REFLEXÕES ACERCA DO TRABALHO DOCENTE COM ALUNOS AUTISTAS NA ESCOLA REGULAR

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

Sendo assim, os desafios encontrados pelos alunos autistas e educadores ainda se apresentam em grande número, especialmente no que diz respeito à formação docente. PALAVRAS-CHAVE: Autismo; inclusão; ensino. ABSTRACT: This article aims to regulate the pedagogical practice aimed at students with autism in regular schools. The work was based on bibliographic research based on authors, including books, as well as articles available on internet sites. The last final phase was possible, as the people were even more difficult to achieve by society, due to lack of knowledge about this condition. Espera-se que as discussões viabilizadas pelo desenvolvimento desta monografia possam trazer contribuições significativas para alunos, professores, pais e sociedade em geral, pois permitirão maiores esclarecimentos acerca da educação inclusiva, em especial a respeito dos alunos autistas.

O trabalho embasou-se em pesquisa bibliográfica com base em diversos autores, englobando livros, bem como artigos disponíveis em sites da internet. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 1. ASPECTOS INTRODUTÓRIOS SOBRE O AUTISMO Atualmente, a temática do autismo vem ganhando destaque nas discussões no meio educacional, no entanto, ainda existem divergências e muitas dúvidas. Em linhas gerais, o autismo é um transtorno global do desenvolvimento que geralmente é diagnosticado na criança por volta dos três anos de idade, como um distúrbio neurológico que compromete a habilidade da criança nos campos da comunicação, da interação social com outra criança na maneira de se relacionar. De acordo com Cruz (2014), a exclusão social do autista emerge das concepções preconceituosas a respeito do autismo.

A autora também afirma que há uma posição por parte da sociedade seguindo as próprias limitações da pessoa com autismo, quer seja nas relações e interações que determinam sua privação das relações sociais. Esta autora considera que as dificuldades derivadas das insuficiências presentes no autista são, antes de tudo, significadas pelo grupo social que as constituem, como capazes ou incapazes e que, o baixo investimento nos processos de socialização e ensino pautam-se por considerar seu desenvolvimento inferior ao de outras crianças, construindo-se condições empobrecidas de experiências sociais. Contudo, para essa autora: [. cabe exatamente ao processo educacional destas pessoas a tentativa de desenvolvimento dessas insuficiências através do que são capazes de realizar investindo no processo de interação com o grupo social (2014, p.

Em termos gerais, a integração educativa escolar, diz respeito a um processo de educar-ensinar crianças ditas normais com crianças portadoras de necessidades especiais, juntas durante uma parte ou na totalidade do tempo de permanência na escola. Trata-se de um processo gradual e dinâmico que assume distintas formas segundo as necessidades e características de cada aluno (CARVALHO, 1997, p. Sendo assim, compreende-se que a inclusão é considerada um processo; não vai ocorrer, efetivamente, por decreto dos legisladores. Devem recorrer de uma reforma no sistema escolar, com uma nova visão de escola, com a função de favorecer o desenvolvimento de todos os alunos. A escola deverá estar preparada para explorar esses alunos a partir de seus talentos, sejam acadêmicos intelectuais, artísticos, entre outras potencialidades.

É sabido que em decorrência de vários fatores, a inclusão dos alunos com autismo apresenta inúmeras falhas e dificuldades nas escolas. Apesar do esforço de alguns professores, pode-se dizer que tal inclusão não é eficaz na sua totalidade. Frequentemente as escolas deixam transparecer que o foco da inclusão escolar é totalmente ilusório, principalmente em decorrência das dificuldades encontradas pelos educadores para trabalhar com este alunado. Apesar dos esforços das pessoas envolvidas, e do avanço das pesquisas que ressaltam a importância de se oferecer uma educação de qualidade para os alunos com autismo, o sistema regular de ensino tem se mostrado, na maioria das vezes, inabilitado de trabalhar com esse alunado. Diretores, supervisores, professores, funcionários em geral, enfim, todas as pessoas envolvidas nas atividades escolares, principalmente o professor não estão preparados para trabalhar com este público.

FORMAÇÃO DOS PROFESSORES Uma das maiores dificuldades encontradas pelo professor quanto ao trabalho com o aluno autista é a sua falta de especialização e preparo. A grande maioria dos professores encontra muitas dificuldades quando tem, em sua turma, algum aluno portador de algum tipo de necessidade, que demande de um atendimento especial. Ainda hoje, as escolas da rede regular de ensino não estão adaptadas para receber o aluno portador de necessidades especiais, não dispõem de professores especializados. Silva (2004) diz que os professores não têm formação pedagógica para escolarizarem alunos com qualquer diferença, seja ela bio-psico-sociocultural, embora existam várias leis alicerçando o professor no processo pedagógico relacionado a estes alunos. Este é um aspecto fundamental a ser discutido: a falta de qualificação dos profissionais da área da educação, que comprometidos com a educação têm a obrigação de se especializar e buscar qualificação para evitar o descuido com esses alunos.

A formação implica um processo contínuo, o qual precisa ir além da presença de professores em cursos que visem mudar sua ação no processo ensino-aprendizagem. O professor precisa ser ajudado a refletir sobre a sua prática, para que compreenda suas crenças em relação ao processo e se torne um pesquisador de sua ação, buscando aprimorar o ensino oferecido em sala de aula. Tal autora aponta ainda que: Aparentemente, a formação continuada pode favorecer a implementação da proposta inclusiva; todavia necessita estar aliada a melhorias nas condições de ensino, ao suporte de profissionais no auxílio ao trabalho do professor, bem como ao compromisso de cada profissional em trabalhar para a concretização dessas mudanças (NASCIMENTO, 2009, p. É através da convivência com o aluno, de reflexões sobre estas experiências que se constrói o conhecimento acerca do autismo.

A experiência ensina que a inclusão deve começar na conscientização de todos os educadores que devem discutir os problemas bem como participar de suas soluções. Mas isso envolve conhecer o desenvolvimento desse aluno para poder desenvolver uma proposta pedagógica adequada para atender as suas necessidades. Dessa forma, o professor deve conhecer as particularidades e necessidades de seus alunos realizando assim, uma prática docente coerente encontrando soluções para minimizar as dificuldades que estes alunos venham a ter no processo de aprendizagem. É importante ainda que o aluno se sinta seguro na escola, cabendo ao professor uma postura de orientador da atividade a ser desenvolvida, respeitando a autonomia de pensamento de toda a classe, pois independente das diferenças existentes na turma as crianças são capazes de construir seu próprio conhecimento, cada qual com suas próprias potencialidades.

No entanto, não basta mudar a estrutura escolar, se não houver uma mudança do olhar dos professores em relação aos alunos cm autismo, que são tão produtivos e capazes quanto as outras pessoas consideradas “normais”, eles apenas se desenvolvem de uma maneira diferente, afinal, todos somos diferentes uns dos outros. A realidade é que o aluno que possui alguma deficiência exige do professor práticas pedagógicas diferenciadas “já que este aluno requer uma metodologia particular de ensino e aprendizagem, exigindo do professor uma atenção especial” (SILVA, 2006 p. A inclusão certamente mudará conceitos em relação ao aluno autista. Mudando a mentalidade dos profissionais da educação, alunos, pais, a sociedade mudará suas atitudes também. Assim, poderemos acreditar numa sociedade inclusiva, onde todos terão os mesmos direitos, independentemente de sua condição.

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS VOLTADAS PARA OS ALUNOS COM AUTISMO Ao pensarmos em uma política educacional transformadora, no sentido de oferecer uma escola inclusiva, aberta a todos e com qualidade que possibilite a construção individual de todos os seus alunos, devemos pensar nas estratégias e caminhos que devem ser adotados em uma escola inclusiva, para que os alunos, com suas necessidades especificas, tenham as mesmas condições de construir seu conhecimento e desenvolver suas funções psíquicas comuns a todos os seres humanos. A prática pedagógica com o aluno autista exige do educador uma organização do seu trabalho. No entanto, cabe ressaltar que essa adequação curricular tem constituído um grande obstáculo, porque repõe como referência homogênea a ser alcançada por todos os alunos, independentemente das condições específicas de cada um.

Entretanto, percebem-se pequenas mudanças na prática pedagógica das escolas, onde está havendo uma maior abertura nos currículos, provocando assim, transformações na aprendizagem do aluno que está apresentando um maior aproveitamento dentro de suas potencialidades, lembrando que adaptações de acesso ao currículo incluem providências necessárias ao aluno, tais como: recursos materiais específicos ou adaptados, formas alternativas ou ampliadas de comunicação, bem como modalidades variadas de apoio para participar das realizações escolares. O nível de desenvolvimento da aprendizagem do autista geralmente é lento e gradativo, portanto, caberá ao professor adequar o seu sistema de comunicação a cada aluno. O professor tem a responsabilidade a dar atenção especial e sensibilização dos alunos e dos envolvidos para saberem quem são e como se comportam esses alunos autistas (AIRES; ARAÚJO; NASCIMENTO, 2014).

As autoras apontam ainda que se deve entender que ensino é o principal objetivo do trabalho com crianças autistas. Outro fator que deve ser trabalhado com crianças autistas é a rotina. Gikovate (2009) destaca que a quebra de uma rotina pode desencadear um comportamento agitado no qual a criança se recusa a ir em frente enquanto não se retorne ao padrão anterior. Além disso, a rotina para estas crianças é fundamental para que consigam se organizar no espaço e tempo e assim consigam aprender. Lopes e Pavelacki (2005) ressaltam que além das técnicas que se deve utilizar em sala, a rotina diária é muito importante na educação do autista, a qual não deve ser alterada, pois qualquer mudança pode refletir no comportamento da criança.

Benini e Castanha (2016) também apresentam algumas sugestões que podem ser utilizadas em sala de aula. Assim, as pessoas que não atendem propriamente as exigências do seu meio social são consideradas anormais e, com isso, acabam sendo estigmatizadas. A pessoa com autismo faz parte dessa população que é vista e percebida pela sociedade e pela escola como diferente. Assim, a análise oportunizada pelas leituras efetivadas deixa evidente que há uma preocupação subjacente, que motiva e impulsiona o desvelamento do processo de inclusão dos alunos com autismo simultaneamente exigindo-se uma nova postura atitudinal. Com base nas leituras foi possível concluir também que as pessoas autistas são ainda pouco compreendidas pela sociedade, devido à falta de conhecimento sobre esta condição. Sendo assim, os desafios encontrados pelos alunos autistas e educadores ainda se apresentam em grande número, especialmente no que diz respeito à formação docente, pois a inclusão demanda do professor conhecimento específico e/ou especialização, para fazer frente a uma população que possui características peculiares.

REFERÊNCIAS AIRES, A. C. S; ARAÚJO, M. V. S; NASCIMENTO, G. Disponível em http://www. diaadiaeducacao. pr. gov. br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2016/2016_artigo_ped_unioeste_wivianebenini. Psicologia & Sociedade, v. n. p. CRUZ, T. Autismo e Inclusão: experiências no ensino regular. Vargas; GLAT, R. Acessibilidade ao currículo: pré-requisito para o processo ensino-aprendizagem de alunos com necessidades educacionais especiais no ensino regular. In: GLAT, Rosana (Org. Educação inclusiva: cultura e cotidiano escolar. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2007. GIKOVATE, C. G. Autismo: compreendendo para melhor incluir. Rio de Janeiro, 2009. LOPES, D. htm. Acesso em 06/02/2019. NASCIMENTO, R. P do. Preparando professores para promover a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais. de. Atendimento educacional especializado para aluno com autismo: Desafios e possibilidades. Intl. J. of Knowl.

759 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download