Suplementação a pasto no período da seca

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Engenharias

Documento 1

Por consequência, o aumento na produção de gado de corte instiga em acelerar o crescimento e a terminação dos bovinos, permitindo assim o abate em idade precoce (HOFFMANN et al. Conforme a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne – ABIEC (2014), de janeiro a fevereiro desse ano, os embarques somaram 262. toneladas, crescimento 6,76% em relação às 245. toneladas no mesmo período do ano passado, representando uma boa porção do agronegócio brasileiro. Com isso no Brasil a produção de gado de corte tem o desafio de estabelecer sistemas de produção que sejam capazes de produzir, com máxima eficiente, e boa qualidade a baixo preço. Levando em consideração o que anteriormente foi citado, é notório que estas gramíneas não consigam suprir as exigências de mantença do animal, sendo a estação de seca um dos maiores obstáculos da pecuária de corte nacional, tanto na recria como terminação.

Sendo assim sem o manejo adequado da forragem e suplementação, muitas vezes o produtor pode acabar um animal no qual irá ganhar peso no período chuvoso, período em que as gramíneas apresentam desenvolvimento satisfatório, e perde na seca, podendo a vir abater este animal com idade elevada, diminuindo assim reduzindo o capital e eventualmente inviabilizando o sistema produtivo (SIQUEIRA et al. É frequente que nesta época que as gramíneas apresentem valores abaixo do nível crítico de proteína bruta, bem como, a relação folha/colmo é menor, promovendo assim, perca em ordem quantitativa e qualitativa de alimento para o animal (MIORIN, 2018). A ingestão de forragem de baixa qualidade promove limitações no surgimento de microorganismos ruminais, desta forma, havendo uma menor deterioração do alimento no rúmen, redução na taxa de passagem e, consequentemente, redução no consumo de matéria seca (KOSCHECK et al.

O prolongamento do tempo de pastejo em função do restringimento da disponibilidade de forragem promove um maior trabalho na atividade de pastejo. Com isso, Reis et al. salienta que para produzir um suplementação e estabelecer a quantidade a ser fornecido, é necessário considerar os aspectos ligados à abundância de forragem disponível, já que a qualidade é comprometida na estação seca do ano. Sendo assim, os suplementos são usados para reparar deficiências de nutrientes específicos, através da adição de outras fontes de forragem, incluir aditivos na alimentação. Com isso a suplementação tende a suprir as necessidades energéticas e principalmente proteicas, contribuindo para a máxima atividade microbiana ruminal. Com isso, Reis et al. Ainda que a literatura mostre resultados satisfatórios sobre o consumo e digestão com aumento no nível de compostos nitrogenados, não foram relatados na literatura nacional envolvendo os níveis protéicos em suplementos para terminação (DETMANN, et al.

Com isso, Euclides et al. indicaram para a manutenção de peso durante o período da seca, o inserção de sal mineral com uréia e enxofre na dieta animal. Nesse contexto procura-se somente suprir as exigências de proteína bruta para desenvolvimento dos microrganismos, carecem de no mínimo 7% de proteína bruta. Para ganho moderados, por volta de 250 g/dia, os autores acima citados indicam o uso de misturas múltiplas, ou seja, que contenham energia e proteína, assim como macros e micros minerais para suplementar as deficiências das pastagens. Portanto, demonstraram que a utilização suplementar melhorou o consumo, digestibilidade e valor nutritivo da alimentação de novilhos Nelore em terminação na seca. Sendo assim o desempenho em pastejo na época seca quando inserida a suplementação é alta.

O comportamento com suplementação em pastejo é verificado pela influência mútua de vários fatores, estes relacionados às interações forragem/suplemento/animal. A diferença de ganho de peso em sistema tem uma tendência linear crescente no ganho de peso médio diário, seguindo o acréscimo da suplementação até níveis de 0,8% do peso corporal (SILVA, et al. Em todos os experimentos descritos por Silva et al. A utilização deste método vem sendo recomendado como opção para retificar a discrepância na produção de forragem durante a estação seca. Deste modo, é admissível gerar um economia de forragem na forma de "feno-em-pé" para pastejo direto durante o período de escassez de alimentos. Com isso, são aconselhadas para diferimento da pastagem, gramíneas que percam gradativamente o seu valor nutricional à medida que há o avanço do período de maturação da planta.

Ao mesmo tempo em que a viabilidade técnica da suplementação de animais é considerada quase consolidada, surgem questionamentos em relação a sua acessibilidade econômica, apesar do confrontamento econômico entre os sistemas intensivos e extensivos, direcionado para resultados superiores nos sistemas intensivos (PILAU et al. Em um sistema de suplementação, boa parte do retorno financeiro é alcançado em consequência de ganhos adicionais de peso do animal, bem como da antecipação na desocupação das pastagens. Sendo assim, convém ao nutricionista responsável, produzir a melhor opção de suplementação a ser introduzida na alimentação dos bovinos no período seco, com intuito de atender cada caso específico. Com isso a suplementação a pasto de bovinos pode incrementar a renda líquida da propriedade, com o intuito de atender as particularidades da propriedade.

Referências ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS EXPORTADORAS DE CARNE (ABIEC). Exportações de carne bovina avançam 6,76% no primeiro bimestre do ano. São Paulo: ABEIC, 2014.  Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, 62, n. p. CANESIN, R. C. et al. Otimização do uso de recursos forrageiros basais.  Simpósio de Produção de Gado de Corte, v. n. p. EUCLIDES FILHO, K. et al. Desempenho de novilhos F1s Angus-Nelore em pastagens de Brachiaria decumbens submetidos a diferentes regimes alimentares.  Revista brasileira de zootecnia, v. n. p. Análise econômica de quatro estratégias de suplementação para recria e engorda de bovinos em sistema pasto-suplemento. Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa, v. n. p. set. et al. Suplementação de bovinos de corte em sistema de pastejo.

 Uniciências, v. n. MIORIN, R. p. PAULINO, M. F. ZERVOUDAKIS, J. T. ROCHA, M. G. SANTOS, D. T. Análise econômica de sistemas de produção para recria de bezerras de corte. Piracicaba: FEALQ, Piracicaba, p. POPPI, D. P. MCLENNAN, S. R. Cuiabá, MT, v. p. REIS, R. A. et al. A. RODRIGUES, LR de A. PEREIRA, J. R. A. SIQUEIRA, G. R; MORETTI, M. H; FERNANDES, R. M; ROTH, M. T. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. n. p. fev. MORAES, E. et al. Aspectos produtivos e econômicos de novilhos mestiços alimentados com suplementos proteico-energéticos contendo ureia. Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa, v. n. p.

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