Qualidade de Vida no Trabalho

Tipo de documento:Produção de Conteúdo

Área de estudo:Administração

Documento 1

br • Janeiro • 2011 CAPA A s medidas relacionadas com a Qualidade de Vida no Trabalho (conhecida pela sigla QVT) estão ganhando cada vez mais espaço no cotidiano das mais variadas empresas. Com o conceito de ter preocupação com o bem-estar geral e a saúde dos trabalhadores no desempenho de suas tarefas profissionais, as ações de QVT estão ligadas com os aspectos físicos e ambientais, como também os aspectos psicológicos do local de trabalho. E, a partir do instante que as empresas vão observando os resultados de tais ações, percebem que o investimento neste setor pode caracterizar uma série de retornos positivos em diversos âmbitos da organização. A QVT está intrinsecamente conectada à motivação dos colaboradores das empresas, os quais contribuirão de forma significativa para o sucesso das organizações.

“Muitas empresas começaram a entender que cuidar do bem-estar e da saúde integral de seus funcionários é fator de suma importância para que eles continuem motivados em seus trabalhos e se mantenham no mais alto nível de desempenho e produtividade”, resume Alberto Ogata, presidente da Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV), entidade sem fins lucrativos que tem como objetivo estimular ações e programas corporativos de saúde e qualidade de vida. Isso é associado aquele chefe autoritário, que muitas vezes usa o cargo para abuso. Com o avanço das tecnologias, as máquinas tomam conta do lugar dos colaboradores e, as pessoas que ficam nas empresas, precisam produzir o dobro, entregar o triplo na metade do tempo. Então as empresas estão enxergando que não adianta exigir demais, pois aquele colaborador ficará doente e ele é um talento que a empresa quer manter.

Os gestores de pessoas começam a ver o colaborador como um ser humano, que pensa, que tem emoção, um corpo, e tudo isso necessita cuidado. Assim, as empresas começam a investir e a desenvolver programas de qualidade de vida e os profissionais passam a ter satisfação no trabalho, porque lá ele encontra alternativas que, por mais estressante que a atividade dele seja, ele tem válvulas de escape, como as chamadas salas de descompressão. Examinando o mercado de modo mais abrangente, pode-se notar que nos dias atuais, a QVT ainda está limitada às grandes empresas. Ogata explica que este cenário é justificado pelo fato“ das grandes companhias contarem com mais recursos financeiros para a implantação de programas e terem maior número de colaboradores, o que consequentemente faz com que os problemas decorrentes da perda da produtividade relacionada à saúde e os custos de assistência médica sejam mais percebidos”.

Para ele, o desafio é expandir esse movimento de promoção da saúde e bemestar às micros e pequenas empresas, o que é bastante possível. “Existem estudos que demonstram efeitos muito positivos em termos de produtividade quando há programas que estimulem a qualidade de vida. Isso é mensurado nos índices de redução de faltas e adoecimento, bem como na retenção de talentos e redução de custos com saúde”. Com base na pesquisa“Working Well”, aplicada em 47 países, em um universo de 1. organizações e mais de 15 milhões de funcionários, coordenada no Brasil pela ABQV, Ogata relaciona os programas que têm sido adotados nos últimos tempos. “Os dados mostram que incentivar a prática de atividades físicas, promover a alimentação saudável e combater o stress são consideradas questões determinantes para que as empresas brasileiras invistam em programas de qualidade de vida.

Esses fatores impulsionam as ações de maneira muito significativa para mais de 50% das companhias nacionais (58% apontam atividade física e nutrição e 51% estresse) que responderam ao estudo, em um universo de mais de mil organizações e mais de dez milhões de funcionários”. É pertinente também salientar a importância de proporcionar um ambiente seguro e a adoção de equipamentos e procedimentos de segurança, conforme orienta Persona. com. br • Janeiro • 2011 sim o modo como as iniciativas são geridas pelas empresas”, descreve Ogata. Ele ressalta o retorno que tais programas já demonstram gerar. “A qualidade de vida do colaborador começa a ser reconhecida como diferencial competitivo e, em algumas empresas, já passa a fazer parte dos indicadores de ROI (Retorno sobre o Investimento). Isso significa que os programas de qualidade de vida precisam, de fato, estar integrados ao planejamento estratégico e às metas da empresa.

“O lado do colaborador é mais complexo, considerando primeiramente a pessoa dele como ser humano”. Ele relaciona os diferentes setores dos seres humanos diante do ambiente de trabalho. “As pessoas têm oito áreas para administrar a sua vida: físico, emocional, intelectual, profissional, financeiro, lazer, relacionamentos e espiritual. O gestor que consegue entender que aquela pessoa tem oito áreas para administrar, porque ele não coloca um pouco do setor do lazer e do físico a favor dele em um programa de qualidade de vida? Exemplificando, a empresa oferece academia e o colaborador se interessa, o que o motiva a produzir. Isso muda a motivação, altera o grau de engajamento. Assim, torna-se relevante incluir questões como os relacionamentos sociais, a segurança, o meio ambiente e a sustentabilidade nas abordagens em qualidade de vida”, indica Ogata.

É relevante relacionar os ganhos com os programas de QVT de longo prazo. “Uma população de melhor nível cultural compra produtos mais caros e sofisticados; uma população com melhor saúde vive mais para consumir por mais tempo; e uma população que recebe incentivo na prática do empreendedorismo, por meio de cursos e programas educacionais, tem mais chances de produzir e aumentar sua renda, o que também resulta em maior consumo. Quando a empresa percebe que faz parte de uma grande cadeia de negócios, ela passa a investir nos elos dessa cadeia e também no ambiente onde essa cadeia está inserida, pois isso de algum modo irá se transformar em benefícios para a própria empresa”, detalha Persona. Quando o assunto é mensurar os resultados obtidos por meio das ações de QVT, pode-se notar inúmeros ganhos.

Para explicar como funcionam os programas de QVT na companhia, a revista BANAS QUALIDADE entrevistou Françoise Trapenard, diretora de RH da Telefônica. Há quanto tempo existe o programa de Qualidade de Vida para empregados da Telefônica? O ComViver, programa de qualidade de vida da Telefônica, foi implantado em 2007 e apresentou ótimos resultados desde o início. A implantação do projeto revitalizou ações já existentes - como, por exemplo, a profissionalização do Coral Telefônica, com a contratação de um regente -, fortaleceu parcerias e estimulou a adoção de um estilo de vida saudável. Desde o lançamento, o Programa ComViver foi sustentado por quatro pilares: Promoção da Saúde; Relacionamento, Cultura e Lazer; Orgulho de Pertencer Telefônica e Responsabilidade Sócio Ambiental.

Os pilares têm como base a Comunicação Interativa. br • Janeiro • 2011 • 37.

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