INCLUSÃO DA DISCIPLINA DE LÍNGUA ESPANHOLA NO CURRÍCULO DO ENSINO MÉDIO

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

Palavras-chave: Língua Espanhola; Ensino médio; currículo. INTRODUÇÃO A necessidade de aprender uma segunda língua, nos tempos atuais, é notória. A inclusão das línguas estrangeiras no currículo escolar tem por objetivo atender essa necessidade. Para Sedycias (2005), o espanhol é uma das mais importantes línguas mundiais da atualidade. É a segunda língua [. p. No entanto, não se trata apenas de incluir uma língua estrangeira no currículo, mas sim uma que atenda às reais necessidades daquele país. DESENVOLVIMENTO Muitas mudanças e avanços têm ocorrido em diferentes campos do conhecimento e isso não poderia ser diferente também na área de ensino-aprendizagem de uma segunda língua. No Brasil o ensino de Língua espanhola está avançando e passa cada vez mais a ocupar um lugar de destaque na educação brasileira.

Há algum tempo atrás, a língua que reinava soberana era a Língua Inglesa, já que era a língua internacional, a língua do comércio e que quem não a falasse dificilmente conseguiria uma boa colocação no mercado de trabalho.         Art. o Os sistemas públicos de ensino implantarão Centros de Ensino de Língua Estrangeira, cuja programação incluirá, necessariamente, a oferta de língua espanhola.         Art. o A rede privada poderá tornar disponível esta oferta por meio de diferentes estratégias que incluam desde aulas convencionais no horário normal dos alunos até a matrícula em cursos e Centro de Estudos de Língua Moderna.         Art. Em um artigo intitulado “Por que os brasileiros devem aprender espanhol?” Sedycias (2005) discute dez razões para a aprendizagem da língua espanhola.

O autor aponta, a princípio, duas razões, chamadas por ele de premissas internas, que levam um indivíduo a começar a estudar outra língua. A primeira é pelo enriquecimento profissional, pois fica evidente que atualmente, o conhecimento de uma língua estrangeira pode fazer uma diferença decisiva na hora da contratação ou, mais tarde, no momento de disputar uma promoção dentro de uma empresa, ou mesmo para quem quer se manter no mercado de trabalho. O outro motivo essencial é o “simples” enriquecimento pessoal. Mais especificamente voltado para a aprendizagem da Língua Espanhola o autor nos expõe os dez motivos pelos quais os brasileiros devem aprender esse idioma, chamados por ele de premissa externas, que são as seguintes: O primeiro motivo refere-se ao fato de o espanhol ser a segunda língua nativa mais falada no mundo, perdendo apenas para o mandarim, que não pode ser considerada uma língua mundial como o inglês e o francês.

O domínio do espanhol também se faz necessário em viagens. Um conhecimento razoável de espanhol fará uma grande diferença em qualquer viagem que um brasileiro faça a um país de língua espanhola. Saber um pouco do idioma do país a ser visitado facilita muito as relações interpessoais, ajudando no estabelecimento de amizades e no conhecimento da cultura local, ou mesmo relações mais formais (intercâmbios econômicos, acadêmicos, científicos, etc. se pudermos nos comunicar na língua espanhola. O espanhol também é uma língua de extrema importância nos Estados Unidos. Sendo assim, observa-se que se atribui pouca relevância ao ensino da Língua Espanhola. É comum o comentário, na própria escola, de que aprender uma segunda língua não é relevante para a formação e desenvolvimento dos alunos.

Essa ideia compartilhada por muitos faz com que muitos alunos não se dediquem à aprendizagem das línguas estrangeiras em geral e principalmente da Língua Espanhola. Infelizmente, em muitas escolas, a Língua Espanhola é vista como uma disciplina com menos valor do que tantas outras. O número de horas dedicadas ao ensino da Língua Espanhola, assim como de outras línguas estrangeiras, como o inglês, é reduzido, raramente ultrapassando duas horas semanais (PCN’s LE). A esses dados há que agregar uns 100 mil alunos dos 200 mil da rede pública municipal e uns 800 mil dos 1,1 milhões da rede privada. Ou seja, dos 9 milhões de alunos quase 2,5 milhões (30%) estudam atualmente a Língua Espanhola. No entanto, só 22,2% dos professores do Ensino Fundamental e 11,7% do Ensino Médio possuem graduação em Letras Espanhol ou outro curso que os habilite para o ensino da Língua Espanhola.

Muitos desses professores não são competentes linguisticamente nem possuem a formação adequada para exercer o ensino da língua, fato que agrava ainda mais a situação. Segundo Oliveira (2008, apud Jesus, s/d, p. Dessa forma, é importante acabar com a visão distorcida de quem sabe português sabe espanhol. É preciso estar consciente de que ao aprender uma segunda língua, mesmo que esta apresente semelhanças à língua materna, como é o caso do português e do espanhol, requer tanto estudo e dedicação como a de qualquer outra língua estrangeira. O ensino do espanhol deve, portanto, levar os alunos a superarem ideias equivocadas, estereótipos e até mesmo preconceitos que circulam no senso comum sobre a Língua Espanhola e sobre as pessoas que a falam.

Por outro lado, como afirma Junger (2005), os pontos de contato (léxico e estruturas morfossintáticas) entre o espanhol e português favorecem também uma aproximação mais imediata ao idioma estrangeiro por parte de nossos alunos. O ensino do espanhol, assim como de qualquer outra uma língua estrangeira, deve englobar aspectos vinculados à língua como um todo. Pelo contrário, o professor poderá fazer os ajustes que achar necessário, sempre que isso se mostrar adequado para alcançar os seus objetivos e sempre que aquilo que escolher para apresentar faça sentido para os seus alunos e contribua para a sua aprendizagem. Atualmente a Língua Espanhola já é cobrada em exames nacionais como o ENEM e os vestibulares, e esse pode ser fator contribuinte para um maior comprometimento com o ensino do espanhol pelos setores responsáveis por servir como um instrumento de avaliação do trabalho desenvolvidos em nossas escolas.

Mas, além de ensinar para o ENEM, vestibulares e avaliações em geral, o professor deve conscientizar os alunos da grande ferramenta que eles têm nas mãos. Os professores que trabalham com a disciplina de espanhol, podem buscar respaldo teórico em um importante documento: Orientações Curriculares para o Ensino Médio, publicado pelo MEC em 2006. As Orientações Curriculares para Línguas Estrangeiras têm como objetivo: retomar a reflexão sobre a função educacional do ensino de Línguas Estrangeiras no ensino médio e ressaltar a importância dessas; reafirmar a relevância da noção de cidadania e discutir a prática dessa noção no ensino de Línguas Estrangeiras; discutir o problema da exclusão no ensino em face de valores “globalizantes” e o sentimento de inclusão freqüentemente aliado ao conhecimento de Línguas Estrangeiras; introduzir as teorias sobre a linguagem e as novas tecnologias (letramentos, multiletramentos, multimodalidade, hipertexto) e dar sugestões sobre a prática do ensino de Línguas Estrangeiras por meio dessas (MEC, 2006, p.

Diversas escolas já implantaram o espanhol em seus currículos, acrescentando esse idioma, até mesmo nos níveis primários, para que os alunos experimentem o contato com a língua mais cedo. A inclusão da disciplina de Língua Espanhola no currículo do ensino médio pode contribuir para que o processo educacional dos alunos seja enriquecido. É um fator de inclusão social, que gera enriquecimento tanto pessoal como profissional. Embora a importância da introdução da Língua Espanhola no currículo do ensino médio seja indiscutível, ainda há algumas dificuldades que devem ser superadas, como a falta de professores, o estereotipo de que aprender espanhol é fácil, devido à sua semelhança com a língua portuguesa, o ensino descontextualizado e a pouca relevância atribuída ao idioma por muitos, que não acreditam ser possível aprender uma segunda língua na escola.

Concluímos, portanto, que o esforço não deve ser somente para implantar essa disciplina no currículo, mas principalmente para que se efetive um ensino de qualidade, para isso deverá haver interesse em formar mais professores e capacitar os professores que já estão em sala de aula, investindo, principalmente em formação continuada, para que o ensino não seja voltado somente uma prática descontextualizada, focada apenas em exercícios mecânicos e repetitivos que não proporcionam ao aluno o pleno domínio do idioma. gov. br. Acesso em 25/03/2019. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Oralidade da Língua Inglesa nas escolas públicas-2ª fase do ensino fundamental. Disponível em: http://www. unifan. edu. br. A. La enseñanza del español en el sistema educativo brasileño: situación y posibles actuaciones (ARI).

Disponível em: www. realinstitutoelcano. org. O ensino do espanhol no Brasil. São Paulo: Parábola, 2005.

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