O ASSISTENTE SOCIAL E O ACOLHIMENTO DOS FAMILIARES DOS PACIENTES INTERNADOS NO ÂMBITO DA UTI

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Serviço Social

Documento 1

Em relação à abordagem do problema, trata-se de uma pesquisa qualitativa. Ao final foi possível concluir que a inclusão do profissional de Serviço Social na UTI junto à equipe multiprofissional possa colaborar para uma assistência de qualidade e humanizada aos usuários e familiares, levando em conta direitos e necessidades destes usuários e, embora, a temática da atuação do assistente social nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) tenha sido discutida na literatura acadêmica e tenha evoluído nos últimos anos acredita-que que ainda é necessário contribuir para o desenvolvimento de pesquisas nessa área. Palavras-chaves: Serviço Social. Unidade de Terapia Intensiva. Usuários. Diante disso, este artigo tem por objetivo discutir a atuação do Assistente Social no âmbito da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Esta pesquisa justifica-se pela necessidade de dar continuidade as investigações sobre o assunto, de forma a fomentar as discussões que versam sobre a atuação do assistente social no âmbito da Saúde, em especial, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com o intuito de estimular a reflexão e o debate sobre o tema. Esta pesquisa adota como procedimento o levantamento bibliográfico que consiste em revisão de bibliografia para levantamento e análise sobre o que já se produziu acerca desta temática. Procedimento bibliográfico para Cervo e Bevian (1983 apud BEUREN, 2006, p. Explica um problema a partir de referenciais teóricos publicados em documentos. Quanto aos objetivos caracteriza-se como uma pesquisa exploratória, pois busca conhecer com mais profundeza o assunto para trazer um melhor esclarecimento.

Em relação à abordagem do problema, trata-se de uma pesquisa qualitativa, onde descreve a complexidade do assunto e analisa a interação de certas variáveis. Para Gil (1988 apud BERTUCCI, 2008, p. Tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com vistas a torná-lo mais explícito ou construir hipóteses. Pode-se dizer que tais pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições. Trabalha com o planejamento, implementação, monitoramento e avaliação das políticas sociais, instituindo estratégias de enfrentamento das diversas expressões da questão social. A matéria prima da intervenção profissional é a questão social que, na contemporaneidade, se apresenta em múltiplas configurações (GENTILLI, 1998). O Serviço Social caracteriza-se como um processo de trabalho particular, que congrega um conjunto de singularidades, nos mais diversos campos de atuação, fazendo com que se torne um processo de trabalho rico e complexo (GENTILLI, 1998).

O Serviço Social é uma profissão cuja identidade é marcadamente histórica. Seu fundamento é a própria realidade social e sua matéria‑prima de trabalho são as múltiplas expressões da questão social, o que lhe confere uma forma peculiar de inserção na divisão social e técnica de trabalho. Ou seja, as necessidades de saúde não estão relacionadas unicamente a presença ou ausência da doença ou algum agravo e, sim, as condições objetivas e subjetivas dos sujeitos que envolvem todos os aspectos da vida social deste/a. Cunha (2018, p. aponta que: Em seus princípios fundamentais, o SUS prevê a universalidade, integralidade e a equidade no atendimento à saúde. O princípio da integralidade vai de encontro à visão do Serviço Social e seu Projeto ético-político que, com uma visão ampliada de saúde, preconiza uma atuação profissional que considere as condições biológicas, psicológicas e sociais do sujeito, percebendo-o em sua totalidade.

Aqui, ainda segundo Cunha (2018), cabe ressaltar o papel de outros profissionais, entre eles o Assistente Social. A proximidade ao paciente, o recebimento de informações adequadas, a oportunidade de expressar seus sentimentos e de obter respostas às suas dúvidas aumentam a satisfação da família. Por isso, é fundamental a utilização de estratégias que possam amenizar o sofrimento da família que possui um ente querido hospitalizado em cuidados intensivos. Sendo assim, o trabalho do assistente Social nesse âmbito, torna-se de extrema importância. Lima (2014) afirma que o Serviço Social é uma profissão que tem buscado legitimação ao longo da sua existência histórica. Atualmente abordar acerca do papel do assistente social na saúde torna-se uma questão necessária, levando em conta todo o processo de trabalho que envolve sua atuação.

“O paciente, sua família e a realidade que eles apresentam são os objetos de trabalho para o agir profissional, o assistente social precisa lutar pela defesa intransigente dos deveres e assegurar os direitos dos indivíduos” (ROCHA, 2016, p. “O assistente social tem como atribuição o atendimento e defesa dos interesses e necessidades dos usuários, bem como esclarecer sobre processos institucionais e esclarecer sobre a garantia de direitos” (ROCHA, 2016, p. Ainda, segundo Rocha (2016, p. “é um profissional da coerção e do consenso, que realiza a mediação entre instituição e usuário, visando garantir qualidade no atendimento, realizando encaminhamentos pertinentes a necessidade apresentada pelos indivíduos”. Cabe ao profissional reconhecer os direitos e deveres dos indivíduos, fortalecendo os vínculos familiares e realizar um trabalho de acolhimento com as famílias que estão vulnerabilizadas neste momento de internação no setor da UTI Unidade de Terapia Intensiva, o profissional do serviço social, tem que dar uma assistência humanizada, voltada para o paciente como um todo, dando ênfase nos serviços, estando atento para o cotidiano que envolve a família que tem um de seus membros no âmbito hospital da UTI Unidade de Terapia Intensiva (ROCHA, 2016, p.

Por parte do profissional é preciso identificar a situação socioeconômica (habitacional, trabalhista e previdenciária) e familiar dos usuários tendo em vista à construção do perfil socioeconômico para possibilitar a formulação de estratégias de intervenção, garantindo uma eficácia do tratamento pós-internação. O profissional deve realizar uma abordagem individual ou coletiva, de acordo com a demanda apresentada, tendo em vista trabalhar os determinantes sociais da saúde dos usuários, familiares e acompanhantes, este trabalho com a famílias pode ser realizado no momento da visita ao paciente. É imprescindível criar mecanismos e rotinas de ação que facilitem e possibilitem o acesso dos usuários aos serviços, bem como a garantia de direitos na esfera da seguridade social; realizar visitas domiciliares quando avaliada a necessidade pelo profissional do Serviço Social, procurando não invadir a privacidade dos usuários e esclarecendo os objetivos das mesmas; realizar visitas institucionais com objetivo de conhecer e mobilizar a rede de serviços no processo de viabilização dos direitos sociais.

Trabalhar com as famílias no sentido de fortalecer seus vínculos, combatendo a vulnerabilidade social, na perspectiva de torná-las sujeitos do processo de promoção, proteção, prevenção e recuperação da saúde. É importante também criar protocolos e rotinas de ação que possibilitem a organização, normatização e sistematização do cotidiano do trabalho profissional. Do mesmo modo são realizadas orientações no momento em que este paciente sai da UTI, seja por motivo de óbito, de alta ou de transferência para o quarto. Quando há óbito, são realizadas orientações sobre como proceder em relação às providencias legais para sepultamento. Em caso de haver condições de doação de órgãos, caberá ao Assistente Social preceder orientações aos familiares conforme prevê a legislação específica.

Nestes casos as reuniões são recursos importantes (CULTZ; BOURGUIGNON, 2018). As reuniões, como instrumental para a prática do Assistente Social, estão inseridas na prática com grupos. Para Santos e Eleutério (2015) o profissional de Serviço Social tem um olhar diferenciado da realidade e dos usuários, sujeitos de direitos dos serviços de saúde, devido a sua formação profissional diferenciada das demais profissões, uma vez que trabalha na perspectiva macroscópica do ser social, avaliando a conjuntura em que está inserido esse ser, para contribuir no processo de recuperação-reabilitação condizente com seu problema de saúde e com as dimensões da sua vida social. E em ambiente de UTI, especificamente, visa possibilitar aos internados e visitantes orientações e encaminhamentos quanto aos seus direitos sociais, previdenciários e assistenciais, buscando contribuir em relação às questões sociais que interferem em seu processo saúde-doença.

O assistente social deve ser um referencial para os pacientes e familiares durante os atendimentos hospitalares, isso porque o quadro de saúde quando se torna instável por alguma patologia, pode modificar a perspectiva e capacidade de enfrentar dificuldades por parte do usuário no serviço de saúde, como também de seus familiares em orientar e auxiliar suas ações (SILVA; SILVA 2013, p. Martinelli (2011, p. ao abordar a atuação do profissional de serviço social no ambiente hospitalar ressalta a importância: do sentimento partilhado, de sentir com o outro, não como o outro; do espaço da escuta, tanto no diálogo como no silêncio; do espaço do acolhimento, de ter a sensibilidade de oferecer o acolhimento no momento do desconforto, da dor[.

Ao final foi possível concluir que o assistente social que atua na área da saúde, busca, por meio de sua intervenção fazer a diferença para os pacientes e familiares que se encontram fragilizados com o processo da doença. A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é formada por uma equipe multidisciplinar e inserido nessa equipe está o assistente social. Sua inserção na equipe de profissionais favorece o cuidado necessário frente a situação de vulnerabilidade em que se encontra o público atendido. Conclui-se também que a inserção do Assistente Social na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) junto à equipe multiprofissional contribui para a viabilização de uma assistência de qualidade e humanizada aos usuários e familiares, considerando seus direitos e necessidades. Dessa forma, o profissional de Serviço Social, realiza suas atividades múltiplas demandas, assim como nas variadas necessidades sociais identificadas a partir do conhecimento da realidade dos usuários.

BERTUCCI, J. L. O. Metodologia Básica para Elaboração de Trabalhos de Conclusão de Cursos. ed. googleusercontent. com/search?q=cache:XdYdym7ZJDQJ:https://www. uninter. com/cadernosuninter/index. php/humanidades/article/download/781/548+&cd=14&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br. P. da S. SILVA, L. J. M. FIGUEIREDO, A. L. de; SEIXAS, G. B. de. Ed. São Paulo: Veras, 1998. IAMAMOTO, M. V. Projeto profissional, espaços ocupacionais e trabalho do assistente social na atualidade. Disponível em http://ww2. faculdadescearenses. edu. br/biblioteca/TCC/CSS/A%20ATUACAO%20DO%20ASSISTENTE%20SOCIAL%20NO%20PROCESSO%20DE%20MORTE%20E%20MORRER. pdf. set. MORO, L. P; ACIOLY, Y. A. A atuação profissional do/a assistente social no âmbito hospitalar e os limites para a efetivação do projeto ético-político do serviço social.

A atuação do assistente social em âmbito hospitalar: uma abordagem a partir do Hospital e Maternidade Municipal de São José de Ribamar (MA). Disponível em http://iesfma. com. br/wp-content/uploads/2017/10/A-ATUA%C3%87%C3%83O-DO-ASSITENTE-SOCIAL-EM-%C3%82MBITO-HOSPITALAR. pdf. Revista Saúde em Foco, Edição nº: 08/Ano 2016. SANTOS, N. C; ELEUTÉRIO, A. P. da S; LIMA, R. A. B. A atuação do Assistente Social em âmbito hospitalar. Revista Eletrônica da Univar. n. P. Ações profissionais, procedimentos e instrumentos no trabalho dos assistentes sociais nas políticas sociais. In: SANTOS, Cláudia Mônica dos, BACKX, Sheila e GUERRA, Yolanda. A Dimensão técnico-operativa no Serviço Social: desafios contemporâneos. Juiz de Fora, CAPES/Editora UFRJ, 2012, p.

195 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download