REDES SOCIAS

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Fisioterapia

Documento 1

Orientador: Profº. Drº. Fábio Malini. VITÓRIA 2011 2011 REVOLUÇÃO 2. Redes Sociais, Mobilização e os protestos dos indignados do #OccupyWallStreet Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Comunicação Social do Centro de Artes da Universidade Federal do Espírito Santo, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Jornalismo. Agradecer ao Laboratório de Internet e Cultura (Labic-Ufes) também se faz mais do que necessário. Aos companheiros das infindáveis horas de pesquisas, estudos, projetos e distrações; e ao mentor de tudo isso, Fabio Malini, pelos incontáveis conselhos e orientações ao longo do meu processo de dois anos na Iniciação Científica. A todos os amigos que, cuidadosa e pacientemente, me ajudaram a suportar os eventuais percalços desse longo percurso que é a graduação; e mais, desse curto, porém árduo percurso que é o fim de um ciclo de estudos.

A todos vocês que, de algum modo, fizeram parte da minha vida acadêmica. Muito obrigada! O mérito é de todos nós. Para isso, as questões que norteiam o estudo são: a maneira como as interfaces das redes sociais estão configuradas facilitam a emergência de novos modos de mobilização social? O ciberativismo nessas redes altera o modo de se fazer política? Isto é, agora que essa massa de sujeitos tem, aparentemente, o poder de narrar o mundo à sua maneira a fim de constituir um contrapoder e resistência, é possível que ela tome as rédeas de fato de sua vida política? PALAVRAS-CHAVE: Mobilização, Redes Sociais, Militância, Revolução 2. LISTA DE IMAGENS Imagem 01: Print Screen site Occupy Together………………………………………51 Imagem 02: Print Screen site 15 October…………………………………………….

Imagem 03: Print Screen site Adbusters………………………………………………53 Imagem 04: Print Screen site Occupy Wall Street……………………………………. Imagem 05: Print Screen grupo Occupy Wall St. no Facebook………………………55 Imagem 06: Print Screen do site Twapper Keeper……………………………………64 SUMÁRIO Introdução. V. Poder e Contrapoder. Internet: modo de resistência ou dispositivo de vigilância?. Capítulo 2 – Internet: dos portais às timelines. I. OccupyWallStreet. Histórico e Motivações. II. Espalhamento na Rede: sites relacionados ao movimento. Occupy Together. Memória na Internet. A Construção Coletiva da Opinião. O Uso do Twitter no Movimento Occupy. Análise de #OccupyWallStreet. V. Já no paradigma dos portais, só há valor se os meios de comunicação social diminuírem, isto é, quanto menor for a socialização das ferramentas de publicação, maior será o poder daqueles que a concentram. No lugar da busca por “page views” como requer a lógica dos portais; na perspectiva das plataformas livestream, o valor é cada vez mais calculado na abrangência que determinadas replicações, replies, menções, comentários, curtições e compartilhamentos de conteúdos conseguem alcançar e mobilizar no interior das timelines mundo digital afora.

É por isso que hoje as organizações de mídia mais valorizadas são aquelas que nada produzem de conteúdo, mas que somente possibilitam, com suas plataformas, que um jornal ou o seu respectivo leitor atue, de modo igual, como criador e reprodutor de mensagens multimídia. Sem dúvida, isso acaba por constituir uma nova hierarquização social, tanto em termos de capitais - a hegemonia de empresas como Facebook, Apple e Google sobre a indústria da notícia -, quanto do ponto de vista da relação capital-trabalho - o furto do tempo social para criar gratuitamente valor e inovação às corporações de tecnologia. Contudo, é inegável destacar que, nesse novo cenário de mídia, publicar significa que existem muito mais meios de comunicação social e que o “assunto do momento” não é apenas produto da rotina produtiva das instituições da notícia (imprensa), mas gerado pela mistura de veículos formais, coletivos informais e indivíduos, que fazem provocar a emergência não somente de novas formas de espalhar, de modo colaborativo, as notícias, mas sobretudo de contá-las.

Casos de tumultos e mobilizações sociais semelhantes ocorrem na Europa - e pipocam também no Brasil, com o exemplo da Marcha da Liberdade, que ocupou as ruas de diversas capitais brasileiras em junho deste ano. Estas são demonstrações de que, cada vez mais, os dispositivos tecnológicos de comunicação compartilhada na internet - as chamadas redes sociais - ativam e são ativados por grupos sociais que se aproveitam do adensamento das redes para constituir planos de conflitos sociais cuja finalidade é de produção da liberdade na e para além da rede. Contudo, há uma ampla dúvida sobre o papel das redes sociais na constituição desses novos fluxos de protestos. Há quem, de modo desconfiado, denuncie a rede como um dispositivo de passividade travestida de “mobilização no sofá”, por estimular formas de militância que se concretiza no clickativismo: “uma poluição do ativismo misturado à lógica do consumo.

…) O que define o clickativismo é uma obsessão com métricas. A primeira delas pode ser compreendida em dois âmbitos, na visão marxista ou marginalista. Para os marxistas, a atividade econômica é sempre coletiva, realizada por uma sociedade, mediante uma divisão social de trabalho na qual diversos grupos se especializam na execução de tarefas. Desta maneira, pode-se dizer que o modo de produção hierarquiza os participantes na atividade econômica em classes sociais e estas se constituem por processos sociais – ou seja, os indivíduos já nascem nos modos pré-existentes de produção. Em contraposição, para os marginalistas, a atividade econômica é, em sua essência, individual. Apesar de reconhecerem que os indivíduos tendem a se relacionar entre si na divisão social do trabalho, afirmam que isso ocorre somente em vista de seus próprios desejos e necessidades.

II. Conceituação de Capitalismo nas visões de Max Weber e Karl Marx Para seguir com a análise sobre economia, é preciso historicizar e definir o que se denomina capitalismo na sociedade – isto porque, apesar de o termo ser usado com grande recorrência em meios diversos, é preciso atentar para o fato de muitas pessoas o utilizarem apenas por convenção, sem sequer saber suas implicações, contextualizações e significados reais. Por isso, tentaremos traçar histórico e conceito do capitalismo à luz das idéias dos pensadores Max Weber e Karl Marx. O primeiro defende que o capitalismo se constitui a partir da herança de um modo de pensar as relações sociais. O segundo, que o capitalismo é um determinado modo de produção de mercadorias que encontrou sua plenitude no intenso processo de desenvolvimento industrial inglês – Revolução Industrial.

Essas concepções religiosas acerca do trabalho fizeram com que se reforçasse, historicamente, a noção de que os indivíduos deveriam ceder sua força de trabalho para o sistema vigente. Como no modo de produção capitalista o indivíduo não tem todas as profissões necessárias para sua sobrevivência, ele depende do trabalho do outro. Dessa forma, os produtos e trabalhos têm de ser trocados, sendo a troca uma condição necessária para o funcionamento do sistema. Marx afirma que no capitalismo os modos de produção estão nas mãos dos capitalistas, que constituem uma classe distinta da sociedade; e também ao dizer que mercadoria é uma coisa ou objeto que satisfaz uma necessidade qualquer do homem, além de ser uma coisa que se pode trocar por outra.

Catani segue esta linha de pensamento, ao afirmar que um produto do trabalho só se torna mercadoria quando está no quadro de condições sociais em que impere a propriedade privada; a divisão social do trabalho; e a troca. Surge assim a massa proletariada, assalariada de acordo com o valor da força de trabalho, isto é, com o valor dos meios de subsistência necessários para a manutenção do trabalhador. A questão é que no regime capitalista a oferta de mão de obra tende a ser maior do que a procura, assim, o trabalhador é forçado a bastar-se com o mínimo vital. É o círculo vicioso do capitalismo. Enquanto o assalariado vende sua força de trabalho para sobreviver, o capitalista a compra para enriquecer. Mesmo que o trabalhador necessite trabalhar, por exemplo, quatro horas para sua sobrevivência, ele é forçado a trabalhar oito – esta produção de excedente é a “mais valia” do capitalista, essência desse sistema de exploração.

Ao autofinanciamento baseado em acumulações privadas preferencialmente agrárias ou comerciais sucederia o império das grandes entidades bancárias. E com ele se generalizariam práticas que seriam determinantes da fisionomia deste capitalismo característico da segunda metade do século XIX, como por exemplo o sistema de créditos. CATANI, Afrânio. p. Na era da estrada de ferro, coexiste o caráter competitivo da livre empresa com as tendências concentracionistas características do chamado “capitalismo tardio”, marcado pela tendência para oligopólios e monopólios, bem como pela debilitação da livre concorrência. Dessa forma, o capital terminaria nas mãos de poucos, constituindo o cume estreito de uma pirâmide, em contraposição a uma base piramidal – constituída pela “força de trabalho” – cada vez mais alargada horizontalmente.

Marx constatou que o proletariado sofria um progressivo empobrecimento e que somente invertendo a pirâmide seria possível impedir a catástrofe. Em seu entender, era impossível o capitalismo sobreviver de outra maneira, que não fosse uma revolução que levasse a base ao poder econômico e político e que instaurasse um regime de apropriação comunista dos meios de produção. Essa impossibilidade, no entender de Marx, era devida ao caráter contraditório do capitalismo, que socializada o trabalho ao mesmo tempo em que privatizava os meios de produção. No século XX, o jogo espontâneo do mercado não foi capaz de contornar uma crise que se iniciava, determinando um baixíssimo nível de emprego e, consequentemente, uma falta de trabalho generalizada – o que deu origem ao chamado “crack” de 1929, considerado o marco inicial da crise do capitalismo industrial.

A passagem do fordismo4 ao pós-fordismo5 pode ser vista como um marco no modo de produção capitalista, visto que indica a transição de uma lógica de reprodução a uma lógica da inovação, de um regime de repetição a um regime de invenção. Enquanto no período fordista a valorização repousava essencialmente sobre o controle do tempo de reprodução de mercadorias padronizadas, produzidas com tecnologias mecânicas, no pós-fordismo a valorização repousa sobre o conhecimento, sobre o tempo de sua produção, de sua difusão e de sua socialização. Portanto, pode-se afirmar que “a um tempo de repetição opõe-se um tempo de invenção” (Bergson, 1989). Assim, é a própria dimensão cognitiva agora o que importa, seja a cognição resultante dos conhecimentos incorporados à mercadoria, seja aquela sinônimo de processos subjetivação materializados em inúmeras formas de inovações produzidas através de inúmeras formas de cooperação social.

A transição para o capitalismo cognitivo é mais do que um momento pós-industrial, mas o projeto de um capitalismo cujo eixo é a indústria, mas o centro da produção é a própria rede - social e técnica -, o que possibilita um modo de produção amplamente socializado, “baseado, portanto, sobre a comunicação social (esta é que alimenta a inovação, as tecnologias da informação e a chamada economia do conhecimento) de atores flexíveis e móveis”6. “É a tradicional separação entre produção e consumo que entra em crise. O paradigma pós­fordista define-­se como “paradigma social” exatamente porque o novo modo de produção integra estes dois momentos e faz com que a circulação e a comunicação se tornem imediatamente produtiva”7.

Como ressaltam Negri & Hardt (2005), organizar a produção ocorre menos na linearidade das linhas de montagem do que nas relações difusas das redes. A fábrica então é tornada eixo da produção, e não mais em seu centro (COCCO, 1997). O capitalismo cognitivo representa assim o paradigma da produção em rede. A modernidade reduziu e maneira forçosa a complexidade do entorno natural, do organismo biológico, o espírito pensante e da cultura social, às dimensões toleradas pela fábrica industrial. Gorz (2005) denomina o trabalho no capitalismo cognitivo como produção de si, um auto­empreendimento. “A pessoa deve, para si mesma, tornar-­se uma empresa; ela deve se tornar, como força de trabalho, um capital fixo que exige ser continuamente reproduzido, modernizado, alargado, valorizado”.

O conhecimento hospedado nessas redes sociais torna­-se insumo para que haja criações e recriação, que, depois de produzidas, retornam em parte para as mesmas redes de onde saíram suas bases e referências. Isso gera um rendimento em escala sempre crescente: quanto mais se sabe, mais se é capaz de saber. Sobre o “consumo” de conhecimentos, pode-se dizer que ele não é destruidor, ou seja, o fato de utilizar conhecimentos não implica o esgotamento de sua utilidade ou sua degradação. Ao contrário, a utilização de um conhecimento é uma atividade criadora, pois o conhecimento evolui com o uso que se faz dele. Quanto à “troca”, ela não constitui perda nem sacrifício – na verdade, o termo “troca” é apenas uma metáfora, pois aquele que fornece um conhecimento não fica por isso privado dele (CORSANI, 2003).

Em um mundo de produção de mercadorias por mercadorias, no qual o conhecimento é incorporado em alguma coisa, os direitos sobre a propriedade intelectual (patentes, licenças) constituem um vetor importante de difusão e de socialização dos conhecimentos, pois, em sua ausência, o processo seria muito mais longo e custoso. Entretanto, em um mundo de produção de conhecimentos por conhecimentos isso não acontece: o conhecimento, desmaterializado, não tem nenhum valor fora da troca – ou seja, só tem valor se for “trocado”, ou seja, quando se difunde (CORSANI, Antonella. Porém, ao mesmo tempo, esses conhecimentos nascem e se difundem por heterogênese - ou seja, ao longo de trajetórias desenhadas por aportes criativos cumulativos, cooperativos e largamente socializados - nos contextos de produção e de uso.

Nessa lógica colaborativa, o pesquisador Lundvall classificou as interações entre produtores e utilizadores como relação de co-produção. As NTIC aceleram os processos de socialização da inovação, dos quais emerge a figura do “usuário como inovador” (JOLLIVET, 2000). Numa releitura da obra de Gabriel Tarde, Lazzarato explica que todo bem se transforma em mercadoria, e toda atividade é submetida, cada vez mais, ao domínio da moeda. Mas, ao mesmo tempo em que “a riqueza das sociedades nas quais reina o modo de produção capitalista aparece como uma gigantesca coleção de mercadorias” (MARX, 1993, p. Troca, em matéria de luzes [conhecimentos] e de belezas, não quer dizer sacrifício: significa mútua expansão por reciprocidade de dom, mas de um dom absolutamente privilegiado, que nada tem em comum com aquele das riquezas.

Aqui, o doador se despoja ao dar; em matéria de verdades, e também de belezas, ele dá e retém ao mesmo tempo” (TARDE, 1902, p. No caso dos bens imateriais, “consumiríamos nossas crenças ao pensar nelas e as obras-primas que admiramos ao olhá-las” (TARDE, 1902, p. O consumo não é destrutivo, mas criador de outros conhecimentos. A regra, em matéria de livros, é a produção individual, ao mesmo tempo em que sua propriedade é essencialmente coletiva, pois a “propriedade literárias” só tem sentido individual se as obras são consideradas como mercadorias, e a idéia do livro só pertence ao autor com exclusividade antes de ser publicada, isto é, quando ainda é estranha ao mundo social. Segundo o autor, o poder é uma prática social constituída historicamente que, ao contrário do que se pode pensar, não é sinônimo de Estado, visto que assume diversas formas externas - porém a ele articuladas - e, inclusive, indispensáveis para sua sustentação.

Em resumo, o que Foucault defende é que o poder se situa no corpo social, não acima dele. E postula, ainda, que onde há poder, há resistência. Considerando o fato de que as relações de poder são marcadas pela dominação – “el poder es relacional, la dominación es institucional”(CASTELLS, 2009) -, é necessário traçar as linhas históricas dos mecanismos de poder, contrapondo seus instrumentos de dominação e resistência (contrapoder), a fim de melhor compreender sua inserção e atuação na sociedade contemporânea. Como descreve Foucault10, na chamada Sociedade de Soberania, o soberano exercia seu poder sobre todos os âmbitos de maneira indireta – ao enviar seus súditos à guerra-, ou direta – ao punir súditos rebeldes. Se antes o dinheiro tinha como base a medida padrão de moedas de outro, hoje é pautado por trocas flutuantes.

Em consequência de todas essas mudanças, houve alterações no modo de produção capitalista. No século XIX o capitalismo visava a acumulação para a produção, hoje seu foco deixou de ser a produção – relegada ao terceiro mundo - e passou a ser a sobreprodução, isto é, os serviços. O marketing assume, assim, o papel de instrumento de controle do corpo social e o homem deixa de ser “homem confinado” e passa a ser “homem endividado” – à época em que Deleuze escreveu o texto “Post-scriptum sobre as sociedades de controle”, o autor afirma que três quartos (3/4) da humanidade se encontrava em estado de miséria, o que o francês explica da seguinte maneira: “pobres demais para as dívidas, numerosos demais para o confinamento”.

A partir da segunda metade do século XVIII, nasce outra tecnologia de poder que não exclui as anteriores, visto que atuam em diferentes níveis. No livro “Comunicación y poder”, o autor define o poder como a capacidade relacional que permite que um ator social – individual, coletivo, organizações e instituições -, influencie nas decisões de outros atores sociais, de modo que se favoreçam a vontade, os interesses e os valores do ator que tem o poder. Castells afirma, ainda, que este é como um processo fundamental na sociedade, já que esta se define em torno de valores e instituições, e o que se valoriza e institucionaliza é definido por relações de poder. Relações estas que são geridas pelo maior grau de influência de um ator sobre outro.

Como explica Castells, sempre há a possibilidade de resistência ao poder; e este contra-poder se efetua mediante dois mecanismos que constituem o poder na sociedade de rede: os programas das redes e a conexão entre elas. O poder governa, o contra-poder combate (CASTELLS). Isso contrasta com o tradicional poder da rede dos meios de comunicação em massa – que formata a mensagem para adequá-la à audiência. As grandes empresas de comunicação transformam a nós seres humanos em audiência, vendendo-nos as imagens de nossas próprias vidas (CASTELLS). Se o poder se exerce mediante a programação e interconexão de redes, o contrapoder é realizado por meio da reprogramação das redes em torno de interesses e valores alternativos e/ou interrompendo as conexões dominantes e interconectando redes de resistência e câmbio social.

Se não conhecemos as formas de poder da sociedade de rede, não podemos neutralizar o exercício injusto deste poder; e se não sabemos exatamente quem tem o poder, não podemos desafiar sua oculta, mas decisiva dominação. Portanto, a construção independente de significados só pode realizar-se em os terrenos comuns, que são as redes de comunicação que a internet tornou possíveis. Aqui, a questão deixa de ser a eliminação do que nos ameaça para se tornar a construção ou invenção do que nos interessa (ANTOUN, LEMOS & PECINI, 2007). Raciocínio este complementado por Bentes, ao afirmar que as práticas descentralizadas da comunicação ponto a ponto, P2P (peer-to-peer), advindas com a Internet e seus dispositivos, tem o potencial de criar ambientes de trabalho, de educação, de lazer, colaborativos e participativos, rompendo com velhas formas de hierarquização e de aprendizagem unidirecionados e/ou centralizados, estimulando processos de ampla conectividade em rede, coletivos (BENTES, 2009, p.

Isto significa que, quando um grupo de cidadãos está em rede, qualquer discordância em relação à veiculação de uma informação falsa ou incompleta torna-se uma reivindicação concreta: será um grupo de muitos, e não “cada um na sua”, que reivindicará um posicionamento mais honesto para determinada divulgação. Esta dinâmica de sociabilidade permite criar um novo hábito cidadão, humano, que necessita, no entanto, de um respaldo desta rede (BENTES, 2008, p. Nessas circunstâncias, surge uma questão, como indaga RHEINGOLD (2004, p. Ao reproduzir a arte em grande escala, estaríamos retirando dela sua aura, seu aspecto sagrado, e trazendo-a ao uso de um maior número de pessoas, ou seja, ao uso comum. Agamben acrescenta, ainda, que cabe às gerações vindouras saber desativar os dispositivos de poder, a fim de devolvê-los ao uso comum, de profaná-los para fazer deles um novo uso.

Após esta breve explanação sobre dispositivos e o ato de profanar, retomemos à tentativa de responder a questão proposta por Rheingold. É possível afirmar que a colaboração em rede serve aos dois papéis: tanto como contrapoder e resistência, e como um dispositivo de vigilância e controle. Isto porque, ao mesmo tempo em que internet torna possível que os indivíduos articulem-se em prol de uma causa de interesse comum, ela torna possível um novo mecanismo de vigilância bem mais sutil que a implicada na disciplina. Uma rede distribuída, por outro lado, funciona de forma totalmente igualitária: não há uma grande discrepância do número de ligações de cada nó. Embora muitos pensem na Internet como exemplo desse tipo de rede, Barabási (2003) aponta que “há uma completa ausência de democracia, justiça e valores igualitários na Web” (BARABÁSI, 2003, p.

Isto porque, em sua pesquisa, Barabási descobre que “a arquitetura da World Wide Web é dominada por poucos nós muito conectados, ou hubs. Esses hubs, tal como Yahoo! ou Amazon. com, são extremamente visíveis – para qualquer lugar que você vá, verá um link apontando para eles” (ibidem, p. Ressuscitou, então, o projeto de comutação por pacote de Paul Baran. O produto disso muitos conhecem: a Arpanet, o embrião da Internet. A Arpanet tem sua própria história. Em 1983, foi dividida em MILNET (uma rede mais fechada voltada para ações militares) e ARPA-INTERNET (dedicada a pesquisa acadêmica). Em 1990, foi posta aos cuidados da National Science Foundation e renomeada para NSFNET. Inicialmente, tentou-se conectar a outras redes da ARPA. Em seguida, tentou-se cruzar o Atlântico e conectá-la a outras redes de pesquisa na Europa.

Porém, para tanto, seria preciso unificar a linguagem que os computadores iriam se comunicar, ou seja, era preciso um protocolo padrão: surge o TCP/IP. Contudo, a Internet gráfica como a conhecemos não existia. O que existia até então eram programas para compartilhamento de arquivos: era isso que se entendia por comunicação entre máquinas. O modo de estruturação dessas redes se baseia na lógica rizomática, desenvolvida por Deleuze e Guatarri, caracterizada como um sistema “a-centrado não hierárquico e não significante, sem General, sem memória organizadora ou autômato central, unicamente definido por uma circulação de estados”, como “um mapa que deve ser produzido, construído, sempre desmontável, conectável, reversível, modificável, com múltiplas entradas e saídas, com suas linhas de fuga” (DELEUZE, 2004).

Ou seja, nenhum ponto da rede é fundamental para que os outros pontos se comuniquem, característica que faz da Internet um sistema carregado de um devir democratizador, de difícil regulamentação e coibição no trânsito das informações. Essa aparente liberdade proporcionada pela Internet acarreta uma série de mudanças culturais nos modos de comunicação entre os indivíduos. Para Pierre Lévy, três princípios norteiam o crescimento do ciberespaço: a interconexão, a criação de comunidades virtuais e a inteligência coletiva. Vamos às explicações sobre cada um deles. com e r7. com são exemplos de portais de notícias nos quais se concentra uma enorme gama de informações sobre diversos temas, que variam desde esporte, política e economia à celebridades e programação televisiva.

Na sua estrutura mais comum, os portais contam com um motor de busca – utilizado para realizar pesquisas por meio de palavras-chave -; um conjunto de áreas subordinadas com conteúdos próprios; uma área de notícias; e um ou mais fóruns de opinião. Como se pode ver por meio dos exemplos mencionados acima, os portais ainda existem. Contudo, em grande parte dos sites, eles estão cedendo lugar às chamadas timelines – linhas do tempo, na tradução para o português. ” (ANDERSON, 2006, p. Isto é, além de produzir conteúdo e informação é fundamental que essa produção seja difundida e adquira grande alcance de inserção. Nesse contexto, a internet exerce papel de extrema importância, pois possibilita a distribuição de conteúdos e a abrangência das mídias livres para um número – pode-se dizer - ilimitado de expectadores.

Hoje é possível, por meio das redes online, que um conteúdo alcance milhares de pessoas a nível global em apenas alguns segundos. Segundo Dan Gillmor (2005), com o crescimento das produções colaborativas online, há “a possibilidade de qualquer pessoa fazer noticia dará nova voz as pessoas que se sentiam sem poder de fala”. O PC transformou todas as pessoas em produtores e editores, mas foi a Internet que converteu todo o mundo em distribuidores” (ANDERSON, 2006, p. E uma terceira força é a ligação cada vez mais próxima entre oferta e demanda. Milhares de usuários, em seus blogs, são capazes atualmente de formar preferências, que chegam até a eles graças a tecnologias de busca. O contato entre consumidores acaba por gerar um efeito colateral positivo: a conversação entre eles, à medida que descobrem “que, em conjunto, suas preferências são muito mais diversificadas do que sugerem os planos de marketing”.

De outra perspectiva, Weissberg (in COCCO et al, 2003), corrobora com o diagnóstico traçado por Anderson, acrescentando que a cultura colaborativa ainda fez vir à tona novas formas autorais distribuídas, concretizadas em manifestações como: assinatura coletiva, recusa a exibir-se, impossibilidade de distinguir o que é de quem, assinatura coletiva com atribuição individual pelo todo pela parte. – que não está presente nem o sistema mercantil de concorrência, nem a soberania antiga e burocrática do Estado. A esse sistema o comando capitalista responderá com a privatização do próprio comum – equivale dizer transformá-lo em raridade - consubstanciada na ampliação das patentes e da propriedade intelectual das formas de vida que constituem o comum - a cultura, o pensamento, o conhecimento etc - então o principal fator econômico produtivo da cultura colaborativa das redes, ou seja, os verdadeiros meios de produção de nossa época.

Quanto mais se aumenta o regime das patentes, menor é a capacidade produtiva do trabalho em produzir futuras inovações. Os direitos sobre a propriedade intelectual intervêm então para assegurar àquele que a detém uma “freagem” do processo de socialização. Todavia, os conhecimentos desmaterializados se enriquecem permanentemente com os aportes criativos, ao longo de todo o seu processo de difusão/socialização. Ou seja, que o processo de produção encontra seus pilares na comunicação e na colaboração por meio da ação comum. Para Negri e Hardt, há diferenças entre os conceitos de multidão e povo. O povo é uno ao sintetizar e reduzir diferenças sociais a uma identidade. Por esse motivo, tradicionalmente é o povo quem governa como poder soberano e não a multidão – afinal, inicialmente só o que é uno pode governar, seja o monarca, o partido, o povo ou indivíduo.

Para explicar essa premissa, os autores metaforizam esse governo uno a partir do corpo humano: forma-se um corpo político dotado de uma cabeça que governa, membros que obedecem e órgãos que auxiliam e dão sustentação ao governante. A hipótese do capitalismo cognitivo (CORSANI, 2003) sustenta-se justamente na perspectiva de uma transformação radical das formas de produção, acumulação e organização social pelas Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTICs). IV. As lógicas da Cultura da Convergência e da Causa Longa Bem-vindo à cultura da convergência, onde velhas e novas mídias colidem, onde a mídia corporativa e a mídia alternativa se cruzam, onde o poder do produtor e o poder do consumidor interagem de maneiras imprevisíveis.

A cultura da convergência é o futuro, mas está sendo moldada hoje. JENKINS) Não é segredo que ocorreu uma mudança de paradigma no modo como o mundo consome as mídias. É preciso que as pessoas assumam o controle das mídias – ou pelo menos passem a dividi-lo com a grande mídia. E é o que vem ocorrendo cada vez mais; os consumidores estão lutando pelo direito de participar mais plenamente de sua cultura. Como podemos ver, a convergência é tanto um processo corporativo, de cima para baixo, quanto um processo de consumidor, de baixo para cima. As multidões inteligentes estão formadas por pessoas capazes de atuar conjuntamente mesmo que não se conheçam. Os membros desses grupos cooperam de modos inconcebíveis em outras épocas porque utilizam sistemas informáticos e de telecomunicações muito novos que lhes permitem conectar-se com outros sistemas do entorno, assim como com outras pessoas.

O primeiro deles é a democratização das ferramentas de produção, pois hoje as pessoas têm a capacidade de produzir pequenos filmes ou álbuns e publicar seus pensamentos para todo mundo; A segunda trata-se da democratização da distribuição, afinal, o computador pessoal transformou todas as pessoas em produtores e editores e a Internet converteu todo o mundo em distribuidores; Por fim, a ligação entre oferta e demanda, apresentando os consumidores a esses novos bens, agora disponíveis com mais facilidade. O autor Doc Searls descreve o fenômeno como mudança do consumismo para o “producismo” participativo, pois estamos deixando de ser apenas consumidores passivos para passar a atuar como produtores ativos, afinal, quando as ferramentas de trabalho estão ao alcance de todos, muitos se transformam em produtores.

Revolução 2. estudo de caso Occupy Wall Street I. OccupyWallStreet Histórico e motivações Este trabalho visa retratar mais profundamente um movimento que teve início em 17 de setembro de 2011 e está em curso até os dias atuais. Segundo reportagem da Carta Capital21, até 11 de outubro de 2011, 440 mil pessoas dos quatro cantos do planeta afirmavam concordar com a “real democracia, a luta pela justiça social e um fim à corrupção”. A mensagem central do “Ocupem Wall Street”, presente em todas as marchas do grupo, é de representatividade óbvia – “somos os 99% que pagam impostos” – e de oposição ao abono de pagamento de impostos aos que ganham mais de 250 mil dólares, política fiscal criada no segundo governo de George W. Bush com o objetivo de esquentar a economia do país.

Sem dinheiro para arcar com a educação superior, as oportunidades vão se tornando mais restritas para a geração jovem22. Segundo dados oficiais compilados pela Children Defense Fund23, desde 2007, a taxa de desemprego para jovens de 16 a 29 anos cresceu até 80% nos Estados Unidos. Em geral, são conglomerados de informações a respeito dos ideais e ações do movimento, do seu alcance global e de convocações para suas ações. Neste trabalho, vamos analisar e descrever alguns desses sites que também exercem sua importância no #OccupyWallStreet. Visto que o conteúdo dos sites é atualizado constantemente, é importante destacar que as análises que trazemos a seguir foram realizadas entre os dias 25 e 26 de outubro. a) Occupy Together - http://www. occupytogether. net/ Imagem 02: Print Screen site 15 October No cabeçalho da página, um banner traz os dizeres “It’s time for them to listen.

It’s time for us to unite. GlobalChange has begun”. A primeira postagem da página é intitulada “OCTOBER 29 – #ROBINHOOD GLOBAL MARCH”. Um trecho do texto explica o propósito da convocação: “On October 29, on the eve of the G20 Leaders Summit in France, let’s the people of the world rise up and demand that our G20 leaders immediately impose a 1% #ROBINHOOD tax on all financial transactions and currency trades. We take from the rich and give to the poor”. No lado direito, há uma timeline do Twitter, na qual aparecem em tempo real todos os tweets que contêm a hashtag #OccupyWallStreet. Logo abaixo, mais uma convocação. Com o título de Get Involved (“Envolva-se”), segue uma listagem de sites relacionamos ao Occupy: OccupyWallSt. org - for news and logistics (“para notícias e logísticas”); OccupyWallStreet.

We want to see a general assembly in every backyard, on every street corner because we don't need Wall Street and we don't need politicians to build a better society. the only solution is WorldRevolution” III. Mobilização via Facebook Imagem 05: Print Screen grupo Occupy Wall St. no Facebook O Facebook é um dos espaços online utilizados para articulação do movimento. Há várias comunidades onde as pessoas se reúnem em prol da causa, tendo como variante apenas o nome, como, por exemplo, “Occupy Wall St. Para este trabalho, realizamos uma análise das postagens feitas no mural da comunidade no Facebook, no período de 25 a 18 de outubro. A contagem de tempo se dá de maneira inversa devido ao estilo de timeline desta rede social, atualizada em tempo real, isto é, do passado ao presente.

Nos posts analisados, o número de comentários varia de aproximadamente cem até 600 comentários por postagem. Já o número de “curtidas” por post tem variação mais ampla. Algumas postagens são curtidas por cem pessoas; a maioria, por números que variam entre 500 e 1. com/event. php?eid=258847844160992 Data e local: dia 26 de outubro, 18 horas, no Zuccotti Park (New York) Quantidade de confirmações de presença até 25 de outubro: 5 pessoas Descrição: We will discuss current campaigns including the Mobile Justice campaign, o protect net neutrality on mobile devices and stop the AT&T/ T-Mobile merger; our Prison Phone Justice campaign which is organizing to end the astronomical fees that families and friends have to pay to stay connected to their incarcerated loved ones; and Black Voices for Internet Freedom, a coalition of organizations standing together for media justice.

Nome do evento: Open Forum: credit unions with Elisabeth Friederich Link: https://www. facebook. com/event. php?eid=246698065379410 Data e local: 25 de outubro, 13 horas, Zuccotti Park (New York) Quantidade de confirmações de presença até a realização: 192 confirmados Descrição: THE FULL 99% Re-claiming our humanity and building a multi-racial movement. What would the movement look like if all voices were heard? Honest dialogue and interactive activities. Anti-racist organizing is for everyone! Nome do evento: Public Control Over Public Money Link: https://www. facebook. com/event. There are things that the NAACP can do because it’s 100 years old, and there are things it can’t do for that very same reason. There are things Occupy Wall Street can do because it is nimble and unknown, but there are things it can’t do for that same reason.

A good relationship between social justice organizations and movements requires reorientation from both. wikipedia. org/wiki/Participism Interesting  http://cityroom. As long as he wants to side with the 1%, he will have to deal with the 99%. alternet. org/story/152761/occupy_wall_street_is_a_movement_too_big_to_fail/?page=entire sem frase http://www. youtube. com/user/OccupyTVNY Lots of awesome videos in one place. What can we do to let them know someone's thinking of them? Maybe they need some new friends! Give the Wall Street elites your message. facebook. com/l. php?u=http%3A%2F%2Fwww. npr. Please call the 33rd Precinct and request that they Edward Diaz and Jamal Mins go!!! 212-927-3200 They were arrested today during the stop 'stop & frisk' protest today in Harlem! Anyone with video of the arrests this morning, please post a link! We need it! (A harlem people's patrol individual was arrested) The Jewish celebration Simchat Torah was held tonight at Occupy Wall St.

Hundreds singing and dancing at Liberty Plaza. It was beautiful with smiles on the face of all! Tomorrow at 1pm Muslim New Yorkers will be holding Friday Prayer at Liberty Plaza, with a sermon on social justice and Islam. Despite our differences and the challenges that face us, we are still the 99% and we are coming to the recognition of the true meaning of that. Solidarity is blossoming. The workers have been locked out for 11 weeks. Come support the locked-out workers. Tell the 1%: STOP CORPORATE GREED Keep in touch with our campaign. Text 917-657-7890 with your email to get added to our mailing list and receive updates on where the campaign is going.   Sponsored by OWS Labor Committee: owsnyclabor@gmail. Indicadas pelo símbolo #, as hashtags podem ser definidas como conglomerados de tweets a respeito de determinado assunto.

a) Memória na Internet. A Construção Coletiva da Opinião É notável que as novas tecnologias modificam o acesso e a estocagem de informações e alteram nossa relação com o saber e a memória. Pode-se afirmar que a memória coletiva toma forma quando toda a coletividade pode acessá-la e nutri-la, porque são os indivíduos que participam de sua criação, e não as instituições oficiais (Casalegno, 2006). O Twitter – em especial as hashtags, é um exemplo atual de como território virtual se torna um tecido conectado, uma interface de memória entre os homens e suas sociedades (Casalegno, 2006). Create a new Twapper Keeper archive based upon hashtag, keyword, or person 2. Tell your friends about the archive 3. Read, track, analyze as much as you want! Imagem 06: Print Screen do site Twapper Keeper b) O Uso do Twitter no Movimento Occupy Como já mostramos neste trabalho, as redes sociais têm tipo fundamental importância no Movimento Occupy.

É por meio delas que os manifestantes relatam, opinam e reverberam suas causas para todo o mundo. No Twitter, uma das principais ferramentas utilizadas para agregar informações sobre os protestos é a hashtag, por isso, neste trabalho optamos por analisar a hashtag #occupywallstreet - por dois motivos em especial: 1- devido a necessidade de delimitar o campo de pesquisa, foi preciso escolher apenas uma hashtag para análise, visto que há inúmeras hashtags sendo utilizadas pelo movimento, muitas delas com milhões de tweets; 2- devido à constatação de que essa hashtag vem sendo monitorada e salva pelo site Twapper Kepper basicamente desde o início das mobilizações. Ao capturar as postagens, chegamos à constatação de que o Twapper Kepper parece cortar alguns tweets. Não se sabe ao certo o porquê, pois, ao checar o número de caracteres dos microposts aparentemente cortados, notamos que alguns contêm mais que 140 caracteres.

Um fato estranho que vale ser registrado. Aqui, é necessário fazer outro adendo: as categorias e subcategorias não são excludentes entre si, portanto, um mesmo tweets pode ser taxado de diferentes maneiras, concomitantemente. A seguir, trazemos os microposts separados de acordo com a descrição das categorias e subcategorias que listamos e explicamos acima - e que continuamos a explicar mais detalhadamente abaixo. co/wTEd3Dw2 Subcategoria: ALARME @vigneshgautham Riots in Rome, Occupy wallstreet goes global | Now I understand, 'All roads(read paths) lead to rome' | #OccupyWallStreet @karthikshaz Subcategoria: NOTICIA @edu_carvajal RT @Milenio: #VIDEO: Nuevamente indignados de EU invitan a tomar las calles #OccupyWallStreet #15O #globalchange http://t. co/VKxjjsIB (@. Subcategoria: ALARME @Leabaron Place de l Hôtel de ville:convergence de plusieurs marchent. Plusieurs centaines de personnes.  #occupywallstreet http://t.

co/wGq4AxCU "About 200 people marching in Shinjuku, anti-nuke/poverty slogans, "We're with you, #OccupyWallStreet!" … Subcategoria: ALARME / NOTICIA @mgouldwartofsky RT @LucyKafanov: Large #OWS crowd waiting at washington square park for #zuccotti park contingency to come pick them up #occupywallstreet Subcategoria: ALARME / NOTICIA @jopauca Happening right now #OccupyWallStreet #15OCT http://t. co/yzx0AeAl (link foto do protesto) Subcategoria: REGISTRO taschavan http://t. co/6que4V9T Doctors for the 99% at Washington Square#OccupyWallstreet Subcategoria: ALARME / NOTICIA @nyclu peacefully flowing into washingtonsquare, amassing around the fountain now#occupywallstreet #ows Subcategoria: NOTICIA @DivaTomboy RT @nyclu: Marchers chanting to onlookers "Don't watch us, join us, u r the 99%" - #occupywallstreet #ows Subcategoria: ALARME / NOTICIA @Elana_Brooklyn RT @jeffrae: Even with thousands marching to Wash Sq. several thousand are still holding Zuccotti Park #occupywallstreet http://t. co/Oq .

Subcategoria: INCENTIVO @KAMtasticvoyage Everybody at #occupywallstreet today please represent us all , especially the ones who couldnt be there. Thank you ! Subcategoria: PROTESTO @jmuhj1 RT @jwjnational: Today the 99% tells the 1% what we think of them #occupytheboardroom http://t. co/uHnBBe1G #ows #occupywallstreet (link direciona para um site onde os 99% podem enviar e-mails para os executivos e Wall Street – e afirmam “hoje o 1% vai ter que ouvir!”) Subcategoria: ALARME @ReneeArnett RT @nyclu: wsp contigency, please make space, keep it orderly, let the newcomers flow in peacefully #occupywallstreet #ows Subcategoria: PROTESTO @ChucklesD The Most Powerful #OccupyWallStreet Clip You Will See This Monthhttp://t. co/GIeCXUCQ via @moveon - Get a different perspective. Subcategoria: REGISTRO @AbilYasir RT @washingtonpost: Meet Rick, the #OccupyWallStreet "hipster cop"http://t.  #occupywallstreet Subcategoria: ALARME @bori_214 RT @Newyorkist: Occupy Wall Street requesting ppl wear white to Times Square protest today.

 #ows #occupywallstreet Subcategoria: ALARME / PROTESTO @Dave01 “@AdamGreen: Find your local #Occupy & go! http://t. co/RuMUrOZT Oh, & Move Your Money! http://t. co/Cb7jjbrH #p2 #OccupyWallStreet " #Boerne Subcategoria: PROTESTO @LeninGotItRight MIDDLE CLASS WORKERS OF THE WORLD UNITE #ows#occupywallstreet Subcategoria: PROTESTO @kaskadia Indeed! RT @InsideHeadVoice I don't have to convince you here. We're worldwide now. Marx.  #OccupyWallStreet Categoria: RELATOS Relatos, em geral, são puramente impressões e depoimentos dos participantes. Por esse motivo não se encaixam muito bem em outras categorias, visto que tratam simplesmente de pessoas contando o que estão fazendo – o que os faz adquirir caráter noticioso, em alguns casos. NickOrsini heading down to #occupywallstreet will a bullhorn and my camera. Let's go. Outros trazem ideais do Protesto, subcategoria mais constante dentro da categoria OPINATIVOS. Os tweets que estão sem essa indicação podem ser subcategorizados em OPINIÃO.

Subcategoria: OPINIAO / PROTESTO @anarcosocialist #OccupyWallStreet demands #FREE #EQUAL #housing#healthcare #food #water for every person on the planet no one is better than another#ows Subcategoria: OPINIAO / PROTESTO @filipesaraiva "Nós não vamos pagar nada!" - deveria ser o slogan dos movimentos contra o sistema financeiro!!! #15O #15M #OccupyWallStreet Subcategoria: OPINIAO / PROTESTO @linnymsw RT @UncleRUSH: I'm one of the 100% if any people suffer I suffer#occupywallstreet. Subcategoria: OPINIAO @ConnorRowbotham Really loving the grassroots protests growing globally by the day. The people are finally standing up! #Occupywallstreet Subcategoria: OPINIAO @kntz O recado serve pra mídia brasileira também RT @BuleVoador: #OccupyWallStreet dá uma lavada na Fox News: http://t. co/OOdEYnLZThis is a #MustSee #OWS #terror #occupywallstreet #OccupyEverything @. Subcategoria: INCENTIVO @TheRealKDON RT @KhaleahEvelyn #OccupyMiami in solidarity with#OccupyWallstreet, today. Subcategoria: PROTESTO @jdrentzjr @Lawsonbulk @pilottravel #Occupywallstreet Govt entitlements r part of the problem.

Stop spending what we don't have! Subcategoria: PROTESTO @Megdalinaaa RT @SenatorSanders: Today, the richest 400 American families own more wealth than the bottom 50 percent.  #OWS #Oct6 #OccupyWallStreet Subcategoria: INDAGAÇAO @hezeb @elrufai #OccupyWallStreet is now #OccupyEverywhere. Interested n other thoughts, what say you? #occupywallstreet Subcategoria: INDAGAÇAO @QuentinAl RT @NewYorkCreator: Dissent isn't unpatriotic. Punishment for dissent is. Where do you stand? #occupywallstreet Subcategoria: NOTICIA / PROTESTO @NaTTie_BliNG RT @OccupyWallSt: RT @jopauca: #OccupyWallStreet chanting, "How do we end this deficit? End the wars, tax the rich!" #15OCT Subcategoria: DENUNCIA @JAZZSTEPPA RT @kaptinisdead: Looking at the Police Brutality during#OccupyWallStreet it's clear that the stereotype is true. US Cops eat far too m. Subcategoria: INDAGAÇAO @90Yasmeena #OccupyWallStreet The Arab world inspires the West again? @bettypopp #chants #OWS #occupywallstreet #occupytogether: Tell me what democracy looks like.

ambition_hustle RT @Jathu_V: To #occupywallstreet : why are people more concerned about hurting the rich than helping the poor? @Jetsfan5756 @Alsboringtweets maybe you can hire one of those idiots at the#occupywallstreet rally. They are really putting their time to good use. FlorenceKitty RT @OccupyWallStNYC: Article showing just how disconnected from reality #WallStreet really is. Execs privately bash #occupywallstreet: h. Alyssa3Rinaldi RT @sjoelupton: Maybe the #occupywallstreet crowd would contribute more to society if they would occupy, I don't know, a job? I hear McD. Os protestos do que tem se convencionado chamar de Primavera Árabe têm convergido técnicas de resistência civil - como greves, manifestações, passeatas e comícios - bem como o uso das mídias sociais, como Facebook, Twitter e Youtube - para se articular, organizar, comunicar e sensibilizar a população e a comunidade internacional em face das tentativas de repressão e censura na Internet por parte dos Estados.

As consequências, até então inimagináveis em regimes fechados, foram a queda de regimes ditatoriais e a possibilidade de maior expressão por parte da sociedade. Esta revolução foi a inspiração para todas as demais que ocorreram e ocorrem no mundo hoje. b) #SpanishRevolution (Espanha) Inspirado pelas manifestações ocorridas nos países árabes, o movimento iniciou-se no berço da internet, mais especificamente em blogs de grupos organizadores, no Twitter, no Facebook e em diversos outros sites, atraindo cada vez mais simpatizantes que compartilhavam a ideia de mudança e a implantação definitiva da democracia. A mobilização teve maior força no Twitter, graças à criação de hashtags como #spanishrevolution, #15m, #acampadesol, #yeswecamp e #democraciarealya, com as quais as informações sobre a revolução eram divulgadas e debatidas.

LGBTT, gritem pelas florestas. Ambientalistas, cantem. Artistas de rua, defendam o transporte público. Pedestres, falem em nome dos animais. Vegetarianos, façam um churrasco diferenciado!” (Manifesto Marcha da Liberdade) Em 21 de maio de 2011, um grupo de manifestantes pacíficos se reuniu na Avenida Paulista (São Paulo) para realizar a Marcha da Maconha, um movimento que se define como social, cultural e político, e cujo objetivo é levantar um debate sobre a proibição hoje vigente no Brasil em relação ao plantio e consumo da cannabis, tanto para fins medicinais como recreativos. Os fatos apontam para a direção de que o velho mundo está aparentemente ruindo, para dar lugar a um novo mundo mais democrático, mais igualitário, onde a distribuição de renda seja mais justa, e onde todos os cidadãos tenham voz e direito de expressão – é isso que defende, em geral, a multidão manifestante.

Entretanto, é interessante ressaltar que estes são apenas alguns anseios generalizados, há um punhado de outros desejos locais em cada uma das manifestações ocorridas nos diversos países pelo globo. Revoluções acontecem desde que o mundo é mundo. Mas a revolução atual traz consigo uma carga diferente: a tecnologia. É óbvio que manifestação alguma seria possível se a multidão não estivesse articulada, mobilizada e revoltada internamente, isto é, a primeira parte constituinte de toda revolução – antiga ou atual - é a indignação que carrega cada ser que a compõe. Rio de Janeiro, agosto de 2011) Os movimentos afirmam que a revolução 2. é irrepresentável, isto é, não é representável por qualquer tipo de líder. Isto porque, como defendem, os espaços globais só podem viver através de um processo constituinte que se encarna nos movimentos do comum e nas experimentações políticas da multidão.

Fato é que, a partir dessas constantes tentativas de renovar os pilares do velho mundo, um novo mundo vem sendo construído. Mundo este ainda desconhecido por todos nós que o habitamos, inclusive pelos manifestantes da revolução global que está em curso. Em Defesa da Sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 1999. FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. Rio de Janeiro:Graal, 1979. Império. São Paulo: Ed. Record, 2001. HARDT, Michael e NEGRI, Antonio. Multidão, guerra e democracia na era do império. disponível em http://www. facom. ufba. br/ciberpesquisa/andrelemos/cibermob. pdf BAUWENS, Michel. O Comunismo das Redes. Sistema midiático p2p, colaboração em rede e novas políticas de comunicação na Internet. Rio de Janeiro, 2007. AMADEU, Sérgio; PERPETUO, Irineu. O Futuro da Música Depois da Morte do CD.

br/wp-content/uploads/2010/11/TCC-THALLES-FORMATADO-FINAL. pdf MALINI, Fabio. O valor no capitalismo cognitivo e a cultura hacker. disponível em: http://revista. ibict.

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