A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE FINANCEIRA NA GESTÃO DAS EMPRESAS

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Finanças

Documento 1

de _________________ de _____. Assinatura) SUA LISTA DE TABELAS TABELA 1: Reclassificação do circulante 27 TABELA 2: Decomposição financeira do ciclo 30 TABELA 3: Modelo de fluxo de caixa 32 TABELA 4: Modelo de método direto 39 TABELA 5: Modelo de método indireto 40 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS CCL – Capital Circulante Líquido CDG – Capital de Giro NLCDG – Necessidade Líquida de Capital de Giro DOAR – Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos DFC – Demonstração do Fluxo de Caixa DRE – Demonstração do Resultado do Exercício SERASA – (Serviços de Assessorias S/A) RESUMO O presente trabalho tem como objetivo mostrar a importância da análise financeira dentro das empresas e para isso, tem como foco conceituar e esclarecer as principais técnicas de análise financeira de curto prazo. Essa pesquisa está dividida em três capítulos sendo que o primeiro, busca conceituar e trazer algumas referências acerca desse assunto e também aborda o fato da gestão financeira ser um fator primordial dentro das organizações.

No segundo capítulo há a disposição das técnicas utilizadas para analisar finanças empresariais em um curto espaço de tempo, proporcionando ao gestor maior celeridade e praticidade em seus processos. Entre essas técnicas encontram-se os índices financeiros usados com maior frequência e também a análise do demonstrativo do fluxo de caixa, sendo que este último possui um destaque e relevância que são tratados no último capítulo. TÉCNICAS DE ANÁLISE EM CURTO PRAZO 18 2. Análise através de índices 19 2. Análise de capital de giro 26 2. Análise da necessidade líquida de capital de giro 28 2. Análise de fluxo de caixa 31 2. Ter muitas pessoas trabalhando em um único departamento gera ociosidade dos funcionários e elevação de custos; não ter um planejamento tributário ou um bom controle de estoques também resultaram nesse problema, mas o que será tratado aqui não são essas peculiaridades e sim como as análises de curto prazo são eficientes para evita-las.

REFERENCIAL TEÓRICO Neste capítulo serão apresentados alguns conceitos necessários para a compreensão do desenvolvimento deste trabalho e a relevância desse tema para os gestores financeiros. Toda empresa deve estar baseada em um planejamento financeiro, sendo gerido e acompanhado de forma constante para garantir a obtenção de resultados nos prazos estabelecidos. O termo Gestão deriva do latim gestione e significa gerir, gerência, administração. Administrar é planejar, organizar, dirigir e controlar recursos, visando atingir determinado objetivo. As finanças podem ser divididas em três grandes segmentos que de acordo com Neto & Lima, são denominadas finanças pessoais, mercado financeiro e finanças corporativas. O mesmo autor diz que “o segmento de mercado financeiro estuda os comportamentos dos mercados, seus vários títulos e valores mobiliários negociados e as instituições financeiras que atuam.

”2 Sobre as finanças corporativas, elas são responsáveis pelos processos e tomadas de decisões dentro das organizações, diferente das finanças pessoais que está voltado para o estudo dos investimentos e financiamentos das pessoas físicas e não jurídicas: Archer e D’Ambrosio (1969) discutem essencialmente três abordagens no desenvolvimento do estudo de finanças das empresas. A primeira conhecida como “Tradicional”, tem suas prioridades voltadas para a vida e operações financeiras descontínuas das empresas, conforme inseridas no ambiente da época. A ênfase dessa abordagem recai sobre os fatos financeiros das empresas que costumam ocorrer de tempos em tempos, não dando maior destaque aos problemas administrativos de caráter mais rotineiro [. A administração financeira é um campo de estudo teórico e prático que objetiva, essencialmente, assegurar um melhor e mais eficiente processo empresarial de captação (financiamento) e alocação (investimento) de recursos de capital.

Nesse contexto, a administração financeira envolve-se tanto com a problemática da escassez de recursos, quanto com a realidade operacional e prática da gestão financeira das empresas, assumindo uma definição de maior amplitude. De acordo com esse autor, a administração financeira tem que estar alinhada com o planejamento estratégico da organização, atuando de acordo com seus objetivos e em busca de um ideal comum. Essas são as premissas que o gestor financeiro deve seguir quando for realizar um planejamento financeiro: O qual procura evidenciar as necessidades de crescimento da empresa, assim como identificar eventuais dificuldades e desastres futuros. Por meio desse planejamento, ainda é possível ao administrador financeiro selecionar, com maior margem de segurança, os ativos mais rentáveis e condizentes com os negócios da empresa, de forma a estabelecer uma rentabilidade mais satisfatória sobre os investimentos.

Sá define a contabilidade como “a ciência que estuda os fenômenos patrimoniais, preocupando-se com realidades, evidências e comportamentos dos mesmos, em relação à eficácia funcional das células sociais”. O que ambos autores querem dizer é que a contabilidade é uma ferramenta indispensável para as organizações, pois precisam controlar seu patrimônio de maneira prática e rápida e com isso, poder tomar decisões com base em dados reais e assertivos. No sistema contábil de uma organização são lançadas todas as suas receitas e também seus gastos e despesas, definido por VICECONTI & NEVES como “gasto com bens e serviços não utilizados nas atividades produtivas e consumidos com a finalidade de obtenção de receitas”. Já WERNKE textualiza custos como: Gastos efetuados no processo de fabricação de bens ou de prestação de serviços.

No caso industrial, são os fatores utilizados na produção como matérias-primas, salários e encargos sociais dos operários da fábrica, depreciação das máquinas, dos móveis e das ferramentas utilizadas no processo produtivo. Um dos custos mais mal administrados pelas empresas nos dias de hoje são sem dúvida alguma os impostos, também conhecidos por tributos: Tributo engloba impostos, taxas de serviços de serviços públicos e contribuições de melhoria (decorrentes de obras públicas), contribuições sociais e econômicas, encargos e tarifas tributarias (com característica ficais). Por tributo, entende-se toda prestação pecuniária compulsória em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada – art.

º do CTN. Os impostos podem ser recuperados através de atos administrativos que requerem cadastros, solicitações, preenchimento de formulários enfim. Porém, são poucas as empresas que conhecem e que buscam esse retorno nos prazos legais, garantindo um equilíbrio financeiro mais condizente com a sua realidade, ou seja, o que foi gasto em um período pode retornar para os caixas da empresa em um curto ou longo prazo. Alexander Wall, considerado o pai da Análise de Balanços, apresentou, em 1919, um modelo de análise de balanços, através de índices, buscando demonstrar a importância de se considerar outras relações, que não somente de ativo circulante contra passivo circulante. No Brasil, até meados do século passado a análise de balanços era um instrumento pouco utilizado na prática, sendo criada em 1968, a SERASA (Serviços de Assessorias S/A), empresa que passou a operar como central de análise de balanços comerciais.

A análise de demonstrações financeiras é de suma importância para as organizações empresariais, contudo, a complexidade da análise de dados contábeis torna ineficiente muitos procedimentos administrativos que requerem urgência. Analisar as demonstrações financeiras, em empresas de qualquer ramo, ajuda a definir os pontos positivos e negativos de todo o desemprenho operacional e capital. E em posse dessa análise é possível detectar problemas de gestão, tomar decisões estratégicas e expandir as atividades econômicas. Enfim, verificou-se o objetivo da análise de balanços e seu conceito para que seja possível integrar algumas informações sobre técnicas existentes para análise de curto prazo, assim como seus objetivos e utilização. Análise através de índices Segundo MATARAZZO "Índice é a relação entre contas ou grupo de contas das demonstrações contábeis, que visa evidenciar determinado aspecto da situação econômica ou financeira de uma empresa".

De acordo com esse mesmo autor: As técnicas de análise de balanço possibilitam grande número de informações sobre a empresa. Merecem especial atenção os estudos sobre o uso da análise de balanços na previsão de insolvência. E em função dessas experiências, tem-se podido chegar a alguns resultados objetivos sobre o grau de eficiência de certos índices de balanço na previsão de insolvência. Quando se deseja analisar a capacidade que uma empresa tem de cumprir com suas obrigações, com isto entende-se também por realizar seus pagamentos em curto, médio ou longo prazo, então utiliza-se os índices de liquidez. A começar pelo índice de liquidez geral, MARION diz que "este índice mostra a capacidade de pagamento da empresa a longo prazo, considerando tudo o que ela converterá em dinheiro (a curto e longo prazo), relacionando-se com tudo que já assumiu como dívida (a curto e longo prazo)29, ou seja": Ativo circulante + Realizável a longo prazo Índice de liquidez geral = _________________________________________________ Passivo circulante + Exigível a longo prazo Segundo MARION (2002:90) alguns lembretes são importantes nesta análise: "- não considerar qualquer indicador isoladamente (associar os índices entre si); - apreciar o indicador em uma série de anos, pelo menos três; - comparar os índices encontrados com índices-padrão, ou seja, índices das empresas concorrentes (mesmo ramo de atividade)".

Diferente do índice de liquidez geral que tem como objetivo verificar as condições de uma empresa pagar suas contas de um modo geral, ou seja, a longo prazo, o índice de liquidez corrente é utilizado para calcular a possibilidade de pagamentos das obrigações em curto prazo e deve ser feito através da seguinte fórmula: Ativo circulante Índice de liquidez corrente = _______________________________________ Passivo circulante O resultado dessa fórmula trará quanto existe de ativo circulante para cada 1 (um) real de passivo e quanto maior forem os recursos, melhor será a situação financeira da empresa. Contudo, o autor MARION alerta para a possibilidade de uma empresa se encontrar com uma ótima liquidez corrente e ainda assim não ter condições adequadas ou suficientes para pagar suas despesas: O primeiro aspecto relevante é que o índice não revela a qualidade dos itens no Ativo Circulante (os estoques superavaliados, são obsoletos, os títulos a receber são totalmente recebíveis?).

O segundo é que o índice não revela a sincronização entre recebimentos e pagamentos, ou seja, por meio dele não identificamos se os recebimentos ocorrerão em tempo para pagar as dívidas vincendas. De um lado, abaixo de certos limites obtidos segundo os padrões do ramo, pode indicar alguma dificuldade de liquidez, mas raramente tal conclusão será mantida quando o índice de Liquidez. MARION traz a fórmula de liquidez seca no quadro abaixo, demonstrando que esse pode ser o índice mais exato com relação à situação de uma empresa. Seu cálculo consiste na divisão de dois valores, sendo o primeiro o resultado da subtração do estoque e das despesas antecipadas do valor do ativo circulante e o segundo por sua vez, refere-se ao passivo circulante: Ativo circulante – estoque – despesas antecipadas Índice de liquidez seca = _______________________________________________ Passivo circulante Com o resultado desse índice de liquidez seca, é possível analisar se a empresa é capaz de realizar pagamentos de forma imediata, porém, a pessoa que realizar essa análise deve saber interpretar todo o contexto que a estrutura organizacional vivencia no seu dia-a-dia.

Essa interpretação se faz necessária porque mesmo que o índice de liquidez seca seja baixo, isso não significa que a empresa está “apertada” e sem dinheiro para pagar as contas. Na verdade, isso tudo depende do ramo da empresa, da sua atividade operacional e seu modo de gerir as finanças, ou seja, um supermercado que trabalha com estoques elevadíssimos pode ter um índice baixo e ainda assim conseguir ter lucro e receita o suficiente para pagar suas contas. Segundo ASSAF NETO (2001:172) o quociente pode ser extraído da fórmula abaixo: Disponível Índice de liquidez imediata = ________________________________________ Passivo circulante Conforme dispõe o autor e também como pode ser visto na fórmula, o cálculo consiste na divisão entre tudo o que está imediatamente disponível, ou seja, dinheiro em caixa e outros investimentos que estejam disponíveis e, o passivo circulante que poderá chegar às dividas presentes dentro dos 365 dias seguintes.

Contudo, o autor fala da importância de se realizar esse cálculo com base nas dívidas mais próximas possíveis, por exemplo, 15 ou 30 dias e com isso, obter um giro de caixa mais consistente. Por fim, o índice de imobilização dos recursos não correntes, também chamado por ASSAF NETO de imobilização dos capitais permanentes “pode ser obtido através da relação do ativo permanente e o passivo permanente (exigível a longo prazo e patrimônio líquido)":35 Ativo permanente Grau de imobilização dos capitais permanentes = __________________________________ x 100 Patrimônio líquido + exigível a longo prazo MATARAZZO compara as aplicações fixas com os recursos não correntes em sua obra: Os elementos do Ativo Permanente têm vida útil que pode ser de 2,5, 10 ou 50 anos.

Assim, não é necessário financiar todo o Imobilizado com recursos próprios. É perfeitamente possível utilizar recursos de longo, desde que o prazo seja compatível com o de duração do Imobilizado ou então que o prazo seja suficiente para a empresa gerar recursos capazes de resgatar as dívidas de longo prazo. São coisas feitas em um momento passado, mas que não deixam em momento algum de refletir a realidade da atual organização em análise. Para se chegar ao resultado do CDG basta subtrair o ativo permanente do patrimônio líquido, sendo visível que determinadas operações podem aumentar ou reduzir o CDG: Reduzem CDG-Capital de Giro: prejuízos; aquisição de ativo imobilizado; aquisição de investimentos; gastos em despesas pré-operacionais (ativo diferido); distribuição de lucros.

Aumentam CDG-Capital de Giro: lucros; venda de bens do ativo permanente; aporte de recursos de sócios para aumento de capital; depreciação; amortização e exaustão. Aponta-se que para fazer uma análise adequada da situação financeira de uma empresa é necessário realizar uma reclassificação do circulante, tanto ativo quanto passivo, conforme apresentado por SANTI FILHO e OLINQUEVITCH40: Ativo Circulante Passivo Circulante APLICAÇÕES DE CAPITAL DE GIRO Dupl. A receber Estoques Despesas antecipadas OUTRAS CONTAS Disponibilidades Aplicações financeiras Outras FONTES DE CAPITAL DE GIRO Fornecedores Obrigações fiscais Obrigações trabalhistas OUTRAS CONTAS DO PC Duplicatas descontadas Instituições financeiras Outras TABELA 1: Reclassificação do circulante FONTE: SANTI FILHO e OLINQUEVITCH (1993, Pág. Outra forma de calcular a NLCDG de acordo com SANTI FILHO e OLINQUEVITCH44 é através do ciclo financeiro da respectiva organização: NLCDG x nº de dias do período* __________________________ = Ciclo financeiro Vendas brutas *Período a que se refere o volume das vendas brutas; exemplo: vendas anuais, período de 360 dias; vendas mensais, período de 30 dias etc.

A fórmula no quadro acima aponta que o resultado se dará em dias e que a análise da NLCDG tem como base as vendas brutas e o ciclo financeiro que poderá variar, mas nunca ultrapassar os 360 dias. Esse limite de 360 dias é regulamentado pela Lei 6404/76, onde o curto prazo da contabilidade é especificado dentro do limite de 360 dias, ou seja, tudo aquilo que se tem para receber ou para pagar dentro desse período, corresponderá ao curto prazo contábil. SANTI FILHO e OLINQUEVITCH 45esboçou um quadro que permite realizar uma decomposição do ciclo financeiro de uma empresa como modo de facilitar a compreensão dos dados e o lançamento na fórmula para que se concretize o cálculo: DECOMPOSIÇÃO FINANCEIRA DO CICLO ANALÍTICO (PERÍODO ANUAL) CICLO FINANCEIRO: (NLCDG/VENDAS BRUTAS) x 360.

Atual Anterior FINANCIAMENTO DOS CLIENTES PMR (Dup. Segundo CAMPOS FILHO: Os Estados Unidos foram pioneiros nesse assunto. As alternativas foram discutidas durante 10 anos (de 1977 a 1987). Em 1987 publicou-se o FAS (Financial Accounting Standards) nº 95, definindo o modelo da demonstração do fluxo de caixa e os critérios a serem observados para gerar este relatório. A partir de então, todas as empresas nos Estados Unidos devem elaborar, além do balanço patrimonial e da demonstração de resultados, a demonstração do fluxo de caixa. Já nos países do Reino Unido, essa exigência passou a ser feita a partir de março de 1992, com a publicação do FRS 01 (Financial Reporting Standard). A exposição do autor prepondera a praticidade em se analisar um fluxo de caixa visualmente do que realizar cálculos com índices, tendo ainda como parâmetro outras ferramentas contábeis como o balanço patrimonial por exemplo.

Não se trata de uma análise superficial, mas sim muito mais prática, conveniente e próxima da realidade da maioria das pessoas, sejam elas leigas ou especialistas no assunto. O fluxo de caixa é um registro de tudo aquilo que entra e sai do caixa da empresa que pode ser desde uma simples venda até o pagamento de um boleto cujo dinheiro saiu do caixa. Seu período de aferição normalmente é de 30 dias, ou seja, o seu fechamento é mensal, contudo, há pequenas empresas que fazem esse tipo de fechamento diariamente justamente por não possui um setor contábil para organizar as finanças. Diante de situações como essa, os pequenos empreendedores sentem-se mais seguros quando realizam a contagem do caixa logo no final do expediente para garantir que não houve nenhum desvio ou sobra de valor.

Mesmo sendo uma excelente ferramenta para análise de curto prazo, o gestor deve ter consciência de que a DFC possui algumas limitações como a impossibilidade de apresentar os custos dos produtos ou serviços ofertados pela empresa e também a incapacidade de fornecer informações precisas sobre o lucro da empresa. Fluxo de caixa realizado O fluxo de caixa realizado funcionará como parâmetro para o gestor que desejar se planejar no próximo período, evitar repetir os mesmos erros ou até mesmo se programar para fazer investimentos quando perceber que há sobra de caixa após o pagamento das despesas do respectivo período analisado. Quando se faz comparações entre o fluxo de caixa realizado e o fluxo de caixa projetado, a pessoa que estiver fazendo a análise também poderá descobrir falhas de gestão, o que será muito útil por exemplo nas grandes empresas que desejam mudar o quadro de funcionários na área de gestão.

Como já foi dito anteriormente, a DFC é importante para diversas operações organizacionais e pode ser conceituada como a técnica de análise mais relevante em um processo. Atualmente os investidores já não se contentam com uma análise de balanço e acreditam que o fluxo de caixa traga mais informações e transparência, uma vez que é possível identificar os reais gastos, receitas e a movimentação da organização em um único demonstrativo. Atividades de Investimentos: compreendem as transações: concessão e recebimento de empréstimos, compra e resgate de títulos financeiros, aquisição e venda de participações em outras sociedades, compra e venda de ativos utilizados na produção de bens e serviços ligados ao objetivo social da entidade. Não compreendem, porém, as aquisições de ativos com o objetivo de revenda.

Atividades de Financiamentos: incluem-se nessa categoria: a captação de recursos dos proprietários ou acionistas; a devolução dos recursos e os rendimentos desses recursos em forma de dividendos ou não; a captação de empréstimos de terceiros, sua amortização e remuneração e a obtenção e amortização de outros recursos classificados no longo prazo. Com relação à seção de operações, esta diz respeito ao dinheiro da venda de produtos e serviços subtraindo-se o custo que se teve para produzi-los ou realizar a venda. A seção de financiamentos por sua vez está relacionada a empréstimos bancários, debêntures ou venda de ações e pode ser tanto uma entrada quanto uma saída no caixa. De acordo com a posição do autor, o fluxo de caixa com sua nova divisão poderá ser apresentado de duas maneiras sendo a primeira denominada método direto e a segunda conhecida como método indireto.

Com relação ao método direto, ele irá apresentar passo-a-passo os pagamentos e recebimentos operacionais da organização, mostrando de fato sua movimentação financeira e facilitando a avaliação de solvência. Modelo de método direto do fluxo de caixa: MÉTODO DIRETO a. Operações Receita recebida (-) Caixa despendido nas compras (-) Despesas operacionais pagas - Vendas - Administrativas Caixa gerado no negócio b. Outras receitas e despesas (+) Receitas financeiras recebidas (-) Despesas financeiras pagas Caixa líquido após operações financeiras (-) Imposto de renda pago Caixa líquido após imposto de renda c. Basta utilizar dois balanços patrimoniais (o do início e o do final do período),a demonstração de resultados e algumas informações adicionais; concilia lucro contábil com o fluxo de caixa operacional liquido, mostrando como se compõe a diferença.

Desvantagens: o tempo necessário para gerar as informações pelo regime de competência e só depois converte-Ias para regime de caixa. Se isso for feito uma vez por ano, por exemplo, podemos ter surpresas desagradáveis e tardiamente; se há interferência da legislação fiscal na contabilidade oficial, e geralmente há, o método indireto irá eliminar somente parte dessas distorções. Diante das vantagens e desvantagens certamente para as pequenas empresas o método direto é mais eficaz e detalhado, transmitindo maior segurança na hora de conferir dados, buscar informações sobre compras ou vendas em determinadas datas. Para as empresas de médio e grande porte, talvez o método indireto seja até aconselhável, porém, sua ausência de destreza no momento de eliminar distorções poderá se tornar um problema fiscal no futuro.

O principal objetivo do fluxo de caixa projetado é estabelecer uma relação entre o que já foi realizado e aquilo que ainda irá ocorre, ou seja, são feitas estratégias para que seja possível obter o melhor resultado futuro possível. O gestor financeiro pode se programar através da projeção de um caixa e estudar aplicações financeiras com os valores excedentes ou buscar financiamentos para suprir contas a pagar quando não houver recursos suficientes para entrar no período seguinte. Sabendo que se tem uma determinada conta a ser paga daqui a 30 dias, por exemplo, você deve ter em caixa, já este mês, a quantia referente a tal pagamento, ou, pelo menos, previsão de que receberá valores suficientes para o pagamento da obrigação.

Esse tipo de projeção é muito útil para dar uma visão financeira futura de seu empreendimento. Veja se não há distorções entre o tempo para receber de clientes e o para pagar aos fornecedores. MEYER tem uma visão mais positiva com relação à projeção do fluxo de caixa, relatando a possibilidade de vislumbrar investimentos e novas aquisições com o saldo do caixa futuro. É uma ideia otimista onde se acredita fielmente que todas as contas a receber serão de fato recebidas. Isso pode variar de acordo com o perfil de cada gestor, sendo alguns otimistas como o autor MEYER enquanto outros são mais reservados e preferem aguardar de fato a entrada dos valores, sem realizar planos para eles. Não há um período específico para se fixar em uma projeção de fluxo de caixa, portanto, ela poderá ser de mês em mês, a cada trimestre, semestre ou até mesmo diária.

Tudo irá depender do controle que o gestor exerce sobre as suas finanças e seus processos gerenciais.   No decorrer dessa pesquisa foram apresentadas as principais técnicas de análise em curto prazo com a finalidade de auxiliar o gestor na sua tomada de decisões. Contudo, a ferramenta contábil que mais se destacou e demonstrou sua importância para a gestão empresarial foi a demonstração do fluxo de caixa – DFC. Segundo Lemes, Rigo e Cherobim "a gestão do caixa é a atividade da administração financeira que objetiva a otimização dos recursos financeiros, integrada às demais atividades da empresa"67 por essa razão tornou-se uma ferramenta imprescindível aos administradores nos dias de hoje. Ao analisar corretamente o fluxo de caixa é possível que identificar gastos desnecessários dentro de algum processo realizado na empresa.

Teles, revela que tipo de informação do fluxo de caixa é relevante para administradores, credores, emprestadores e acionistas: Informação relevante para administradores financeiros internos: no intuito de preservar a sua continuidade operacional, a empresa precisa dos fluxos de caixa necessários para honrar suas obrigações, adquirir e financiar os ativos circulante e fixos. Contudo, esses índices não podem ser utilizados de forma isolada pois não trariam uma exatidão em seus resultados. Após extrair os índices necessários das demonstrações contábeis é preciso verificar se há necessidade de compará-los com índices-padrão e, só então, ponderar as diferenças nas informações e chegar a uma conclusão sólida para a tomada de decisão. Conforme Matarazzo, a análise das demonstrações contábeis só adquire consistência e objetividade quando os índices são comparados com os padrões, pois, do contrário, as conclusões se sujeitam à opinião de quem estiver analisando.

Segundo IUDÍCIBUS: É muito mais útil calcular um certo número selecionado de índices e quocientes, de forma consistente, de período para período, e compará-los com padrões estabelecidos e tentar, a partir daí, tirar uma ideia de quais problemas merecem uma investigação maior, do que apurar dezenas e dezenas de índices, sem correlação entre si, sem comparações e, ainda, pretender dar um enfoque e uma significação absolutos a tais índices e quocientes. Para Marion, alguns preceitos devem ser observados, quando à utilização de índices, para que não ocorram distorções ou interpretações inadequadas, o que poderia comprometer a tomada de decisão. Atualmente os investidores preferem fazer suas análises com base no demonstrativo de fluxo de caixa em vez dos balanços patrimoniais e demonstrativo de resultado do exercício porque estes, mostram apenas de forma superficial a situação da organização, enquanto que o DFC em sua forma direta, é muito detalhado e rico em informações.

Concluindo, as empresas que fazem uma boa gestão de suas finanças e alertam seus gestores sobre a importância de fazer análises em curto prazo para tomar decisões, são menos propensas a fechar as portas em tempos de crise. Todo o sucesso de uma empresa gira em torno de seus recursos, por isso é fundamental que ele seja bem estruturado pois, somente assim, será possível usar os recursos com sabedoria e tomar decisões com base em informações sólidas. A empresa é feita de tijolos e cada um deles é importante para mantê-la de pé, mas as finanças são o seu alicerce e se elas não são bem geridas, então os tijolos vão começar a cair um por um.

REFERÊNCIAS ANJOS, Cezinha. São Paulo: Atlas, 2001. BLOG DO EMPREENDEDOR. Análise de risco e capital de giro: Entenda como funcionam. Disponível em: < https://www. quickbooks. São Paulo: Atlas, 2002. CHIAVENATO, Idalberto. Administração: teoria, processo e prática. ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011 Fundamentos da gestão financeira. GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. ª ed. São Paulo: Ed. Harbra, 1997. IUDÍCIBUS, Sérgio de et al. Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações. ed. São Paulo: Atlas, 1988. LEMES, Antônio Barbosa. São Paulo: Atlas, 1998. MATARAZZO, Dante C. Análise Financeira de Balanços. Análise financeira de balanços. ed. OLIVEIRA, L. M. PEREZ JR. J. H. Como fazer fluxo de caixa. Disponível em: https://www. portalmei. org/como-fazer-fluxo-de-caixa/. Acesso em 14 de janeiro de 2018.

Sá, A. Lopes de. Teoria da contabilidade. ed. São Paulo: Atlas, 2002. pdf. Acesso em 13 de janeiro de 2018. SILVA, E. C. da. Análise fundamentalista: A demonstração do fluxo de caixa. Disponível em: https://www. tororadar. com. br/investimento/analise-fundamentalista/demonstracao-do-fluxo-de-caixa. e HOJI, Masakazu. Gestão de Tesouraria: controle e análise de transações financeiras em moeda forte. SID Paulo: Atlas, 1997. ZANLUCA. J. ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1998. Fluxo de caixa. ° Edição- São Paulo: Sagra Luzzatto, 2001.

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