DISCURSO DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Administração

Documento 1

No Brasil, a Lei Maria da Penha, promulgada em 2006, criou mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. A lei classifica esse tipo de violência como qualquer ação ou omissão que, baseada no gênero, cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, bem como dano moral ou patrimonial, no âmbito da relação íntima de afeto. Apesar disso, segundo dados recentes do Monitor da Violência, uma parceria do portal G1 com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma mulher é assassinada a cada duas horas no Brasil, taxa de 4,3 mortes para cada grupo de 100 mil pessoas do sexo feminino. Outro dado alarmante foi aquele divulgado em 2017 pelo DataSenado.

Desde 2005, ano anterior à promulgação da Lei Maria da Penha, o DataSenado aplica, de dois em dois anos, pesquisa telefônica sobre o tema violência doméstica contra a mulher. Apenas depois desse reconhecimento, poderão os homens lutar com as mulheres para, nas palavras de Freire, “lutar para a transformação da realidade objetiva”. Justificativas e Hipóteses A violência contra a mulher vem crescendo de forma assustadora no Brasil, sem que o feminismo e os programas de combate à violência tenham sido capazes de conter esse avanço. Ainda que conceitos como “Lugar de fala” e “Feminismo Interseccional ”, tenham oferecido grande contribuição ao pensamento feminista contemporâneo, pouco se sabe sobre a situação da violência no âmbito do relacionamento afetivo contada e analisada cientificamente.

Mais do que nunca, é preciso analisar como esse assunto é abordado nos veículos de comunicação e nas redes sociais na busca por uma solução para problemas atinentes à comunicação. Fundamentação Teórica No Brasil, a relação entre o combate à violência contra a mulher e a necessidade de “romper o silêncio” tem sido observada pelo feminismo desde os anos 80, culminando na Lei Maria da Penha, mas permeado por um discurso de culpabilização da vítima. Metodologia Serão considerados estes procedimentos metodológicos no decorrer da pesquisa: - A leitura e análise de livros de diferentes áreas que trabalhem os conceitos de identidade, representação, gênero, feminismo, lugar de fala, incomunicabilidade, estruturalismo, usos, táticas, hegemonia e contraegemonia, estigma, violência simbólica, dominação, transferência, bem como outros conceitos das mais diversas áreas do conhecimento que possam se fazer necessários ao longo da pesquisa; ; - Análise de notícias impressas, material audio-visual, prints de redes sociais, sites, poemas, livros, letras de música.

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