se as ações de auditoria. Neste artigo, pretende-se, por meio de revisão da literatura, destacar o papel da auditoria como ferramenta para gestão em saúde, planejamento, monitoramento e avaliação de ações e serviços de saúde, exprimindo sua função educadora e não apenas fiscalizadora e punitiva. Palavras-chave: Auditoria; educação; gestão; monitoramento; sistemas de saúde.

C. Na saúde, a auditoria teve sua primeira aparição em um trabalho realizado pelo médico George Gray Ward, nos Estados Unidos, em 1918. Esse verificava a qualidade da assistência prestada pelo registro do prontuário. Na enfermagem, a auditoria foi aplicada por volta do ano de 1955, no Hospital Progren, nos EUA (MOTTA, 2008). A auditoria é uma área no qual não há muitos enfermeiros atuando. A auditoria é um assunto relevante para a sociedade, observando e aplicando uma melhoria de qualidade hospitalar para os clientes, fazendo com que todo o serviço prestado esteja de acordo com a resolução. Para os futuros enfermeiros que desejam atuar na área, é necessário um estudo mais aprofundado para que os profissionais possam realmente conhecer a essência da auditoria. Por isso, é de suma importância a realização de estudos com estes, para que sejam esclarecidas as dúvidas dos profissionais interessados.

Tendo em vista que, quanto mais estudos sobre esta área de enfermagem, mais motivações e realizações futuras poderão ser realizadas. • Objetivo Objetivo Evidenciar o papel da auditoria na gestão da qualidade nos serviços de saúde. Já Setz (2009) et al. remetem à auditoria, mas como uma visão educacional, levando em conta que o papel da auditoria não é somente diminuir custos, nem apontar falhas, mas que traga consigo sugestões e soluções, para exercer, assim, o controle. Com isso, entende-se que a auditoria é vista com dois propósitos diferentes, porém interligados e como consequência um do outro, ou seja, obtendo-se melhoria na qualidade da assistência prestada, registros mais claros e coesos e uma prática diária de educação continuada e treinamentos, os gastos das instituições de saúde irão reduzir-se significativamente.

Rosa (2012) refere-se ao surgimento da auditoria como uma necessidade de mensurar qualidade de serviço, que se reduzam custos, entretanto, não se perca a qualidade. Dessa maneira, Camelo (2009) et al. Exemplo: análise de contas interna após seu fechamento, ou seja, alta do paciente. AUDITORIA DE ENFERMAGEM NO HOSPITAL (MOTTA, 2004) 2. AUDITORIA INTERNA NO FATURAMENTO É o serviço de auditoria realizado por um enfermeiro contratado pelo hospital, que será responsável pela análise das contas hospitalares após a alta do paciente, fiscalizando a compatibilidade do prontuário e a cobrança efetuada na conta hospitalar. Para a correta realização deste tipo de auditoria, é necessário que o enfermeiro conheça as leis do exercício profissional, para que possa atuar em conformismo. AUDITORIA INTERNA EM EDUCAÇÃO CONTINUADA (MOTTA, 2004) É também realizado por um enfermeiro contratado pelo hospital, este será responsável por orientar a equipe interdisciplinar que tem acesso ao prontuário, para conscientização da equipe sobre a importância legal de seu preenchimento, esclarecendo todas as dúvidas possíveis e dando as orientações necessárias.

É necessário um domínio de todos os processos que envolvem o atendimento ao paciente, desde a sua internação à alta. A auditoria deve ser de forma preventiva, deve se embasada numa linguagem única, assistindo o paciente com qualidade e visando a redução dos custos. MOTTA, 2004) 3. CONTEXTO DE AUDITORIA NA SAÚDE A atividade de auditoria, principalmente na área contábil, é deveras antiga, tendo sido encontrados registros deste tipo de atividade que datam de 4500 a. C. Na assistência à saúde, a auditoria pode ser desenvolvida em vários setores e por diferentes profissionais, destacando-se entre elas a auditoria médica, caracterizada por uma sequência de ações administrativas, técnicas e observacionais, com o intuito de analisar a qualidade dos serviços prestados a fim de assegurar seu melhor desempenho e resolubilidade (MOTTA; LEÃO; ZAGATTO, 2005).

Atualmente, a auditoria na saúde pode ser realizada em hospitais, clínicas, ambulatórios, home care, por operadoras de planos e seguros de saúde (MEDEIROS, 2008). A auditoria de enfermagem, integrada ao trabalho da auditoria médica, avalia continuamente a qualidade da assistência que o corpo de enfermagem de uma determinada instituição de saúde presta aos pacientes, desde a internação até a alta. Isso é alcançado por meio de análise da documentação da assistência registrada nos prontuários, verificação do atendimento prestado ao paciente durante o período de internação, 3 bem como por visitas in loco, a fim de assegurar o pagamento de todos os procedimentos com exatidão (MOTTA; LEÃO; ZAGATTO, 2005). Acrescenta-se a essas modalidades, a auditoria de gestão, definida como função organizacional de revisão, avaliação e emissão de opinião quanto ao ciclo administrativo (planejamento, execução, controle) em todos os momentos e ambientes das entidades (GIL, 2000).

Como o SUS é um sistema complexo, dinâmico e em constante evolução, para acompanhar seu processo de crescimento, ações, indicadores e resultados, foram desenvolvidos diferentes sistemas e redes de informações estratégicos, gerenciais e operacionais, que são usados pelo SNA para obtenção de dados, análise e suporte à realização de auditorias analíticas e operacionais (BRASIL, 2005). A auditoria analítica no âmbito do SUS consiste no exame do todo ou de partes de processos, assim como de acompanhamento, controle e avaliação à distância de um prestador ou de um processo. Deve ser utilizada como rotina e permitir traçar o perfil de um sistema, atividade ou serviço. Na análise pormenorizada de relatórios e documentos, visa aferir a eficácia, a eficiência e a efetividade dos serviços prestados, bem como a adequação dos recursos aplicados.

A propriedade ou veracidade das informações colhidas poderá ser conferida in loco durante a auditoria operativa, que compreende a atividade desenvolvida na própria unidade em que as ações e os serviços são realizados, mediante a observação direta de controles internos, fatos, dados, documentos e situações. Para manter posição competitiva no mercado, precisaram se reorganizar e reestruturar, passando por uma série de transformações que permitissem sua adaptação aos novos processos de trabalho (SANTOS, BARCELLOS, 2009). Ao fornecer conhecimentos sobre o verdadeiro estado da organização, a auditoria tornou-se facilitadora dessas mudanças, deixando de ser apenas um instrumento fiscalizador para promover a contenção de custos. Lançando mão das atividades de auditoria interna, a organização consegue atingir os seus objetivos internos de custos, produtividade, qualidade e satisfação dos clientes.

SANTOS, BARCELLOS, 2009). Segundo Koyama (2006), Preger entende que a auditoria não deveria ter somente um enfoque de controle de custos e auditagem de despesas médicas, podendo desempenhar um papel importante de regulador entre a qualidade dos serviços prestados e seus respectivos custos, constituindo o fator que estabelece o equilíbrio. O auditor, por sua vez, tem o papel de melhorar as formas de atendimento, disponibilizar os recursos de forma técnica, acompanhar a qualidade dos serviços oferecidos e verificar a exatidão na indicação de sua execução (SANTOS; BARCELLOS, 2009). BENEFÍCIOS DA AUDITORIA NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Os benefícios trazidos pela auditoria na assistência de enfermagem tornam-se evidência constante nas diversas áreas de atuação da profissão, pois a prática de auditoria tem demonstrado melhoras notórias na qualidade da assistência paralela com a redução de custos.

Rosa (2012) ressalta que a avaliação sistemática da qualidade da assistência é realizada por prontuários, o que proporciona a compatibilidade entre os procedimentos realizados com os itens que compõem a conta a ser cobrada, garantindo, assim, um pagamento justo. O mesmo ainda diz que a auditoria não é uma forma de fiscalização do cuidado, mas um programa de educação continuada, que permite o aprimoramento dos profissionais de saúde. Através da auditoria, as instituições de saúde têm a possibilidade de realizar um diagnóstico quanto ao desempenho dos processos, sendo relacionada ao paciente ou diretamente à administração. Significa o melhor que se pode fazer nas condições mais favoráveis, dado o estado do paciente e mantidas constantes as demais circunstâncias.

EFETIVIDADE – melhoria na saúde, alcançada ou alcançável nas condições usuais da prática cotidiana. Ao definir e avaliar a qualidade, a efetividade pode ser mais precisamente especificada como sendo o grau em que o cuidado, cuja qualidade está sendo avaliada, alça-se ao nível de melhoria da saúde que os estudos de eficácia têm estabelecido como alcançáveis. EFICIÊNCIA – é a medida do custo com o qual uma dada melhoria na saúde é alcançada. Se duas estratégias de cuidado são igualmente eficazes e efetivas, a mais eficiente é a de menor custo. Ao abordar a qualidade em saúde pensando em Gestão da Qualidade Total, faz-se necessário avaliar a qualidade, a fim de perceber e julgar o serviço que está sendo oferecido pela instituição de saúde.

EVOLUÇÃO DA AUDITORIA EM SAÚDE: DA GLOSA AO APOIO À GESTÃO Da mesma forma que as organizações de saúde são mutantes, também o é a auditoria em saúde, cujo perfil vem se alterando ao longo dos anos. De um ciclo tradicional focado em glosar, fixar normas, medir desempenho, com valorização da quantidade e do preço, a auditoria em saúde passou à avaliação da qualidade das pessoas, dos processos e dos resultados. Em sua fase atual, destaca-se como uma ferramenta de apoio à gestão, constituindo instrumento de aperfeiçoamento e educação contínua, que permite buscar a excelência em aspectos técnicos, administrativos, éticos e legais (MEDEIROS; ANDRADE, 2007; MOTTA; LEÃO; ZAGATTO, 2005). A auditoria como ferramenta de gestão ajuda a eliminar desperdícios, simplificar tarefas e transmitir informações seguras sobre o desenvolvimento das atividades executadas (PORTAL DE CONTABILIDADE, 2009), ao mesmo tempo em que visa a construção e a consolidação da organização, impedindo fraudes e erros fortuitos, como má aquisição de equipamentos e insumos, falhas de seleção e treinamento de pessoal, falhas em sistemas e pagamentos indevidos, que geram perdas ou danos por vezes irreversíveis.

Tem como estratégias a padronização e a qualificação dos registros, o aprimoramento contínuo dos profissionais, permitindo que se levante um diagnóstico para que sejam implantadas novas estratégias para melhora do atendimento e a redução dos custos dentro das unidades hospitalares. O levantamento dos estudos mostra, com uma visão ampla, que a auditoria surge com o intuito de melhorar a qualidade da assistência vinculada à diminuição dos gastos hospitalares, para que se tenha um pagamento justo, sobre o que, de fato, é gasto, bem como a fidedignidade do que foi feito. Nos estudos, mostra também que a enfermagem é crescente nesse setor, principalmente porque é o profissional que mantém mais contato e por mais tempo com o paciente. Quanto à produção científica, não é insipiente, porém novos estudos podem contribuir para o crescimento da mesma e gerar o surgimento de novas vertentes dentro deste meio As modificações ocorridas ao longo do tempo no sistema de saúde público e privado no Brasil,bem como sua enorme complexidade de serviços, tanto em sua conformação (consultórios, ambulatórios, policlínicas, hospitais) quanto em seus suprimentos e insumos, levam a concluir que há necessidade progressiva do trabalho de auditoria no serviço de prestação de assistência à saúde.

Em face da crescente e desordenada incorporação de tecnologia e medicamentos de custo altíssimo e muitas vezes sem comprovação de sua efetividade, agravam-se os problemas relacionados à escassez de recursos financeiros para a saúde, tornando necessária a adoção de estratégias para o enfrentamento da questão. São Paulo: Atlas, 2010. Camelo SHH, Pinheiro A, Campos D, Oliveira TL. Auditoria de enfermagem e a qualidade da assistência à saúde: uma revisão da literatura. Rev. Eletr. A prática da enfermeira em auditoria em saúde.  Escola de Enfermagem da Universidade da Bahia, Salvador, p. ROSA, Vítor Luis.  Evolução da Auditoria em Saúde no Brasil. f. SCHIESARI, L. M. C. Qualidade na gestão local de serviços e ações de saúde.

v. In: KURGANT, Paulina (org. Gerenciamento em Enfermagem. ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. PEREIRA, Luciane Lúcio. ed. São Paulo: Atlas, 2002. MOTTA, A. L. C. M. de M. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. GIL, A. L. Auditoria operacional e de gestão. ed. São Paulo: Atlas, 2000. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Departamento de Controle, Avaliação e Auditoria. Manual de auditoria técnico científica. Brasília-DF, 1999. Ministério da Saúde. Departamento Nacional de Auditoria do SUS. Orientações técnicas sobre auditoria na assistência ambulatorial e hospitalar no SUS. cad. Brasília-DF, 2005. DONABEDIAN, A. The definition of quality and approaches to its assessment: explorations in quality assessment and monitoring. v. Ann Arbor: Health Administration Press, 1980. MEDEIROS, D.

n. p. PAIM, C. R. P; CICONELLI, R. ANDRADE, J. M. V. Guia de estudo de auditoria. Apostila do Curso de Especialização em Odontologia do Trabalho. PORTAL DE CONTABILIDADE. Manual de auditoria contábil. Auditoria e gestão.

667 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download