A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

PALAVRAS-CHAVE: Afetividade; Professor; Ensino. INTRODUÇÃO Este trabalho tem por objetivo investigar um dos mais importantes componentes do sistema educacional, que é a afetividade. Especificamente, objetiva tecer reflexões acerca da importância da afetividade para a construção do conhecimento significativo e emancipador; abordar o papel do educador no processo de ensino-aprendizagem orientado pelo cultivo das relações afetivas e também, apresentar considerações a respeito da importância do trabalho conjunto entre família e escola no que diz respeito ao desenvolvimento da afetividade. A intenção em desenvolver um estudo nessa área justifica-se pela necessidade de ampliar as discussões acerca da afetividade, especialmente na relação professor e aluno, tendo em vista que a afetividade pode trazer contribuições para o desenvolvimento do aluno e também para melhorar a qualidade do processo de ensino-aprendizagem, uma vez que ao se sentir amada a criança vai apreender com mais facilidade.

Espera-se, portanto, que este estudo possa contribuir para a expansão do conhecimento sobre a afetividade no meio escolar, principalmente para os profissionais da área que, de fato, se preocupam com a qualidade da educação. Nesta pesquisa a afetividade será entendida, de maneira ampla, como a totalidade dos afetos, sentimentos e emoções que as pessoas vivenciam em diferentes situações. As relações afetivas são partes que integram o crescimento humano e, consequentemente de seu desenvolvimento e amadurecimento cognitivo e emocional. O fato de nos tocarmos, de sentirmos a presença do outro, faz com que estejamos integrados numa determinada convivência, podendo ser familiar, escolar, social; pois estamos constantemente em contato com o outro participando de uma sociedade. Desta maneira, podemos retratar, através das nossas próprias experiências que todo esse amor que nos envolve, não pode ser rompido, pois seja em qualquer fase da vida, estamos sempre necessitando de um aperto de mão, de um abraço, um carinho, uma palavra de conforto.

Para que o ser humano desenvolva-se de forma integral, precisa crescer num ambiente de harmonia e dedicação de todas as pessoas que o cercam, mas infelizmente isso nem sempre ocorre, pois se observa um grande número de pessoas perdendo parte de seu lado afetivo emocional para a agressividade, violência, desamor, entre outros sentimentos que ao invés de enobrecer o homem, torna-o imprudente e desumano, gerando a destruição de sua autoestima e integridade. Muitas vezes, a preocupação principal da escola é, somente, com as disciplinas que compõem a grade curricular, sem que haja uma preocupação com o relacionamento estabelecido entre os envolvidos no processo educativo. A educação acontece de forma isolada, sem importar-se com cada um que ali está. Dessa forma, a parte emocional acaba sendo ignorada no trabalho escolar, estando, desta maneira, “desvinculada” do processo pedagógico.

No entanto, é impossível aluno e professor se desprenderem de suas emoções e sentimentos ao entrarem na sala de aula mesmo que isto esteja invisível ou não seja sentido por ambos, tais emoções s sentimentos permanecem indissolúveis de suas ações. Acredita-se assim, que a afetividade no contexto escolar deve receber atenção especial, uma vez que esse ambiente é um rico cenário de ações humanas, “um local de interações sociais intensas e variadas” (TASSONI, 2006, p. é o ambiente ideal para sociabilidade, sobretudo no perfil da família contemporânea, onde o pai tem um, dois filhos. Quando a criança entra numa escola e passa a frequentar grupos, nem todos têm por ela a afeição que têm os pais. É quando ela começa a enfrentar mecanismos de rejeição, mecanismos de recusa e é nessa hora que ela precisa aprender a lidar com esse convívio.

Nesse contexto que a importância da escola é muito grande também, na medida em que é o espaço ideal para a sociabilidade[. Muitas crianças, especialmente no início da escolarização, desenvolvem dificuldades de aprendizagem bem como, problemas de relacionamento. Esta compreensão serve como parâmetro medidor da ação docente na verificação do que lhe falta para que realizar uma prática pedagógica satisfatória. Para os professores a afetividade deve ter uma outra visão, além do que ela representa para a maioria das pessoas, ela deve ser vista, acima de tudo, como uma facilitadora da aprendizagem, já que quando se desenvolve uma educação afetiva os alunos tornam-se mais interessados e participativos nas aulas. Quando a afetividade está presente no ambiente escolar faz com que este se torne um lugar mais agradável e mais prazeroso para os alunos que, consequentemente sentirão mais vontade de participar ativamente das aulas.

Caso não seja estabelecida uma relação afetiva entre professor e aluno, é ilusão acreditar que o ato de educar tenha sucesso completo. Ou seja, pode até haver algum tipo de fixação de conteúdo, mas não será uma aprendizagem significativa, nada que prepare esse indivíduo para uma vida futura deixando, lacunas no processo de ensino-aprendizagem (SOBRAL apud AKIYAMA; SILVA, 2010, p. A melhor maneira de compreender uma criança é aproximar-se dela e, o meio mais eficaz é através do carinho, do respeito, da compreensão e é igualmente importante que o professor nunca se esqueça de que trabalha com pequenos seres que tem necessidade de receber afeto. As crianças precisam sentir-se amadas. Então, dar carinho na medida certa, louvar o esforço, são atitudes louváveis de educadores que reconhecem o seu papel, que transformam o ambiente escolar, em um ambiente de compreensão, calma, respeito, apoio, incentivo.

Uma pratica pedagógica desenvolvida com base nestes parâmetros é capaz de provocar nos alunos maior interesse e também responsabilidade nas atividades por eles desempenhadas, porque percebem no professor a dedicação e a confiança em sua pessoa em todos os aspectos. Tratar o aluno com afeto não significa tratá-lo com beijos, abraços ou procurando agradá-lo, significa apenas que devemos acordar e tomar atitudes que nos leve a sair de nossa indiferença, porque essa “indiferença” é justamente a falta de afetividade. “Crianças que vêem o professor como frio e indiferente, que não são tratadas como seres humanos, merecedores e dignos de valor, aprenderão menos” (OAKLANDER, 1980, p. Verifica-se, dessa forma, que o educador deve se interessar pelos sentimentos e emoções manifestados pelo aluno e também oferecer possibilidades da própria criança expressar-se, pois quando não atendemos às necessidades emocionais e psicológicas das crianças, estamos ajudando a criar e manter uma sociedade que não valoriza as pessoas.

Ao abordar-se a afetividade no meio escolar, além da relação entre professor e aluno é importante também considerar as relações entre colegas. Quando as relações comunicativas com os colegas são deficientes ou negativas, a criança pode apresentar dificuldades de ajustamento, durante a escolarização ou mesmo posteriormente. Da mesma forma, a falta de habilidades interpessoais e o rechaço dos colegas de aula estão relacionados com problemas emocionais, sentimentos de ansiedade, baixa auto-estima, condutas desordenadas e sentimentos de hostilidade para com a escola. A escola desconhece a vida afetiva da grande maioria dos seus alunos e reproduz a velha concepção ideológica, e que determina até hoje, de que a criança “bem-educada” é aquela que sufoca seus sentimentos. Ensinar as crianças a se controlarem, reprimindo suas emoções, faz parte, historicamente, das tarefas dos professores (MOREIRA, 2007, p.

Muitos professores acreditam que dar carinho ao aluno não é sua obrigação profissional, acreditam ser tarefa da família. No entanto, após o ambiente familiar, a escola é o principal lócus de formação deste indivíduo. Outras vezes, ocorre o contrário, a família delega aos professores toda a responsabilidade pela formação das crianças, inclusive no que diz respeito ao lado afetivo. CONSIDERAÇÕES FINAIS Após a análise realizada ao longo desta pesquisa é possível reafirmar a importância da afetividade no meio escolar, especialmente para a educação infantil, tendo em vista que ao ingressar na vida escolar, a criança, em alguns casos, encontra algumas dificuldades, visto ser a primeira vez que vai ausentar-se da casa para passar algumas horas em contato com outras pessoas que compõem a comunidade escolar.

Assim, os professores devem procurar fazer da sala de aula uma atmosfera de carinho para que os alunos possam superar o medo do desconhecido e também para fomentar o desejo de frequentar a escola, fazendo-os vê-la como um ambiente agradável e motivador. Constatou-se que a relação entre professor e aluno, da mesma forma que qualquer outra relação social, é permeada pela afetividade e esta é de fundamental importância no processo educativo, pois a manifestação dos sentimentos e dos estados emocionais, certamente irão influenciar na construção do conhecimento, tanto de maneira positiva como negativa. Para que o processo de ensino seja satisfatório, não é suficiente apenas o domínio do conteúdo a ser ministrado, precisa conhecer também aqueles a quem está ensinando de forma mais profunda, deve procurar estar ciente das habilidades e das dificuldades de cada um, uma vez que o foco principal do professor não deve ser somente o de transmitir conhecimento, mas sim educar para a vida.

Foi possível constatar também que um ensino baseado em relações afetivas positivas suscita o respeito entre aluno e educador, ao contrário do que defendem muitos educadores de que uma educação ministrada com base na afetividade é aquela que tudo permite à criança, onde não há regras e nem disciplina. br/cadernopos/edicoes/n1v3/05. pdf. Acesso em 09/04/2019. ANTUNES S. F. C. P. A criança em destaque na ação complementar entre Família e Escola. Disponível em http://inforum. insite. MORENO, M. C. Relações sociais nos anos escolares: família, escola, companheiros. In: COLL, C; PALLACIOS, J; MARCHESI, A. org). D. A importância da afetividade no processo ensino-aprendizagem de matemática, 2007. Disponível em http://www. pucsp. br/pos/edmat/mp/dissertacao/eline_dias_moreira.

ideau. com. br/upload/artigos/art_87. F. Acesso em 13/04/2019. A influência da afetividade no ambiente pedagógico. Disponível em http://veterinariosnodiva. com. br/books/afetividade-ambiente-pedagogico. pdf. pdf. Acesso em 13/04/2019. TASSONI, E. C. M. Congresso de leitura do Brasil. Campinas – São Paulo, 2005.

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