HEPATOTOXICIDADE PELO USO DE PARACETAMOL

Tipo de documento:Produção de Conteúdo

Área de estudo:Biologia

Documento 1

Atualmente é o analgésico-antipirético mais utilizado, principalmente em pediatria (Sebben et al. É também o fármaco de escolha em pacientes grávidas e em condições de afecções virais. Esta escolha em pacientes grávidas é devido ele possuir poucos eventos adversos como erupções cutâneas, urticaria, angioedema , anafilaxia e irritação gástrica (Franco & Franco, 2003). A dose terapêutica convencional varia de 325 a 1000 mg em adultos, não ultrapassando 4000 mg ao dia. Já em crianças, pode-se administrar uma dose de 10 mg/kg, não utilizando mais que 5 doses em 24 horas (Goodman et al. Mas ele pode causar lesão hepática em casos de overdose. Esses dados nos levam a ressaltar a importância de informar a população quanto aos riscos do uso sem uma orientação correta, mesmo esse sendo um medicamento de livre acesso.

Desenvolvimentos O acetaminofen/paracetamol é um exemplo de toxicidade que tem sido muito conhecido desde a década de 60. A droga segue uma trilha metabólica clássica. A maior parte segue mecanismo de metabolização da sulfatação e da glucoronização. Sabemos que a exaustão de GSH é pré-requisito para a lesão tóxica, e que NAPQI faz ligação covalente com grupos de cisteínas nas proteínas celulares, particularmente na mitocôndria. Sabemos que alguns pacientes, quando ingerem doses supraterapêuticas e desenvolvem lesão hepática, podem melhorar espontaneamente. Já outros pacientes desenvolvem falência hepática. Temos ainda outro grupo de usuários contumazes do paracetamol que chegam a tomar doses supraterapêuticas de seis a oito gramas/dia. Eventualmente desenvolvem também lesão hepática.

Existem mais de 1. substâncias farmacêuticas com potencial de provocar fenômenos de hepatotoxicidade, a imensa maioria de natureza idiossincrásica. De acordo com a base de dados da OMS16,17, as principais medicações imputadas nas LHID sintomáticas são: paracetamol (17%), antirretrovirais (17%), anticonvulsivantes (10%), quimioterápicos, incluindo fl utamida, ciclofosfamida, metotrexato e citarabina, (12%), antibióticos (9%), agentes anestésicos (5%), tuberculostáticos (3%) e diclofenaco (3%). Reações adversas hepatotóxicas são a mais frequente causa de suspensão do desenvolvimento de novas moléculas pela indústria farmacêutica e de sua falta de aprovação por parte de agências regulatórias. É também o motivo mais frequente de retirada de drogas no mercado ou de restrição ao seu uso e a primeira causa de mortalidade por reações adversas aos medicamentos.

Recente estudo demonstrou que 10% dos pacientes com insufi ciência hepática aguda grave (IHAG) decorrente de hepatotoxicidade pelo paracetamol em etilistas crônicos ocorreram em doses inferiores a 4g/dia (Larson et al. Hepatology, 2005). Pacientes etilistas crônicos frequentemente apresentam desnutrição que favorece a redução dos níveis de glutation. Por outro lado, pode haver redução da atividade do CYP 2E1 após período de abstinência. Inexistem estudos prospectivos acerca da hepatotoxicidade do paracetamol em etilistas. Limbird L. E. As bases farmacológicas da terapêutica. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2010. edu. br/index. php?journal=3universobelohorizonte3 acesso: 05/05/2019 as 21:30hrs www. bibliotecadigital. funvicpinda.

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