Sustentabilidade e Responsabilidade Social

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Serviço Social

Documento 1

Formas de manifestação da responsabilidade social. Responsabilidade Social no Brasil e o estado atual das práticas. Responsabilidade social e problemas sociais do Brasil. As ferramentas de responsabilidade social no Brasil. Capítulo 2: A Responsabilidade Social no mundo corporativo. Além disso, contextualizaremos as condições que originaram a definição de responsabilidade social e por fim buscaremos conceituar e definir objetivamente o que é a responsabilidade social e como este novo fenômeno se manifesta. Contexto histórico, político e social e a conjuntura que deram origem às noções de responsabilidade social Primeiramente, antes de definir e conceituar o que é exatamente a responsabilidade social, é necessário analisar e compreender um mais amplo contexto de mudanças históricas, sociais, econômicas e políticas que motivou o surgimento do conceito que exploraremos nesse capítulo.

O quadro de exclusão social em várias sociedades e a falência do Estado de Bem- Estar Social, conforme apresentado anteriormente, criam as condições para o advento do fenômeno responsabilidade social. Após a Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), o bloco dos países capitalistas tentou reconstruir a economia sob uma nova forma de organização estatal chamada Estado do bem-estar social ou simplesmente Estado social. Este movimento permitia enfrentar, por um lado, os movimentos de trabalhadores que exigiam melhores condições de vida e, por outro, as necessidades do capital, que buscava alternativas para a construção de uma nova ordem econômica mundial diante do bloco socialista. Nesse sentido, alguns autores compreendem essas mudanças como sendo parte de uma “nova ordem social”. Essa nova ordem apresenta-se com um predomínio da ação comunitária sobre a ação estatal e a empresarial, alertando a sociedade para a sua responsabilidade com as questões sociais que emergem desse novo cenário.

PINTO, 2012) Com isso, temos um ponto de inflexão absolutamente fundamental para a compreensão da noção de responsabilidade social. Isto é, ocorreram mudanças profundas nas relações do cidadão com o governo, ao mesmo tempo em que há o surgimento de uma nova concepção de Estado. Este “novo” Estado é: [. a responsabilidade social tem a ver com a consciência social e o dever cívico, refletindo a ação de uma empresa em prol da cidadania. Ações de responsabilidade social buscam estimular o desenvolvimento do cidadão e fomentar a cidadania individual e coletiva. Ainda, buscam contribuir para que a sociedade seja auto-sustentável, tendo condições de lidar e resolver seus conflitos e diferenças. p. Assim, percebemos que a incorporação dos temas de solidariedade social nas decisões e ações estratégicas na agenda das empresas privadas está na base do conceito de responsabilidade social.

A nova ação social empresarial está procurando algum retorno, colaborar com o desenvolvimento do País, demonstrando que a iniciativa privada deve ser consciente, ter uma responsabilidade social em relação aos problemas que atingem a sociedade como um todo. A empresa cidadã é aquela que, além de cumprir sua função econômica, trabalha para a melhoria da qualidade de vida de toda a sociedade (MELO RICO, 1998: p. Dessa maneira, entendemos que ação filantrópica se distingue da responsabilidade social. Ou seja, estamos diante do surgimento de um novo tipo de instituição corporativa mais responsável socialmente, que busca ir além das meras ações filantrópicas à medida que absorve e implementa a responsabilidade social entre suas práticas. Logo, torna-se mais humanizada, pois está empenhada em voltar-se para seus funcionários e/ou para o ambiente, agrega outros valores que não somente a maximização lucros para os detentores do capital.

Nem ainda em fazer ações sociais com foco no marketing (positivo) que tais ações possam desencadear, e muito menos ter discurso e prática contraditórios e antagônicos entre si. PINTO, 2012: p. Muito pelo contrário, responsabilidade social é enxergar além do seu negócio, buscando uma integração da atividade produtiva desenvolvida com o contexto social em que está inserido, ou seja, demonstrar com isso a postura de assumir um compromisso individual ético. Além disso, ao conceituarmos responsabilidade social, estamos também tratando de sustentabilidade, uma vez que se está a contribuir para o desenvolvimento de uma sociedade sustentável, justa e harmoniosa ao se buscar a implantação de uma nova cultura baseada na responsabilidade coletiva. A responsabilidade social, nesse sentido, tem que necessariamente contribuir para o mundo dos negócios e para uma vida social mais justa, digna e de qualidade.

despontam empresas assumindo compromissos com a redução de impactos ambientais, com o apoio a grupos socialmente excluídos, com a erradicação das múltiplas causas de pobreza, tais como a ausência de educação. Essas ações não só acenam com a conciliação entre competitividade e humanização das empresas como parecem revelar indícios de que um novo paradigma esteja emergindo no mundo dos negócios. p. Portanto, verificamos que a responsabilidade social é o motivo principal da constituição das fundações corporativas e de um conjunto de ações integradas mantidas pelas instituições capitalistas junto ao poder público e ao terceiro setor. Essas práticas surgem da necessidade da empresa de consolidar uma política de responsabilidade social e de distribuir e controlar melhor os recursos que destina na busca do bem comum.

Na mesma direção, profissionais talentosos estarão, mais e mais, sentindo-se atraídos por empresas comprometidas com o crescimento das pessoas e com causas sociais e ecológicas. Se clientes fiéis e empregados talentosos compõem, sem dúvida, um grande diferencial competitivo, empresas humanizadas serão, cada vez mais, necessárias e possíveis. p. Logo, sabemos que estamos presenciando o desenvolvimento de uma nova mentalidade a permear as empresas, a sociedade e os indivíduos, rumo à construção de um paradigma de responsabilidade social. Assim, um compromisso compartilhado de todos os setores sociais é de fundamental importância para a realização desse salto de qualidade que está em processo no mundo e no Brasil, que será discutido mais detalhadamente na seção seguinte. Isso demonstra que, de qualquer forma, há uma capilaridade, ou seja, existe um enraizamento dos conceitos relativos à responsabilidade social entre as empresas dos mais diversos portes, porém com uma assimilação e práticas assimétricas.

No que se refere à diferença entre grandes e pequenas empresas, sete subtemas se destacam na sua implementação: direito à associação, sindicalização e negociação coletiva; valorização da diversidade e promoção da equidade; erradicação do trabalho infantil e forçado; educação e formação profissional dos empregados, temas estes relacionados à proteção das relações de trabalho. Nos temas relacionados à proteção das relações de consumo se destacam, na adesão das grandes empresas, o direito à reclamação e recurso dos consumidores, além de temas referentes à governança corporativa e também questões acerca do desenvolvimento ambiental, social e econômico do país. Além disso, outro fator importante a ser observado é que há um baixo número de empresas que se utilizam de instrumentos de formalização de politicas globais de responsabilidade social empresarial.

Esse fato que demonstra que mesmo com a crescente incorporação de práticas de responsabilidade social, sendo algumas de modo formal (por meio de práticas escritas, colocadas em contrato, etc), as empresas ainda carecem de uma maior formalização e institucionalização a nível estratégico e político. Em uma sociedade cada vez mais consciente de seus direitos, as empresas têm que se tornar mais intensamente ativas e responsáveis socialmente, com novos paradigmas de desenvolvimento e de relação com o público. Assim sendo, a partir deste novo contexto de novas mentalidades, aumenta o surgimento e participação de novos atores sociais envolvidos com a questão da responsabilidade social. Passa-se, então, a buscar novas parcerias, para além do Estado, nas empresas e no terceiro setor, como forma de auxiliar na mitigação dos problemas sociais.

Desse modo, com a construção de alianças cada vez mais amplas entre governo, ONGs e empresariado, se rompe com a dicotomia, até poucas décadas predominante, entre público, no sentido de contato exclusivo com as questões de governo, e privado, relacionando somente com o mercado. Assim, estamos diante de uma nova configuração e um novo pacto multisetorial fundamental para o avanço da responsabilidade social no Brasil. As empresas passam, então, a ser entendidas, pela sociedade e por elas próprias, não somente como geradoras de bens e serviços, mas como agentes comprometidos com os problemas sociais. Ainda segundo Alessio: Uma empresa é também uma organização social formada por grupos de pessoas que buscam a satisfação de suas necessidades. Assim, definir linhas de atuação que compatibilizem diferentes interesses, embora um grande desafio, é uma necessidade que o próprio mercado impõe.

Numa sociedade empobrecida, cada vez menos produtos e serviços serão consumidos, comprometendo a viabilidade econômica da empresa em longo prazo. Logo, os empresários estão, necessariamente, sendo compelidos a refletirem sobre uma gestão orientada para além de interesses meramente econômicos, por uma questão de sustentabilidade econômica das empresas e dos negócios. O balanço social se caracteriza, de acordo com Sousa (2006), por ser uma ferramenta simples e direta, porém abrangente, pois demonstra o respeito e o comprometimento da empresa para com os direitos humanos e a sustentabilidade, fazendo com que se explicite o grau de transparência da atividade empresarial e se demonstre em que medida a instituição está comprometida com a implementação das medidas de sustentabilidade e responsabilidade social.

O Balanço Social é dividido em sete itens: 1) Base de cálculo; 2) Indicadores sociais internos; 3) Indicadores sociais externos; 4) Indicadores ambientais; 5) Indicadores do corpo funcional; 6) Informações relevantes quanto ao exercício da cidadania empresarial; 7) Outras informações. SOUSA, 2006) A base de cálculo apresenta os valores, em moeda nacional, da receita líquida, do resultado operacional e do total bruto gasto na folha de pagamento dos funcionários. Os indicadores sociais internos são os gastos com alimentação, previdência privada, saúde, educação, cultura, capacitação profissional, participação nos lucros, creche ou auxilio creche e outros destinados e outros destinados aos funcionários da empresa. Os indicadores sociais externos estão relacionados com os gastos da empresa com a comunidade e levam em conta programas nos segmentos de educação, saúde, saneamento, cultura, esporte e ações de combate à fome e a insegurança alimentar.

SOUSA, 2006) Os setores definidos como de alto nível de impacto, tem peso maior nos critérios de gestão e desempenho, e os de nível moderado de impacto, em política e gestão. Com relação à governança corporativa, as empresas são avaliadas no que se refere à proteção dos acionistas minoritários, bem como a transparência na divulgação de dados, cumprimento legal, conselho de administração, qualidade de gestão, auditoria e fiscalização e conduta e conflitos de interesse. Portanto, analisamos aqui um importante instrumento de mensuração dos índices de responsabilidade social no Brasil, o balanço social. Trata-se de uma ferramenta que vem apresentando bons resultados e é uma referência fundamental, mas que deve ser permanentemente aperfeiçoada para que tenhamos cada vez mais uma avaliação precisa de como – e “quanto” – as empresas brasileiras estão efetivamente se comprometendo com as inovadoras práticas da responsabilidade social.

Capítulo 2: A Responsabilidade Social no mundo corporativo Este capítulo pretende explorar como a responsabilidade social se manifesta no âmbito das instituições corporativas. RICO, 1998) Nesse sentido, percebemos que a revolução digital contribui devidamente para que a transição entre o antigo capitalismo excludente e o capitalismo social se efetue. Estas duas lógicas convivem às turras. A primeira, endógena e imanente ao capitalismo; a segunda, exógena e fruto da ação política militante. A primeira imanada pela satisfação dos interesses dos proprietários ou detentores do capital; a segunda imbuída pela satisfação dos interesses dos cidadãos. A lógica da responsabilidade social funciona como intrusa na paisagem capitalista. Como complemento a esse conjunto de fatores de mudanças essenciais no mundo contemporâneo que estão na base desses novos fenômenos e conceitos, é importante destacar a interpretação de Manuel Castells, renomado sociólogo espanhol, que cunhou o termo “sociedade em rede” para explicar o surgimento de novas formas sociais de relacionamento a partir do que ele denomina “revolução da informação”, a qual mudou radicalmente a forma de circulação da informação e do conhecimento em escala global, gerando conseqüências profundas e irreversíveis em várias esferas sociais.

Então, percebemos que há fortes influências decorrentes dessas transformações conjunturais amplificadas pela aceleração da velocidade com que circula a informação em escala global, acarretando em modificações relevantes na forma de compreensão do mundo por parte dos atores sociais. Assim sendo, podemos afirmar, de acordo com Vieira (2007), que as instituições corporativas, ao enfrentarem modificações profundas no contexto social, e sendo cada vez mais pressionadas a participarem do mundo social como “cidadãs”, se vêem obrigadas a reverem suas posições diante dos lucros e a revisar o seu papel social perante a responsabilidade de suprir determinadas necessidades públicas. A responsabilidade social no âmbito das instituições corporativas A empresa se humaniza e esta é uma tendência irreversível e cada vez mais presente no cotidiano das instituições corporativas.

De fato, as razões para isso estão na pressão que a sociedade exerceu e continua exercendo sobre a iniciativa privada no sentido de chamar as corporações para o exercício de um papel mais abrangente e de maior responsabilidade perante a coletividade. Dessa maneira, verificamos que responsabilidade social e sustentabilidade é um tema cada vez mais presente nas empresas em todo o mundo. Na realidade, sustentabilidade tornou-se uma das palavras da moda no mundo corporativo. Então, devemos então compreender adequadamente o que se entende por uma organização socialmente responsável. A definição de responsabilidade social corporativa e suas implicações no universo das empresas De modo resumido, podemos afirmar que uma instituição corporativa que pratica a responsabilidade social é aquela empresa que gera lucros para seus acionistas sem causar impactos negativos aos demais agentes sociais que participam direta ou indiretamente da sua atividade produtiva.

Essa é uma definição simples e didática, entretanto, como nos adverte Vieira (2007), os usos do conceito de responsabilidade social nem sempre são claros e podem variar de acordo com o interesse de quem o invoca. De fato, como já salientado anteriormente, percebemos a existência de vários atores interagindo nesse cenário complexo: os funcionários, os clientes, os fornecedores, os acionistas, os capitalistas, o meio ambiente, a comunidade, os políticos, os governos etc. Nesse contexto, todos esses personagens que estão imersos em um contexto de economia globalizada e relações sociais cada vez mais complexas e interdependentes, devem progressivamente tomar consciência de seu papel coletivo no contexto em que se inserem, já que o envolvimento de todos eles é condição fundamental para que se desenvolvam plenamente as ações de responsabilidade social empresarial.

Assim sendo, destaca Chelegon (2011: p. que as organizações estão diante de desafios culturais e institucionais para promover as novas formas de responsabilidade social corporativas, e isso é algo progressivo e incremental, que deverá apenas se concretizar no médio ou longo prazo: Entretanto, transpor essas idéias para a realidade concreta das empresas não é fácil, até porque elas não fazem parte do core business da empresas. Trata-se de uma mudança de cultura, mudança na política empresarial, implantação de novos conceitos, os quais exigem tempo, paciência, inovação e o trabalho integrado com as partes interessadas. BRUNO e URSINI, 2005: p. Prosseguem ainda os autores, num importante exercício de definição conceitual sobre a responsabilidade social das empresas: O conceito de responsabilidade social empresarial traz, ainda, a questão da relação da empresa com seus diversos públicos de interesse, conforme expresso na definição do Instituto Ethos: “Responsabilidade social empresarial é a forma de gestão que se define pela relação ética e transparente da empresa com todos os públicos com os quais ela se relaciona e pelo estabelecimento de metas empresariais compatíveis com o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais” (BRUNO e URSINI, 2005: p.

Portanto, percebemos que a responsabilidade social corporativa é uma espécie de compromisso da empresa em contribuir com o desenvolvimento, o bem-estar e a melhoria da qualidade de vida dos seus empregados, suas famílias e a comunidade em geral, com a preocupação em participar como membro da vida da comunidade local, da cidade, do país, do planeta. A responsabilidade social está fortemente alicerçada na ética e se expressa através dos princípios e valores adotados pela organização. A empresa precisa ter coerência nos seus negócios e na sua maneira de atuar, de modo a incorporar esses novos paradigmas às suas estratégias. Outrossim, uma medida claramente eficiente é quando as empresas passam a exigir dos prestadores de serviços que seus trabalhadores desfrutem de condições semelhantes de trabalho às dos próprios funcionários, favorecendo deste modo uma convivência mais harmônica e uma cultura organizacional mais democrática.

Ainda, ao analisarmos como as práticas de responsabilidade sócia impactam o mundo corporativo, podemos perceber que isto implica em uma parceria efetiva entre clientes e fornecedores para gerar produtos e serviços de qualidade a para assegurar durabilidade, preço competitivo e confiabilidade. Além disso, especialmente significativo e impactante, é que o conceito de responsabilidade social empresarial supõe que existam contribuições concretas e efetivas para o desenvolvimento da comunidade local e até da sociedade inclusiva, através da implementação de projetos sociais que aumentam o bem-estar coletivo. Para além dos impactos nas comunidades, do ponto de vista intra-organizacional, a responsabilidade social corporativa inclui investimentos em pesquisa, tecnológica para inova processos e produtos, além de melhor satisfazer os clientes ou usuários. Por fim, podemos afirmar que exige a conservação do meio ambiente através de intervenções não predatórias (consciência da vulnerabilidade do planeta) e através de medidas que evitem externalidades negativas.

Para as empresas capitalistas, o social passa a ser a via de novas oportunidades de competição no mercado, uma vez que sua ação nesse âmbito pode representar agregação de valor social aos seus negócios e impactar de maneira relevante em mudanças comunitárias. Assim, já não basta apenas satisfazer os clientes, obter qualidade e agregar valor. Faz-se necessário atender aos apelos da comunidade e obter o tão desejado “selo social” de atuação responsável. Somando–se a essas questões e a impotência do Estado para atender todas as demandas sociais, as organizações de atuação social urgem como alternativas para captar recursos e viabilizar a elaboração e implantação de projetos que possibilitem ações transformadoras no campo assistencial, cultural, ambiental e esportivo (TENÓRIO, 1998).

Desse modo, para entendermos o papel das Organizações Não-Governamentais (ONGs) no contexto do florescimento e desenvolvimento da sustentabilidade e da responsabilidade social, antes de qualquer coisa temos que entender o que significa e como opera o chamado “Terceiro Setor”. Sua natureza é a da acumulação (lucro) e o acesso, pelos cidadãos, dos bens e serviços produzidos, é pelo sistema de troca, o que caracteriza as relações de mercado. Por fim, tem-se o 3º Setor, que é constituído por organizações com fim público não lucrativo, setor no qual se localizam as universidades comunitárias. São de iniciativa privada de cidadãos da sociedade civil. Sua natureza é a da solidariedade, caracterizada na responsabilidade conjuntamente assumida, na preservação de direitos ou concessão voluntária de bens e serviços.

PINTO, 2012: p. Assim sendo, os três novos fatores definidores da dinâmica do Terceiro Setor são: parceria, descentralização e participação. MELO NETO; FROES, 1999). Na compreensão dos institutos, fundações, associações empresariais que vêm buscando assumir uma gestão socialmente responsável nos negócios, a responsabilidade social empresarial é uma forma de conduzir as ações organizacionais pautada em valores éticos que visem a integrar todos os protagonistas de suas relações: clientes, fornecedores, e consumidores, comunidade local, governo (público externo) e direção, gerência e funcionários (público interno). Procura abarcar, no desenvolvimento de suas ações, todos aqueles que são diretamente ou não afetados por suas atividades, contribuindo para a construção de uma sociedade que promova a igualdade de oportunidades e a inclusão social.

RICO, 1998) Considerações Finais No mundo atual, é claramente perceptível que, para avançarmos efetivamente na direção de uma sociedade sustentável e mais responsável no âmbito social, será preciso vencer muitos obstáculos. Para que isso se concretize, é necessário que se criem todas as condições para facilitar o processo, suprindo dados, desenvolvendo e disseminando indicadores e tornando transparentes os procedimentos por meio de práticas centradas na educação para a responsabilidade social que garantam os meios de criar novos estilos de vida e promovam uma consciência ética que questione o atual modelo de desenvolvimento, marcado pelo caráter predatório e pelo reforço das desigualdades socioeconômicas. LOPES e TENÓRIO, 2011) Constatamos então o papel crucial da educação para as mudanças de atitudes e comportamentos individuais que, no longo prazo, poderão induzir alterações de maior magnitude que envolvem processos políticos e econômicos, com reflexos mais profundos em todos os setores da sociedade.

Assim, os problemas socioeconômicos que expõem a insuficiência da ação estatal isolada e a insensibilidade das empresas capitalista diante das cobranças por maior envolvimento social aparecem mais relacionados à esfera privada e também à esfera pública, e supõem uma maior carga de responsabilização dos agentes coletivos públicos e privados. Ou seja, existe um foco muito grande apenas na atitude do indivíduo e das práticas privadas, sem enfatizar o papel dos governos e das instituições corporativas nesse processo complexo. Contudo, como já analisado no transcorrer do nosso trabalho, sabemos que a estruturação do paradigma da responsabilidade social depende essencialmente de uma ação compartilhada entre todos os setores da sociedade com a mobilização permanente e ativa dos atores sociais, políticos e econômicos, com especial destaque para o papel inovador do chamado terceiro setor.

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