DEFICIÊNCIA MENTAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

Ao final foi possível concluir que a inclusão dos portadores de deficiência mental ocorrerá de maneira efetiva a partir do momento em que o educando seja aceito com base nos valores construídos e definidos pelo seu grupo social, tendo respeitada sua identidade cultural. O professor deve conhecer as particularidades e necessidades de seus alunos realizando assim, uma prática docente coerente encontrando soluções para minimizar as dificuldades que estes alunos venham a ter no processo de aprendizagem. Palavras-chave: Inclusão; deficientes mentais; ensino. INTRODUÇÃO No momento da escolha de um tema de pesquisa, muitos são os possíveis caminhos, porém, procura-se algo que tenha a ver com o dia a dia do profissional e questões que lhe instigam, por isso tentou-se entender um pouco mais acerca da deficiência mental.

Portanto, este trabalho é resultado de uma pesquisa sobre a inclusão da criança portadora de deficiência mental na educação infantil. Para o desenvolvimento de um trabalho sobre deficiência mental foi necessário pesquisa, leitura, reflexão, análise, construção e reconstrução de alguns conceitos, tendo em vista que é de grande valia poder escrever sobre uma temática em voga na atual sociedade, buscando o desenvolvimento de novas estratégias e reestruturação de conceitos e elaboração de propostas, que contribuam para a melhoria da qualidade do ensino oferecido aos portadores de deficiência mental. Esta pesquisa é de caráter bibliográfico, com base na revisão da literatura cientifica para levantamento e analise acerca do que já se produziu sobre esta temática. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 1.

A DEFICIÊNCIA MENTAL Desde a antiguidade até os dias atuais, a sociedade demonstra dificuldades em lidar com as diferenças, bem como em aceitar as pessoas com algum tipo de deficiência, especialmente as pessoas com deficiência mental. O conceito de deficiência mental é amplo. as pessoas com deficiências eram ou deveriam ser tratadas conforme o descrito na citação abaixo (SILVA, 2004, p. Nós matamos os cães danados, os touros ferozes e indomáveis, degolamos as ovelhas doentes, com medo que infectem o rebanho, asfixiamos os recém-nascidos mal constituídos, mesmo as crianças, se fossem débeis ou anormais, nós a afogamos. Não se trata de ódio, mas da razão que nos convida a separar das partes sãs, aquelas que podem corrompê-las (sobre a ira).

Na Grécia antiga a idealização da perfeição do corpo era intensivamente cultuada, sendo assim, os chamados portadores de deficiência eram sacrificados ou escondidos, “quanto aos filhos de sujeitos sem valor e os que foram mal constituídos de nascença, as autoridades os esconderão, como convém, num lugar secreto que não deve ser divulgado” (PLATÃO apud SILVA, 2006, p. A partir do Cristianismo as pessoas deficientes passaram a ser vistas como filhos de Deus, pois com o advento do Cristianismo surgiu o dever de amar o próximo. A partir da iniciativa deste grupo, ressalta Mazzotta (1999, p. abriram-se as portas da cidadania para os deficientes. Criaram-se condições de acesso as várias áreas da sociedade. A INCLUSÃO DE DEFICIENTES MENTAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL Até décadas atrás a criança com deficiência mental era considerada popularmente como individuo improdutivo, com muitas dificuldades no seu desenvolvimento, no seu cotidiano e nas necessidades físicas.

Assim, a educação das pessoas com necessidades educacionais especiais foi desde os primórdios vista como uma ação complexa, em razão da diversidade e/ou diferenças apresentadas. “a aprendizagem sempre inclui relações entre as pessoas. A relação do indivíduo com o mundo está sempre mediada pelo outro”. Essa concepção favorece a socialização, a igualdade, as possibilidades e a capacidade da pessoa com necessidades especiais, promovendo assim, uma melhor qualidade de vida social e educacional. De acordo com Costa (1995) o ensino especializado e, se possível, o ensino regular, só vem a favorecer a educação integral de uma criança com necessidades especiais, sendo essa integração percebida pela mesma, pois ela será incorporada a uma educação que a estimule e desenvolva-a.

É preciso desmistificar o conceito que está inserido socialmente, de que a criança com deficiência mental é limitada em níveis de aprendizagem. A informação é um dos meios para que isso se efetive. Como explicita Pueschel (1993, p. “Atualmente profissionais de varias áreas tem atitudes mais positivas para com as crianças deficientes e conseguem evidenciar as habilidades e potencialidades, alem das limitações das crianças”. Esse é um dos primeiros passos, o conhecimento sobre recursos que irão auxiliar nos cuidados, e favorecer o bom desempenho para o desenvolvimento de suas potencialidades. A procura por orientações, advindas não somente de profissionais, mais de famílias e de grupos de apoio, que conhecem essa realidade, são indissociáveis para um bom atendimento consciente. Sob essa ótica, as pessoas com necessidades educacionais especiais podem ter habilidades cognitivas abaixo da média, geralmente variando de retardo leve a moderado, em alguns casos, profundo.

Contudo, tal rebaixamento cognitivo não impede o desenvolvimento da criança com deficiência mental, pois semelhante as “crianças normais” elas também se desenvolvem, mas em ritmo diminuto. Deve-se permitir que cada aluno avance conforme seu ritmo, assim conseguirão se alfabetizarem e realizarem atividades que serão gratificantes tanto para si próprios, como para seus pais e educadores que estarão acompanhando a evolução e conquistas dessas crianças especiais Portanto, a tarefa principal do educador será exigir da criança portadora deficiência mental somente o que estiver dentro de suas possibilidades. Esse atendimento tem por objetivo verificar, elaborar e organizar propostas educacionais e de acessibilidade que acabem com as dificuldades dos alunos considerando suas necessidades especiais. As atividades desenvolvidas diferenciam-se das realizadas na sala de aula regular, mas não substituem a escolarização.

E de acordo com Costa (1995, p. “integrar o excepcional é praticar a democracia”. Sendo assim, essa integração deve ser percebida pela própria criança, ou seja, ela necessita estar demonstrando satisfação e prazer em estar naquele ambiente, senão não apresentará as evoluções esperadas. As classes especiais, dentro das escolas regulares, são analisadas por diferentes aspectos. Alguns especialistas acreditam que elas são benéficas, pois englobam o ensino mais individualizado, com a convivência social junto às crianças “normais”. Partindo do pressuposto do respeito à diversidade é de fundamental importância salientar que as crianças com deficiência mental são detentoras de habilidades distintas como qualquer outra criança. E que a adequação apropriada quanto à escolarização só vem a ser um diferencial na condição de respeito das suas especificidades.

Há, portanto, a necessidade de estimular a criança com deficiência mental, no sentido de desenvolver uma variedade de situações nas quais ela possa se beneficiar, tendo como principal aliado um ambiente que favoreça esses desenvolvimentos físicos, intelectuais e sociais de forma mais acelerada. O aprendizado da criança com deficiência mental inicia-se a partir de seu nascimento com uma estimulação capaz de integrá-la progressivamente ao meio educacional e a vida social, pois com essas estimulações, ela poderá atingir bons níveis de aprendizagem. O modo como o professor trabalha os conteúdos, faz com que o aluno se torne um ser ativo, construtor de seus conhecimentos, dinâmico e curioso, um cidadão. Precisa-se fixar na evolução dos processos e não somente nos produtos ou resultados.

Acredita-se que é papel da escola e do professor se adaptar às necessidades dos alunos e não ao contrário, como acontece em muitas escolas onde são os alunos que precisam se ajustar conforme a proposta daquela escola. As pessoas com deficiência mental são capazes de atuar em níveis mais elevados do que se acreditava anteriormente. Contudo é preciso que sejam eliminados todos os preconceitos existentes em relação a estes indivíduos, e que de fato seja oferecido a eles uma educação de qualidade, que reconheça o potencial que estas pessoas têm. CONSIDERAÇÕES FINAIS Nesta pesquisa aprofundaram-se leituras e estudos de diversos autores buscando orientações a respeito da inclusão das crianças portadores de deficiência mental na educação infantil.

M. Um olhar sobre a diferença: interação, trabalho e cidadania. Campinas/Sp: Papirus, 1998. BOCK, A. M. br/ccivil_03/decreto/d3298. htmAcesso em 20/04/2019. COSTA, N. D. M. Rio de Janeiro. Atheneu, 1968. MARINHO, S. M. Psicopatologia e deficiencia mental – fragmentos no cristal. ed. Campinas: Papirus, 1993. Educação especial). ROMANELLI, O. de O. TELFORD, C. W; SAWREY, J. M. O indivíduo excepcional. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988.

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